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POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA


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Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, aqui seguem nossas redes sociais:


Carlos Sobrinho - @sobrinhoqc
Bruno Aguiar - @brunoaguiaaar
Jeferson Aguiar - @jeff.concurseiro

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SUMÁRIO

Formação do território paraibano................................................................................ 3

Geografia física: relevo, clima, vegetação, hidrografia................................................ 16

Geografia humana: aspectos econômicos, sociais e culturais..................................... 19

Globalização e as políticas neoliberais......................................................................... 25

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FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO PARAIBANO
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"A Paraíba é um dos estados brasileiros que formam a Região Nordeste. Situado entre
o Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, o estado é composto pelas formas de
relevo que caracterizam a Depressão Sertaneja e o Planalto da Borborema, além da
planície litorânea a leste.

Os dois tipos climáticos predominantes são o semiárido e o tropical quente e úmido.


A economia paraibana é liderada pelo setor terciário, seguido da indústria, sobretudo
da construção civil e da produção de couros e calçados. Na agricultura, a cana-de-
açúcar se sobressai."

Dados gerais da Paraíba

Região: Nordeste.

Capital: João Pessoa.

Governo: democrático representativo, com o governador à frente do Poder Executivo


estadual.

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Área territorial: 56.467,242 km² (IBGE, 2020). 4

População: 4.039.277 habitantes (IBGE, 2020).

Densidade demográfica: 66,70 hab/km² (IBGE, 2010).

Fuso: Horário Padrão de Brasília (GMT -3 horas).

Limites:
• A Paraíba está totalmente no Hemisfério Sul;
• A Paraíba está inserida na zona térmica intertropical;
• Limites: Norte (Rio Grande do Norte) – Sul (Pernambuco) – Leste (Oceano
Atlântico) – Oeste (Ceará);

Ponto mais oriental das Américas – Ponta do Seixas

CIDADES MAIS POPULOSAS

João Pessoa (PB) 817.511

Campina Grande (PB) 411.807

Santa Rita (PB) 137.349

Patos (PB) 108.192

Bayeux (PB) 97.203

Sousa (PB) 69.723

Cabedelo (PB) 68.767

Cajazeiras (PB) 62.289

Guarabira (PB) 59.115

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Sapé (PB) 52.804

"A Paraíba é um estado brasileiro localizado na Região Nordeste. Dispõe de um litoral


atlântico, onde se localiza a sua capital, João Pessoa. Ao norte, o território paraibano
faz fronteira com o Rio Grande do Norte; a oeste, com o Ceará; e ao sul, com
Pernambuco. Com área de 56.467 km², é o sétimo menor estado do Brasil.

O Nordeste do Brasil é dividido em quatro sub-regiões, e o território paraibano está


inserido em três delas:

- o Sertão nordestino, que abrange a metade oeste do estado;

- o Agreste, em uma faixa central; e

- a Zona da Mata, a leste."

A Paraíba é dividida em mesorregiões administrativas, que são coincidentes com as sub-


regiões nordestinas.

O mapa abaixo é administrativo, mas podemos usá-lo para pensar o quadro natural
paraibano. Em termos físicos, no mapa poderíamos incluir a planície litorânea, e gostaria que
você observasse que planalto da Borborema é quase uma continuação do Agreste, porém é
uma zona de transição climática para o sertão. O planalto da Borborema possui origem
rochosa cristalina, muito antiga e desgastada pela erosão.

Possui altitudes modestas, entre 800 e 1200m e está numa região em que a cobertura
rochosa é de origem sedimentar.

• A Paraíba é dividida em quatro Mesorregiões:


• Zona da Mata;
• Agreste;
• Borborema;
• Sertão

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A Paraíba possui estrutura rochosa predominantemente sedimentar, e relevo bastante


desgastado, em que o sertão é uma depressão, mas o planalto da borborema cristalino
(rochas mais duras e resistentes).

O agreste está numa região de depressões entre o planalto da Borborema e os tabuleiros


litorâneos:

ZONA DA MATA

• A Mata Paraibana abrange 5.327,0 km²;


• 9,87% do território estadual;
• 30 municípios;
• Primeira mesorregião a ser ocupada;
• É banhada pelo Oceano Atlântico;
• Litoral com pontas e enseadas de forma alternada (Recifes de corais);
• Litoral com falésias vivas e mortas;

• Distingue-se nessa Mesorregião três grandes compartimentos geomorfológicos:


• a baixada litorânea ou planície litorânea;
• o baixo planalto costeiro ou tabuleiro; as planícies de várzea

Zona da Mata – Relevo

Planície Litorânea

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• Nela são encontradas as praias, as planícies flúvio-marinhas, as dunas e as restingas.
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PRAIAS
• As praias da Paraíba são mais estreitas ao Sul e mais largas ao Norte (Tabuleiros);
• Ponto mais oriental das Américas (Ponta do Seixas);
DUNAS
• “montes de areia móveis depositados pela ação do vento”;
• Elas podem ser marítimas, quando localizadas na borda do litoral;
• Continentais, quando situadas no interior do continente;
• Na Paraíba, só as dunas marítimas são encontradas (Litoral Norte).

Planícies de Várzea
• Áreas das margens dos rios que inundam na época das cheias;
• Corta os tabuleiros.

Zona da Mata – Vegetação

Mata Atlântica
• Vegetação densa e intricada;
• Perenifólia (Sempre verde);
• Arbórea (Porte alto – mais de 30m) – Troncos grossos;
• Latifoliada (Folhas largas);
• Espécies famosas (Jatobá / Louro / Visgueiro / pau-brasil).

Cerrado (Topo dos tabuleiros)


• Herbácea-Arbustiva (porte pequeno e médio);
• Presença de gramíneas com arbustos espaçados;
• Troncos e galhos retorcidos;
• Espécies famosas (Mangaba / Lixeira / Cajuí).

Manguezais
• Áreas de estuário e ao longo dos rios – Influência das marés;
• Mais famosos (Rio Paraíba – Rio Mamanguape);
• Solo com muito sal, matéria orgânica e falta de oxigênio;
• Vegetação pneumatófora (Raízes respiratórias);
• Vegetação Halófita (Adaptadas ao sal);
• Espécies mais famosas (Mangue vermelho / Mangue Siriúba / Mangue de botão /
Mangue Branco).

Zona da Mata – Hidrografia

• Predominância de rios perenes;


• Rio Paraíba (Nasce em Monteiro/Borborema);
• Rio Mamanguape (Nasce no Planalto da Borborema) – deságua numa área de
preservação (Peixe boi).

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Zona da Mata – Economia

• Pau-brasil – Cana de açúcar – Usinas – Bóias frias;


• É a mesorregião mais industrializada;
• Destaca-se o turismo;
• O setor predominante na economia da Zona da Mata é o terciário (Comércio e
Serviços);
• Mais populosa e mais desenvolvida;

Economia da PB
• Setor primário (2016): +-4%;
• Setor secundário (2016): +-16%;
• Setor terciário (2016): +-80%;

AGRESTE

• O Agreste localiza-se na retaguarda da Zona da Mata;


• 66 municipios;
• Possui uma área de 13.432km² - Corresponde a 23,8% do território paraibano;
• O Agreste é marcado pela pluralidade das condições naturais e sociais – Diversidade;
• É marcada pela policultura e pecuária;
• Mais baixos índices de concentração fundiária (PB);
• Alta densidade populacional;
• Estende-se da retaguarda dos tabuleiros até o início da Borborema;
• Possui o Brejo como uma unidade bem particular.

Agreste – Relevo
Depressão sublitorânea
• Situa-se na retaguarda dos tabuleiros costeiros (300m);
• Em alguns lugares é interrompida pelos esporões do planalto da Borborema – as vezes
encontra o próprio planalto da Borborema;
• Pode-se perceber um relevo semi-colinoso;
• Clima tropical subúmido;
• Vegetação de transição.

Contrafortes (Esporões) orientais da Borborema


• Esporões que avançam até a depressão sublitorânea;
• Possui um alinhamento subparalelo de cristas alternado por falhas que possuem o
sentido SW-NE;

São conhecidos como serras (Serra da raiz 331m – Serra do Quirino – Serra do Uruçu – Serra
de Boqueirão

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Escarpa Oriental da Borborema
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• Corresponde a frente oriental do Planalto da Borborema;
• Sofre com processos erosivos – apresenta vertentes íngremes e vales profundos em
“V”;
• Atinge até 600m nos topos;
• Nessa região encontramos o Brejo paraibano;
• Ocupa grande parte da porção oriental da Borborema;
• Pluviosidade de 1200 – 1500 mm – Chuvas orográficas;
• Altitude de até 600m;
• Temperaturas atingem 18°C;
• Rios perenes;
• Vegetação de Mata Atlântica (de altitude) – Reserva ecológica Mata de Pau-
Ferro – Areia;

Superfície Elevada Aplainada da Borborema


• Situa-se na retaguarda da escarpa oriental;
• Ao norte atinge 750m;
• Ao sul atinge 500m;
• Clima tropical subúmido (800-1000mm/ano).

Depressão do Curimataú
• Situa-se próximo as serras na porção norte do estado da PB (300/350m);
• Área rebaixada;
• Clima semiárido;
• Vegetação de Caatinga.

Brejos serranos do norte (Araruna e Cuité) e do sul (Umbuzeiro e Natuba)


• São maciços residuais – Separados da Borborema;
• Atingem 600/800m;
• Presença de granitos.

BORBOREMA

• Localiza-se entre o Sertão e o Agreste;


• Localiza-se na porção central da Paraíba (Planalto da Borborema);
• Possui os mais baixos índices pluviométricos do estado da PB;
• Possui solos salgados – pouco espessos – pedregosos (Clima);
• O clima e o solo influencia na atividade agrícola e na ocupação humana;
• Possui os mais baixos índices de densidade populacional da PB;
• Possui várias áreas com minerais;
• Possui 4 microrregiões (Cariri Ocidental – Cariri Oriental – Seridó Ocidental – Seridó
Oriental); A Borborema abrange 16.013km² - 28,3% da PB.

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• A produção mineral da PB concentra-se na porção setentrional do Planalto da
Borborema;
• Principais minerais – Pegmatito – Caulim – Scheelita;
Scheelita
• Região de Santa Luzia e São Mamede;
• Minerais de maior importância econômica;
• Explorado por meio da garimpagem artesanal – Predatória;
• São mais explorados na época da seca;
Extrai-se o tungstênio (Metal duro – ferrotungstênio – filamento de lâmpadas).

Barita
• Encontra-se em pequenas minas (Santa Luzia – Várzea);
• Usado em produção de ligas – Endurecimento do chumbo – Fulminantes para
artilharia – Bombas incendiárias – Sinais luminosos verdes – Cerâmica – Explosivos –
Indústria de papel – Goma – Artigos de plástico;
• Existem poucas minas na Paraíba;
Bentonitas
• Argilas – aglomerante de areias de moldagem (Fundição);
• Perfuração de poços de água e petróleo – Clarificante – Impermeabilizante – Dispersor
– Corante;
Localizam-se em Campina Grande e Boa Vista / Cubati e Pedra Lavrada (Seridó Oriental);

Calcário
• Pequenas minas – Garimpagem artesanal;
• Usado na produção de Cal;
• Destaca-se a região de Boqueirão;
Caulim primário
• Encontrada em Juazeirinho e Junco do Seridó;
• Dois tipos: Caulim de veio e Caulim de sal;
• Extraído por meio da garimpagem;
Usado nas indústrias de cerâmica – Tintas – Artefatos de borracha – Papel – Inseticida

Estanho
• Encontrado nos municípios de Juazeirinho, Picuí, Frei Martinho, Cubati, Nova
Palmeira, Baraúnas, Pedra Lavrada, Seridó, Tenório e Junco do Seridó;
• Usado para recobrir metais e proteger da corrosão;
Feldspato
• Usado na fabricação de vidro – Cerâmica Branca – Artigos de limpeza e abrasivos;
• Explorado por meio da garimpagem;
Encontram-se em Pedra Lavrada, Cubati, Picuí e Juazeirinho;

BORBOREMA – Relevo

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SUPERFÍCIE ELEVADA APLAINADA DA BORBOREMA
• Presença dos rios intermitentes;
• Clima semiárido (Quente e seco);
• 6 a 11 meses sem chuva;
• 700mm/ano;
• Solos rasos e pedregosos – salinizados;
• Destaque para a Bacia do Rio Taperoá – abrange 23 municípios – Nascente do Rio
Paraíba (Monteiro) – Barragens de Boqueirão e Sumé.

ESCARPA OCIDENTAL DA BORBOREMA


• Localiza-se no contato do Planalto da Borborema com o Pediplano Sertanejo;
• Altitude de 200-300m;
• Área de encostas bem erodidas.
PEDIPLANO SERTANEJO
• Relevo plano ou semi-colinoso;
• Pequeno trecho na mesorregião da Borborema;

SERRAS DA PORÇÃO MERIDIONAL E OS ALINHAMENTOS RESIDUAIS


• Conjunto de serras localizadas no limite com Pernambuco;
• Serras do Acai – Porteiras – Jararaca;
• Altitudes de 800m;
• Serra de Carnoió (Cabaceiras) – Mais de 1000m.

BORBOREMA – Vegetação

• A principal vegetação encontrada na Borborema é a Caatinga;


• Bioma exclusivamente brasileiro;
• Ocupa aproximadamente 844mil km² (11% do território brasileiro);
• Ocupa os seguintes estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais);
• Ocorre nas áreas do clima semiárido;
• Caatinga = Mata Branca;
• Abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de
anfíbios, 241 de peixes, 221 de abelhas e 932 espécies de plantas – Rica
biodiversidade;
• Explorada principalmente na época de seca – Lenha.

• A principal vegetação encontrada na Borborema é a Caatinga;


• Espécies xerófilas – cactáceas;
• Espécies caducifólias – Decíduas;
• Vegetação Herbácea e arbustiva;
• Sofre com o processo de desertificação;
• Ocorre em áreas de solo raso e pedregoso;

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• Espécies famosas – juazeiro – aroeira – baraúna – facheiro – mandacaru – xique-xique
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– macambira (Espécies espinhosas);
• A vegetação afeta a cultura local – Roupas de couro.
• Dia da Caatinga – 28 de abril.

• Destaca-se na Borborema a caprinocultura – a mineração – e o cultivo de algodão;


• COAPECAL - Cooperativa Agropecuária do Cariri Ltda;
• Cabaceiras – Conhecida como holiúde nordestina (Gravação de filmes – Auto da
Compadecida) – Lajedo do Pai Mateus e da Salambaia – Festa do Bode Rei;

SERTÃO

• Localiza-se na porção Oeste do estado da PB;


• Localiza-se à retaguarda da Borborema;
• Possui 7 microrregiões: Patos, Serra do Teixeira, Piancó, Sousa, Catolé do Rocha,
Itaporanga e Cajazeiras;
• Possui 22.466km²;
• Corresponde a 39,8% do território PB;
Possui três grandes compartimentos morfológicos – Depressão Sertaneja – Serras sertanejas
– Depressão cretácea do Rio do Peixe.

• A ocupação inicial esteve relacionada à expansão da pecuária e à expansão da


cotonicultura;
• O sertão passou a se organizar com base no gado-algodão + policultura tradicional;
• Ocorre também a produção de frutas, hortaliças, feijão e tubérculos;

Microrregião de Catolé do Rocha


• Agricultura – Algodão;
• Pecuária tradicional;
• Produção de feijão (baixa produção);
• Catolé do Rocha é o principal centro de serviços;
Destaca-se São Bento – Indústria têxtil.

Microrregião de Cajazeiras
• Cajazeiras é o principal centro de comercialização de produtos rurais e de serviços;
• Ocorrência de “olhos d’água” – Desenvolvimento da policultura de alimentos;
• Destaca-se o algodão;
• Desenvolvimento da pecuária extensiva.
Microrregião de Sousa
• Presença de açudes – policultura diversificada – áreas pesqueiras;
• A agricultura possui níveis tecnológicos maiores do que as áreas vizinhas;
• Destaca-se o algodão;
• Possui o maior rebanho bovino da Paraíba;
Sousa é o principal centro de comercialização de produtos rurais e de serviços.

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Microrregião de Patos
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• Principal área cotonicultora da PB;
• Policultura (baixo rendimento) – feijão e milho;
• Processo de modernização da pecuária;
• Patos é o principal centro de comercialização de produtos rurais e de serviços;
• Patos também agrega atividade industrial – Beneficiamento de fibra e do caroço do
algodão.
Microrregião de Piancó
• Presença do Rio Piancó e Piranhas – Presença de açudes – Agricultura irrigada –
abastecimento de água dos municípios da região;
• Destaca-se o algodão e a policultura de alimentos;
Encontra-se em processo de aumento da pecuária.

Microrregião de Itaporanga
• Destaca-se o algodão e o gado de médio porte (caprinos);
• Itaporanga é o principal centro de serviços;
Microrregião da Serra do Teixeira
• Área que possui um clima diferente dos seus arredores (Baixas temperaturas e maior
pluviosidade);
• Agricultura mais intensa (Milho, feijão, mandioca, agave) – Extração de fibra;
• A pecuária é uma atividade complementar;
• Teixeira e Princesa Isabel são os dois centros de serviços mais importantes;
• Tavares é o principal centro de comercialização da produção de feijão.

Depressão Sertaneja (Pediplano sertanejo)


• Situa-se à retaguarda das encostas ocidentais da superfície elevada aplainada da
Borborema;
• Corresponde a uma extensa área pediplanizada;
• Possui cerca de 250 -300m;
• O relevo é plano e semi-colinoso;
• Encontramos na depressão sertaneja os Inselbergs (300/400m) – Resíduos da
pediplanação;
• Ao Sul limita-se aos alinhamentos de serras – A Leste limita-se as escarpas do planalto
da borborema – A Oeste limita-se as elevações divisoras de água das bacias do Rio
Piranhas e Jaguaribe – Ao Norte a depressão avança para o RN, diminuindo até
encontrar a costa.

Depressão Sertaneja (Pediplano sertanejo)


• A depressão sertaneja é formada por várias depressões que distribuem-se ao longo
dos rios formadores da bacia do Rio Piranhas;
Depressão de Patos
• Rio Espinharas – Município de Patos;
• Altitudes de 250m;
Depressão do Piancó
• Rio Piancó – Município de Conceição;
• Altitudes entre 250/300m;

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Depressão do Rio Piranhas
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• Serra de Monte Horebe – 600m – Catolé do Rocha/Brejo do Cruz.

Depressão Sertaneja Cretácea do Rio do Peixe


• Localiza-se no extremo noroeste do estado da PB;
• É uma bacia sedimentar;
• Possui cerca de 75km entre Pombal (PB) e Umari (CE);
• Altitude em média de 200m;
• Apresenta relevo plano.

Serras Sertanejas
• Localiza-se a sudoeste do estado da PB;
• Possui sentido Leste-Oeste – Serra do Teixeira;
• Possui escarpa muito íngreme – Altitudes de até 700m;
• É um maciço residual;
• Encontra-se o pico mais alto da Paraíba – Pico do Jabre 1.197m (Maturéia);
• Serra de Monte Horebe (Monte Horebe);
• Essas serras promovem mudanças climáticas locais – Mais frio.

• A hidrografia é composta por Rios intermitentes;


• É comum a prática da agricultura de vazante nas épocas da seca;
• Os solos são pedregosos e rasos;
• Clima semiárido;
• Vegetação de Caatinga.

Clima semiárido
• Quente e seco;
• Temperaturas elevadas (27°C);
• As chuvas são escassas e irregulares (750mm/ano);
• 6 a 11 meses sem chover;
• As chuvas são concentradas no verão;
• Nas serras os índices pluviométricos atingem até 1000mm/ano – As temperaturas são
mais amenas;
• Diversas políticas públicas foram implantadas para resolver o problema da seca
(açudagem, poços artesianos, cisternas, transposição do Rio São Francisco, etc.);

• Polígono das secas: é um território reconhecido pela lei como sujeito a períodos
críticos de prolongadas estiagens. Abrange áreas dos estados de Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas
Gerais e do Espírito Santo;

• Indústria da seca: Políticos que usam da seca para arrecadar investimentos das
esferas governamentais que visam implantar ações emergenciais paliativas em

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detrimento de soluções definitivas. Além de realizar obras com dinheiro público em
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suas propriedades particulares.

Sertão – Vegetação

• A principal vegetação encontrada no Sertão é a Caatinga;


• Bioma exclusivamente brasileiro;
• Ocupa aproximadamente 844mil km² (11% do território brasileiro);
• Ocupa os seguintes estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais);
• Ocorre nas áreas do clima semiárido;
• Caatinga = Mata Branca;
• Abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de
anfíbios, 241 de peixes, 221 de abelhas e 932 espécies de plantas – Rica
biodiversidade; Explorada principalmente na época de seca – Lenha

• A principal vegetação encontrada no Sertão é a Caatinga;


• Espécies xerófilas – cactáceas;
• Espécies caducifólias – Decíduas;
• Vegetação Herbácea e arbustiva;
• Sofre com o processo de desertificação;
• Ocorre em áreas de solo raso e pedregoso;
• Espécies famosas – juazeiro – aroeira – baraúna – facheiro – mandacaru – xique-xique
– macambira (Espécies espinhosas);
• A vegetação afeta a cultura local – Roupas de couro. Dia da Caatinga – 28 de abril

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GEOGRAFIA FÍSICA: RELEVO, CLIMA, VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA.
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RELEVO

Planalto: forma de relevo em que a erosão supera a sedimentação. O melhor exemplo é o


planalto cristalino da Borborema.

Planície: forma de relevo em que a sedimentação supera a erosão. Por exemplo, a planície
litorânea.

Depressão: Área profundamente erodida pelo intemperismo químico (da água), sobretudo
no curso de rios. A depressão sertaneja e agreste.

Relevo da Paraíba

A Paraíba está inserida em três unidades morfológicas. A primeira delas, que corresponde às
terras ocidentais, é a Depressão Sertaneja. A segunda é o Planalto da Borborema, que se
estende pela porção central do estado e também por uma faixa longitudinal na fronteira
sudoeste com Pernambuco. Fica na Borborema o ponto mais elevado do estado, o Pico do
Jabre, com 1.197 metros. Por fim, temos os tabuleiros e a planície litorânea, no extremo leste
da Paraíba."

Principais Relevos

Os mais importantes podem ser enumerados no sentido leste-oeste a partir do


litoral, quais sejam:

• planícies litorâneas e fluviais;


• baixos platôs ou tabuleiros;
• depressão sublitorânea;
• planalto da Borborema;
• depressão do Curimataú;
• depressão sertaneja;
• Geologicamente, o embasamento é constituído por terrenos sedimentares e
cristalinos

CLIMA DA PARAIBA

Dois tipos climáticos são predominantes na Paraíba: o semiárido, que se distribui na


porção ocidental do estado, e o tropical quente e úmido, que se concentra
principalmente nas regiões próximas ao litoral.

- CLIMA SEMIÁRIDO

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O primeiro é caracterizado por um regime pluviométrico irregular e períodos de
estiagem variáveis. A média anual de chuvas fica entre 250 e 750 mm. O segundo é
marcado também pelas altas temperaturas, verões relativamente secos, e outonos e
invernos chuvosos, com índices que podem superar os 1500 mm"

- CLIMA TROPICAL

É o clima predominante no território brasileiro. Ele possui algumas variações, como o tropical
equatorial, de altitude, úmido e semiárido. O clima tropical possui alguns padrões como:

 Alta média térmica.

 Baixa amplitude térmica (variação de temperatura máxima e mínima).


Período de chuvas concentrado no verão (tropical típico) ou no inverno (tropical úmido).

 Litoral e Mata - tropical úmido: no agreste e na borda leste do planalto da Borborema


com as altitudes são maiores as temperaturas são mais baixas, além de chuvas
formadas pelas correntes marítimas e massas de ar: duas estações bem definidas,
inverno seco e verão úmido. Altas médias térmicas e baixa amplitude térmica.

 O clima do litoral nordestino da mata é tropical úmido, que é caracterizado pelo fato
de que suas chuvas são concentradas no inverno.

 Sertão - Tropical semiárido: É o clima do Sertão e da borda ocidental do planalto da


Borborema. Suas principais características são:Baixa pluviosidade. Altas médias
térmicas. Baixa amplitude térmica. Sua caracteristica principal não são as poucas
chuvas, mas a sua irregularidade.

VEGETAÇÃO DA PARAIBA

Vegetação arbóreo-arbustivas. arvores de pequeno porte, casca grossa e tronco retorcido.


Solos pobres e pouco desenvolvidos.

CAATINGA

A Caatinga ocupa a porção do sertão nordestino. O clima em que se desenvolve é o semiárido.

O cerrado possui solos em geral pobres, de pouca fertilidade e de PH ácido.

HIDROGRAFIA

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O que são Bacias hidrográficas?
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É o conjunto de rios formados por um rio principal e por outros rios menores que o
abastecem: os rios afluentes. São delimitadas pelos interflúvios.

O São Francisco é um dos mais importantes rios do Brasil por vários motivos. Entre eles: é o
segundo potencial hidrelétrico instalado do país, abastece grandes centros do agronegócio,
destacadamente Juazeiro (BA) e Petrolina (PE),

Os Rios Litorâneos que fazem parte da hidrografia da Paraíba têm a seguinte característica:

Os rios litorâneos possuem nascente nas regiões do planalto da borborema e possuem


drenagem exorréica, portanto nascem no planalto e correm para o mar.

O rio Piranhas é um importantíssimo conjunto hidrográfico que é perene e longo. Sua


nascente fica no interior. O rio Peixe é afluente do Piranhas.

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GEOGRAFIA HUMANA: ASPECTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS.
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ECONOMIA

Analisamos a economia dividindo-a em três setores:

Primário (agropecuária e extrativismo)

Secundária (indústria) e

Serviços (comércio, e toda prestação de serviços como setor bancário, telecomunicações


entre outros.

Como regra geral o setor terciário é sempre aquele que mais contribui para a economia
devido ao grande número da população economicamente ativa que atua no setor terciário,
que no cálculo considera o peso da informalidade na economia, ou seja, trabalhadores sem
registro legal, portanto além de não pagarem impostos. O setor turístico é o destaque no
potencial de desenvolvimento da economia, pois há boa demanda pelos serviços de
infraestrutura para o turismo, você sente isso de imediato na parte da imobiliária, ou seja,
nos itens de aluguel de casa, vendas de imóveis e construção de apartamentos. O turismo
geração emprego e renda.

As cidades que mais contribuem para o PIB na Paraíba, além de João Pessoa, Campina Grande
e Cabedelo, figuram Santa Rita e Bayeux.

Dentre todas as atividades econômicas observadas individualmente, os maiores pesos em


termos percentuais para economia paraibana, em 2012, são os seguintes: administração,
saúde e educação públicas (31,7%); o comércio (14,4%); em terceiro está a indústria de
transformação
(8,6%); em quarto vem as atividades imobiliárias e aluguel (7,8%) e, em quinto lugar, a
produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (7,7%).

Os principais produtos agrícolas paraibanos são:

Cana de açúcar, fumo, graviola, juta, abacaxi umbu, caju, manga, acerola, mangaba,
tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta do reino, castanha de caju,
arroz, café feijão.

A estrutura agrária é extremamente concentrada, e a maior parte das terras agricultáveis são
ocupadas por latifúndios. A mecanização do campo e o agronegócio como um todo tem se
desenvolvido, principalmente a agricultura irrigada, que usa a águas das principais bacias
como o Rio Piranhas e os eixos de transposição do São Francisco.

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Conforme os dados do IBGE (2018), o Produto Interno Bruto (PIB) da Paraíba é de R$ 64,373
bilhões, composto majoritariamente pelo setor terciário, do qual se sobressaem o comércio
e os serviços. A indústria representa 15,47% do valor total adicionado ao PIB paraibano,
enquanto o setor primário responde por 3,96%.

A construção civil corresponde à maior fatia do PIB industrial do estado. Na sequência, além
dos serviços de utilidade pública, encontram-se a produção de calçados e couros, a indústria
alimentícia, os produtos derivados de minerais não metálicos, a indústria petroquímica e
também sucroalcooleira.

A atividade agrícola paraibana tem como carro-chefe a cana-de-açúcar. O estado é produtor


ainda de abacaxi, banana, milho, feijão, arroz, mandioca, algodão herbáceo e tomate. Com
relação à criação de animais, destacam-se a produção de carne e leite, por meio dos rebanhos
caprino e bovino, e a produção de ovos."

A economia paraibana se baseia na agricultura, principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi,


fumo, graviola, juta, umbu, caju, manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho,
sorgo, urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, café e feijão. Nas indústrias, as
alimentícias, têxtil, de couro, de calçados, metalúrgica, sucroalcooleira se destacam. A
pecuária de caprinos e o turismo também são relevantes.

O transporte marítimo é fundamental à economia. As exportações e importações são


operadas principalmente por meio do Porto de Cabedelo e pelas estradas. São mais de 5.300
quilômetros de rodovias, 4.000 km estaduais e 1.300 km federais. O sistema ferroviário faz o
transporte de cargas entre João Pessoa e várias localidades do Estado. o Estado ainda conta
com dois terminais aéreos: Aeroporto Castro Pinto, distando 8 km de João Pessoa, com pista
de 2.515 m, de boas condições para aterrissagem de aviões de grande porte, opera com linhas
regulares nacionais e internacionais do sistema Charter; e o Aeroporto João Suassuna,
localizado vizinho ao Distrito Industrial de Campina Grande, opera com voos diários para
Brasília e o Sul, via Recife. Já o Porto de Cabedelo, a 18 km de João Pessoa, é o mais oriental
do Brasil. Tem 700 m de extensão e 300 m de largura. Movimentou 1,2 milhões de toneladas
em 1995, destacando-se o petróleo, carga geral e cereais.

É equipado a contento para a movimentação de cargas gerais e contêineres. As cidades


paraibanas que tem maior destaque no seu PIB, valores em R$ 1.000,00, são João Pessoa com
5.966.595, Campina Grande com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com
739.280, Bayeux com 444.259, Patos com 413.028, Sousa com 309.528, Caaporã com
299.857, Cajazeiras com 285.326 e Conde com 210.440. Já o maior PIB per capita permanece
com Cabedelo desde 2003. A distribuição espacial do PIB da Paraíba segundo, cada Região

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Geoadministrativa, demonstra uma forte concentração da economia estadual em três
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pontos: João Pessoa, Campina Grande e Guarabira – que, conjuntamente, representaram 75%
do PIB estadual, em 2009. Da mesma forma, o município sede de cada uma dessas regiões foi
o centro dinâmico da economia local.

João Pessoa – As atividades econômicas que tiveram maior relevância para o crescimento
nominal do PIB estão no setor secundário, mais especificamente, nos ramos de alimentos,
bebidas, têxtil e calçados da indústria de transformação. O setor de serviços continuou a ter
o maior peso da economia da Capital paraibana.
Campina Grande – É o segundo maior centro econômico do Estado, caracterizando-se como
entreposto distribuidor para diversas cidades da Paraíba e do Nordeste. As atividades
econômicas mais importantes no município são o comércio, a indústria de transformação, a
administração pública e a educação de nível superior, tanto pública (o município sedia duas
universidades, sendo uma estadual e outra federal) quanto privada. Possui também dois
importantes polos tecnológicos, nas áreas de couro e calçados e de tecnologia da informação.
Cabedelo – Terceira maior economia municipal, cuja dinâmica assenta-se principalmente no
comércio, nas atividades imobiliárias e na indústria de transformação. Ressalte-se a existência
de ramos da indústria que estão ligados às importações paraibanas, destinadas ao
beneficiamento e à distribuição em seu território e no Nordeste, como as unidades de
combustíveis, petróleo e cooke, bem como de trigo. Também são consideradas as atividades
de alojamento e alimentação, ligadas à cadeia produtiva do turismo, e as relativas aos serviços
de movimentação de cargas do Porto, o maior existente no Estado.
Santa Rita – Quarta maior economia municipal do Estado, a cidade possui base produtiva na
agropecuária e na indústria. Na agropecuária, destaca-se a produção de abacaxi, cana-de-
açúcar, mamão e mandioca. A bovinocultura também é expressiva nesse município. No setor
secundário, destaca-se a indústria de transformação, mais especificamente os ramos de
calçados, fabricação de velas, estofados, minerais não-metálicos (cerâmicas e tijolos), pré-
moldados, bem como a indústria sucroalcooleira (açúcar, rapadura e álcool). Este município
tem a maior incidência de fontes de água mineral do Estado e, por isso mesmo, possui várias
indústrias nesse segmento.

Patos – Quinta economia municipal do Estado da Paraíba, com dinâmica econômica no


comércio, na indústria e no setor primário. No comércio, é um importante polo distribuidor
de bens e serviços para outros municípios do Sertão paraibano e dos Estados de Pernambuco
e Rio grande do Norte. Na indústria de transformação, destacamse os ramos de calçados,
óleos vegetais e beneficiamento de cereais. No setor primário, destacam-se a pecuária
(criação de bovinos e caprinos) e a agricultura (produção de milho, feijão e algodão), em anos
de bom inverno.

CULTURA DA PARAÍBA
O estado da Paraíba possui uma vasta cultura, que se manifesta nas mais diversas formas,
como na dança, na literatura, na música, no artesanato e no teatro.

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Uma das festas mais tradicionais do estado é São João de Campina Grande, conhecida como
a maior do mundo. O estado comemora o dia de sua padroeira, Nossa Senhora das Neves, no
dia 5 de novembro.

Na literatura e no meio acadêmico, alguns nomes conhecidos nacional e internacionalmente


possuem raízes paraibanas. Entre eles, podemos citar o economista Celso Furtado, bem como
os escritores:

 Ariano Suassuna,

 Augusto dos Anjos e

 José Lins do Rego.

Importantes nomes da música brasileira, de estilos variados, também têm suas origens no
estado, como Chico César, Zé Ramalho, Elba Ramanho, Geraldo Vandré e Hebert Vianna.

Em se tratando da gastronomia, alguns pratos típicos paraibanos são o rubacão (semelhante


ao baião de dois), bolo de rolo, mungunzá, cuscuz de milho e de mandioca, charque e muitos
outros."

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O estado da Paraíba é reconhecido nacionalmente pela riqueza das suas tradições culturais.
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As festas religiosas e juninas atraem muitos visitantes para o estado. O São João de Campina
Grande é considerado a maior festa junina do mundo. Há ainda festivais folclóricos, como
folguedos e cavalhadas, assim como a preservação de danças tradicionais, como o coco de
roda, a ciranda e o xaxado. Na música, destacam-se os ritmos forró, xote e baião.

A Paraíba é terra de importantes escritores brasileiros, como Ariano Suassuna, Augusto


dos Anjos, Pedro Américo e José Lins do Rego. Em relação às artes, o artesanato é uma
importante prática de afirmação da cultura paraibana, com confecções de peças de barro,
couro e diferentes tipos de bordado. Já na culinária, são destaques os pratos típicos
paraibanos de buchada de bode, cuscuz, carne de sol e bode guisado.

Vale destacar a importância do movimento armorial, do Paraibano Ariano Suassuna. Uma


forma de valorização da cultura popular nordestina, diante de um avanço da cultura norte
americana na década de 70.

A cultura paraibana é profundamente marcada pela cultura africana e também pelo


catolicismo colonial, com muitas festas católicas em que a dança e a música são sincréticas,
ou seja, possuem elementos culturais africanos e europeus.

FATORES MAIS IMPORTANTES SOBRE A GEOGRAFIA DA PARAIBA

O estado da Paraíba possui terras em 3 das quatro sub-regiões nordestinas: Na Zona da Mata
no Litoral, no Agreste e a maior extensão no sertão.

O agreste está numa região de depressões entre o planalto da Borborema e os tabuleiros


litorâneos.

Planalto: forma de relevo em que a erosão supera a sedimentação. O melhor exemplo é o


planalto cristalino da Borborema.

Planície: forma de relevo em que a sedimentação supera a erosão. Por exemplo a planície
litorânea.

Depressão: Área profundamente erodida pelo intemperismo químico (da água), sobretudo
no curso de rios. A depressão sertaneja e agreste.

Litoral e Mata: tropical úmido

Rios intermitentes: que secam no período de estiagem. No Brasil em que


predominantemente o clima é tropical temos duas estações definidas: verão chuvoso e
inverno seco.

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O estado faz parte da Região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental que abrange 24
também os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas.

A Paraíba está dividida em onze bacias hidrográficas tendo como rios que nomeiam as bacias
o Rio Piranhas, Rio Paraíba, Rio Jacu, Rio Curimataú, Rio Camaratuba, Rio Guaju, Rio
Mamanguape, Rio Gramame, Rio Miriri, Rio Trairi e Rio Abiaí.

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GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS
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A GLOBALIZAÇÃO

Após a decadência da URSS em 1991, começou o período que conhecemos como a Nova
Ordem Mundial, dentro do contexto da Globalização. O socialismo enquanto força política
acabou, e o que temos hoje são somente dois enclaves mundiais: Cuba e Coréia do Norte.

Entre as principais implicações políticas da nova ordem mundial, podemos citar o


enfraquecimento - diminuição da soberania - dos Estados Nacionais diante do poder dos
investimentos das grandes corporações internacionais. Entre as implicações culturais, há, por
um lado, uma homogeneização das culturas ao redor do planeta, pois a sociedade de
consumo padroniza comportamentos e estilos e cada vez mais as particularidades regionais
desaparecem, mas, por outro lado, permite a formação de tribos digitais, pois as novas
tecnologias permitem a conexão de pessoas com características muito especificas.

Como podemos definir a globalização? É um processo essencialmente econômico, porém


com grandes implicações políticas e culturais.

Globalização é o processo em que o espaço mundial adquire unidade por meio de um


crescente fluxo de mercadorias, capitais e informações, que se tornou possível em virtude
dos avanços tecnológicos da 3ª Revolução Industrial, a revolução tecnocientífica, cujos
grandes destaques são o desenvolvimento da informática e das telecomunicações.

Quando teve início a globalização?

Ela pode ser considerada uma fase de grande desenvolvimento, proliferação e hegemonia
do capitalismo na sua forma monopolista e financeira. A atual configuração da economia
global teve início há séculos. No século XVI, no contexto das grandes navegações europeias,
quando o continente americano foi colonizado, o litoral africano tornou-se uma área de
escravização de mão de obra, que alimentava um intenso fluxo mercantil escravista no
Atlântico Sul, e as regiões asiáticas da rota da seda (da Turquia à China) foram interligadas
aos mercados consumidores europeus. Podemos compreender estes últimos séculos de
evolução do sistema capitalista como momentos de integração econômica internacional e a
formação da configuração da atual globalização.

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DA GLOBALIZAÇÃO
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Multipolaridade. (Há três principais polos de poder capitalista no mundo: EUA, União
Europeia e Japão);

Hegemonia do capitalismo financeiro e das práticas neoliberais;

Profundos avanços tecnológicos da 3° Revolução Industrial e um processo de modernização


constante;

Predomínio do Toyotismo como forma de organização da produção;

Diminuição do poder dos Estados Nacionais em detrimento às grandes corporações;

Aumento das desigualdades econômicas entre os países e entre os seus habitantes.

Esse ponto exige atenção, pois a pobreza mundial diminuiu. Significa que no mundo, todos
usufruíram algum tipo de melhora, mas para as economias desenvolvidas e suas populações,
os avanços foram mais intensos. Na África, por exemplo, apesar da miséria e da situação
política caótica na maioria dos países, a população passou a ter acesso a antibióticos entre
outros; Proliferação de blocos econômicos; Seletividade de migrações (há maior facilidade
para os deslocamentos populacionais, no entanto, os países que atraem os principais fluxos
migratórios têm criado políticas de controle migratório cada vez mais rígidas), além de muros
como o que há entre os EUA e México, ou o construído pela Hungria, para impedir a passagem
de grandes fluxos de refugiados, que passavam pelo seu território;

Independência dos países africanos, muitas vezes um assunto encontrado nos livros como
“Descolonização Afro-Asiática”.

Na era da economia global, as desigualdades aumentaram entre os países e dentro deles.


Importante salientar que o padrão médio de vida melhorou em todas as camadas sociais, em
todos os territórios do mundo, inclusive nas nações africanas, mas essas melhorias foram mais
acentuadas no mundo desenvolvido.

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Questão 1 - (UFRN) - No contexto da globalização, uma tendência crescente é a formação de
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blocos econômicos regionais. Esses blocos apresentam diferentes níveis de integração. Um
desses níveis é a zona de livre comércio que se caracteriza pela:

a) criação de uma moeda única a ser adotada pelos países membros.


b) livre circulação de mercadorias provenientes dos países membros.
c) unificação de políticas de relações internacionais entre os países membros.
d) livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os países membros.

GABARITO LETRA B
Uma zona de comércio prevê somente a circulação de bens entre os sócios, excluindo a livre
circulação de pessoas.

Questão 2 - (UFPI) A organização dos países em blocos econômicos visa facilitar a economia
dos países, estimulando as trocas e a produção. Sobre os principais blocos, suas
características e finalidades, assinale a alternativa correta.
a) ALCA – constituída por países africanos, promove a valorização de seus produtos,
possibilitando a concorrência com a economia asiática.

b) MERCOSUL – reúne todos os países da América Latina e visa ampliar as trocas comerciais
e o fluxo de pessoas entre os seus membros.

c) CEI – reúne os países da Europa Ocidental que são liderados pela Inglaterra que, por sua
vez, detém a hegemonia econômica desta parte de continente.

d) União Europeia – formada por todos os países da Europa, permite a livre circulação, no
continente, de pessoas e mercadorias.

e) NAFTA – formado pelos países da América do Norte, eliminou as barreiras tarifárias entre
os seus membros

GABARITO LETRA E
Alternativa e) NAFTA – formado pelos países da América do Norte, eliminou as barreiras
tarifárias entre os seus membros.

Analisemos cada uma das alternativas:

a) A ALCA seria um bloco formado por todos os países do continente americano, mas nunca
chegou a ser concretizado.

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b) O Mercosul não reúne TODOS os países da América Latina e sim Argentina, Brasil, Uruguai,
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Paraguai e Venezuela que, atualmente, se encontra suspensa.

c) A CEI, por sua parte, NÃO é liderada pela Inglaterra.

d) A União Europeia não está formada por todos os países do continente europeu. A Suíça e
a Noruega, por exemplo, não fazem parte da UE.

Questão 3 - (UFAL) Um dos temas mais debatidos na Geografia Humana da atualidade é o da


globalização. Sobre esse tema, é incorreto afirmar o que segue:

a) Sua origem pode ser identificada no período mercantilista iniciado, aproximadamente, no


século XV.

b) A globalização das comunicações tem sua face mais destacada na rede mundial de
computadores, que permite um intenso fluxo de troca de ideias e informações.

c) A globalização das comunicações, paradoxalmente, diminuiu a universalização do acesso a


meios de comunicação, apesar da inovação tecnológica. Isso se deve à lógica de mercado do
Sistema Capitalista.

d) Os efeitos da globalização no mercado de trabalho são evidentes com a criação de


modalidades de emprego para países com mão de obra mais barata voltada à execução de
serviços que não exigem alta qualificação.

e) A globalização intensifica o ritmo das mudanças nos meios de produção, tendendo a um


aumento de tecnologias limpas e sustentáveis.

GABARITO LETRA C

A resposta está incorreta porque a globalização das comunicações aumentou e não diminuiu,
como afirma a frase, a universalização do acesso a meios de comunicação.

Questão 4 - (UFRN) A globalização faz parte do processo de expansão do capitalismo, que


atinge as diversas esferas da sociedade, em escala planetária.

Sobre a globalização, é correto afirmar que se trata de um processo o qual:

a) embora apresente tendência à homogeneização do espaço mundial, é seletivo e


excludente.
b) embora apresente tendência à fragmentação do espaço mundial, tem reduzido as
desigualdades socioeconômicas.

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c) eleva a produção da riqueza e conduz à distribuição equitativa de renda entre os países do
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mundo.
d) reduz a competitividade entre os países e ameniza os conflitos nacionalistas.

GABARITO LETRA A
O processo de globalização não traz os mesmos benefícios para todos e por isso ela é seletiva.
Apesar da abertura de fronteiras e da circulação de bens de consumo e culturais, o fato é que
as periferias do mundo continuam excluídas do processo e assim, a globalização é excludente.

NEOLIBERALISMO

Neoliberalismo é uma teoria econômica que surgiu como adaptação do liberalismo clássico
à economia globalizada. Esta teoria defende a livre iniciativa, a livre concorrência,
a diminuição do papel do Estado na economia e a redução de barreiras ao comércio
internacional.

As políticas neoliberais começaram a ser adotadas no Brasil durante o governo de Fernando


Henrique Cardoso, de 1995 a 2002. Essas políticas incluíram ajuste fiscal, redução do papel
do Estado na economia, privatizações e abertura comercial. As medidas foram vistas como
essenciais para a modernização do país e para garantir o equilíbrio econômico, mas foram
criticadas por não resolverem os problemas sociais. As ideias neoliberais começaram a
surgir lentamente no Brasil após o fim da ditadura militar. O governo de Fernando Collor de
Mello, de 1990 a 1992, também adotou políticas neoliberais, incluindo privatizações e maior
abertura ao capital estrangeiro

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