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POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA


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Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, aqui seguem nossas redes sociais:


Carlos Sobrinho - @sobrinhoqc
Bruno Aguiar - @brunoaguiaaar
Jeferson Aguiar - @jeff.concurseiro

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Noções de Direito Processual Penal
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Inquérito Policial.

ação penal: Espécies.

Da prisão, das medidas cautelares e da liberdade provisória

INQUÉRITO POLICIAL

O QUE É UM INQUÉRITO POLICIAL?


Trata-se de um procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo,
conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita preliminar de provas para apurar a
prática de uma infração penal e sua autoria. Seu objetivo precípuo é a formação da
convicção do representante do Ministério Público, mas também a colheita de PROVAS
URGENTES, que podem desaparecer, após o cometimento do crime, bem como a composição
das indispensáveis provas pré-constituídas que servem de base à vítima, em determinados
casos, para a propositura da ação privada.

AS PROVAS COBRAM BASTANTE ISTO: dizem que o inquérito é PROCEDIMENTO


JUDICIAL, contudo ELE É ADMINISTRATIVO, fiquem atentos.

CONCEITO  Conjunto de diligências realizadas pela AUTORIDADE POLICIAL, que tem o


objetivo de apurar INDÍCIOS DE AUTORIA e a PROVA DA MATERIALIDADE DELITIVA.

JUSTA CAUSA  INDÍCIOS DE AUTORIA + MATERIALIDADE.

FINALIDADE  contribuir na formação do CONVENCIMENTO (opinião delitiva) do titular da


ação penal, que em regra é o MINISTÉRIO PÚBLICO, e excepcionalmente, a VÍTIMA
(querelante).

NATUREZA JURÍDICA  PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO de caráter informativo e


preparatório da fase processual de persecução penal.

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ATENÇÃO, A BANCA SEMPRE VAI TENTAR TE CONFUNDIR COMISSO: NÃO se aplica os


princípios da AMPLA DEFESA e do CONTRADITÓRIO.

Vamos falar um pouco sobre os tipos de NOTITIA CRIMINIS:

O que é uma notitia criminis?

É o conhecimento pela autoridade, espontâneo ou provocado, de um fato aparentemente


criminoso.

Notitia criminis de cognição imediata (ou espontânea): A autoridade policial toma


conhecimento do fato delituoso por meio de suas atividades rotineiras.
Ex: Delegado toma conhecimento assistindo tevê.

Notitia criminis de cognição mediata (ou provocada): A autoridade policial toma


conhecimento da infração penal por meio de um documento escrito.
EX: Requisição do MP para um delito de ação incondicionada.

Notitia criminis de cognição coercitiva: A autoridade policial toma conhecimento da infração


penal por meio de apresentação de alguém preso em flagrante.

Notitia criminis inqualificada: É o conhecimento da infração penal por meio de uma denúncia
anônima.

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!
Já deixo um aviso que caí muito em prova, noticia anônima por si só NÃO pode ensejar a
instauração de um inquérito, com base exclusivamente nisto. Logo, em caso de denúncia
anônima deve-se averiguar, e caso encontrado evidências, dessa forma, instaura o
inquérito.

NOTITIA CRIMINIS (RESUMO PARA GABARITAR)


CONCEITO: é o conhecimento ESPONTÂNEO ou PROVOCADO por parte da autoridade
policial, de um fato aparentemente criminoso.

ESPÉCIES:

 Cognição imediata ou direta = espontânea ou inqualificada. Ocorre através das


ATIVIDADES POLICIAIS ROTINEIRAS.
 Cognição mediata ou indireta = provocada ou qualificada. Autoridade policial toma
conhecimento da infração por meio de algum ato jurídico de comunicação formal.
 Cognição coercitiva: autoridade policial toma conhecimento através da PRISÃO EM
FLAGRANTE do indivíduo.

STF: a DENÚNCIA ANÔNIMA (APÓCRIFA), por si só, NÃO serve para embasar a instauração
do inquérito policial, mas tem força suficiente para justificar DILIGÊNCIAS PRELIMINARES.

DELATIO CRIMINIS (RESUMO PARA GABARITAR):

CONCEITO: É comunicação de um fato feita pela vítima ou qualquer do povo com


identificação.

ESPÉCIES:
 SIMPLES: vítima ou qualquer do povo COMUNICA O FATO à autoridade policial.
 POSTULATÓRIA: vítima ou qualquer do povo COMUNICA O FATO a autoridade policial e
pede a INSTAURAÇÃO do inquérito.

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GUILHERME NUCCI:
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É a comunicação da ocorrência da infração penal ou de seu autor, feita pela vítima à
autoridade competente, solicitando providências, como a INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO.
Pode ser, ainda, a comunicação da VÍTIMA, nos mesmos termos, fornecendo a representação
para que o Ministério Público possa agir nos crimes de ação pública condicionada.

EXPLICANDO DE OUTRA FORMA.


DELATIO CRIMINIS: Basicamente, alguém do povo faz denúncia sobre algum fato.

DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA: É a própria representação do ofendido nas ações penais


condicionadas à REPRESENTAÇÃO.

DELATIO CRIMINIS SIMPLES: É a chamada notícia de qualquer do povo.

A chamada delação APÓCRIFA ou notitia criminis inqualificada nada mais é do que a


“denúncia anônima”.  ATENTE-SE A ESSES TERMOS PRA NÃO ASSUSTAR NA HORA DA
PROVA!

OBJETIVO DO IP: colheita de elementos de informação quanto à autoria e a materialidade


do delito.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA: elementos de informação... NÃO são provas, beleza?

ARTIGO QUE CHOVE EM CONCURSO:


Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a
uma ou outra.

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL:

ADMINISTRATIVO: pelo amor de deus NÃO vai marcar que é judicial, as provas amam isso.

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DISPENSÁVEL: basta pensar da seguinte forma, o inquérito NÃO é obrigatório para uma ação
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penal
Exemplo: uma pessoa mata a outra e se entrega, para que inquérito? Se já há provas
suficientes para incriminar o assassino?

INFORMATIVO: marca importante dessa característica ele via de regra ele NÃO tem o poder
de causa nulidade do processo.

Informativo 824/STF: É INCABÍVEL a anulação de processo penal em razão de SUPOSTA


IRREGULARIDADE verificada em inquérito policial.

SIGILOSO: Essencialmente sigilo, mitiga o princípio da publicidade


CPP - Art. 20. A autoridade assegurará no INQUÉRITO O SIGILO necessário à elucidação do
fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Contudo, com a força da súmula 14, o advogado NÃO pode ter acesso, no caso de diligências
NÃO documentadas, ainda em andamento ou que ainda NÃO foram realizadas, contudo,
poderá ter acesso as já documentadas
SÚMULA VINCULANTE 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

PRESIDÊNCIA DO INQUÉRITO POLICIAL: DELEGADO (AUTORIDADE POLICIAL)

OBSERVAÇÃO!
MP: EXERCE O CONTROLE EXERTENO DO PODER DE POLÍCIA.

AUTORITARIEDADE: significa que ele é PRESIDIDO pelo DELEGADO DE POLÍCIA.

OFICIOSIDADE: Deve ser instaurado DE OFICIO.

Ex: o delegado fica sabendo por meio de uma notícia na tevê que houve um estupro em rede
nacional em um programa famosinho de uma emissora famosinha. Daí, ele deve instaurar de

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oficio um inquérito para apurar o ocorrido, pois TODOS os crimes contra a dignidade sexual
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são de ação pública incondicionada, que iremos aprender mais a frente

OFICIALIDADE: o inquérito policial é de responsabilidade de um órgão oficial do estado,


especificamente a polícia judiciária.
INDISPONIBILIDADE: Caí em prova demais: delegado NÃO PODE ARQUIVAR INQUÉRITO em
hipótese alguma.
NÃO existem nenhuma exceção é caráter absoluto, que o delegado NÃO pode arquivar
inquérito.
INQUISITIVO: NÃO admite contraditório e ampla defesa.
ESCRITO: por ser um procedimento formal, em regra será escrito.
DISCRICIONÁRIO: delegado dirige observando uma ampla margem para se direcionar.

CAI DEMAIS: O indiciado poderá participar da reprodução simulada dos fatos, desde que o
faça de forma passiva (Direito a NÃO autoincriminação).

QUADRO RESUMO BÁSICO:

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL:


ESCRITO – todas as peças do IP serão escritas ou datilografadas ou rubricadas pela
autoridade que o presidir.
INQUISITIVO – NÃO há observância ao CONTRADITÓRIO
DISPENSÁVEL – se o MP já dispõe dos elementos de prova da materialidade e dos
indícios de autoria, NÃO há necessidade de se recorrer ao IP;
DISCRICIONÁRIO – o delegado conduz as investigações da forma que melhor lhe
aprouver;
INDISPONÍVEL – a autoridade policial NÃO poderá arquivar autos de inquérito policial;
SIGILOSO – a autoridade policial deve assegurar o sigilo necessária a ELUCIDAÇÃO
do fato exigido pelo INTERESSE PÚBLICO;
OFICIAL – é atribuição de um órgão oficial do estado;
OFICIOSO – diante da prática de um crime de ação penal pública INCONDICIONADA a
autoridade policial deve atuar de OFÍCIO;

INDICIAMENTO: O indiciamento é um ato policial por meio do qual o presidente do inquérito


concluir haver suficientes indícios de autoria e materialidade do crime. É a imputação, a
alguém, da prática do ilícito investigado.
Ato privativo do delegado de polícia.

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Avocação ou distribuição do inquérito, nos seguintes casos:
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• Por superior hierárquico mediante despacho fundamentado;
• Por motivo de interesse público;
• Nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação
que prejudique a eficácia da investigação.

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO COM BASE NO PACOTE ANTI-CRIME:

CPP - Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos


informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão
ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça,
NÃO pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

Caso o inquérito seja arquivado em razão do reconhecimento de causa extintiva de


punibilidade, NÃO se admite a reabertura das investigações, nos mesmos casos incorre:
 Existência manifesta de causa excludente de CULPABILIDADE.
 Existência manifesta de causa excludente de ILICITUDE.
 Atipicidade da conduta
 Faz coisa julgada formal e material.

No caso do réu preso = 10 dias, o pacote anticrime trouxe a possibilidade de prorrogação por
MAIS 15 DIAS.

IMPORTANTE: A banca vai tentar te pegar na prova dizendo que é 10 + 10, não é! É 10 + 15
agora!

PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL


PRESO SOLTO
REGRA GERAL 10 + (15 DE 30
PRORROGAÇÃO)
FEDERAL 15 + (15 DE 30
PRORROGAÇÃO)
MILITAR 20 40 + 20

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LEI DE DROGAS 30 + 30 90 + 90 9
CRIMES CONTRA A ECONOMIA 10 10
POPULAR

BIZU: O Delegado Civil chega na delegacia às 10:30h, já o Delegado Federal, chega às


15:30h.

INSTAURAÇÃO: Denomina-se PORTARIA o ato administrativo pelo qual o delegado de polícia


dá ciência aos demais servidores policiais da instauração do inquérito polícia.

ENCERRAMENTO: a autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará
autos ao juiz competente. Este relatório encerra a investigação e constitui uma síntese das
diligências que foram realizadas.

No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiveram sido inquiridas,
mencionando o LUGAR onde possam ser encontradas.
O relatório é peça DESCRITIVA NÃO DEVENDO CONTER JUÍZO DE VALOR acerca da
responsabilização penal do indiciado.

Se o delegado emitir JUÍZO DE VALOR, este VINCULARÁ o titular da ação penal.

O delegado pode INDICAR O ARTIGO da lei penal que entender ter sido violado.

DICAS IMPORTANTES PARA A PROVA SOBRE IP:

1º - IP em regra é um procedimento sigiloso, logo não cabe o delegado comunicar os atos da


investigação policial ao investigado.

2° - Cabe ao juiz Comunicação dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado
da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a
mantenham ou modifiquem.

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Por meio de "HABEAS CORPUS" é possível, apenas, o TRANCAMENTO DO INQUÉRITO
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POLICIAL e não o seu arquivamento (só na fase judicial).

Arquivamento do IP:

MP pede arquivamento e juiz concorda: Arquiva


MP pede arquivamento e Juiz discorda: Envia ao PGJ ou PGR
PGJ ou PGR concorda com o arquivamento: Tribunal superior ou o Juiz está obrigado a
arquivar.
PGJ ou PGR discorda do arquivamento: Ele mesmo oferece a denúncia ou envia a outro
membro do MP ou MPF para oferecer.

De acordo com a jurisprudência do STF, é vedado ao juiz requisitar novas diligências


probatórias caso o MP tenha-se manifestado pelo arquivamento do feito.

FATO IMPORTANTE: a autoridade policial, nos atestados de antecedentes que lhe forem
solicitados, não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de
inquérito contra os requerentes.

Como regra, a Polícia Federal é responsável pela investigação de crimes que são de
competência da Justiça Federal.

O juiz pode absolver o réu fundamentando sua decisão somente no Inquérito Policial? SIM!

O juiz pode condenar o réu fundamentando sua decisão somente no Inquérito Policial?
NÂO!

DECORE:

NÃO HÁ NULIDADES EM FASE DE INQUÉRITO POLICIAL.

NÃO HÁ NULIDADES EM FASE DE INQUÉRITO POLICIAL.

NÃO HÁ NULIDADES EM FASE DE INQUÉRITO POLICIAL.

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O MP pode aditar queixa para incluir fatos, não corréus.
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SÚMULA 542 DO STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

Arquivamento do inquérito policial:

Regra: faz coisa julgada FORMAL.

• Pode ser desarquivado e rediscutir o assunto, desde que surjam novas


provas [requisito obrigatório].  Enquanto não se extinguir a punibilidade pela
prescrição.

• Exceção: faz coisa julgada Material, de forma que não


poderá ser desarquivado, nem que surjam novas provas, e não poderá ser ofertada
denúncia pelo mesmo fato, seja na mesma ou em outra relação processual.

 STJ e Doutrina Majoritária: Arquivamento que faz coisa julgada material:

1) Atipicidade da conduta.
2) Extinção da Punibilidade.
3) Excludentes de Ilicitude

 STF: Arquivamento que faz coisa julgada material:

1) Atipicidade da conduta.
2) Extinção da Punibilidade.

DICA!!! O cespe leva o posicionamento do STF, logo excludente de ilicitude não faz coisa
julgada material.

A publicidade, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa são características


marcantes do sistema processual ACUSATÓRIO. ACUSATÓRIO É DIFERENTE INQUISITÓRIO
(O IP)

É nula a sentença condenatória fundamentada exclusivamente em elementos colhidos em


inquérito policial.

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AÇÃO PENAL
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O QUE É UMA AÇÃO PENAL? A ação penal é o direito do Estado-Acusação ou do ofendido de
ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação do
Direito Penal ao caso concreto.

- Guilherme de Souza Nucci

COMO INICIA A AÇÃO PENAL?

Denúncia Queixa
•Ação Penal Pública •Ação Penal Privada

O que está expresso no CPP sobre ação penal:


Art. 24. Nos crimes de ação pública, estaserá promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Justa causa: para que exista é necessário que haja  legitimidade e interesse de agir

A denúncia será rejeitada:


I – for manifestamente inepta;

II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou

III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.

AGORA VAMOS INICAR O QUE REALMETE CAI EM CONCURSO:

Ação Penal Incondicionada


Subsídiária da
Pública Pública

Ação Penal Propriamente Subsidiária da


Privada Dita Pública

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Vamos iniciar pela ação incondicionada:
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 Importante: se o legislador não falar nada sobre a ação penal no delito, a ação será
incondicionada!

Na ação pública incondicionada: ela independe de autorização do ofendido para ser


iniciada, lembrando ela inicia com a denúncia do ministério público.

Está ligada ao princípio da oficiosidade!

Atenção aos seus princípios, caí bastante em concurso:

Princípio da oficialidade
Quando uma infração é cometida, surge a pretensão punitiva do Estado, que será levada a
juízo por meio da ação penal. Ela é exercida por meio de órgão do Estado, o Ministério
Público, que tem o exercício da ação penal, mas essa não lhe pertence, mas sim ao Estado.
Como o Estado tem o dever jurídico de reintegrar a ordem jurídica abalada com o crime, O
MINISTÉRIO PÚBLICO TEM O DEVER DE PROMOVER A AÇÃO PENAL DE OFÍCIO, daí o
princípio da oficialidade.

Princípio da indisponibilidade
O Ministério Público tem o dever de promover a ação penal pública incondicionada, mas essa
não lhe pertence. NÃO PODE, PORTANTO, DESISTIR DA AÇÃO, transigindo ou acordando (o
que vale tanto para a ação penal pública incondicionada como para a condicionada).

Princípio da legalidade ou obrigatoriedade


Presente nos países em que o sistema determina a obrigatoriedade de o Ministério Público
iniciar a ação penal. O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTÁ OBRIGADO A OFERECER A AÇÃO PENAL
tão só o tenha notícia do crime e não existam obstáculos que o impeça de atuar. Impõe-se,
portanto, ao Ministério Público o dever de promover a ação penal.

Princípio da indivisibilidade***
Tanto a ação penal pública como a privada é indivisível, sendo obrigatório que abranja todos
os que praticaram a infração. Sendo dever do Ministério Público, o promotor não pode
escolher quem será o réu.

• ***No entanto, atualmente, de acordo com a jurisprudência dos tribunais


superiores brasileiros, a ação penal pública, por ser possível o seu aditamento para

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incluir novo réu pelo Ministério Público, é divisível, PREVALECENDO, PORTANTO,
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O PRINCÍPIO DA DIVISIBILIDADE. Em situação semelhante, na ação penal privada,
onde o autor apenas ofereceu a queixa em relação a uns existindo necessidade de
aditamento em relação a outros, isso não é possível, ocorre a renúncia tácita em
favor de todos os co-réus. Neste último caso, da ação penal privada, a aplicação
do princípio da indivisibilidade é uníssono.

Princípio da intranscendência
A ação penal é proposta apenas contra quem se imputa a prática da infração. Ainda que em
decorrência de um crime, outra pessoa tenha a obrigação de reparar um dano, a ação penal
não pode abarcá-la. A reparação deverá ser exigida na esfera cível.

Destaco os seguintes aspectos que vêm sendo bastante cobrados em concursos:


 Divisibilidade: o MP Pode aditar a denúncia;
 Indisponibilidade: O MP não pode desistir da denúncia;
 Obrigatoriedade: as autoridades têm o dever de investigar as ações penais
incondicionadas.

AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO:

Ação pública condicionada: depende da representação da vítima para iniciar!

Caso MP (MINISTÉRIO PÚBLICO) ou polícia judiciária saibam de um crime que se procede


mediante representação, acontece o seguinte:

O delegado de polícia só
O membro do MP também
poderá instaurar o
só poderá oferecer a
inquérito policial se for
denúncia se for autorizado
autorizado pelo ofendido
pelo ofendido ou seu
ou por seu representante
representante legal.
legal.

REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO: condição de procedibilidade da denúncia!

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Características:
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DIVISIBILIDADE
PESSOALIDADE
O MP, até que seja prolatada
A ação penal tem que ser
a sentença pode aditar a
oferecida em face do autor
denúncia, até mesmo para
do delito
incluir novos autores.

AUTORITARIEDADE
Denota que os responsáveis OPORTUNIDADE
pela persecução penal são O ofendido só irá representar
autoridades públicas pela prestação jurisdicional
(delegados, promotores e SE TIVER INTERESSE!
procuradores)

Importante: na ação condicionada a representação não existem os princípios da


OFICIOSIDADE E OBRIGATORIEDADE, do contrário existe o da OPORTUNIDADE.
Ademais, vale ressaltar que após iniciada a ação penal condicionada, o MP NÃO pode desistir
da ação!

Qual o prazo para o ofendido oferecer sua representação?


6 MESES!
O prazo decadencial, salvo exceções previstas em lei, é de seis meses e começa a fluir DA
DATA EM QUE O OFENDIDO TOMA CONHECIMENTO SOBRE QUEM É O AUTOR DO ILÍCITO
PENAL.

ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA PROVA! Não é da data do crime, mas sim de quando
a vítima soube quem é o autor dele!
Por exemplo: suponha que você sofreu um estelionato no dia 25/01/2022, mas apenas 3
meses depois soube da identidade e quem praticou o crime, pronto, o prazo dos 6 meses
começa a contar a partir daí!

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LEMBRANDO: ESTELIONATO É CONDICIONADO A REPRESENTAÇÃO, O PACOTE ANTICRIME
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TROUXE ESSA ATUALIZAÇÃO, EMBORA EXISTA CASOS QUE ELE É INCONDICIONADO SÃO ELES:
 Maior de 70 anos;
 Criança e adolescente;
 Deficiente;
 Contra a administração pública direta e indireta.

Procurador  pode representar o ofendido!

Caso ocorra a morte da vítima, quem pode representar?


Mnemônico clássico: CADI
 CONJUGE
 ASCENDENTE
 DESCENDENTE
 IRMÃO

REPRESENTAÇÃO: PODE SER ORAL OU ESCRITA!

Pessoa jurídica pode representar?


Sim, é possível, desde que a PJ esteja representada por seu sócio-gerente, ou por quem tenha
capacidade de representar.

ISSO CAÍ DEMAIS EM PROVA, E VOCÊ NÃO VAI NUNCA MAIS ESQUECER:
REPITA 10X O QUE VOCÊ VAI LER ABAIXO:

Pode haver retratação? SIM, ATÉ O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA!

A prova vai dizer que é ATÉ O RECEBIMENTO! Não caia nessa!

Mais uma vez pra ver se fixou: OFERECIMENTO DA DENÚNCIA!

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LEI MARIA DA PENHA: É ADMITIDADE RETRATAÇÃO até o RECEBIMENTO, no caso da lei
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maria da penha deve ser até o RECEBIMENTO, ademais, deve ser feita em AUDIÊNCIA
ESPECIAL, em frente ao JUIZ.  AQUI É DIFERENTE, É RECEBIMENTO!

AÇÃO PRIVADA:
Lembrar da expressão: SE PROCEDE MEDIANTE “QUEIXA”!

Características importantes:
 Titularidade: ofendido
 Ofendido é conhecido como querelante
 Se procede mediante “QUEIXA”

Queixa-crime é o instrumento de oferecimento da ação penal privada!

PRINCIPIOS:

INDIVISIBILIDADE
PESSOALIDADE Se houver mais de um acusado, o
A ação penal tem que ser ofendido não poderá escolher
oferecida em face do autor do contra quem oferecerá a queixa.
delito. Ou oferece contra todos, ou não
oferece contra ninguém.

OPORTUNIDADE OU
DISPONIBILIDADE
CONVENIÊNCIA
A vítima pode DESISTIR da Ação
O ofendido só irá oferecer queixa
Penal Privada!
SE TIVER INTERESSE.

O que cai bastante em prova sobre o tema:


INDIVISIBILIDADE: o ofendido não pode escolher contra quem quer oferecer a queixa, caso
haja mais de 1, logo ou é contra todos ou é contra ninguém.

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DISPONIBILIDADE: o ofendido pode desistir da ação penal!
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Menores de 18 anos: podem ser representados por procuradores com poderes especiais.

Nas ações privadas: É OBRIGATÓRIA A PRESENÇA DE ADVOGADO.

AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA:


O direito a esse tipo de ação penal surge quando o MP, no exercício de sua titularidade da
ação penal pública, não cumpre os prazos impostos por lei.

Acontece a decadência imprópria na ação subsidiária da pública: Passou 6 meses (volta ao


MP para continuar a ação).

NA AÇÃO SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: não existe perempção e perdão!

CPP- Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal.

CAI DEMAIS EM CONCURSO PÚBLICO:

Quando o MP decide pedir o arquivamento ou oferecer a denúncia dentro do prazo, ele se


manifestou. E como o MP é o titular da ação penal, não cabe ao ofendido oferecer ação penal
privada subsidiária da pública.

REPETE 10X A FRASE ABAIXO, POR FAVOR:

QUANDO O MP DECIDE PELO ARQUIVAMENTO, NÃO CABE AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA

AÇÃO PENAL PELA REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA:

ASPECTOS IMPORTANTES:
 Não existe prazo para oferecer a requisição, pode fazer a qualquer tempo.

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PRAZOS:

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Vamos falar sobre alguns aspectos importantes que sempre caem em prova:
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DECADÊNCIA  Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso
temporal, estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.

Quando ocorre decadência, o que acontece?


Extinção da punibilidade do agente!

O PRAZO DE DECADÊNCIA  Não se suspende, não se interrompe e não se prorroga!

RENUNCIA  SÓ EXISTE NA AÇÃO PRIVADA!

Na ação penal privada, pode acontecer que o ofendido não queira mais ver o autor punido,
por algum motivo.

RENÚNCIA TÁCITA
RENÚNCIA EXPRESSA O ofendido pratica um ato incompatível
O ofendido formaliza uma declaração com a vontade de punir o acusado.
dizendo ao Estado que não quer mais vr Um exemplo clássico: convidar o autor
processado o autor do delito. do crime para ser padrinho do seu filho.
(Pois é, isso realmente acontece).

Características da renúncia:

UNILATERAL: NÃO DEPENDE DE ACEITAÇÃO DO ACUSADO!

SÓ É POSSIVEL RENUNCIAR ANTES DO OFERECIMENTO DA QUEIXA!

INDIVISIVEL: SE A AÇÃO ENVOLVE MAIS DE 1 PESSOA, A RENUNCIA BENEFICIA A TODOS.

IRRETRATÁVEL, NÃO PODE HAVER RETRATAÇÃO

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PERDÃO  SOMENTE A AÇÃO PRIVADA!
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Características importantes:
BILATERAL: o perdão para ter validade, deve ser aceito pelo acusado.

É isso mesmo! O acusado pode se negar a aceitar o perdão da vítima, caso em que a ação
prosseguirá!

PÓS-PROCESUAL: SÓ É POSSIVEL PERDOAR APÓS INICIADA A AÇÃO PENAL!

Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece a queixa


no prazo legal).

Casos de PEREMPÇÃO:

• Quando o querelante falace ou se torna incapaz, e seus sucessores não comparecem em


juízo para substituí-lo em até 60 dias;

• Quando o querelante deixa de dar andamento no processo por 30 dias consecutivos;

• Quando o querelante deixa de comparecer a um ato do processo ao qual deva estar


presente, sem motivo justificado;

• Quando o querelante deixa de formular o pedido de condenação nas alegações finais;

• No caso de querelantes pessoas jurídicas, quando esta se extinguir e não deixar sucessor;

Ou seja:
 Desinteresse do acusado;
 Deixa de cumprir as obrigações processuais;
 Acarreta a extinção da punibilidade.

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PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA

Lei 7960/89 (Prisão Temporária) Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face
da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o
prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir,
ouvirá o Ministério Público.§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir
do recebimento da representação ou do requerimento.

Prisão temporária: 5 dias ou 30 dias para crimes hediondos ou equiparados!

PRISÃO PREVENTIVA:

1 - Crime doloso com pena máxima superior a 4 anos (REGRA)

2 - Reincidência em crime doloso -> Não precisa ser +4 anos

3 - Descumprimento medida protetiva de urgência (subsidiária) -> Não precisa ser +4 anos

4 -Dúvida sobre ID civil -> Não precisa ser +4 anos

Furto Simples: 1 a 4 anos – Delegado pode arbitrar fiança!

Lembre-se que PRISÃO TEMPORÁRIA tem um rol taxativo de crimes que admite!!

Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso da investigação


policial, o prazo para a conclusão das investigações, no âmbito do competente inquérito
policial, iniciar-se-á a partir da decretação da PRISÃO PREVENTIVA!!!

Uma vez decretada a PRISÃO PREVENTIVA, não é admitida a concessão de fiança posterior,
com liberdade provisória.

FIANÇA NÃO COMBINA COM PREVENTIVA!

De forma sucinta para memorizar:

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Prisão ILEGAL: Cabe Relaxamento
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Prisão LEGAL: Cabe Revogação

Se a PRISÃO FOI ILEGAL, as provas obtidas em decorrência dela são ILEGAIS.

A prisão provisória é sinônimo de prisão cautelar, logo, a PRISÃO EM FLAGRANTE é uma


espécie de PRISÃO PROVISÓRIA.

Com o advento do pacote anticrime não é possível decretar de ofício a prisão preventiva,
todavia sua revogação PODE SER DE OFÍCIO.

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Decisão proferida em audiência de custódia reconhecendo a atipicidade do fato não faz coisa
julgada.

A AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA serve para verificar a legalidade da prisão, devendo o juiz abster-
se de fazer interrogatório.

O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum.

O Agente Diplomático é inviolável, e que por tal razão não poderá ser objeto de nenhuma
forma de detenção ou prisão. É um privilégio que se estende também ao familiar do agente
diplomático, logo o Estado acreditado, deve trata-lo com devido respeito e impedir qualquer
ofensa à sua liberdade e integridade.

Será admitida a decretação da prisão preventiva:

III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas
de urgência; APENAS PARA CUMPRIR MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA!

NÃO SERÁ DECRETADA QUANDO:

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Primariedade do agente, e a pena máxima não passa de 4 anos.

Não há reincidência em crime doloso com sentença transitada em julgado, por esses
motivos a preventiva não pode ser decretada.  DOLOSO 

A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar as excludentes de


ilicitude!

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes


deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

AQUI ATENÇÃO! A banca pode tentar de confundir dizendo que é obrigatório qualquer
um do povo realizar a prisão de quem está em flagrante, NÃO É OBRIGATÓRIO, é
facultativo!

Art. 304 § 2: A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante;
mas, neste caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que haja
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

CPP, Art. 186, Parágrafo único.


O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da
defesa.

1º-Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos;
2º-Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial.
3º-Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
I. A prisão preventiva não poderá ser decretada com o fundamento de garantir a instrução
criminal na fase do inquérito policial, pois esse não é tido como instrução criminal.

O crime de desacato vem previsto no art. 331 do CP, sendo crime praticado por particular
contra a administração pública.

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Tais crimes são todos de ação penal pública incondicionada, motivo pelo qual o MP agirá de
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acordo com o princípio da obrigatoriedade.

Na prisão temporária, decorrido o prazo de 5 dias de detenção, o preso deverá ser posto
IMEDIATAMENTE EM LIBERDADE, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.

SEQUÊNCIA DOS ACONTECIMENTOS:

> Apresentação do preso;


> Oitiva:
* Do condutor;
* Das testemunhas (duas ao menos);
> Interrogatório do preso;
> Lavratura do auto (ata) de prisão;
> Imediatamente:
* Comunicar a família do preso (ou pessoa por ele indicada);
* Juiz competente;
* Ministério Público;
> Em 24 horas:
* Entrega da nota de culpa ao preso;
* Remessa de cópia do flagrante ao juízo e ao Defensor Público, caso não informado o nome
do advogado.

NÃO ESQUECER:

Na dúvida entre a autoridade policial indiciar ou não, ele indicia (in dubio pro societate);

Na dúvida entre o promotor oferecer ou não a denúncia, ele oferece (in dubio pro societate);

Na dúvida entre o juiz aceitar ou não a denúncia, ele aceita, (in dubio pro societate);

Na dúvida entre o juiz condenar ou não o réu, ele não condena (in dubio pro reo);

APF=> lugar da prisão


IP => lugar do crime

Veja: Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o


executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o
imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante,
providenciará para a remoção do preso.

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Após lavrar o auto de prisão em flagrante, a autoridade policial deverá em até 24h: remeter
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o APF ao juiz, à defensoria (caso o acusado não tenha advogado) e entregar ao preso a nota
de culpa.

Nos crimes culposos não cabem prisão preventiva nem temporária.

Substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar:

Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com


deficiência;  AQUI É O CPP, NÃO CONFUNDA COM A LEP!

Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

- Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.

- Gestante a partir do 7º mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. (REDAÇÃO ANTIGA,
agora é qualquer gestante!)

- maior de 80 anos;

- extremamente debilitado por motivo de doença grave. (não basta ser doença grave, tem
que causar extrema debilidade!)

A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação ou manutenção


da prisão preventiva como garantia da ordem pública, considerando que indicam que a
personalidade do agente é voltada à criminalidade, havendo fundado receio de reiteração.

Diferença entre AÇÃO CONTROLADA e FLAGRANTE ESPERADO:

AÇÃO CONTROLADA: o agente já está em flagrante da prática do crime.

FLAGRANTE ESPERADO: o agente ainda não está em flagrante, e a autoridade policial fica na
expectativa da sua ocorrência para efetuar a prisão.

Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará


o auto, depois de prestado o compromisso legal.

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Atualmente, não há crime que não seja passível de liberdade provisória no ordenamento
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jurídico pátrio. Até mesmo os crimes inafiançáveis admitem a concessão de liberdade
provisória, mas sem o arbitramento de fiança.

OBS: Segundo o livro de processo penal do professor Aury Lopes, dois momentos devem ser
rigidamente observados no que tange à prisão em flagrante:
1) Comunicação imediata à autoridade judiciária e demais pessoa pelo preso indicada (Art.
306)
2) Conclusão do auto de prisão em flagrante, EXPEDIÇÃO DA NOTA DE CULPA,
encaminhamento para a autoridade judiciária, ambas em até 24 horas.
A não realização enseja ilegalidade da prisão em flagrante e consequente relaxamento.

Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal ► FLAGRANTE PRÓPRIO

II - acaba de cometê-la ► FLAGRANTE PRÓPRIO

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração ► FLAGRANTE IMPROPRIO

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração ► FLAGRANTE FICTO OU PRESUMIDO

NÃO CONFUNDA:

FLAGRANTE PREPARADO (PROVOCADO, CRIME DE ENSAIO): Ocorre quando


alguém, instiga o agente a praticar o delito.

FLAGRANTE FORJADO (FABRICADO, MAQUINADO, URDIDO): Ocorre quando


alguém cria um crime inexistente.

Hipóteses em que NÃO SERÁ POSSÍVEL a PRISÃO EM FLAGRANTE:

1. Crime praticado pelo Presidente da Republica


2. Crime praticado por pessoa detentora de Imunidade Diplomática
3. Autor de acidente automobilístico culposo que socorre a vítima - art. 301 do CTB
4.Aquele que se apresenta espontaneamente perante a sociedade
5. autor de infração de menor potencial ofensivo que assume o compromisso de
comparecimento.

Presidente, chefe de governo estrangeiro e diplomatas = NÃO PODEM SER PRESOS EM


FLAGRANTE.

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Juízes, membros do MP, parlamentares do C.N = presos apenas em flagrante de crime
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INAFIANCÁVEL.

Para não esquecer: a impossibilidade de pagar fiança em determinado caso não impede a
concessão de liberdade provisória, pois são institutos diferentes.

O valor da fiança:

1 a 100 < 4 anos


10 a 200 > 4 anos

Situação econômica do preso


I- Dispensada
II - Reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços)
III - Aumentada em até 1.000 (mil) vezes

CASSAÇÃO DA FIANÇA  fiança incabível; nova tipificação que a torne inafiançável; delito
inafiançável.

REFORÇO DA FIANÇA  fiança insuficiente; depreciação (em caso de materiais ou pedras


preciosas); inovação do delito, acarretando a classificação para crime afiançável;

QUEBRA DA FIANÇA  deixar de comparecer a ato do processo, s/ motivo justo, quando já


intimado; ato obstrução; descumprimento medida cautelar; ordem judicial; nova infração
penal dolosa  Perda de 1/2 (metade) do valor;

PERDA DA FIANÇA  acusado condenado que não se apresenta para cumprimento da pena!
 Perda do valor total da fiança.

No cometimento de crime hediondo: O meliante não pode pagar para sair, mas pode sair de
graça! (Esquisito, né? Coisas do nosso Direito!)

Quando receber o auto de prisão, o juiz poderá ainda:

 Relaxar prisão (quando ilegal)


 Conceder Liberdade Provisória (Com ou sem fiança)
 Converter a prisão em flagrante, em prisão preventiva.

Súmula 145: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível
a sua consumação.

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Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e o
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preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado.

Em 24h:
Entregar a nota de culpa (nome do condutor, testemunhas e motivo da prisão)

Ou seja, a autoridade policial assina e indica o nome do condutor e das testemunhas. (Não
há indicação do nome da vítima).

A BUSCA PESSOAL independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada


suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que
constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar.

Prisão temporária NÃO CABE por conveniência da instrução criminal.

 FLAGRANTE COMPULSÓRIO = POLICIAL;


 FLAGRANTE FACULTATIVO = QUALQUER PESSOA.

Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver absolvido o
acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado,
será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código.
 DEVOLVE VALOR DA FIANÇA!

DA PRISÃO EM FLAGRANTE:
Vamos repassar de forma mais aprofundada essa parte, pois é muito importante para o
cargo de Agente de Polícia:

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
O povo – pode.
Autoridades policiais – devem.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;

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FLAGRANTE PRÓPRIO, PERFEITO, REAL OU VERDADEIRO: é caracterizado pelo indivíduo que
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está cometendo a infração ou acabou de cometer o crime e a força policial consegue pegá-
lo nesses dois jeitos.

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
FLAGRANTE IMPRÓPRIO, IMPERFEITO, IRREAL OU QUASE FLAGRANTE: é caracterizado
quando o sujeito é perseguido pela polícia ou pelos cidadãos que viram ou ficaram sabendo
do ato logo após ele ter acontecido, ou seja, é caracterizado essa modalidade quando o
sujeito é perseguido logo após ele ter praticado o ato, mesmo que tenham perdido de vista.

IV - é encontrado, LOGO DEPOIS, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
FLAGRANTE PRESUMIDO, FICTO OU ASSIMILADO: é aquele que o sujeito é encontrado LOGO
DEPOIS (atenção a esse termo) o cometimento do crime, com instrumentos, objetos ou
coisas que façam presumir que ele praticou o crime.

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto
NÃO cessar a permanência.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá,
desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso.
Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório
do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. (ordem de ouvida: preso, condutor,
testemunhas)

§ 2o A falta de testemunhas da infração NÃO impedirá o auto de prisão em flagrante; mas,


nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
Art. 305. Na falta ou no impedimento DO ESCRIVÃO, qualquer pessoa designada pela
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
IMEDIATAMENTE ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada.
Esse artigo cai muito em prova, IMEDIATAMENTE comunicada ao juiz competente, ministério
público e família do preso.

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§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
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competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado NÃO informe o nome de seu
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
24 HORAS - APF AO JUIZ.
§ 2o NO MESMO PRAZO (24 horas) , será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de
culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas.
24 HORAS - NOTA DE CULPA.
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício
de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que
fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar
conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será
logo apresentado à do lugar mais próximo.
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de
prisão em flagrante.
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de ATÉ 24 (VINTE E
QUATRO) HORAS APÓS A REALIZAÇÃO DA PRISÃO, o juiz deverá promover AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria
Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) PAC
(importante lembrar desses artigos)

I - RELAXAR A PRISÃO ILEGAL; ou

II - Converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos


constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
cautelares diversas da prisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em
qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao
acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os

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atos processuais, sob pena de revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
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13.964, de 2019) (Vigência)

§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa


armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, DEVERÁ DENEGAR A
LIBERDADE provisória, com ou sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência) mais um artigo do PAC (pacote anticrime) para gravar na mente.
DENEGAR – verbo 1. transitivo direto recusar a veracidade de; NEGAR. 2. transitivo direto dar
despacho contrário a; indeferir.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e
penalmente pela omissão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput
deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará
também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da
possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305) artigo com ação direta
de inconstitucionalidade.

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QUESTÕES COMENTADAS PROCESSO PENAL
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INQUÉRITO POLICIAL:

1. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERIS - AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- SERIS - AL - Agente Penitenciário
Com relação ao processo penal brasileiro, julgue o item a seguir.

Arquivamento de inquérito policial é medida excepcional, admitida somente quando dos


autos emergirem, de plano, a atipicidade da conduta, a existência de causa de extinção da
punibilidade e a ausência de indícios de autoria sobre a materialidade do delito, sendo
necessário exame aprofundado e exauriente das provas.

ERRADO - De acordo com entendimento jurisprudencial (STJ; AgRg no RHC 143.320/RO, Rel.
Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, DJe 29/6/2021), não é necessário
um exame aprofundado e exauriente das provas, bastando para tanto:

1) Atipicidade da conduta;

2) Existência de causa de extinção de punibilidade;

3) Ausência de indícios de autoria ou de provas sobre a materialidade do delito.

2. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-SE - Escrivão de Polícia
A respeito do inquérito policial, julgue o item seguinte.

As provas não repetíveis colhidas na fase investigativa não dependem, em regra, de


autorização judicial.

CERTO - Provas cautelares → Autorização judicial, em regra.

Provas antecipadas → Autorização judiciária.

Provas não repetíveis → Não dependem, em regra, de autorização judicial.

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3. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
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PC-SE - Escrivão de Polícia
A respeito do inquérito policial, julgue o item seguinte.

Concluído o inquérito policial em que se investiga crime de ação penal privada, os autos
deverão, obrigatoriamente, ser entregues ao ofendido ou seu representante legal, mediante
traslado.

ERRADO - Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

4. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Agente de Polícia - Prova Anulada
Acerca do inquérito policial, julgue o item subsequente.

Pode a autoridade policial deferir ou indeferir pedido de prova feito pelo indiciado ou pelo
ofendido no inquérito.

CERTO - Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

5. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Agente de Polícia - Prova Anulada
Acerca do inquérito policial, julgue o item subsequente.

O inquérito policial pode ser dispensado com base em elementos colhidos em inquérito civil
instaurado para apurar ilícitos administrativos.

CERTO - Galera, é só você colocar na cabeça que o inquérito policial é dispensável.

Para que serve o inquérito? Para colher informações necessárias para a propositura da ação
penal, se você já possui essas informações, para que instaurar inquérito policial?

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6. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Agente de Polícia - Prova Anulada
Acerca do inquérito policial, julgue o item subsequente.

Verificado equívoco na instauração de inquérito para apurar crime de ação privada, deverá o
delegado promover seu arquivamento.

ERRADO – Questão batida de prova! Autoridade policial NUNCA arquivará o inquérito


policial!

7. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Agente de Polícia - Prova Anulada
Acerca do inquérito policial, julgue o item subsequente.

Em se tratando de crime de ação privada, o inquérito poderá ser instaurado por requisição
do Ministério Público.

ERRADO - §5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

8. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal
Acerca da aplicação das normas processuais penais, julgue o item subsequente.

O indiciamento constitui mero juízo de possibilidade de autoria, não havendo a necessidade


da existência de eventuais elementos informativos acerca da materialidade do crime.

ERRADO - O indiciamento tem definição legal no inciso 6.º, do artigo 2.º, da Lei n.º
12.830/2013:

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“O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
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análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias”.

Dessa forma, há necessidade de elementos mais objetivos sobre a autoria e a materialidade


da conduta.

9. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal
Julgue o item a seguir, relativos a direito processual penal.

Para a instauração de inquérito de ação penal privada, é imprescindível o requerimento de


quem tenha qualidade para intentá-la.

CERTO - § 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

10. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
PC-RR - Agente Carcerário
Com relação à ação penal, julgue o item subseqüente.

Vícios formais verificados no inquérito policial ensejam a nulidade da respectiva ação penal.

ERRADO - Eventuais vícios ou ilegalidades na fase investigatória não contaminam o processo


penal subsequente, salvo se se tratar de provas ilícitas.

11. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
PC-RR - Agente Carcerário
Considerando a situação hipotética em que um indivíduo — Flávio — tenha sido preso em
flagrante delito, após ter danificado, mediante pauladas, viatura policial, julgue o item
subseqüente.

Tratando-se de indiciado preso em flagrante, o inquérito policial deverá ser encerrado em, no
máximo, 30 dias e, em seguida, remetido ao Poder Judiciário.

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ERRADO - Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver
solto, mediante fiança ou sem ela.

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AÇÃO PENAL:
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12. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- SEFAZ-CE - Auditor Fiscal Jurídico da Receita Estadual
Em relação a ação penal e extinção da punibilidade, julgue o seguinte item.

Em caso de morte de ofendido, o irmão da vítima não está incluído no rol de legitimados para
propor queixa-crime contra o ofensor.

ERRADO - § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.

13. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- SEFAZ-CE - Auditor Fiscal Jurídico da Receita Estadual
Em relação a ação penal e extinção da punibilidade, julgue o seguinte item.

O perdão concedido pela vítima a um dos ofensores se estende a todos os querelados, não se
extinguindo a punibilidade de quem o recusar.

CERTO - CPP - Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem
que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.

Vigora o princípio da indivisibilidade, que se encontra presente apenas na ação de iniciativa


privada.

14. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-DF - Agente de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal
Acerca da aplicação das normas processuais penais, julgue o item subsequente.

Em se tratando de crimes de ação penal pública condicionada, o inquérito policial deverá ser
iniciado por representação de membro do Ministério Público.

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ERRADO - Não será do MP, mas sim do ofendido ou seu representante legal.
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15. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal
Com relação a processo penal, julgue o item a seguir.

Caso um funcionário público tenha sido denunciado por suposta prática de crime, o juiz
poderá rejeitar a denúncia se estiver convencido, pela resposta do acusado, da improcedência
da ação.

CERTO - CPP, Art. 516- O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se
convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da
improcedência da ação.

16. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal
Julgue o item a seguir, relativos a direito processual penal.

O juiz, em qualquer fase do processo, ao reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-


lo de ofício.

CERTO - Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade,
deverá declará-lo de ofício.

Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois
de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.

17. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
TCE-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Direito
Considerando aspectos gerais do direito penal brasileiro, julgue o item subsecutivo.

Não cabe ação penal privada subsidiária da pública se o Ministério Público, em vez de oferecer
denúncia, promover o arquivamento do inquérito policial dentro do prazo legal.

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CERTO - Ora, se o MP propôs o arquivamento, não é caso de inércia; ele foi diligente, atuou,
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apenas considerou que não era caso de prosseguimento da persecução criminal.

18. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CODEVASF Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - CODEVASF - Assessor Jurídico - Direito
Com relação ao processo penal, julgue o item subsequente.

A ação penal privada subsidiária da pública é cabível quando o Ministério Público arquiva o
inquérito sem realizar fundamentação adequada.

ERRADO - Só cabe ação penal privada subsidiária da pública quando o MP é inerte!

19. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CODEVASF Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - CODEVASF - Assessor Jurídico - Direito
Com relação ao processo penal, julgue o item subsequente.

As limitações ao direito de renúncia e ao perdão do ofendido são decorrentes da


indivisibilidade da ação penal privada.

CERTO - Tanto a renúncia quanto o perdão são decorrentes da indivisibilidade; não tem como
perdoar só um ou renunciar o direito de queixa contra apenas um querelado. É indivisível!

20. Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AL-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2011 -
AL-CE - Analista Legislativo - Direito
Julgue o próximo item a respeito de prisão preventiva, competência penal, processo e prova.

Segundo o princípio da indivisibilidade da ação penal, a renúncia ao exercício do direito de


queixa, em relação a um dos autores do crime, obrigará a continuidade do processo de todos
os autores.

ERRADO - Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores
do crime, a todos se estenderá.

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21. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
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PC-RR - Agente Carcerário
Com relação à ação penal, julgue o item subseqüente.

A ação penal privada poderá ser intentada mediante queixa, tanto pelo ofendido como por
seu representante legal.

CERTO - Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar
a ação privada.

22. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
PC-RR - Agente Carcerário
Com relação à ação penal, julgue o item subseqüente.

Ocorrendo crime que enseje ação penal pública condicionada à representação, a retratação
do ofendido somente poderá ser recebida até a data do oferecimento da denúncia.

CERTO - Art. 25 – A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

23. Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
PC-RR - Agente Carcerário
Com relação à ação penal, julgue o item subseqüente.

A ação penal pública incondicionada será iniciada por denúncia a ser oferecida pelo
representante do Ministério Público.

CERTO - Ação penal pública incondicionada é de do Ministério Público, mediante a inicial


acusatória denominada denúncia.

Não se sujeita a nenhuma condição nem manifestação de vontade da vítima ou terceiro. Ou


seja, verificando a presença das condições da ação e havendo justa causa para o
oferecimento da denúncia, a atuação do MP não necessita de implemento de qualquer
condição.

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PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA:
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24. Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 -
DPE-DF - Analista de Apoio à Assistência Judiciária - Direito
Com relação ao processo penal, julgue o item a seguir.

O juiz poderá decretar, de ofício, a prisão preventiva em qualquer fase do processo, sendo-
lhe vedado decretá-la na fase da investigação policial.

ERRADO - Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante
ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. Vemos no Art. 311 que não
cabe prisão preventiva de ofício pelo juiz!

25. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERIS - AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- SERIS - AL - Agente Penitenciário
Em relação às alterações promovidas pela Lei n.º 13.964/2019, que modificou, entre outros
normativos, o Código Penal e o Código de Processo Penal, julgue o item subsequente.

Considere que um juiz de primeiro grau, no curso da ação penal, tenha determinado a prisão
preventiva do acusado, sem prévia manifestação do Ministério Público, em razão da prática
de crime hediondo com resultado morte. Nessa situação, foi equivocada a providência da
autoridade judiciária, dadas as novas regras da prisão cautelar.

CERTO - A nova redação do art. 282, § 2º, do CPP, deixa claro que a prisão de ofício deixou
de existir, pois o juiz passa a depender de iniciativa das partes ou de representação da
autoridade policial.

§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou,
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade
policial ou mediante requerimento do Ministério Público.

26. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERIS - AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- SERIS - AL - Agente Penitenciário
Com relação ao processo penal brasileiro, julgue o item a seguir.

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É ilegal o uso de algemas em mulheres presas grávidas durante os atos médico-hospitalares
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preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em
mulheres durante o período de puerpério imediato.

CERTO - Art. 292. Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas
durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o
trabalho de parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato.

27. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-SE - Escrivão de Polícia
No que tange à implantação das audiências de custódia no estado de Sergipe e às
modalidades de prisão previstas no ordenamento jurídico brasileiro, julgue o item a seguir.

Considere que um indiciado preso pelo crime de tráfico de drogas tenha sido apresentado
para audiência de custódia, ocasião em que o juiz, de ofício, converteu a prisão em flagrante
em prisão preventiva. Nessa situação, dada a gravidade do crime, é legal o procedimento
adotado pelo magistrado.

ERRADO - O erro da questão é a conversão de ofício.

O sistema acusatório prima pela separação das posições de julgador e acusador, cujo
entendimento ficou pacífico no STF e STJ, sobretudo, com o pacote anticrime. Portanto, tem
que ler os artigos do CPP partindo do entendimento de que a conversão será por
representação da autoridade policial ou requerimento do ministério público no exemplo
acima, não cabendo a conversão de ofício.

28. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-SE - Escrivão de Polícia
No que tange à implantação das audiências de custódia no estado de Sergipe e às
modalidades de prisão previstas no ordenamento jurídico brasileiro, julgue o item a seguir.

As audiências de custódia devem ser feitas em todas as modalidades de prisão, o que alcança,
também, a prisão temporária.

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CERTO - As audiências de custódia, no prazo de 24 horas, deverão ser feitas em todas as
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modalidades prisionais, inclusive prisões temporárias, preventivas e definitivas.

29. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-SE - Escrivão de Polícia
No que tange à implantação das audiências de custódia no estado de Sergipe e às
modalidades de prisão previstas no ordenamento jurídico brasileiro, julgue o item a seguir.

A prisão temporária poderá ser decretada somente em determinados crimes, não


abrangendo toda e qualquer infração penal.

CERTO - Art. 1° Caberá prisão temporária:

I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;

III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação
penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);

c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e
parágrafo único);

h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela


morte (art. 270, caput,combinado com art. 285);

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l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
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m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de
sua formas típicas;

n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);

o) crimes contra o sistema financeiro;

p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.

30. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-SE - Agente de Polícia Judiciária
No que tange à implantação das audiências de custódia no estado de Sergipe e às
modalidades de prisão previstas no ordenamento jurídico brasileiro, julgue o item a seguir.

A prisão domiciliar é destinada exclusivamente a presos já condenados, em cumprimento da


pena em regime aberto.

ERRADO - Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou


acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.

Vejam que o artigo fala em indiciado ou acusado, logo não exige que o indivíduo tenha
sofrido uma condenação definitiva para fazer jus a essa prisão.

Ademais, o artigo 318 revela a possibilidade de substituição da prisão preventiva,


modalidade de prisão cautelar, pela prisão domiciliar, desde que o agente se enquadre em
alguma das hipóteses do presente artigo. Vejamos:

• I - maior de 80 (oitenta) anos;


• II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
• III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade
ou com deficiência;
• IV - gestante;
• V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
• VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze)
anos de idade incompletos.

31. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Agente de Polícia - Prova Anulada

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A autoridade policial instaurou inquérito policial em virtude de crime de lesões corporais
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leves cometidos contra mulher no âmbito familiar. O inquérito foi relatado e enviado ao Poder
Judiciário.

Considerando essa situação hipotética julgue o item seguinte.

Caso o inquérito policial tenha sido instaurado por auto de prisão em flagrante, é incabível a
concessão de fiança.

ERRADO - O que define o pagamento da fiança pela autoridade policial não é a prisão em
flagrante, mas sim a pena e, claro, o tipo penal.

32. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- SEFAZ-CE - Auditor Fiscal Jurídico da Receita Estadual
Com a prisão em flagrante do autuado, foi instaurado inquérito pela Polícia Civil do Estado do
Ceará para investigar crime de ação penal pública previsto no Código Penal e punido com
pena de reclusão. A vítima reconheceu o preso, e este permaneceu calado. Concluídas as
diligências, o delegado elaborou o relatório final.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Em se tratando de prisão em flagrante de crime punido com reclusão, o autuado não tem
direito à liberdade provisória.

ERRADO - O fato do crime ser punido com reclusão não veda a concessão de liberdade
provisória!

Até crimes hediondos, embora inafiançáveis, permitem liberdade provisória, se preenchido


os requisitos legais.

33. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Escrivão de Polícia - Prova Anulada
Joacir foi preso em flagrante pela prática de determinado crime. A pena prevista para tal
crime é um a quatro anos de reclusão. Ele negou a autoria do crime e acusou a vítima de ter
forjado a situação de flagrância.

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A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
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A prisão de Joacir deverá ser imediatamente relaxada se for reconhecida a ilegalidade do
flagrante pela autoridade judiciária.

CERTO - A lei impõe o relaxamento como remédio para combater a prisão ilegal, qualquer
que seja sua modalidade.

34. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-AL - Escrivão de Polícia - Prova Anulada
Joacir foi preso em flagrante pela prática de determinado crime. A pena prevista para tal
crime é um a quatro anos de reclusão. Ele negou a autoria do crime e acusou a vítima de ter
forjado a situação de flagrância.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Considerando-se apenas a pena abstrata prevista para o crime, o delegado poderá conceder
a liberdade provisória mediante arbitramento de fiança.

CERTO - CPP, Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.

35. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal
Acerca da prisão, julgue o item que se segue.

Em caso de falta ou impedimento do escrivão, qualquer pessoa compromissada e designada


pela autoridade pode lavrar o auto de prisão em flagrante.

CERTO - Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

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36. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
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PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal
Acerca da prisão, julgue o item que se segue.

Ainda que não haja testemunhas da infração penal, poderá ser realizado o auto de prisão em
flagrante, caso em que o auto deverá ser assinado por duas testemunhas da apresentação do
preso à autoridade e pelo condutor do flagrante.

CERTO - Art. 304 § 2 A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

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