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14.4 Corrupção passiva.............................................................................................. 29
14.5 Facilitação de contrabando ou descaminho ............................................................... 30
14.6 Descaminho ..................................................................................................... 30
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1 Noções Fundamentais
1.1 Princípios limitadores do poder punitivo estatal
BÔNUS:
Aplica-se para o contrabando? NÃO
Aplica-se para o descaminho? SIM, até R$ 20.000,00.
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CF 88 - Art. 62. Em caso de relevância e
urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
Mnemônico: LUTA
Lugar do crime = Ubiquidade
Tempo do crime = Atividade
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STF Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-
se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
Em outras palavras, aplica-se a lei mais nova,
ainda que maléfica ao acusado
A novatio legis in mellius é a situação oposta a novatio legis in pejus (Lei posterior adota penas
mais graves). Trata-se de um fenômeno da lei penal no tempo no qual uma nova lei traz benefício à
situação em que se encontra o acusado .
Ela ocorre quando a lei posterior é, de qualquer modo, mais favorável ao agente. Por exemplo: altera para
menos tempo a pena, torna mais branda sua forma de execução, etc.
Levando em conta o art. 5º inc. XL da Constituição Federal e o princípio da retroatividade, a novatio legis
in mellius é adotada pela justiça de modo a garantir ao acusado a aplicação de uma lei penal menos
gravosa, mais benéfica .
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1.3 A norma penal
Lugar do Crime
A Teoria mista ou da ubiquidade é adotada pelo
Código Penal brasileiro, de acordo com o art. 6º:
“Considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado
Tempo do Crime é o marco adotado para
estabelecer o momento (tempo) do cometimento de
um crime. Consoante artigo 4º do código penal,
"Considera-se praticado o crime no momento da ação
ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado" (Teoria da atividade )
Mnemônico: LUTA
Lugar Ubiquidade
Tempo Atividade
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Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território
nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como
extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente
ou em alto-mar.
Extraterritorialidade INcondicionada
Aplica-se a lei nacional a determinados crimes cometidos fora do território, independentemente de
qualquer condição, ainda que o acusado seja absolvido ou condenado no estrangeiro.
a) contra a VIDA ou LIBERDADE do Presidente da República. (Princípio da defesa)
b) contra o PATRIMÔNIO ou FÉ PÚBLICA da União, do DF, de Estado, Território, Município, de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. (Princípio da
defesa)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. (Princípio da defesa)
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d) de genocídio, quando o agente for brasileiro
ou domiciliado no Brasil. (Princípio da justiça
universal)
Genocídio significa a exterminação
sistemática de pessoas tendo como principal
motivação as diferenças de nacionalidade, raça,
religião e, principalmente, diferenças étnicas.
É uma prática que visa eliminar minorias
étnicas em determinada região.
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2 Tipicidade
2.1 Crime impossível
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3 Antijuridicidade
3.1 Estado de necessidade
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São requisitos do estado de necessidade
perante a lei penal brasileira:
a) Existência de perigo atual, inevitável e que
ponha em risco direito próprio ou alheio.
b) não provocação voluntária do perigo;
c) Inexigibilidade de sacrifício do bem salvo –
ponderação de valores;
d) Inexistência do dever legal de enfrentar o
perigo;
e) o conhecimento da situação de fato
justificante.
Não pode alegar estado de necessidade o
agente que tem o dever legal de enfrentar
o perigo, como preceitua o § 1º do artigo 24 do
CPB. São pessoas que em razão da função ou
ofício, tem o dever legal de enfrentar o perigo,
não lhes sendo lícito sacrificar o bem de
terceiro para a defesa do seu próprio.
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3.3 Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade
Exclusão de ilicitude
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4 Concurso de Pessoas
4.1 Participação
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5 Ação Penal
5.1 Classificação
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6 Causas de extinção da punibilidade
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III - pela retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso;
É o famoso Abolitio Criminis retratado na
imagem por uma cena de adultério que deixou
de ser crime há muitos anos.
Trata-se do fenômeno que ocorre quando uma
lei posterior deixa de considerar crime
determinado fato (exemplo: a Lei n.
1.106/2005 deixou de considerar condutas
criminosas o adultério, a sedução e o rapto
consensual).
Além de conduzir à extinção da punibilidade,
também faz cessar todos os efeitos penais da
sentença condenatória, permanecendo,
contudo, os efeitos civis.
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V - Pela renúncia do direito de queixa ou pelo
perdão aceito, nos crimes de ação privada;
Renúncia: a vítima desiste de processar antes
da ação penal, ou seja, abre mão de seu direito
de oferecer a queixa crime,
independentemente da concordância do autor
do delito.
Perdão: A vítima não quer mais PROSSEGUIR
com o processo e perdoa o réu (que precisa
aceitar. Se não se manifestar, considera-se
aceito o perdão) após iniciada a ação penal.
O perdão oferecido a um dos agentes estender-
se-á aos demais.
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7 Crimes contra a vida
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8 Lesões Corporais
8.1 Lesão corporal e suas diversas modalidades
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9 Crimes contra a liberdade Pessoal
9.1 Tráfico de Pessoas
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10 Crimes contra o patrimônio
10.1 Furto
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CP Art. 168-A. Deixar de repassar à
previdência social as contribuições
recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma
legal ou convencional:
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente,
espontaneamente, declara, confessa e efetua
o pagamento das contribuições, importâncias
ou valores e presta as informações devidas à
previdência social, na forma definida em lei ou
regulamento, antes do início da ação fiscal.
Atenção: O STF e o STJ entendem que o
pagamento, a qualquer tempo (antes do
trânsito em julgado) extingue a punibilidade.
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11 Crimes contra a dignidade sexual
11.1 Estupro de vulnerável
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro
ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência.
CP Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a
própria lascívia ou a de terceiro:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave
O agente (que pode ser homem ou mulher); pratica contra a vítima (que também pode ser homem ou
mulher, uma vez que o tipo descreveu “contra alguém”) Ato libidinoso (É todo ato de cunho sexual capaz
de gerar no sujeito a satisfação de seus desejos sexuais). Perceba que não exige a relação sexual
(penetração), mas, tão somente, o ato libidinoso; com o objetivo de satisfazer a própria lascívia (Lascívia
é o prazer sexual, o prazer carnal, a luxúria); ou a lascívia de terceiro.
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12 Crimes contra a paz pública
12.1 Associação criminosa
CP Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas , para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
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13 Crimes contra a fé pública
13.1 Falsidade de títulos e outros papéis públicos
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14 Crimes contra a administração pública
14.1 Noções gerais de crimes contra a Administração Pública
14.2 Peculato
O Peculato, tipificado no art. 312, trata-se de crime funcional impróprio, ou seja, se tirar a qualidade de
funcionário público o agente responderá por outro crime (Apropriação indébita, Art. 168). O sujeito ativo
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do crime é o funcionário público, e excepcionalmente, o particular que poderá atuar na condição de
coautor ou partícipe. O sujeito passivo imediato é a administração pública.
CP, art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro , valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Atenção aos verbos:
Peculato: APROPRIAR Prevaricação: RETARDAR
Concussão: EXIGIR Furto: SUBTRAIR
Corrupção passiva: SOLICITAR
14.3 Concussão
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou
para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem
indevida:
Pena - reclusão, de dois a
doze anos, e multa. (Lei
13.964/19)
A conduta é a de exigir
vantagem indevida. Vejam que o
agente não pode, simplesmente,
pedir ou solicitar vantagem
indevida. A Lei determina que
deve haver uma “exigência” de
vantagem indevida. Assim, deve o
agente possuir o poder de fazer
cumprir o mal que ameaça
realizar em caso de não
recebimento da vantagem exigida.
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14.4 Corrupção passiva
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14.5 Facilitação de contrabando ou descaminho
14.6 Descaminho
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