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Pós-Graduação

Penal e Processo Penal


Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

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Pós-Graduação Penal
e Processo Penal
Princípios do Direito Penal

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Princípio da Legalidade
• Prerrogativa Estatal:  Ius Puniendi 

• Objetivo: expelir a arbitrariedade e o excesso


do poder punitivo, garantindo as liberdades
individuais.
• Limitação do poder de punir do Estado.

• Estabelecer o Pacto Social


 

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Decorrências do Princípio da Legalidade

• Reserva Legal: normas incriminadoras e


respectivas penas dependem de lei

• Taxatividade

• Legalidade Formal e Legalidade Substancial

• Anterioridade

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Princípio da Intervenção Mínima

• A intervenção penal deve ocorrer quando


necessária para proteger um bem jurídico

• Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão


(1789) - art. 8º: a lei somente deve prever as penas
estrita e evidentemente necessárias

• Possui como destinatários precípuos o legislador e


o intérprete (aplicador) do Direito

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Princípio da Fragmentariedade

• Nem todas as ilicitudes perpetradas contra o


ordenamento jurídico configuram transgressões
penais, mas somente aquelas que atingem os
“valores fundamentais para a manutenção e o
progresso do ser humano e da sociedade”.

• Se um bem jurídico deixar de merecer a proteção


específica e última do Direito Penal, não existe
óbice à despenalização da conduta (abolitio
criminis.)

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Princípio da Subsidiariedade

• O Direito Penal deve atuar somente quando os


demais ramos do Direito não sejam capazes de
exercer o controle da ordem pública e de
proteger o bem jurídico de possíveis lesões

• (Direito Penal como “Ultima Ratio”)

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Princípio da Insignificância

• O Direito Penal não deve se preocupar com condutas


em que o resultado não é suficientemente grave.

• Sua aplicação demanda a análise do caso concreto.

• O STF considera crimes incompatíveis com o


Princípio da Insignificância os delitos cometidos
mediante violência ou grave ameaça à pessoa e os de
tráfico de drogas.

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Princípio da Lesividade (Ofensividade)
• Os atos preparatórios que não extrapolam o âmbito
interno do autor e que ocorram antes do cometimento
do crime não podem ser objeto de reprimenda

• Uma pessoa não pode sofrer sanções por aquilo que


ele é, visto que o sistema penal brasileiro não adotou
o direito penal do autor, e sim o direito penal do fato

• Questionamento da constitucionalidade dos crimes


de perigo abstrato (não é a posição do STF)

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Princípio da Adequação Social

• Visa afastar a tipicidade de comportamentos


socialmente adequados

• Para que a conduta seja proibida pela norma


penal ela deve ser socialmente inadequada ao
convívio entre os integrantes da sociedade

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Princípio da Individualização da Pena

• O juiz deve observar o critério trifásico

• A individualização da pena também se apresenta no


momento de sua execução (art. 5° Lei 7.210/84 –
Lei de Execução Penal): “Os condenados serão
classificados, segundo os seus antecedentes e
personalidade, para orientar a individualização da
execução penal”
• Instituto da Progressão da Pena

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Princípio da Proporcionalidade
• Destinatários: o legislador (proporcionalidade abstrata), o
juiz da ação penal (proporcionalidade concreta) e os órgãos
da execução penal (proporcionalidade executória)”.

• Vertentes do princípio da proporcionalidade: proibição do


excesso e a proibição de proteção deficiente.

• A inconstitucionalidade pode ter origem no excesso do


Estado (ato que extrapola padrões de proporcionalidade e
razoabilidade) ou na proteção insuficiente de um direito
fundamental (quando o Estado não aplica as sanções penais
necessárias para a tutela do bem jurídico).

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Princípio da Responsabilidade Pessoal

Aquele que dá causa ou participa do evento delituoso


responde pelas sanções penais correspondentes ao
crime.

Na morte do agente, extingue-se a pretensão punitiva


estatal

Art. 5°, XLV, CF/88: “nenhuma pena passará da pessoa


do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e
a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
até o limite do patrimônio transferido”

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Princípio da Culpabilidade

• Juízo de censura e de reprovabilidade da


conduta típica.

• O Estado somente poderá aplicar a sanção


penal “ao agente imputável, com potencial
consciência da ilicitude, quando dele exigível
conduta diversa.

• Culpabilidade como princípio impedidor da


responsabilidade objetiva.

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