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Princípios Econômicos – Aula 10

Processo Inflacionário

Aula Prof. Adriana S. Souza Felisberto


Princípios Econômicos – Aula 10

INFLAÇÃO

Aumento generalizado e contínuo


no nível geral de preços.
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INFLAÇÃO

➢ Quando ocorre um aumento dos preços


temos a INFLAÇÃO.

Se a taxa de inflação mantém constante nos meses


seguintes, a inflação está estabilizada em 10%, isso
significa que os preços continuam a subir em média
10% por mês.
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INFLAÇÃO

➢ ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA quando a


inflação passa de 10% para 15% no mês
seguinte, 20% no subsequente, existe uma
aceleração inflacionária.

OS PREÇOS ESTÃO SUBINDO E SUBINDO CADA VEZ


MAIS – A INFLAÇÃO É CADA VEZ MAIS ALTA.
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INFLAÇÃO

➢ INFLAÇÃO MODERADA - quando os


aumentos de preços são pequenos.

➢HIPERINFLAÇÃO - é uma situação em que a


inflação é tão alta que a perda do poder aquisitivo da
moeda faz com que as pessoas abandonem aquela
moeda.
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INFLAÇÃO

➢ DEFLAÇÃO - caracteriza-se quando ocorre


uma redução do nível geral de preços.

➢RECESSÃO - é um processo que se caracteriza


pela queda gradativa e generalizada da atividade
econômica (produtiva)
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INFLAÇÃO

➢ESTAGFLAÇÃO - é o pior tipo de situação que


pode acontecer na economia de um país, é
quando ocorre em conjunto um processo de
elevadas taxas inflacionárias e um processo de
recessão econômica.

➢ Alta de inflação, desaceleração das atividades


econômicas e aumento do desemprego
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Hiperinflação no Brasil na década de 1980

http://memorialdademocracia.com.br/hiperinflacao
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https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/09/23/efeito-pandemia-
baixo-consumo-derruba-precos-de-servicos-mesmo-com-escalada-da-
inflacao-veja-itens-que-mais-cairam.ghtml
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Histórico da inflação brasileira


Brasileiros chegaram a conviver com inflação de mais de 80% ao mês
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Histórico da inflação brasileira


Brasileiros chegaram a conviver com inflação de mais de 80% ao mês
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Histórico da inflação brasileira


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Inflação Esperada
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Inflação Mundial
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Como se mede a inflação?

Medida com base em índices, como o IPCA, que


ponderam os bens e serviços mais importantes para a
população e medem o crescimento desses preços.

A cesta de bens considerada pelo índice de inflação


pode não ser aquela que você costuma consumir,
portanto a "sua" inflação pode ser maior ou menor do
que aquela medida pelos índices oficiais.
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Por que existem tantos índices de inflação?


Há vários índices que mostram o quanto os preços sobem ou
descem em determinados períodos. Cada índice aponta uma
inflação “diferente”: a alta de preços não atinge todo mundo da
mesma forma.
Exemplo: Quem tem carro vai sentir mais no bolso a alta da gasolina;
quem come mais carne vai sentir mais se esse produto subir.

Assim, os diferentes índices usam, no cálculo, faixas de renda


diferentes, regiões diferentes, itens diferentes e até períodos
diferentes. Isso contribuiu também para tornar mais segura a
medição, já que há fontes diferentes calculando a inflação.
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Diferentes Índices de Preço:


IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna)
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apura os preços mensais de todo o processo
produtivo: matérias-primas agrícolas e industriais, produtos intermediários e
bens e serviços finais e preços de construção. É parte da cesta que corrige os
preços de telefonia.

IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado)


Semelhante ao IGP-DI, verifica preços do comércio no atacado, no varejo e na
construção civil, pesquisados entre o dia 21 do mês anterior e 20 do mês de
referência. É usado na correção de contratos de aluguel e tarifas de serviços
públicos.
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Diferentes Índices de Preço:

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)


Calculado pelo IBGE, aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de
famílias com renda mensal entre 1 a 40 salários mínimos das 11 principais
regiões metropolitanas do país. Os preços são coletados em mais de 28 mil
comércios visitados pelos pesquisadores.

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)


Semelhante ao IPCA, ele verifica a variação do custo médio das famílias com
rendimento familiar médio entre 1 a 5 salários mínimos. Indica as variações de
preços nos grupos mais sensíveis, que gastam todo rendimento em consumo
corrente (alimentação, remédio, etc.).

IPC - Fipe
Calcula semanalmente os preços de 468 itens consumidos por famílias de que
recebem entre 0 a 10 salários na cidade de São Paulo.
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Quais os principais efeitos da inflação?


"Se todos os preços (bens, serviços, salários,
lucros etc.) aumentassem uniformemente, não
haveria problemas. O problema é que a inflação
mexe nos preços relativos, e assim, dá ganhos
para alguns e perdas para outros.

Quando a inflação é superior ao aumento de


salários, por exemplo, há perda de poder de
compra da população assalariada."
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Quais as causas da inflação?

"A inflação pode ter uma causa monetária


(impressão de dinheiro pelo governo), pode ter
causas psicológicas (agentes ajustam o preço
porque acham que outro também vai ajustar) e
pode ter uma causa real (um desajuste entre a
oferta e a demanda por bens e serviços)."
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Tipos de Inflação
• Inflação de demanda: excesso de demanda
agregada em relação à produção disponível de
bens e serviços da economia.
– É causada pelo crescimento dos meios de
pagamento, que não é acompanhado pelo
crescimento da produção.
– Ocorre apenas quando a economia está próxima
do pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar
substancialmente a oferta de bens e serviços em
curto prazo.
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Tipos de Inflação
• Inflação de Custos: tem as suas causas nas condições
de oferta de bens e serviços na economia.
• O nível da demanda permanece o mesmo, mas os
custos de certos fatores importantes aumentam,
levando à retração da oferta e provocando um
aumento dos preços de mercado.
• Pode ser considerada uma inflação de OFERTA, que
decorre do aumento dos custos de produção, e as
empresas repassam para os preços dos produtos.
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INFLAÇÃO DE CUSTOS
FATORES DETERMINANTES
➢ Aumento no preço das matérias primas e
de insumos básicos decorrentes de quebra de
safra agrícola;
➢ Elevação nas taxas de juros;
➢ Aumento de combustível;
➢ Aumentos salariais.
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Tipos de Inflação
• Inflação Inercial: a inflação presente é uma função
da inflação passada.
• Deve-se à inércia inflacionária, que é a resistência
que os preços de uma economia oferecem às
políticas de estabilização que atacam as causa
primárias da inflação.
• Seu grande vilão é a indexação, que é o reajuste do
valor das parcelas de contratos pela inflação do
período passado.
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Como os governos controlam a


inflação?
"São várias ferramentas, a taxa de juros é uma delas,
mas não é a única. No longo prazo, o melhor remédio
para inflação é a expansão da capacidade produtiva, que
aumenta a oferta de produtos e reduz os preços dos
mesmos."
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Inflação ideal
Não existe um “número mágico” para a inflação. O que se
sabe é que uma inflação muito alta ou muito baixa
prejudica o funcionamento da economia.
Se estiver acima de 10% ao ano, por exemplo, atrapalha a
capacidade da moeda como unidade de conta – as pessoas
começam a perder a noção do valor da moeda, já que os
preços dos produtos mudam rapidamente. Mas se a
inflação for negativa, ou muito próxima de zero, pode
prejudicar a produção e desaquecer a economia.
A questão é controversa, mas há certo consenso de que
uma inflação entre 2% e 3%, ou até 5% é um bom indicador
de que a economia não tem desequilíbrios importantes.
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https://terracoeconomico.com.br/eterna-batalha-dos-juros-x-inflacao-desde-
1996-em-um-grafico/
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Corrigindo Valores pela Inflação


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Taxa de Juros
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Referências
• Fundação Getulio Vargas - FGV, 2003.
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2003.
• Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas –FIPE, 2003.
• Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-
Econômicos (DIEESE), 2003.
• IPEADATA - do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada
• Disponível em: http://g1.globo.com/economia/inflacao-o-que-e/platb
• Vasconcelos (2015). Cap. 13.

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