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CAMPUS VIII
CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA
DOCENTE: CLARICE RIBEIRO BERNARDO DOS SANTOS
ARARUNA – PB
2023
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ARARUNA – PB
2023
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SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................. 4
2. Referencial Teórico ....................................................................4
2.1 O Impacto da Inflação nos Investimentos .........................5
2.1.1 O que é a rentabilidade real dos investimentos?........5
2.1.2 Investimentos Atrelados à Inflação ............................5
2.1.3 Fundos de Inflação .......................................................6
2.2 O Impacto da Inflação no Consumo ................................6
2.2.1 Na Década de 80 e 90 ...................................................6
2.2.2 Nos Últimos Anos ........................................................7
2.2.3 Inflação e Desigualdade Social ....................................7
3. Conclusão ..................................................................................7
4. Referências ................................................................................ 8
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1. INTRODUÇÃO
A inflação se caracteriza de forma objetiva como o aumento dos preços de bens e
serviços. A inflação sofre alteração com base na oferta e demanda na economia. Isto é,
quanto mais os consumidores registram interesse em adquirir produtos e serviços e/ou
nas situações em que determinados itens estão escassos, o aumento de preços
acontece. Neste cenário, a inflação provoca incertezas na economia, desestimula
investimentos e prejudica o crescimento econômico.
Ademais, o aumento da inflação faz com que cresça o receio dos investidores
internacionais em aplicar dinheiro no Brasil. Isso porque uma inflação muito alta é sinal
de que existe uma fragilidade econômica no país. Logo, como os preços mudam de
forma constante, surge um cenário de incerteza nos investimentos, produção e compra.
Com a redução do consumo, pode haver a redução dos investimentos no setor produtivo
e a redução de empregos. Sendo assim, a inflação contribui para uma concentração de
riqueza.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Como a inflação no Brasil é algo que só cresce, os investimentos em renda fixa são
quase sempre seguros e só terão rentabilidade negativa diante de taxas de
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administração muito altas praticadas pelas corretoras. Abrem mão da renda fixa os
investidores que querem arriscar ganhos maiores, acima da inflação. Para isso, eles
recorrem a ações e outros investimentos mais arrojados, que funcionam sem relação
direta com os índices de preço.
Caso ocorra algum investimento em ativo que não superou a inflação no período,
certamente haverá uma perda no poder de compra. Por exemplo: um investidor aplica
R$ 100.000,00 pois irá comprar uma casa em 1 ano. Tanto o dinheiro investido quanto
a casa em questão. Considerando que ao final do período o investimento rendeu 10%
com um montante final de R$ 110.000,00 e a casa valer R$ 105.000,00, é possível
observar um ganho de R$ 5.000,00, mesmo que a casa tenha ficado mais cara.
(“IMPACTO DA INFLAÇÃO NOS INVESTIMENTOS”, 2021)
Para garantir que não haverá perda de poder de compra ao longo do tempo, é
interessante considerar investir em produtos que são atrelados à inflação, pois assim,
no vencimento esse produto garante que vão entregar o dinheiro corrigido pela inflação
do período. Existem alguns tipos de investimentos com esse perfil, tais como:
Título Privado: Títulos como CDB, LCI e LCA são investimentos atrelados à
inflação, pagando juros de acordo com o IPCA (Índice de preços no
consumidor) ou IGP-M (“Inflação de Aluguel”).
Tesouro IPCA+: É um Título Público ofertado pelo Governo e oferecem a
taxa IPCA no momento mais alguma taxa prefixada.
O Tesouro IPCA+ é um título público que paga o valor do IPCA mais uma taxa
prefixada. Esse tipo de investimento garante que o investidor evite a perda de poder de
compra e ainda ganhe algo a mais. Falando de títulos privados, aplicações em CDBs e
letras de crédito, como LCI e LCA, também estão atreladas à inflação e têm rendimentos
calculados em cima do IPCA. (CORACCINI, 2021)
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O IPCA não é o único índice capaz de medir a inflação. O IGP-M também o faz e é
usado para calcular, principalmente, reajustes no setor imobiliário. Por isso, fundos
imobiliários ou mesmo investimentos diretos em imóveis para locação estão atrelados a
esse índice.
São fundos que aplicam apenas em papéis que superam ou pelo menos sejam
equivalentes aos rendimentos do Tesouro IPCA + e é medido pelo Índice de Mercado
Anbima (IMA). Os fundos são chamados de IMA-B 5 (possuem papeis com prazo de no
máximo 5 anos) e IMA-B 5+ (possuem papeis mais longos). A inflação possui uma
influência indireta em todos os investimentos, por isso é importante acompanhar seus
índices, pois é uma maneira de controlar seu poder de compra.
2.2.1 Na Década de 80 e 90
Ao final da década de 1980 e nos primeiros anos de 1990, o Brasil viveu um período
sombrio de hiperinflação, resultado de uma série de fatores históricos, como crise
mundial, desequilíbrio da balança comercial, dívidas externas e internas, endividamento
público e mais - questões que culminaram no recorde de 2.400% de inflação ao ano no
início da década de 1990.
Nos últimos anos, porém, o crescimento da inflação tem se tornado mais uma vez
bastante alarmante no país. No início de julho, o Brasil atingiu o quarto lugar entre os
países do G20 com maior inflação. Nos pontos de venda, os preços de itens básicos,
como alimentos e produtos de higiene e limpeza, seguem aumentando, enquanto o
poder de compra e o orçamento da população se retraem cada vez mais. (CANCIAN,
2022)
Por conta do cenário difícil, segundo outro estudo recente da Proteste, mais de 90%
dos brasileiros mudaram hábitos de consumo, reduzindo despesas, recorrendo a
opções mais baratas ou simplesmente cortando os gastos relacionados à energia
elétrica, água, mobilidade e consumo de alimentos. Com as demandas em queda, as
redes de supermercados têm trabalhado com os menores estoques dos últimos dois
anos.
3. CONCLUSÃO
Fica verídico, portanto, que a inflação tem impactos diretos nos investimentos no
Brasil. Em relação aos investimentos, muitas pessoas sabem que a primeira diminui seu
poder de compra e afeta a rentabilidade das aplicações financeiras. Portanto, é preciso
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buscar alternativas que ofereçam um retorno real positivo, ou seja, maior que a inflação.
No entanto, existe um grande percentual de pessoas que foca somente na remuneração
nominal (bruta) obtida pelo investimento, sem considerar outros fatores. Assim, é
importante saber como fazer a escolha mais adequada do investimento para o momento
da economia. É preciso ter em mente que, quando o investimento não é atrelado à
inflação, quanto maior ela for, menor tende a ser o retorno real.
Já em relação ao consumo, foi dito que inflação veio impactando ainda mais ao longo
dos anos o hábito de consumo dos brasileiros e como ela representa o aumento do
custo e vida e a consequente redução no poder de compra da moeda. Esse aumento
de preços não é necessariamente ruim ou prejudicial ao consumidor, principalmente
quando é controlado, espaçado ao longo do tempo e vem acompanhado de reajustes
nos salários-mínimos. Mas pode causar transtornos para consumidores – e para a
economia de um país – quando aumenta em uma velocidade maior do que pode ser
absorvida.
4. REFERÊNCIAS
Saiba mais sobre o impacto da inflação nos investimentos. Somma, 2021. Disponível
em: https://www.sommainvestimentos.com.br/saiba-mais-sobre-o-impacto-da-inflacao-
nos-investimentos/. Acesso em: 24 de Abril de 2023.