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Ermenegilda Rumia
Mascarenhas Roroge
Noção de inflação
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Jamal Nacir Tagir
Hermenegilda Rumia
Noção de inflação
Pelo Docente:
dr. Anli Bugdade
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução...................................................................................................................................................4
Inflação........................................................................................................................................................5
Visão keynesiana.........................................................................................................................................6
Deflação.......................................................................................................................................................8
Desinflação..................................................................................................................................................8
Conclusão..................................................................................................................................................11
Referências bibliográficas.........................................................................................................................12
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Introdução
Tornou-se importante desenvolver este tema uma vez que a inflação é um problema social muito
importante e diante dela, podemos nos envolver em crises políticas. A elevação do nível geral
dos preços faz com que as pessoas fiquem mais pobres. Em termos reais, as pessoas perdem a
capacidade de compra em relação a quantidade de moeda de que dispõem. O problema é
colocado em termos reais porque é assim que se mede o poder aquisitivo de uma sociedade,
comparando com base num preço monetário, no caso, numa dada moeda, em relação a preços
que essa moeda pode adquirir. Como sabemos, toda a coisa produzida tem um preço de
referência dado por uma moeda qualquer. Portanto, o bem-estar individual, social e de todo o
sistema econômico depende do preço relativo e não somente de mudanças no preço de uma dada
mercadoria.
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Inflação
Segundo Mankiw, N. Gregory (2015, pag. 454) "A inflação consiste no aumento contínuo e
generalizado do nível geral de preços. A taxa de inflação é uma medida de variação percentual
de preços de todos os bens e serviços produzidos em determinado período. Inflação é um
conceito relativo, porque sua medida verdadeira depende da cesta de consumo de cada indivíduo,
e como a sociedade é bastante desigual na distribuição de renda, há uma desigualdade em
matéria de cesta de consumo também, portanto, o peso da inflação fica bastante relativo quando
se considera cada estrutura de consumo. Porém, de maneira geral, o peso da inflação tem
impactos médios relevantes em toda a estrutura social. Geralmente calculamos um índice de
inflação para dado período, tomando por base determinado ano, e esse índice serve de deflator
desse ano, utilizado para transformar a variação nominal (PIB nominal) numa medida real (PIB
real). Noutras palavras, o preço do ano base serve para transformar a variação nominal em uma
variação em que podemos observar o efeito real em termos de poder de compra"
Á uma relação direta entre a inflação e quantidade de moeda. A moeda diz respeito ao tipo de
ativo econômico que pode ser usado imediatamente para a realização de trocas econômicas. Já
descrevemos as funções da moeda quando tratamos do papel da moeda na teoria quantitativa e na
demanda por moeda. Essas funções fizeram sobre a reserva do valor, unidade de conta e meio de
pagamento. Como unidade de conta, a moeda estabelece a referência dos preços para cada bem.
Uma coisa é a capacidade produtiva da economia medida em termos reais, ou seja, com base na
quantidade de bens e serviços efetivamente produzidos; a outra coisa é a capacidade que decorre
de aumentos dos preços, que chamamos de variação nominal. O PIB nominal resulta da relação
direta com a quantidade de moeda. O deflator é importante para medir a relação entre PIB
nominal e o PIB real, o PIB real é a verdadeira medida de poder aquisitivo de tudo que
produzimos na economia. Inflação é, portanto, um fenômeno monetário que pode ser mostrado
com base na teoria quantitativa da moeda, pois um crescimento da quantidade de moeda
desproporcionalmente à geração real de riqueza pode fazer deslanchar na para a inflação.
Estudos mostram que em períodos de grande expansão monetária há registro também de elevada
taxa de inflação, enquanto períodos de baixo crescimento monetário tendem a níveis de inflação
mais baixos. Mankiw, N. Gregory (2015, pag. 454).
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É calculada do seguinte modo:
Onde:
Ti representa a taxa de inflação;
Pt é o nível de preços no ano t, ou seja, é o nível de preço do ano corrente.
Pt-1 é o nível de preços no ano t-1, ou seja, é o nível de preço do ano anterior.
O ano t representa um determinado ano (exemplo t=2009);
O ano t-1 representa o ando (mudança) anterior do ano t (neste caso o ano t-1 é o ano
2008).
A inflação reduz o valor real do dinheiro ao longo do tempo; inversamente, a deflação aumenta o
valor real do dinheiro. Isto é, compra-se uma maior quantidade de bens com a mesma quantidade
de moeda. (Tome; 2018, pag. 61)
Visão keynesiana
A deflação pode ser gerada por uma procura agregada inferior à da oferta do produto potencial e
daqui pode ganhar um ritmo próprio ao estabelecer-se na economia criando expectativas de
deflação para os anos futuros.
Os preços acabam caindo sempre que sobram mercadorias por falta de consumidores. Como as
empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, o faturamento e o lucro
também acabam reduzidos. Para não ficar no prejuízo, elas são obrigadas a diminuir o ritmo da
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produção e a demitir funcionários. Com o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da
conta. Por isso, a oferta de serviços e os estoques crescem. Resultado: excesso de bens e preços
menores que os de períodos anteriores.
O processo de deflação ainda pode ser iniciado, ou agravado, pela baixa oferta de moeda. Quer
dizer, falta dinheiro em circulação, seja por causa dos juros altos, que tornam o crédito
proibitivo, seja pela falta de investimentos. Essa bola de neve costuma afetar todos os setores da
economia, do agricultor aos fabricantes de eletrodomésticos, além de abalar a própria estrutura
social
Com menos dinheiro em circulação para uma mesma produção, os produtos acabam tendo de
ficar mais baratos para que as vendas se mantenham gerando uma valorização monetária
(deflação).
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estouro da bolha aumentando ainda mais a inflação. Quando enfim as impressoras são
desligadas, ocorre um período conturbado de adaptação onde o mercado precisa entender que
não há dinheiro novo sendo fabricado e que os preços não precisam mais serem reajustados. Isto
gera uma perturbação grande na economia que dá origem aos mitos sobre deflação prazo. (Tome;
2018, pag. 61).
Deflação
Deflação é a tendência natural de toda a moeda (quando não há emissão de dinheiro novo).
Como o ritmo de redução dos preços costuma ser bastante lento e previsível, o mercado não
sofre da perturbação constante que costuma ocorrer nos períodos de inflação. Outra vantagem da
deflação é que as pessoas ficam livre do chamado imposto inflacionário fazendo com que seu
dinheiro se valorize com o tempo, ao contrário da desvalorização que ocorreria se houvesse
inflação. Isto tem um efeito colateral interessante que é deixar as pessoas menos dependentes de
aplicações financeiras em instituições com credibilidade duvidosa. Em períodos de inflação as
pessoas são praticamente obrigadas a depositar o seu dinheiro em bancos sob o risco de perder
poder aquisitivo com o tempo. (Rudiger Dornbusch; 2015).
Desinflação
De acordo com Butzke (2015), a desinflação é um conceito económico que corresponde ao
abrandamento da Inflação. A taxa de inflação diminui, sem atingir um nível 0 nem negativo. Não
deve ser confundido com a deflação, que corresponde a uma diminuição do nível geral dos
preços. (Rudiger Dornbusch; 2015).
Inflação de custos
A formação de preços nas unidades de produção depende dos custos gerais com a aquisição dos
fatores de produção e outros insumos necessários à produção de bens e serviços. Se esses custos
forem crescentes, as empresas tendem a repassá-los à formação de preços de bens produzidos.
Com isso, há tendência a elevação de preços no mercado. Isso também é uma causa importante
de inflação.
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Inflação de oferta
Muitos fatores podem afetar a estrutura da oferta do sistema econômico. Entre eles, podemos
considerar os custos de produção, tecnologia, sazonalidade, etc. Esses fatores, normalmente,
podem provocar a retração da curva de oferta, causando, com isso, excesso de demanda que
tende a pressionar os preços de equilíbrio para cima. A escassez de oferta pode levar a elevação
dos preços, sendo uma das causas de inflação.
Inflação estrutural
Inflação Inercial
Não é somente porque algo foi mais barato no passado que o preço hoje deve ser mais caro.
Mas é isso que vemos quando comparamos o preço de um alimento ou de algum produto do mês
passado com o de hoje e notamos uma diferença absurda.
A inflação Inercial pode ser gerada por juros, por valores fixos que vão aumentando ao longo do
tempo com base em alguma taxa específica.
Além disso, este tipo de inflação acontece caso um agente de mercado decida elevar seus preços,
mesmo que em pequena escala, e este acaba influenciando outros agentes deste setor a também
aumentarem o valor de mercado de seus produtos.
Inflação da Demanda
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Essa Inflação ocorre quando a demanda por um bem ou serviço aumenta, porém, sua oferta não
aumenta concomitantemente.
Se a demanda aumenta, mas a oferta permanece igual, os preços tendem a aumentar justamente
porque, seguindo a lógica, há uma procura maior por algo que não tem suficiente para todos.
Ou seja, se o ofertante elevar seus preços, mesmo assim ele vai conseguir continuar vendendo e
ainda vai lucrar mais com isso.
Da mesma forma, as pessoas que quiserem comprar continuam o fazendo, mesmo que por um
preço acima do usual.
Hiperinflação
Porém, esse é um dos tipos de inflação de caso agravante, ou seja, quando o aumento do preço é
exorbitante e está longe de ser um problema facilmente resolvido.
Além disso, ocorre num curto período de tempo e são valores totalmente fora do comum. Uma
outra característica da hiperinflação é quando a moeda nacional é desvalorizada.
Estagflação
É um período de recessão onde, por algum motivo a produção diminui, tem mais gente
desempregada, e é algo extremamente negativo para a economia de modo geral.
Inflação Espiral
Dentro dos tipos de inflação, também temos a Espiral Inflacionária, é o ciclo onde, devido à
inflação comum, há um aumento no valor do salário para suprir essa perda de poder aquisitivo.
Porém, os preços das mercadorias aumentam, pois, como os produtores e vendedores estão
pagando salários mais altos a seus funcionários, eles precisam reparar isso de alguma forma.
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O intuito de início da Espiral é o de resolver o problema da inflação que diminui o poder
aquisitivo da população, mas como demonstrado, não é uma solução muito viável.
Conclusão
Chegando a conclusão deste trabalho conclui que dissemos que existe inflação quando o nível
geral de preços está a subir. Os preços dos bens, como por exemplo do pão, combustível, cereais,
etc sobem de uma forma generalizada. Normalmente e com taxa de inflação baixa, muitas
empresas não alteram os preços de seus produtos a cada dia. Em vez disso, elas anunciam os
preços e os deixam inalterados por semanas, meses, e até anos. As empresas alteram os preços
com pouca frequência porque a alteração dos preços tem um custo.
Deflação é a tendência natural de toda a moeda (quando não há emissão de dinheiro novo).
Como o ritmo de redução dos preços costuma ser bastante lento e previsível, o mercado não
sofre da perturbação constante que costuma ocorrer nos períodos de inflação, a desinflação é um
conceito económico que corresponde ao abrandamento da Inflação. A taxa de inflação diminui,
sem atingir um nível 0 nem negativo
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Referências bibliográficas
N. Gregory Mankiw. Macroeconomia, 8 ed. Rio de janeiro LTC, 2015
Rudiger Dornbusch, et al. Macroeconomia, 11ª ed, AMGH editora Ltda, 2013.
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