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Ocorre quando uma lei Ocorre quando uma nova lei confere
posterior deixa de considerar um tratamento mais benéfico ao fato Ocorre quando uma nova
determinado fato como Ocorre quando uma nova lei lei confere um tratamento
crime Art. 2º, par. único, do CP incrimina fatos antes mais gravoso ao fato
Efeito: a lei nova irá retroagir para considerados lícitos
Art. 2º do CP Efeito: a lei nova não irá
beneficiar o agente Efeito: a lei nova não irá
Efeito: cessam todos os retroagir para prejudicar o
efeitos penais decorrentes do Lembre-se: Súmula 611 do STF - retroagir para prejudicar o agente. Ela incide somente
fato, inclusive da sentença Transitada em julgado a sentença agente. Ela incide somente em relação aos fatos
condenatória transitada em condenatória, compete ao juízo das em relação aos fatos praticados a partir da sua
julgado, permanecendo, execuções a aplicação de lei mais praticados a partir da sua vigência
contudo, os efeitos da esfera benigna vigência
cível
Crime permanente: aplica-se a lei Leis excepcionais: são feitas para
nova durante a atividade executória durar enquanto um estado anormal
do crime permanente, ainda que ocorrer. Ex: catástrofes e inundações
seja prejudicial ao réu, já que a cada Leis temporárias: são as editadas
momento da atividade criminosa com período determinado de
está presente a vontade do agente duração. Ex: Lei 13.284/2016
Crime continuado: se uma lei
penal nova tiver vigência
durante a continuidade delitiva, São autorrevogáveis: não é
deverá ser aplicada ao caso, necessária uma lei posterior
prejudicando ou beneficiando o revogando
réu
São ultrativas: significa a
Súmula 711 do STF: a lei penal mais possibilidade de uma lei se aplicar
grave aplica-se ao crime continuado a um fato cometido durante a sua
ou ao crime permanente, se a sua vigência, mesmo após a sua
vigência é anterior à cessação da revogação (a lei adere ao fato
continuidade ou da permanência como se fosse um carrapato,
acompanhando-o para sempre,
mesmo após sua morte).
É vedada a combinação de leis
Dessa forma, não é possível combinar parte de uma lei A com parte de lei B,
formando uma terceira lei
Súmula 501 do STJ
O juiz deve aplicar na íntegra a lei revogada, se for mais benéfica, ou aplicar na
íntegra a lei nova, se mais benéfica
Art. 6º do Código Penal Art. 5º do Código Penal
Lugar do crime é aquele em que se Em regra, aplica-se a lei brasileira
realizou qualquer dos momentos aos crimes cometidos no território
do iter, seja da prática dos atos nacional
executórios, seja da consumação
Sem prejuízo de convenções,
Adota-se a teoria mista ou de tratados e regras de direito
ubiquidade internacional
Não se confunde com a fixação Aplica-se o princípio da
da competência territorial territorialidade temperada
L ugar do crime
Embarcação ou
U biquidade aeronave brasileira
T empo do crime
Art. 4º do Código Penal
A tividade Considera-se praticado o crime Pública ou a Privada
no momento da ação ou serviço do
omissão, ainda que outro seja o gov. brasileiro
momento do resultado Alto-mar ou
Adota-se a teoria da atividade Onde quer águas
que estejam internacionais
Clássica, naturalísta ou causal vontade
Conduta finalidade
Considera os aspectos objetivos da consciência
conduta, isto é, um movimento Causas de exclusão:
corpóreo que produz um resultado
1. Caso fortuito e força maior
Nesta teoria o dolo e a culpa integram
a culpabilidade Evento fora do alcance da vontade humana
2. Coação física irresistível
Final ou finalista O coator emprega força física no coagido,
gerando o resultado
Considera que a conduta é uma ≠ coação moral irresistível
movimentação ou ausência de 3. Atos e movimentos reflexos
movimentação corpórea voltada
a uma finalidade Ex: espirro gera acidente de trânsito
O dolo e a culpa integram 4. Estados de inconsciência
a conduta Ex: sonambulismo e hipnose
Aspectos objetivos Formas
(movimentação corpórea) Tipo penal específico
e subjetivos (dolo e culpa) Dever de agir
Ação Omissão Própria
É a teoria adotada Ex: art. 135 do Código Penal
Não admite tentativa
Social Lei
Considera a ação a Dever de agir Assumiu a responsabilidade
realização de um + Criou o risco
resultado socialmente Evitar o resultado
Naturalística (considera que a própria
relevante, questionado Responde pelo omissão gera o resultado)
Imprópria resultado
pelos requisitos do
Art. 13, §2º, Normativa (considera que o dever de agir é
Direito e não pelas leis do CP
Teorias
imposto por uma norma) - é a teoria
da natureza Admite tentativa adotada
Absolutamente Independentes Relativamente
São aquelas que não têm origem Aliada à conduta do agente, outra São aquelas que tiveram origem na
na conduta do agente causa contribui para o resultado. conduta do agente
É a chamada concausa Não há uma quebra do nexo causal
Há uma quebra do nexo causal
São três as espécies de causas Esta “concausa” pode ser São três as espécies de causas
absolutamente independentes: absolutamente independente relativamente independentes:
ou relativamente independente 1. Preexistentes
1. Preexistentes A causa que efetivamente gerou o resultado já
Trata-se de causa que existia antes da existia ao tempo da conduta do agente, que
conduta do agente e produz o resultado concorreu para a sua produção
independentemente da sua atuação
Ex: “A”, com a intenção de matar, desfere um golpe
Ex: O agente desfere um disparo de arma de de faca na vítima, que é hemofílica e vem a morrer
fogo contra a vítima, que, contudo, falece pouco em face da conduta, somada à contribuição de seu
depois, não em consequência dos ferimentos peculiar estado fisiológico
recebidos, mas porque antes ingerira veneno
com a intenção de suicidar Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido.
No caso, homicídio consumado
2. Concomitantes Cuidado: se o agente não sabia do estado de saúde da
vítima ou não lhe era previsível,
São as causas que não têm nenhuma relação responderia por tentativa de homicídio (se agiu com a
com a conduta e produzem o resultado intenção de matar)
independentemente desta, no entanto, por
coincidência, atuam exatamente no instante 2. Concomitantes
em que a ação é realizada. Dependentes A causa que efetivamente produziu o resultado surge no
exato momento da conduta do agente
Ex: “A” desfere golpe de faca contra “B” no exato É a consequência
momento em que este vem a falecer Ex: ataque à vítima, por meio de faca, que, no exato momento
exclusivamente por força de um ataque cardíaco decorrente da da agressão, sofre ataque cardíaco, vindo a falecer, apurando-
conduta do agente se que a soma desses fatores (causas) produziu a morte
3. Superveniente Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No
caso, homicídio consumado
São causas que atuam após a conduta. Ou seja, que surgem
depois da conduta desenvolvida pelo agente 3. Superveniente
Ex: “A” ministra veneno na comida de “B”. Antes do veneno produzir A causa que efetivamente produziu o resultado ocorre depois
efeitos, há um incêndio na casa da vítima, que morre da conduta praticada pelo agente
exclusivamente queimada pelo fogo Ex. O agente desfere um golpe de faca contra a vítima, com a
Efeitos: Quando a causa é absolutamente independente, há exclusão da intenção de matá-la. Ferida, a vítima é levada ao hospital e sofre
causalidade decorrente da conduta. Ou seja, o agente responde somente acidente no trajeto, vindo, por esse motivo, a falecer
por aquilo que deu causa. Nos exemplos citados, se o dolo era de matar, o Efeitos: o agente responde pelos atos até então praticados. No caso,
agente responderia por tentativa de homicídio tentativa de homicídio
Art. 14, inciso II, do Código Penal A tentativa se reveste de todos os elementos do crime desejado, exceto
a consumação
Início da execução de um crime, que
não se consuma por circunstâncias São três os elementos da tentativa
alheias à vontade do agente 1. Dolo da consumação
É uma causa de diminuição da pena O elemento subjetivo do crime tentado é o mesmo do crime consumado
2. Início da execução do crime
É preciso sair da esfera dos atos preparatórios e ingressar na esfera
dos atos de execução
3. Não consumação por circunstância alheias à vontade do agente
Agente que praticar um fato típico em face Art. 23, parágrafo único, do CP
É o desempenho de uma atividade
do cumprimento de um dever observando ou a prática de uma conduta O agente responderá pelo excesso
rigorosamente os limites impostos pela lei, autorizada por lei, que torna lícito doloso ou culposo
de natureza penal ou não um fato típico
Destinatário: agente público Destinatário: cidadão comum
Ex: policial que prende o agente em Ex: artigo 301, "caput", do CPP (1ª
flagrante, embora atinja o seu direito de parte); violência desportiva
liberdade, não comete crime algum, porque
cumpre o dever que lhe é imposto por lei