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O Direito Penal possui como função a proteção de bens jurídicos, isto é, valores ou
interesses reconhecidos pelo Direito e imprescindíveis à satisfação do indivíduo ou da
sociedade. Somente os interesses mais relevantes são colocados na categoria de bens
jurídicos penais, em face do caráter fragmentário e da subsidiariedade do Direito Penal.
Foi Claus Roxin que defendeu que a principal missão do Direito Penal é a proteção de
bens jurídicos, por meio da Teoria Funcionalista Moderada (Teleológica ou Dualista ou
Racional).
Juízo de Valor é de caráter normativo, ele segue um conjunto de regras que estão
predefinidas em nossa sociedade pela moral e pela ética.
Juízo de Fato é a avaliação feita a partir das ideias criadas de experiências vividas.
Quando alguém avalia uma situação tendo como base as coisas como são e porque são,
está a utilizar do juízo de fato, desconsiderando assim seus pontos de vistas pessoais,
suas crenças, seus valores morais, etc. Tendo portanto caráter subjetivo.
DOS SUJEITOS
Sujeito ativo: É quem pratica a figura típica descrita na norma penal incriminadora.
Sujeito passivo: É o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado (ex: é aquele que morre
no crime de homicídio; é o ferido na lesão corporal; é o possuidor da coisa no furto).
Sujeito passivo formal é o Estado, titular do mandamento proibitivo não observado pelo
sujeito ativo. O Estado é sempre lesado pela conduta do sujeito ativo.
DOS ELEMENTOS
Elementos Objetivos:
Descritivos: por descreverem os aspectos materiais da conduta, como: objeto, tempo,
lugar, forma de execução etc. Esses elementos independem de juízo de valor.
Científico: não demanda juízo de valor, mas tão somente o significado científico de
determinada coisa. Ex.: é crime utilizar embrião humano para determinada finalidade.
Para saber o que é embrião, basta ter conhecimento do seu significado biológico.
MEMORIZAÇÃO:
Elementos OBJETIVOS:
-Descritivos;
-Normativos;
-Científicos.
Elementos SUBJETIVOS:
-Positivo;
MEMORIZAÇÃO: LUTA!!!!!
LUGAR – UBIQUIDADE OU MISTA OU HIBRIDA = Adota-se a teoria
da ubiquidade, também chamada de teoria mista.
Ex: o art. 12 do CP: “as regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados
por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso”.
"Entende-se como lei especial aquela que contém todos os elementos da norma geral,
acrescida de outros que a tornam distinta (chamados de especializantes). O tipo especial
preenche integralmente o tipo geral, com a adição de elementos particulares.
Princípio da subsidiariedade:
Extradição. - Não pode ser deferida a extradição quanto a porte de arma, por se tratar, no
Brasil, de fato qualificado como contravenção (atenção para a data do julgamento, que é
anterior ao Estatuto do Desarmamento). - No direito brasileiro, com relação aos crimes de
roubo e de constrangimento ilegal há concurso aparente de normas que se resolve
pelo princípio da subsidiariedade tácita, não ocorrendo, portanto, concurso deles. Extradição
deferida em parte, para concede-la apenas pelo crime de roubo que e imputado ao
extraditando.
Princípio da consunção:
Princípio da alternatividade:
quando o agente comete mais de uma ação ou omissão, todas previstas no mesmo tipo
penal, realiza um único crime.
- temos crimes de ação múltipla, também chamados de tipos misto alternativo, em que a
realização de qualquer um dos verbos já caracteriza o crime. Melhor exemplo é o art. 33
da lei de drogas.
significa punir duas vezes o réu pelo mesmo fato. (o que é vedado pelo princípio: punir
mais de uma vez pelo mesmo fato)
Porém, não veda o "Art. 61 código penal - São circunstâncias que sempre agravam a
pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência;"
PRINCIPIOS DA TERRITORIALIDADE
6 – Princípio da
REPRESENTAÇÃO/PAVILHÃO/BANDEIRA/SUBSTITUIÇÃO/SUBSIDIARIE
DADE a lei penal brasileira deve ser aplicada aos crimes cometidos em aeronaves e
embarcações PRIVADAS, quando praticados no estrangeiro e aí não seja julgados
(inércia do país estrangeiro).
As embaixadas estrangeiras NÃO são consideradas território estrangeiro,
aplicando-se a lei brasileira nos crimes praticados no seu interior, SALVO QUANDO O
AUTOR FOR AGENTE DIPLOMÁTICO OU POSSUA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA.
Art 5 - § 1º, CP. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território
nacionalas embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e
as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se
achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
Territorialidade (art. 5.º do CP) - Crime é cometido no Brasil e aplica a lei brasileira.
II - os crimes:
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das
seguintes condições:
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
INFO 959/STF: O agente não pode responder à ação penal no Brasil se já foi
processado criminalmente, pelos mesmos fatos, em um Estado estrangeiro.
MEMORIZAÇÃO:
Diferentes - Atenuam
OBS: Só vai ter esse "desconto" da pena cumprida no exterior quando se tratar da
extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, se for contra a vida ou liberdade do
presidente da república, contra bem ou patrimônio da União, Estados, DF, Munícipios,
Autarquias, E.P. , S.E.M e F. P. ou Contra a Adm. Pública por quem está a seu serviço.
SE ele foi condenado no exterior e lá já cumpriu a pena, então, tanto faz se a pena aqui
no Brasil foi maior. Ele não vai responder de novo.
MEMORIZAÇÃO:
ANALOGIA
Forma de integração
Não existe norma
Cria-se nova norma a partir de outra
Somente in bonam partem
Ex: isenção de pena para o cônjuge (e analogicamente para o companheiro)
Forma de interpretação
Existe norma
Utilizam-se exemplos e fórmula genérica (aberta)
In bonam ou in malam partem
Ex: motivo torpe
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
Forma de interpretação
Existe norma
Amplia-se o alcance
In bonam ou in malam partem
Ex: “arma”
Na sucessão de leis penais no tempo, é aplicável aquela mais favorável ao réu, seja
ela contemporânea ao crime, seja aquela em vigor na data da prolação da sentença.
OBSERVAÇÃO: ANALISE SE NA QUESTÃO FALA SOBRE CRIME CONTINUADO OU
PERMANENTE, NESSES CASO A LEI PENAL QUE PREJUDICAR O RÉU PODERÁ SIM SER
APLICADA.
Regra
Art. 2°, parágrafo único -- A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos
por sentença condenatória transitada em julgado.
I — aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o
condenado.
exceção:
# A Lei:
1) LEI TEMPORÁRIA:
# Imagine uma linha do tempo, tudo estava dentro da “normalidade”, aí por algum
motivo (Ex: Copa do Mundo de 2014) tem-se a necessidade de editar uma lei
temporária.
Prazo determinado;
Tem Início e Fim.
→ -------“Normalidade”------- →| Lei
Temporária | → -----------“Normalidade”--------- →
2) LEI EXCEPCIONAL:
Sabe-se o início;
Mas o fim é incerto, pois não se sabe quando vai acabar a pandemia, guerra,
calamidade ...
Assim, a lei continua até cessarem as circunstâncias.
CARACTERÍSTICAS:
Ultratividade ?
Autorrevogáveis?
OBSERVAÇÃO:
Continuado X Permanente
Súmula 711 A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
O crime continuado acontece quando são praticados vários crimes da mesma espécie,
sendo um em continuação do outro, dentro de uma mesma intenção.
ABOLITIO CRIMINIS:
PRAZOS
ART 10 CP. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum
MEMORIZAÇÃO:
CRIAÇÃO DE LEIS
Em regra, somente a lei pode tratar sobre matéria penal, em consonância com o
princípio da legalidade, de acordo com artigo 5º, inciso XXXIX da CF/88.
Art. 62. (...) § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a:
(...) b) direito penal, processual penal e processual civil;
2ª corrente: MP pode versar sobre direito penal, desde que seja norma não
incriminadora e benéfica ao réu (Rogério Sanches, Paulo Queiroz).
Posição do STF sobre o tema: O STF já admitiu, por duas vezes, medida provisória
tratando sobre direito penal não incriminador, desde que a norma seja benéfica ao
réu.
Lei Complementar: Podem tratar de temática penal, inclusive criar tipos e cominações
legais.
RECORRENCIA EM PROVAS
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
SE A conduta DO cara foi em 2012, ou seja, ao tempo da conduta não havia esse
crime.
MEMORIZAÇÃO:
Bagatela própria
Bagatela imprópria.
Progressão criminosa – Aqui o agente altera seu dolo, ou seja, durante a empreitada
criminosa o agente altera sua intenção.
Antefato impunível (antefactum impunível) – Aqui o agente pratica fatos que estão na
mesma linha causal do crime principal, mas responde apenas pelo crime principal, pois se
considera que estes fatos anteriores são impuníveis.
Pós-fato impunível (postfactum impunível) – Aqui o agente pratica fatos que, isoladamente
considerados, são considerados criminosos.
. Lei penal em branco (necessita ser complementada por outra lei ou ato da
Administração). Se dividem em Homogêneas (advém da mesma instância legislativa),
que se subdivide em Homólogas (homovitelinas - complementada pela mesma lei)
e Heterólogas (heterovitelinas - complementada por lei distinta) e Heterogêneas
(advém de outra fonte legislativa).
Apenas a lei penal retroage se mais benéfica. A lei processual penal é aplicada de
imediato e os atos praticados na vigência da lei anterior são considerados válidos.
a Súmula n.º 17, do Superior Tribunal de Justiça, a seguir transcrita: “Quando o falso se
exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”.