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Princípios de

Economia e Finanças

Introdução

Neste módulo vamos conhecer os principais indicadores


econômicos e como eles impactam nossas vidas. Ao final você
será capaz de interpretar o PIB, taxa de juros, inflação e como eles
se relacionam e principalmente como usá-los para orientar sua
tomada de decisão frente a projetos financeiros.

Objetivos da aula

​ Conhecer e interpretar o Produto Interno Bruto – PIB.


​ Aprofundar o conhecimento sobre Inflação.
​ Entender o que é a Taxa Básica de Juros.
​ Entender o que é a Taxa de Câmbio e sua importância.




​ Resumo

Produto Interno Bruto – PIB

O Produto Interno Bruno (PIB) se trata de tudo que é produzido em


um país durante um determinado período, geralmente é divulgado
anualmente.

Seu cálculo se dá pela seguinte fórmula - PIB = C + G + I + X – M


( C = consumo, G = Gastos do Governo, I = Investimentos e X – M
= importação – exportação)

Para seu cálculo o PIB sempre os valores finais na cadeia de


produção, assim se evita uma dupla contagem, por exemplo, O
pneu fabricado em uma fábrica não entra no cálculo mas sim o
valor final do veículo vendido já com o pneu instalado.

Uma outra maneira de interpretar o PIB é da seguinte maneira,


imagine que o Brasil é uma grande empresa e que no final do
exercício essa empresa precisa gerar receita e lucro, o PIB pode
ser considerado essa receita e lucro. Em outras palavras, um PIB
positivo significa que o país está crescendo e gerando riqueza e
um PIB negativo indica que o país não está crescendo e sua
riqueza está diminuindo.

Crescimento do PIB gera: aumento do emprego, aumento da


riqueza porém pode gerar aumento de Inflação

Diminuição do PIB geral: desemprego, diminuição da riqueza


porém a inflação tende a diminuir.

Em outras palavras podemos entender o PIB como o


Faturamento/Lucro de uma empresa: para se obter um PIB
sustentável sem crescimento da Inflação, o consumo deve
caminhar junto com a produção. Ou seja, a cada unidade de
produto ou serviço entregue é necessário um consumidor, se a
produção for maior que o consumo, os preços caem e o
desemprego cresce e se o consumo for maior que a produção os
preços sobem gerando inflação.
Inflação

De maneira geral a inflação indica o poder de compra de uma


determinada moeda, imagine uma fábrica que produz 100 unidades
de determinado produto por mês, e que atende 100 consumidores
dispostos a comprar o produto.

O cenário ideal é, a medida que aumenta a demanda pelo produto


a fábrica aumenta sua produção, por exemplo, temos 150
consumidores dispostos a comprar e a fábrica produz 150
unidades.

Porém é muito comum a produção não conseguir acompanhar a


demanda pelo produto, ou seja, a fábrica consegue produzir 150
produtos por mês e existem 300 pessoas dispostas a comprar,
nesse caso por não conseguir produzir para todos o fornecedor
aumenta o preço e quem pagar mais, leva. Nessa situação temos a
inflação, ou seja, o mesmo produto passa a custar mais dinheiro
para ser adquirido, essa lógica vale para todos produtos e serviços.
Porém não é necessário observar segmento a segmento para
conhecer a inflação, existe um índice oficial que compõe os
principais setores, o IPCA.

IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo: se trata do índice


oficial de inflação do Brasil, ele é expresso de forma percentual e
se trata de uma média ponderada dos principais setores.

​ Alimentação e Bebidas (22,1%)


​ Transportes (22%)
​ Habitação (14,3%)
​ Saúde e Cuidados Pessoais (11,1%)
​ Despesas Pessoais (9,2%)
​ Vestuário (6,2%)
​ Comunicação (5,6%)
​ Artigos de Residência (5,4%)
​ Educação (4,2%)

Esses pesos podem ser alterados ao longo do ano, porem é


importante observar os setores de maior peso na inflação que são
basicamente os mais essenciais para nossa vida, como
alimentação, transporte, habitação e saúde.
Inflação muito elevada significa, preços mais elevados o que vai
impactar diretamente o cidadão de menor renda, o controle da
inflação é algo levado muito a sério, pois uma inflação
descontrolada desestabiliza a economia como um todo.

Taxa básica de Juros

A taxa básica de juros se trata da taxa de referência da economia,


ela funciona como um parâmetro dos juros praticados no país, no
Brasil a taxa básica de juros se chama SELIC.

A taxa SELIC é uma da ferramenta usadas para controlar a inflação


é um cenário de inflação crescente a autoridade monetária tende a
aumentar a SELIC, deixando o crédito mais cara e os
investimentos em títulos de renda fixa mais atrativos, esse cenário
faz as pessoas deixarem de gastar para investir e evitarem pegar
empréstimo devido o alto custo. Com menos dinheiro em circulação
a tendência é uma queda da inflação.
O contrário é verdadeiro, uma baixa atividade econômica e baixa
inflação a tendência é que a autoridade monetária baixa a taxa
SELIC, nesse cenário o crédito fica mais barato, incentivando as
pessoas a tomarem dinheiro emprestado e o rendimento dos ativos
de renda fixa fica mais baixos, fazendo os investidores investir no
crescimento das empresas o que tende a gerar maior produção e
emprego.

​ O que acontece quando temos uma taxa SELIC alta –


Empréstimos mais caros, investimentos mais atrativos, menor
inflação e menor crescimento do país.
​ O que acontece quando temos uma taxa SELIC Baixa -
empréstimos mais baratos, investimentos menos atrativos,
maior inflação e maior crescimento do país.

O equilíbrio é fundamental para se obter uma inflação controlada e


um crescimento sustentável
Taxa de câmbio

Se trata da taxa de câmbio com referência no real frente ao dólar,


existem taxas de câmbio para outras moedas e todas são
calculadas pelo BACEN – Banco Central do Brasil.

Essa taxa de câmbio se chama Ptax e é extremamente importante,


pois o Brasil faz importações e exportações, o dólar muito barato
faz o Brasil vender menos para fora e o dólar muito caro faz a
inflação Brasileira aumentar, pois o Brasil também importa de
outros países.

Por esse motivo existem alguns regimes de câmbio que podem ser
adotados pelos países.

​ Câmbio Fixo: O banco central compra e vende dolar para


fixar um valor para moeda, esse tipo de prática pode esgotar
as reservas internacionais.
​ Câmbio Flutuante Sujo: O banco central deixa o câmbio
flutuar de acordo com as movimentações de mercado, porém
em alguns casos ele pode comprar e vender para evitar uma
alta ou baixa muito brusca.
​ Câmbio Perfeitamente Flutuante: é quando o Banco Central
não interfere na moeda estrangeira independentemente dos
valores que ela alcançar.

No Brasil é adotado o regimento cambial flutuante sujo.

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

Para acompanhar na prática esses indicadores mensalmente você


pode acessar o seguinte site: Minhas economias.

Relatórios mensais com informações sobre - inflação, taxa de


juros, taxa de câmbio entre outros.
Você pode se aprofundar mais em seus conhecimentos através do
youtube:

​ Canal – Jovens de Negócios


​ Morning call de qualquer instituição financeira (XP, Itaú, Safra
entre outros)

Referência Bibliográfica

REIS, Danilo Pereira. Aconselhamento Financeiro e


Diversificação de Carteiras de Investimentos de investidores
individuais. São Paulo: Artigo mestrado FECAP, 2020.

MARKOWITZ, H. Portfolio Selection. The Journal of Finance 7(1)


77-91, 1952.

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