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Sumário: Detenção
Introdução
A disciplina a qual estudaremos é denominada direito penal, que se ocupa em estudar os
valores fundamentais sobre os quais assentam as bases da convivência e da paz social.
Posto que o homem, por sua própria natureza, vive e coexiste em comunidade, e o direito
regula o convívio social, assegurando-lhes condições mínimas de existência, que a
sociedade e o direito pressupõem mutuamente, e se desenvolvem em um continuo
processo histórico cultural e social, no dizer do doutrinador Regis Prado, “conformando
a experiência jurídica – de natureza axiológica -, a qual os factos são aferidos em seus
vínculos objetivos de significado, sentido ou fim (expressão normativo-fáctica)”.
Desse modo, ao regular ou organizar a vida do homem em sociedade, o direito apresenta
em geral sob forma de modelos de conduta exteriorizados em normas de determinação –
Dever – Ser.i
TEORIA GERAL DO CRIME
Crime é a infração penal que a lei domina como pena de detenção, quer isoladamente,
quer alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração
penal a que a lei denomina, isoladamente, penas de prisão ou de multa, ou ambas
alternativa ou cumulativamente”.
Conceito formal – é a previsão de uma conduta criminosa sob o aspecto da técnica
jurídica, do ponto de vista da lei.
Conceito material – o crime sob o ângulo ontológico, visando a razão que levou o
legislador a determinar como criminosa uma conduta humana, sua natureza danosa e
consequências.
Conceito analítico – não há uniformidade no conceito de crime, pois que variam os
entendimentos dos doutrinadores. Os autores clássicos (Drs. Damásio de Jesus, Mirabete,
Ariel Dotti, Celso Delmato e Capez) sustentam que o crime é o facto típico e antijurídico,
a culpabilidade, para estes, não integra o crime, ela é pressuposto para a aplicação da
pena.
Facto, portanto, apenas dois elementos. Para outros doutrinadores como (Drs. Basileu
Garcia, Cezar Roberto Bittencurt, Assis Toledo, Zaffaroni, Bitencourt, o alemão Welzel)
elencam três componentes do crime, sendo eles: facto típico, ilicitude e culpabilidade.
Características do crime sob o aspecto formal. Para a existência do crime é necessário
conduta humana, positiva ou negativa, prevista em lei, não acobertada por quaisquer das
causas de exclusão da ilicitude.
a) Facto típico – é o comportamento humano, previsto em lei como infração penal, e que
produz, de regra, um resultado, que ajusta a lei penal descrita na norma;
b) Facto ilícito ou antijurídico – é o que contraria o ordenamento jurídico como um todo.
Isto é, a relação de contrariedade entre o facto praticado e o que diz o ordenamento
jurídico vigente num país;
c) Culpabilidade (em sentido lato) - é a reprovabilidade da conduta, em virtude da
contradição entre a vontade do agente e a vontade da norma;
Destacam-se duas teorias ou (sistemas) sobre o crime:
a) Teoria bipartida,
b) Teoria tripartida para a primeira corrente dos doutrinadores clássicos, estes pertencem
à chamada teoria bipartida do crime, assim disposta:
Crime = Facto típico + Antijurídico (ilícito) = Culpabilidade como pressuposto para
aplicação da pena.ii
TEMPO DO CRIME
É fundamental saber quando o crime foi praticado para saber qual a pena a ser aplicada.
Há três teorias sobre o momento do crime, são elas:
a. Teoria da actividade – considera-se como tempo do crime o momento da conduta (ação
ou omissão);
b. Teoria do resultado – considera-se tempo do crime o momento da sua consumação;
c. Teoria mista ou ubiguidade– considera como tempo do crime tanto o momento da
conduta como o momento do resultado (consumação).iii
i
Obra citada Dra. Profª: Ana Maria Duarte , apostila de Direito Penal 1, ano 2019, página 7.
ii
Obra citada Dra. Profª: Ana Maria Duarte , apostila de Direito Penal 1, ano 2019, páginas 49 e 50
iii
Obra citada Dra. Profª: Ana Maria Duarte, apostila de Direito Penal 1, ano 2019, página 44.
CONCEITO DE CRIME
Tem elementos, são eles: Conduta humana (alguns entendem possível a conduta de
pessoa jurídica) – Adoção da teoria finalista: conduta humana é a ação ou omissão
voluntária dirigida a uma determinada finalidade.
Utilização do elemento subjetivo (dolo ou culpa) como filtro, para evirar a “regressão
infinita”. Adoção, subsidiariamente, da teoria da causalidade adequada, na hipótese de
superveniência de causa relativamente independente que o resultado produziu.
Obra citada, resumo gratuito de Direito penal concurso, Prof. RENAN ARAUJO, página 15.
LEI QUE APROVA O CÓDIGO DO PROCESSO PENAL ANGOLANO, Lei n.º 39/20
de 11 de Novembro.
Dispõe nos números.1,2 e 3, do artigo 250.º (Conceito e finalidades da detenção)
Só falo na presença do meu advogado, pelo que dispõe o artigo 63.º alinea e, da
Constituição da República de Angola, esta palavra transmite um direito fundamental,
sendo que os direitos fundamentais dão dignidade nas pessoas, é um direito com
dignidade constitucional, que cabe a todos os cidadãos no momento da sua detenção ficar
calado para prestar declaração na presença do seu advogado. Vide no artigo 63.º da
Constituição da República de Angola dispõe o seguinte toda a pessoa privada da liberdade
deve ser informada, no momento da sua detenção, das respectivas razões e dos seus
direitos, nomeadamente:
1. Em flagrante delito por crime punível com pena de prisão, com ou sem multa,
qualquer autoridade judiciária ou entidade policial deve e qualquer cidadão pode
proceder à detenção, se nenhuma daquelas entidades estiver presente ou puder ser
chamada em tempo útil.
3. Se a detenção for efectuada por entidade policial, esta lavra, do mesmo modo,
o auto de notícia e apresenta o detido ao Ministério Público, nos termos do número
anterior.
4. Se a prisão tiver sido efectuada por qualquer cidadão, devem os detidos ser
entregues imediatamente à autoridade ou agente de autoridade que for encontrado
mais próximo do local, procedendo-se à apresentação ao magistrado do Ministério
Público.
1. Considera-se flagrante delito todo o facto punível que se está a cometer ou que
se acabou de cometer.
Conclusão
“Direito não é o que alguém deve dar-te, direito é o que ninguém pode negar-te”.
Citação autor desconhecido por mim.
Para a detenção de uma pessoa precisamos respeitar os seus direitos e ter provas,
sendo que o direito penal visa alcamçar a verdade material.
Sendo a Constituição lei mãe não existe nenhuma lei por cima da constituição,
todos as leis na sua aplicação devem estar em harmonia com a constituição.
Cabe a PGR, SIC e a Policia Nacional efectuarem bom serviço para a prevenção á
criminalidade, a responsabilização aos cidadãos em conflitos com as leis, dete-los,
colher provas para a sua condenação, recupera-los, com fundamentos basilares: ser
personalíssima, ter aplicação disciplinada.
Por lei, ser inderrogável e proporcional ao crime praticado. Para ser recuperado e ter um
convívio sá em sociedade.
A liberdade é dos bens mais preciosos, deve ser limitado em suspeitas claras sobre um
crime.
Sugestões
E-mail: dariogaspar22@gmail.com
Contactos- 926120102-992120102
Bibliografia
iii
Obra citada Dra. Profª: Ana Maria Duarte , apostila de Direito Penal 1, ano 2019, página
7.
iii
Obra citada Dra. Profª: Ana Maria Duarte , apostila de Direito Penal 1, ano 2019,
páginas 49 e 50
iii
Obra citada Dra. Profª: Ana Maria Duarte, apostila de Direito Penal 1, ano 2019, página
44.
Constituição da República de Angola, Código Processo angolano
Obra citada, resumo gratuito de Direito penal concurso, Prof. RENAN ARAUJO,
página 15.
Obra citada, Dr. Paulo Queiroz, 2022, Direito processual penal, 3 edição, páginas 33 á 37