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Artigo 7° do CP – extraterritorialidade
O crime acontece fora do território brasileiro
Princípio da defesa: título décimo, crimes praticados no
estrangeiro que ainda assim serão regidos pelo direito penal
brasileiro; crime contra a fé pública; interesse em relação ao bem
jurídico
o Conflitos de interesse em relação a nacionalidade do autor,
da vítima, do bem jurídico...
o Extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei
brasileira para processar e julgar contra quem cometeu
esses crimes, independente de absolvição ou condenação
estrangeira, sendo punido de acordo com o código
brasileiro
o Artigo 8°: a pena estrangeira atenua a pena brasileira (é
computada a pena cumprida fora do brasil)
Princípio da justiça universal/ universalidade/ cosmopolita: artigo sétimo
inciso primeiro alínea d; artigo sétimo inciso segundo alínea a; crime de
genocídio por exemplo
Princípio da nacionalidade
o Ativa: crime praticado por brasileiro fora do território
o Passiva: crime praticado contra brasileiro por estrangeiro fora do
território (a não ser que exista um pedido de extradição e ela não
esteja no território brasileiro)
Princípio do pavilhão ou da bandeira; artigo sétimo parágrafo segundo e
terceiro
Condicionada: é preciso satisfazer as cinco condições para processar e
julgar alguém que tenha cometido crime fora do território brasileiro mas
que o brasil tenha interesse em julgar; as condições são cumulativas; o
perdão extingue a punibilidade; não será julgado caso tenha sido
absolvido ou já tenha cumprido pena no estrangeiro ou o crime tenha
prescrito lá fora
CONCEITO DE DELITO:
Formal: a referência é a lei; delito é a conduta humana que viola/infringe
a lei penal; princípio da legalidade/reserva legal
Material: conduta que ofende bem jurídico, representa perigo ou lesão a
um determinado bem jurídico; tem relação com o conteúdo; principio da
lesividade/ofensividade social, /exclusiva proteção de bens jurídicos/
Analítico: divisão do todo (crime/delito), decompor o todo em partes
constitutivas
Escola clássica
Definir as condutas humanas e ilicitude, mas faltava a construção
das categorias
Delito é a conduta (ação ou omissão) humana típica, ilícita e
culpável {quatro categorias dominantes}
1. Conduta: humana, uma vez que o código penal não criminaliza pessoas
jurídicas (exceto crime ambiental); núcleo da legislação; descrição
taxativa do verbo;
Ação
Omissão
2. Tipicidade/ tipo penal: descrição legal da conduta punível; valoração
jurídica; tipicidade concreta por meio do judicial (investigação, processo,
juiz) e tipicidade abstrata por meio da legalidade (legislador)
3. Ilicitude: antijuridicidade; algumas condutas típicas são
permitidas/justificadas (legitima defesa, estado de necessidade,
exercício de um cumprimento legal, estado de direito – art. 23) (alguns
casos o consentimento da vítima pode afastar a ilicitude)
4. Culpabilidade: imputabilidade/capacidade de culpabilidade; potencial
consciência da ilicitude; individualização da responsabilidade penal pelo
fato típico e ilícito; punibilidade (possibilidade e necessidade de pena)
Delitos omissivos
Relação de causalidade:
Art. 13 CP
Delitos de resultado (materiais) (se não houver resultado não há
necessidade de analisar o nexo causal)
Análise da relação causal entre ação e resultado } tipo penal
o as omissões não causam nada, o resultado é atribuído,
existindo um nexo de imputação; o omitente, na posição de
garante, responde o resultado como se tivesse causado o
ato; caso não seja garante, responde apenas pela
omissão; omissivos impróprios
o ação culposa, embora não queira/assuma/aceite, a sua
ação causa um resultado, existindo portanto uma relação
causal } tipo penal
o tipificação do delito culposo depende da doutrina; art. 121
parágrafo terceiro, art. 129 parágrafo sexto; a pena deve
ser menor do que o delito culposo
o teoria finalista propõe uma limitação no âmbito jurídico em
relação ao dolo/culpa, não há como fazer essa limitação no
plano do ser
o causalidade cumulativa -> tentativa
o plano do ser (relação causal) / plano do dever ser
(imputação)
o causas relativamente independentes
o causas absolutamente independentes
TEORIA DO DELITO:
Área da dogmática responsável por caracterizar a conduta criminosa e
analisar os elementos constitutivos
Crime e delito (não há diferença)
Conceitos cumulativos
Conceito formal de delito: violação da lei penal descrita tipicamente, a
qual comina uma sanção penal correspondente
Conceito material de delito: lesão ou ameaça a bem jurídico alheio
fundamental
Conceito analítico de delito: o preceito fundamental do delito é a ação,
movimento corporação voluntário com causalidade objetiva (descrita em
lei) e subjetiva (para imputáveis)
Sistema tripartite de delito: CONUDTA + tipicidade, ilicitude e
culpabilidade (analisar uma conduta a partir de três categorias, sendo a
ação uma categoria pré-jurídica)
Sistema bipartite (não muito utilizado): a culpabilidade estaria fora da
teoria do delito, primeiro analisa o delito e depois imputa a culpabilidade;
o ilícito já abarcaria a tipicidade
Teorias da ação humana
Causal naturalista (LISZT BELING)
Causal valorativa (MEZGER/SAUER)
Social (SCHMIDT): junção da teoria naturalista adcionando a
relevância social na análise da conduta
Finalista (WELZEL): ação é o exercício de uma atividade finalista
Funcionalista (ROXIN): supra conceito, diminuindo a força da
ação e imputar maiores critérios objetivos, ação é uma
manifestação da personalidade
ESTRUTURAS LOGICO OBJETIVAS: teoria finalista
Trabalha com estruturas ontológicas da realidade
Devem ser analisadas sem nenhum traço normativo
Análise a partir da ação (mundo natural)
A ação e o resultado e o nexo de causalidade são estruturas e
fenômenos simples e puras do mundo causal/mundo fenotípico/os
fenômenos geram alterações no undo a partir de relações
causais/;nexo da realidade e não um traço normativo como os
elementos tipicidade ilicitude culpabilidade etc
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE:
Estudo da relação entre um objeto inicial e um objeto final pela qual um
é consequencia do outro
Estudo que se da sobre a causação, processo de efeito da causa, de um
resultado, modificação no mundo, por uma ou mais condutas
Nexo, liame, vinculo entre conduta e resultado nos delitos materiais (de
resultado)
Causalidade: vinculo logico, objetivo, estrutura ontológica da realidade
temporal dos fenômenos
Imputação: vinculo de atribuição de responsabilidade a alguém,
estrutura normativa/axiológica
Teoria finalista:
Hans Welzel, grande contribuição para a teoria do delito; século XX,
Estudo filosófico a partir do retorno a filosofia dos valores, ius naturalista
Apontou a crítica em relação ao sistema neoclássico pq, apesar do direito possuir
uma questão normativa/abstrata, ele não pode se distanciar completamente da
realidade
Desenvolve o método cientifoc finalista onto fenomenológico
O objeto deve determinar o método, sendo nesse caso o objeto de analise a
realidade, as estruturas logico objetivas, as relações causais
Estrutura logico objetivo (mundo do ser): ação, dolo, culpa, relação de
causalidade, resultado
A principal contribuição é sobre a ação humana, sendo a ação humana o
exercício da atividade final; a ação é objetiva/do mundo do ser da mesma forma
que a teoria causal naturalista colocava, não havendo traço valorativo para
enxergar a ação, poré, welzel diz que a principal característica que difierencia a
ação humana das demais é a sua dirigibilidade, a sua finalidade;
o Finalidade é bem diferente de voluntariedade, para Von Lizt o que
diferenciava a ação humana era a voluntariedade
o O aspecto psicológico deve estar na conduta pois caso contrario não
haveria ação humana
o Dolo e culpa estão presentes de forma ontológica na ação
o Finalidade da ação é o saber causal prévio do homem, é isso que delimita
a nossa dirigibilidade da conduta
o Causalidade gera um resultado que pode ter um suceder causal externo
que é dominado finalisticamente pelo homem
o Vontade final objetiva: primeira fase é a preparação e a segunda fase é a
execução
1. Antecipação do fim
2. Seleção dos meios apropriados, técnica de retrocesso mental
hipotético imaginando o que você precisa para chegar nesse
resultado
3. Consideração dos efeitos concomitantes (até aqui é a fase
cognitiva, subjetiva, preparatória) (contem dolo/culpa)
4. Etapa objetiva externa: execução
O desvalor deve estar na ação
Principio da adequação social, as condutas humanas só são importantes para
analise normativa se elas possuírem relevância social, algumas condutas lesam
bens mas ainda assim possuem certa aceitação social (exemplo da tatuagem,
exemplo do ônibus)
Critica ao causalismo:
Claus Roxin:
Fran von Liszt (positivista): “o direito penal é a barreira intransponível da
política criminal”
O livro traz a necessidade de proximidade do direito penal com a politica
criminal
Qual a diferença de dogmática e politica criminal? Como se desenvolveu essa
relação? Qual a problemática de uma politica criminal sem a dogmática?
Direito penal: tem como função a proteção da sociedade a partir do freio do
poder punitivo do estado;
Politica criminal: enxergar o poder punitivo, o direito penal, e questionar seus
limites, suas atuações, seus efeitos sociais, para que serve...
Roxin diz que um direito penal distanciado da politica criminal promove uma
precisão conceitual sem grandes consequencias práticas (exemplo do conceito de
ação), dogmática reduzida a formulas abstratas; a critica é que os problemas
conceituais dogmáticos devem ser corrigidos com soluções reais da politica
criminal; hoje cada vez menos há discussões puramente dogmáticas e muito
mais analises do direito penal com exemplos da parte especial e casos concretos
Marca o que é o funcionalismo teleológico racional (a sua teoria da conduta
possui um supra conceito, sendo a ação uma manifestação da personalidade)
Os critérios devem ser objetivos a partir da valoração
A melhor politica criminal é aquela mais afastada do direito penal, é aquela
preventiva (políticas públicas, políticas afirmativas), mas direito penal afastado
da politica criminal seria apenas um instrumento de controle social sem efeitos
sociais positivos