Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de inconstitucionalidade da gestão de
resíduos em áreas de preservação
permanente, inclusive por meio de aterros
sanitários, foi firmada por ampla maioria e
levou em consideração o risco elevado de
impacto ambiental.
5. Modulação de efeitos da decisão. Onze
capitais brasileiras destinam seus resíduos a
aterros sanitários instalados em APP, que
recebem 66% dos descartes. A substituição
dos aterros existentes por outros, instalados
em áreas permitidas, ou a adoção de
medidas alternativas de gestão de resíduos
demandará planejamento e investimento
relevantes. Além disso, a retirada do
material aterrado nessas instalações, além
de ser excessivamente onerosa, elevaria os
riscos de degradação ambiental. Assim,
justifica-se a modulação dos efeitos da
decisão para conceder prazo de 10 (dez)
anos para a completa desativação dos
aterros instalados em APP, bem como para
afastar a necessidade de remoção dos
materiais já aterrados e dos que vierem a ser
nesse período.
6. Requisito para a compensação de
Reserva Legal. Há efetiva contradição entre a
exigência de identidade ecológica como
requisito para a compensação por meio da
aquisição de Cota de Reserva Ambiental –
CRA, na forma do art. 48, § 2º, e a validação
da regra do art. 66, §§ 5º e 6º, pela qual, para
todas as modalidades de compensação,
exige-se apenas que as áreas compensadora
e compensada estejam situadas no mesmo
bioma.
7. Tal contradição deve ser resolvida
pela prevalência do critério legal do bioma
em todos os casos. Aferir a existência de
Plenário Virtual - minuta de voto - 02/02/2024
26. Se, por um lado, o estado atual das coisas não impõe uma
revisão do mérito da decisão da Corte, por outro, ele traz razões de
interesse social que justificam uma restrição à eficácia do acórdão (Lei nº
9.868/1999, art. 27). É necessário, assim, que haja um regime de transição
razoável, que dispense adequada atenção à dependência dos aterros
sanitários, no presente momento.
CONCLUSÃO
Notas:
[1][1][1][1][1] Lei nº 12.651/2012, art. 3º Para os efeitos desta Lei,
entende-se por:
VIII - utilidade pública:
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços
públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos
parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento,
gestão de resíduosgestão de resíduosgestão de resíduosgestão de
resíduosgestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão,
instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais,
nacionais ou internacionaisinstalações necessárias à realização de
competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionaisinstalações
necessárias à instalações necessárias à realização de competições
esportivas estaduais, nacionais ou internacionaisinstalações necessárias à
realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou
internacionaisinstalações necessárias à realização de competições
esportivas estaduais, nacionais ou internacionaisinstalações necessárias à
realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou
internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração
de areia, argila, saibro e cascalho.
[2][2][2][2][2] O art. 4º, § 10, III, da Lei nº 12.651/2012 estabelece que
os empreendimentos a serem instalados em áreas de preservação
permanente urbanas devem observar os casos de utilidade pública, de
interesse social ou de baixo impacto ambiental.
[3][3][3][3][3] Lei nº 12.651/2012, art. 48: “A CRA pode ser
transferida, onerosa ou gratuitamente, a pessoa física ou a pessoa jurídica
de direito público ou privado, mediante termo assinado pelo titular da
CRA e pelo adquirente.
(...)
§ 2º A CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de
imóvel rural situado no mesmo bioma da área à qual o título está
vinculado”.
[4][4][4][4][4] Lei nº 12.651/2012, art. 66: “O proprietário ou
possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de julho de 2008, área de
Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido no art. 12, poderá
regularizar sua situação, independentemente da adesão ao PRA,
adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:
Plenário Virtual - minuta de voto - 02/02/2024
(...)
§ 5º A compensação de que trata o inciso III do caput deverá
ser precedida pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita
mediante:
I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA;
II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou
Reserva Legal;
III - doação ao poder público de área localizada no interior de
Unidade de Conservação de domínio público pendente de regularização
fundiária;
IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva
Legal, em imóvel de mesma titularidade ou adquirida em imóvel de
terceiro, com vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou
recomposição, desde que localizada no mesmo bioma.
§ 6º As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do § 5º
deverão:
I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser
compensada;
II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser
compensada;
III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como
prioritárias pela União ou pelos Estados.
[5][5][5][5][5] Além da aquisição de Cota de Reserva Ambiental
(inciso I), o art. 66, § 5º, da Lei nº 12.651/2012 prevê que a compensação de
reserva legal pode ser feita mediante arrendamento de área sob regime de
servidão ambiental ou Reserva Legal (inciso II), doação ao poder público
de área localizada no interior de Unidade de Conservação de domínio
público pendente de regularização fundiária (inciso III) e cadastramento
de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal, em imóvel de
mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação
nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição (inciso IV).
[6][6][6][6][6] Lei nº 12.651/2012, art. 68: “Os proprietários ou
possuidores de imóveis rurais que realizaram supressão de vegetação
nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal previstos pela
legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são dispensados
de promover a recomposição, compensação ou regeneração para os
percentuais exigidos nesta Lei”.
o
[7][7][7][7][7] Art. 6 São princípios da Política Nacional de Resíduos
Sólidos:
Plenário Virtual - minuta de voto - 02/02/2024