Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE ROVUMA

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES, TURISMO E


COMUNICAÇÕES
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESA, 2° ano L

Tema: Inflação e desemprego, Curva de Phillips

Benedito António

Nacala-Porto
2022
UNIVERSIDADE ROVUMA

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES, TURISMO E


COMUNICAÇÕES
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS, 2° ano L

Tema: Inflação e desemprego, Curva de Phillips

Benedito António

O presente trabalho é de carácter


avaliativo a ser apresentado na
Cadeira de Macroeconomia, no
curso de Gestão de Empresas 2º ano
Laboral.

Docente: MA.- Paulo Cardoso

Nacala-Porto
2022
Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 4
2. Objetivos gerais ............................................................................................................ 5
3. Métodos de pesquisa ..................................................................................................... 5
4. Inflação ......................................................................................................................... 6
5. Causas da Inflação ........................................................................................................ 6
5.1 O desencontro entre demanda e oferta ....................................................................... 6
5.2 As expectativas dos agentes sobre os preços futuros ................................................. 7
6. O surgimento da inflação .............................................................................................. 8
7. Causas da inflação ........................................................................................................ 8
8. A relação entre Desemprego e Inflação ........................................................................ 9
9. A intervenção do Banco central para conter a Inflação ................................................ 9
10. Situações em que o Banco Central deve levar uma determinada taxa de inflação à
meta: ............................................................................................................................... 10
11. Curva de Phillips ...................................................................................................... 10
12. O surgimento da curva de Phillips............................................................................ 10
13. Correlação da curva de Phillips com Inflação e Desemprego .................................. 11
14. Conclusão ................................................................................................................. 12
15. Referências bibliográficas ........................................................................................ 13
4

1.Introdução
Calcular como o desemprego afeta a inflação e vice-versa é um desafio comum aos
economistas. A curva de Phillips é uma das principais teorias para calcular a relação entre
inflação e desemprego.

Quando a demanda por bens é maior que a oferta, eles se tornam mais escassos
relativamente. Isto é, há mais pessoas para comprar do que tem para vender.

Então, o aumento de preços é a maneira do mercado equilibrar as forças de demanda e


oferta. Isto é, o preço aumenta até o ponto em que a quantidade demandada é igual à
quantidade ofertada.

O conceito da curva de Phillips surgiu na metade final do século anterior, em uma


economia que se recuperava do pós-guerra e estava em crescimento constante ou em
recessões pontuais. Ou seja, era um cenário no qual expansões e recessões aconteciam
com frequência, principalmente nos países asiáticos, que se tornaram centros de produção
mundial. A época também foi marcada por crescimento no comércio internacional.
Desenvolvida há cerca de 60 anos pelo neozelandês William Phillips, foi uma das
primeiras a correlacionar esses indicadores econômicos e sociais. Ao longo do artigo,
vamos mostrar o que ela é e como funciona.

Além disso, você vai saber como o conceito surgiu e o que é a curva de Phillips
aceleracionista, considerada uma atualização do modelo original. Por fim, entenderá
como a teoria explica a correlação da inflação e o desemprego.

Se está tentando aprender como a inflação funciona para decidir se é uma boa ideia
investir em títulos que a usam como indexador – como o Tesouro Direto IPCA –, saber
sobre a curva de Phillips é essencial.
5

2. Objetivos gerais
Intender o funcionamento da inflação e o desemprego e Curva de Phillips.

3. Métodos de pesquisa
O presente trabalho de pesquisa, envolveu inicialmente a obtenção de informações
teóricas a cerca do tema em questão através de estudo explorativo, seguido do estudo
formal descritivo, calcado numa pesquisa bibliográfica junto a autores consagrados na
abordagem do tema tratado, além da leitura específicos sobre o assunto abordado através
da internet.
6

4. Inflação
A inflação é o aumento generalizado de todos os preços em uma determinada economia.

Se ela se aumenta, isso indica que os preços de bens e serviços estão crescendo, portanto,
a quantidade de bens e serviços que os consumidores podem adquirir está diminuindo.
Isto é, as pessoas ficam mais pobres com o aumento da inflação.

5. Causas da Inflação
Existem 2 causas principais para a inflação:

 O desencontro entre demanda e oferta;


 As expectativas dos agentes sobre os preços futuros.

5.1 O desencontro entre demanda e oferta


Quando a demanda por bens é maior que a oferta, eles se tornam mais escassos
relativamente. Isto é, há mais pessoas para comprar do que tem para vender.

Então, o aumento de preços é a maneira do mercado equilibrar as forças de demanda e


oferta. Isto é, o preço aumenta até o ponto em que a quantidade demandada é igual à
quantidade ofertada.

Se isso ocorre nos mercados de vários bens na economia, inicia-se um processo


inflacionário. Esse tipo de inflação pode ser denominada de inflação de demanda.
A principal causa para a inflação de demanda é, em geral, a elevação da renda dos
consumidores a uma taxa maior do que a Economia consegue produzir.
Esse fenômeno pode ser originado pelo:

 Gasto excessivo do governo;


 Aumento dos salários acima da produtividade;
 Quando a economia está operando no pleno emprego.

Quando se trata do terceiro motivo acima, a Economia já está produzindo na sua


capacidade máxima, de modo que, para produzir mais, é necessário expandir a capacidade
de produção, e isso é difícil de fazer no curto prazo.

Portanto, nessa situação, qualquer aumento na demanda induzirá ao aumento de preços,


dado que a oferta está fixa.
Outro grande motivo para o desencontro entre demanda e oferta são choques que reduzem
a oferta de um momento para outro.

Isso faz com que a demanda seja maior que a oferta, mesmo que a demanda não esteja
variando.

O exemplo clássico disso é o choque internacional do petróleo ocorrido na década de 70,


nesse período, a OPEP decidiu reduzir drasticamente a ofertam mundial de petróleo, o
reequilíbrio nesse mercado elevou rapidamente o preço dessa commodity.
7

O petróleo é um insumo que está na base da produção de diversos bens e serviços da


economia, a elevação do preço nesse mercado irradiou-se por toda a economia
conduzindo a elevação generalizada dos preços.

5.2 As expectativas dos agentes sobre os preços futuros


A outra grande causa da inflação são as expectativas. Quando grande parte dos agentes
econômicos esperam que os preços no futuro aumentem, isso levará ao aumento dos
preços.

Por exemplo, se todos esperam que os preços subam 10% no próximo mês, então todos
aqueles que podem, aumentarão seus preços em 10% para que não percam seu poder de
compra.

Esse mecanismo faz com que os preços aumentem, mesmo que não haja nenhum
desequilíbrio entre oferta e demanda.
Já as expectativas sobre inflação dependem do:
 Nível de atividade;
 Da credibilidade da autoridade econômica;
 E em parte da inflação ocorrida no passado.

Em geral, uma taxa de inflação alta não é bom, pois acarreta efeitos indesejáveis sobre a
Economia.

Ela corrói o poder de compra das famílias e aumenta a desigualdade – uma vez que os
mais pobres não têm acesso ao sistema bancário para se proteger.

Além disso, ela também não é neutra, isto é, os preços de bens diferentes não crescem de
forma igual.

E, por fim, inflação alta gera mais inflação: os agentes ao observarem uma inflação alta
no passado esperam inflação alta no futuro.
8

6. O surgimento da inflação

7. Causas da inflação
A inflação pode ter as seguintes causa:

 Monetária (impressão de dinheiro pelo governo);


 Psicológicas (agentes ajustam o preço porque acham que outro também vai
ajustar);
 Real (um desajuste entre a oferta e a demanda por bens e serviços).
9

8. A relação entre Desemprego e Inflação


Além de afetar o poder de compra das pessoas, os esforços de controle da inflação podem
influenciar as taxas de desemprego de um país. Entenda a relação entre desemprego e
inflação.

Além de afetar o poder de compra das pessoas, as ações de controle da inflação podem
influenciar as taxas de desemprego de um país.

A inflação tem mais poder sobre o dia-a-dia das pessoas do que se imagina. Pois, a perda
do poder de compra é apenas uma das faces imediatas dela. A outra face oculta, que é o
aumento do desemprego, pode afetar ainda mais o cotidiano.

9. A intervenção do Banco central para conter a Inflação


Desta forma, o Banco Central atua através da política monetária de modo a alcançar
determinada taxa de inflação considerada aceitável.

A taxa de juros é a principal instrumento do banco central para o controle da inflação.


Quando os juros aumentam, comprar títulos públicos passa a ser mais rentável.
Assim, os consumidores deixam de demandar bens e serviços para comprar títulos
públicos, reduzindo, desta forma, a demanda.

Além disso, o crédito se torna mais caro, o que contribui para a redução da demanda por
bens e serviços.

Por outro lado, o aumento dos juros afeta o investimento: pois se torna mais rentável
comprar títulos públicos de baixo risco do que realizar projetos, que em geral, tem maior
risco.

Já a redução de investimento reduz o ritmo de crescimento da economia e isso, por sua


vez, reduz a taxa de emprego.

Assim, o processo de controle da inflação tem um custo social que é a redução do


emprego.

Esse custo é chamado de taxa de sacrifício, que mede a quantidade de desemprego gerado
para reduzir a inflação em um ponto percentual (p.p.). Além disso, essa taxa não é
constante, uma das variáveis que a influência é a credibilidade da autoridade monetária.

Como já mencionado, a inflação futura depende das expectativas dos agentes sobre os
preços no futuro. Porém, se a autoridade monetária tem credibilidade, isto é, as pessoas
acreditam que o banco central de fato vai levar a inflação à meta estipulada por ele, então
as expectativas de inflação tendem a se aproximar da meta estabelecida.
E quando isso ocorre, diz-se que as expectativas estão ancoradas.
10

10. Situações em que o Banco Central deve levar uma determinada taxa de inflação
à meta:
Existem 2 situações:

 Na situação 1, o Banco Central tem credibilidade;


 Na situação 2, ele não tem credibilidade.

Na primeira situação, as expectativas de inflação convergem para a meta e será necessário


um aumento pequeno da taxa de juros para reduzir a inflação, isso implica uma taxa de
sacrifício pequena.

Já na situação 2, as expectativas de inflação não convergem para meta e o Banco Central


terá que aumentar bastante a taxa de juros para produzir o mesmo efeito, assim, a taxa de
sacrifício é maior.

Assim, quanto maior a credibilidade da autoridade monetária, menor o custo de


desinflação de uma economia.

11. Curva de Phillips


A curva de Phillips pode ser resumida em uma frase: a inflação e o desemprego
relacionam-se de maneira inversa. Ou seja, quando um aumenta, o outro
consequentemente irá diminuir. E vice-versa.

Como mencionamos, a teoria foi desenvolvida pelo economista neozelandês William


Phillips na década de 1960. A eficiência da curva de Phillips foi comprovada em situações
de expansão ou recessão da economia.

Quando há mais empregos, os preços costumam subir. Ou seja, a queda do desemprego


resulta em aumento na inflação. O inverso também acontece, de acordo com o
economista.
Ao estudar períodos maiores do que esses momentos de expansão ou recessão, a curva
costuma ser uma linha vertical, de maneira mais gradual.

12. O surgimento da curva de Phillips


O conceito da curva de Phillips surgiu na metade final do século anterior, em uma
economia que se recuperava do pós-guerra e estava em crescimento constante ou em
recessões pontuais. Ou seja, era um cenário no qual expansões e recessões aconteciam
com frequência, principalmente nos países asiáticos, que se tornaram centros de produção
mundial. A época também foi marcada por crescimento no comércio internacional.

Isso tornou mais complexo o cálculo da inflação e do desemprego. Agora, a inflação


precisava ser calculada em escala global, não apenas local. O mesmo quando
consideramos a taxa de emprego em cada país.
Até a política monetária de cada país poderia afetar tanto a inflação quanto o desemprego.
Essas novas questões do comércio internacional tornaram possível a aparição da
estagflação durante a década de 1970, que tornou a curva de Phillips obsoleta.
11

A estagflação se caracteriza pelo aumento na inflação consoante ao desemprego. Ou seja,


tanto a inflação quanto o desemprego aumentaram, contrariando a ideia de que esses dois
indicadores se relacionam de maneira inversa. Ainda assim, vale considerar que a curva
de Phillips continua um importante conceito na macroeconomia e ainda é válido quando
analisamos períodos curtos de expansão ou recessão da economia.

13. Correlação da curva de Phillips com Inflação e Desemprego


Como vimos ao longo do artigo, a teoria foi a primeira a facilitar o estabelecimento de
metas de inflação ao relacioná-la com os níveis de desemprego em um país.

Porém, com maior globalização e comércio internacional, novas variáveis tornaram o


cálculo da inflação mais complexo. Isso possibilitou a aparição da estagflação, que tornou
a curva de Phillips obsoleta.

Por outro lado, entender a teoria econômica é uma das melhores maneiras para
compreender como a inflação funciona. Vale mencionar que a teoria ainda pode ser usada
para estudar períodos de curto prazo, embora já não seja tão útil para prazos maiores.

Com a crise global de 2008, uma versão atualizada da teoria passou a acompanhar o
mercado e considerar as expectativas no âmbito internacional ao fazer a correlação da
inflação e do desemprego.
12

14. Conclusão
Como vimos, a inflação alta no presente influencia negativamente o nível de emprego no
futuro. Evidentemente, estamos supondo que a autoridade monetária está preocupada em
manter a inflação em um patamar aceitável.

Além disso, se a inflação está baixa no presente, o Banco Central pode manter a taxa de
juros em um nível baixo e, desta forma, incentivar a atividade econômica. O que pode
resultar em uma taxa de emprego maior no futuro.
Como vimos ao longo do artigo, a teoria foi a primeira a facilitar o estabelecimento de
metas de inflação ao relacioná-la com os níveis de desemprego em um país.

Porém, com maior globalização e comércio internacional, novas variáveis tornaram o


cálculo da inflação mais complexo. Isso possibilitou a aparição da estagflação, que tornou
a curva de Phillips obsoleta.

Por outro lado, entender a teoria econômica é uma das melhores maneiras para
compreender como a inflação funciona. Vale mencionar que a teoria ainda pode ser usada
para estudar períodos de curto prazo, embora já não seja tão útil para prazos maiores.

Com a crise global de 2008, uma versão atualizada da teoria passou a acompanhar o
mercado e considerar as expectativas no âmbito internacional ao fazer a correlação da
inflação e do desemprego.
13

15. Referências bibliográficas


http://g1.globo.com/economia/inflacao-causas/platb
https://capitalresearch.com.br/blog/curva-de-phillips/

Você também pode gostar