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INSTITUTO

SUPERIOR
DE
ANGOLA

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS E HUAMANA


DIREITO

INFLAÇÃO, DEFLAÇÃO E SUPERAVITE

Eulália Leal

Docente: Me. Waldano Heler Natxari Wanga

2022/2023

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INDÍCE

INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------03

1. DEFINIÇÕES E CONCEITOS -------------------------------------------------04

1.1 CONCEITOS RELACIONADOS-----------------------------------------------05

1.2 ECONOMIA CLÁSSICA


1.3 MEDIÇÃO---------------------------------------------------------------------------06

1.4 CAUSAS

1.4.1 VISÃO MONETARISTA-------------------------------------------------------07

1.4.2 VISÃO KEYNESIANA

1.5 EFEITOS-----------------------------------------------------------------------------08

1.5.1 Negativos

1.5.2 Positivos
1.5.3 CONTROLO----------------------------------------------------------------------09

2. DEFLAÇÃO--------------------------------------------------------------------------10

2.1 VISÃO KEYNESIANA

2.2 VISÃO DE OUTRAS ESCOLAS------------------------------------------------11

3. SUPERAVITE------------------------------------------------------------------------12

3.1 APLICAÇÃO ECONOMICA DO SUERAVITE

3.2 DÉFICIT E SUPERÁVIT---------------------------------------------------------13


CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS------------------------------------------------------15

2
INTRODUÇÃO

O trabalho trata da Inflação, deflação e superavite, essa que um conjunto de variações


que se constata na vida econômica de determinada sociedade. A Inflação é o crescimento
dos preços de bens e serviços, o que resulta no decrescimento do poder de compra da
moeda. As primeiras percepções de inflação surgiram na economia a partir do ano de
1838. Em Angola devido a vários acontecimentos como o atraso econômico, oscilações
no mercado internacional e a corrupção política, desenvolveram-se vários movimentos
inflacionários. Em meados de 1980 a 1990, aconteceu uma hiperinflação (taxa de inflação
elevadissíma) em nosso país devido ao problema da recessão econômica (momento de
crise e retração da economia, marcada pela guerra civil e por caída nas produções,
diminuição de consumo e aumento no desemprego), o preço dos produtos eram alterados
repetidamente em único dia, dobrando quase o preço destes no mês seguinte. Muitos
planos foram elaborados para conter o problema, e nos anos 90 surgiu o “o Kwanza
reajustado”, que consistia no desenvolvimento de uma nova moeda, o Kwanza
Reajustado, trazendo uma reformulação para economia nacional, e um conjunto de
reformas econômicas que foram implantadas no país, sucedendo a transição entre o o
Escudo e o Kwanza e o Kwanza Reajustado, deste momento em diante os índices
fracionários começaram a se suavizar, tornando mais razoável o custo de vida dos
angolanos. O trabalho tem como objectivo, analisar, descrever a inflação, deflação e
superavite, no sentido de trazer a comunidade acadêmica, conhecimentos sobre as
variações econômicas. A metodologia utilizada no trabalho foi de natureza teórica, com
um método qualitativa e com procedimento bibliográfico, onde procuramos desenvolver,
descrever, conteúdos já elaborados que tratou o assunto de forma minuciosa e com mais
precisão. Portanto o trabalho está estruturado em três partes tais como: Uma introdução,
onde induzimos a comunidade acadêmica alguns pontos que tratam o assunto e
apresentamos também os objectivos do nosso trabalho e a metodologia que guiou o
mesmo; no desenvolvimento, é onde procuramos descrever alguns aspecto relacionados
com a inflação, delação e superavite, e pôr fim a conclusão e as referências bibliográficas.

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1. DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Em economia, a inflação é um aumento geral nos preços de bens e serviços em


uma economia. Quando o nível geral de preços aumenta, cada unidade de moeda compra
menos bens e serviços; consequentemente, a inflação corresponde a uma redução
do poder de compra do dinheiro. O oposto da inflação é a deflação, uma diminuição
sustentada do nível geral de preços de bens e serviços. A medida comum de inflação é
a taxa de inflação, a variação percentual anualizada de um índice de preços geral. Como
os preços não aumentam todos na mesma proporção, o índice de preços ao
consumidor (IPC) é frequentemente usado para esse fim.

Os economistas acreditam que a inflação muito alta e a hiperinflação – que têm


efeitos severamente perturbadores na economia real – são causadas pelo crescimento
excessivo persistente da oferta monetária. As opiniões sobre taxas de inflação baixas a
moderadas são mais variadas. A inflação baixa ou moderada pode ser atribuída a
flutuações na demanda real por bens e serviços ou mudanças na oferta disponível, como
durante períodos de escassez.

Índices moderados afetam as economias de maneira positiva e negativa. Os efeitos


negativos incluem um aumento no custo de oportunidade de reter moeda, incerteza sobre
a inflação futura que pode desencorajar o investimento e a poupança e, se a inflação for
rápida o suficiente, há escassez de bens, à medida que os consumidores começam a
acumular com a preocupação de que os preços aumentem no futuro. Os efeitos positivos
incluem a redução do desemprego devido à rigidez nominal dos salários, o que permite
aos bancos centrais maior liberdade na condução da política monetária,
incentivando empréstimos e investimentos em vez de entesouramento de dinheiro e
evitando as ineficiências associadas à deflação.

Atualmente, a maioria dos economistas é a favor de uma taxa de inflação baixa e


constante. A inflação baixa (em oposição a zero ou negativa) reduz a gravidade
das recessões econômicas, permitindo que o mercado de trabalho se ajuste mais
rapidamente em uma crise, e reduz o risco de que uma armadilha de liquidez impeça a
política monetária de estabilizar a economia. A tarefa de manter a taxa de inflação baixa
e estável geralmente é dada às autoridades monetárias, que são os bancos centrais que
controlam a política monetária através da fixação das taxas de juros, realizando operações
de mercado aberto e (mais raramente) alterando os depósitos compulsórios dos bancos
comerciais.
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O termo inflação surgiu nos Estados Unidos em meados do século XIX, “não em
referência a algo que acontece com os preços, mas como algo que acontece com um papel-
moeda”

1.1 CONCEITOS RELACIONADOS

Outros conceitos econômicos relacionados à inflação incluem: deflação – queda


no nível geral de preços; desinflação – diminuição da taxa de inflação; hiperinflação –
uma espiral inflacionária fora de controle; estagflação – uma combinação de inflação,
crescimento econômico lento e alto desemprego; reflação – tentativa de elevar o nível
geral de preços para neutralizar as pressões deflacionárias; e inflação dos preços dos
ativos – aumento generalizado dos preços dos ativos financeiros sem o correspondente
aumento dos preços dos bens ou serviços; agflação – aumento avançado do preço dos
alimentos e das culturas agrícolas industriais em relação ao aumento geral dos preços.
Formas mais específicas de inflação referem-se a setores cujos preços variam de forma
semi-independente da tendência geral. A “inflação dos preços da habitação” aplica-se a
alterações no índice de preços da habitação, enquanto a “inflação da energia” é dominada
pelos custos do petróleo e do gás.

1.2 ECONOMIA CLÁSSICA

No século XIX, os economistas categorizaram três fatores separados que causam


um aumento ou queda no preço dos bens: uma mudança no valor ou nos custos de
produção do bem, uma mudança no preço do dinheiro que então era geralmente uma
flutuação no preço do conteúdo metálico na moeda e a depreciação da moeda resultante
de um aumento da oferta de moeda em relação à quantidade de metal resgatável que
lastreia a moeda. Após a proliferação da moeda de notas privadas impressas durante
a Guerra Civil Americana, o termo “inflação” começou a aparecer como uma referência
direta à depreciação da moeda que ocorria à medida que a quantidade de notas resgatáveis
superava a quantidade de metal disponível para seu resgate. Naquela época, o termo
inflação referia-se à desvalorização da moeda e não ao aumento do preço dos bens. Essa
relação entre o excesso de oferta de notas e uma depreciação resultante em seu valor foi
notada por economistas clássicos anteriores, como David Hume e David Ricardo, que
continuariam examinando e debatendo o efeito que uma desvalorização da moeda (mais
tarde denominada inflação monetária) tem sobre o preço dos bens (mais tarde
denominado inflação de preços e, eventualmente, apenas inflação).

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1.3. MEDIÇÃO

Uma vez que existem muitas medidas possíveis do nível de preços, existem muitas
medidas possíveis de inflação de preços. Mais frequentemente, o termo “inflação” refere-
se a um aumento em um índice amplo de preços que representa o nível geral de preços de
bens e serviços na economia. O (IPC1) e o deflator implícito são alguns exemplos de
índices de preços amplos. No entanto, "inflação" também pode ser usada para descrever
um nível crescente de preços dentro de um conjunto mais restrito de ativos, bens ou
serviços dentro da economia, como commodities (incluindo alimentos, combustíveis,
metais), ativos tangíveis (como imóveis), ativos financeiros (como ações, títulos),
serviços (como entretenimento e assistência médica) ou trabalho. Embora os valores dos
bens de capital sejam frequentemente ditos como “inflacionados”, isso não deve ser
confundido com a inflação como um termo definido; uma descrição mais precisa para um
aumento no valor de um ativo de capital é valorização. O Índice de Preços ao Produtor e
o Índice de Custos de Emprego são exemplos de índices de preços usados para medir a
inflação de preços em setores específicos da economia. O núcleo da inflação é uma
medida de inflação para um subconjunto de preços ao consumidor que exclui os preços
de alimentos e energia, que sobem e caem mais do que outros preços no curto prazo.
O Federal Reserve dos Estados Unidos presta especial atenção à taxa básica de inflação
para obter uma melhor estimativa das tendências de inflação futuras de longo prazo em
geral.

1.4 CAUSAS

Historicamente, grande parte da literatura econômica se preocupava com a


questão do que causa a inflação e qual o efeito dela. Havia diferentes escolas de
pensamento quanto às causas da inflação. A maioria pode ser dividida em duas grandes
áreas: teorias qualitativas da inflação e teorias quantitativas da inflação. Atualmente, a
teoria quantitativa da moeda é amplamente aceita como um modelo preciso de inflação
no longo prazo. Consequentemente, há agora um amplo consenso entre os economistas
de que, no longo prazo, a taxa de inflação depende essencialmente da taxa de crescimento
da oferta de moeda em relação ao crescimento da economia. No entanto, a curto e médio
prazo a inflação pode ser afetada por pressões de oferta e demanda na economia e
influenciada pela relativa elasticidade dos salários, preços e taxas de juros.

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Índice de Preços ao Consumidor
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1.4.1 VISÃO MONETARISTA

Os monetaristas acreditam que o fator mais significativo que influencia a inflação


ou a deflação é a rapidez com que a oferta monetária cresce ou diminui. Eles consideram
a política fiscal, ou gastos governamentais e impostos, como ineficazes no controle da
inflação. O economista monetarista Milton Friedman declarou: “A inflação é sempre e
em toda parte um fenômeno monetário”.

Os monetaristas assumem que a velocidade do dinheiro não é afetada pela política


monetária (pelo menos no longo prazo) e o valor real do produto é determinado no longo
prazo pela capacidade produtiva da economia. Sob essas premissas, o principal fator da
mudança no nível geral de preços são as mudanças na quantidade de moeda. Com
velocidade exógena (isto é, velocidade determinada externamente e não influenciada pela
política monetária), a oferta de moeda determina o valor do produto nominal (que
equivale ao gasto final) no curto prazo. Na prática, a velocidade não é exógena no curto
prazo e, portanto, a fórmula não implica necessariamente uma relação estável de curto
prazo entre a oferta de moeda e o produto nominal. No entanto, a longo prazo, assume-se
que as mudanças na velocidade são determinadas pela evolução do mecanismo de
pagamentos. Se a velocidade não é relativamente afetada pela política monetária, a taxa
de longo prazo de aumento dos preços (taxa de inflação) é igual à taxa de crescimento de
longo prazo da oferta monetária mais a taxa exógena de crescimento da velocidade de
longo prazo menos a taxa de crescimento de longo prazo taxa de crescimento do produto
real.

1.4.2 VISÃO KEYNESIANA

A economia keynesiana propõe que mudanças na oferta de moeda não afetam


diretamente os preços no curto prazo e que a inflação visível é o resultado de pressões de
demanda na economia que se expressam em preços. Existem três fontes principais de
inflação, como parte do que Robert J. Gordon chama de “modelo triangular”:

 A inflação de demanda é causada por aumentos na demanda agregada devido ao


aumento dos gastos privados e governamentais, etc. A inflação de demanda
incentiva o crescimento econômico, uma vez que o excesso de demanda e as
condições de mercado favoráveis estimularão o investimento e a expansão.,
 A inflação de custos, também chamada de “inflação de choque de oferta”, é
causada por uma queda na oferta agregada (produto potencial). Isso pode ser

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devido a desastres naturais ou aumento dos preços dos insumos. Por exemplo,
uma diminuição repentina na oferta de petróleo, levando ao aumento dos preços
do petróleo, pode causar inflação de custos. Os produtores para os quais o petróleo
faz parte de seus custos poderiam repassar isso aos consumidores na forma de
aumento de preços. Outro exemplo decorre de perdas seguradas inesperadamente
altas, legítimas (catástrofes) ou fraudulentas (que podem ser particularmente
prevalentes em tempos de recessão). A inflação alta pode levar os funcionários a
exigir aumentos salariais rápidos, para acompanhar os preços ao consumidor. Na
teoria do aumento de custos da inflação, o aumento dos salários, por sua vez, pode
ajudar a alimentar a inflação. No caso da negociação coletiva, o crescimento dos
salários será definido em função das expectativas inflacionárias, que serão
maiores quando a inflação estiver alta. Isso pode causar uma espiral salarial.
 A inflação embutida é induzida por expectativas adaptativas e muitas vezes está
ligada à “espiral preço/salário”. Envolve trabalhadores tentando manter seus
salários com preços (acima da taxa de inflação) e as empresas repassando esses
custos trabalhistas mais altos para seus clientes como preços mais altos, levando
a um ciclo de aumento de preços. A inflação embutida reflete eventos no passado
e, portanto, pode ser chamada como “inflação de ressaca”.
1.5 EFEITOS

1.5.1 Negativos

Taxas de inflação altas ou imprevisíveis são consideradas prejudiciais à economia


em geral. Eles adicionam ineficiências no mercado e dificultam o orçamento ou o
planejamento de longo prazo das empresas. A inflação pode atrapalhar a produtividade,
pois as empresas são forçadas a desviar recursos de produtos e serviços para se concentrar
nos lucros e perdas da inflação monetária. A incerteza sobre o futuro poder de compra do
dinheiro desencoraja o investimento e a poupança. A inflação também pode impor
aumentos de impostos ocultos. Por exemplo, os ganhos inflacionados empurram os
contribuintes para taxas de imposto de renda mais altas, a menos que as faixas de imposto
sejam indexadas à inflação. Com a inflação alta, o poder de compra é redistribuído
daqueles com renda nominal fixa, como alguns aposentados cujas pensões não são
indexadas ao nível de preços, para aqueles com renda variável cujos rendimentos podem
acompanhar melhor a inflação.

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Se a inflação ficar muito alta, pode fazer com que as pessoas reduzam severamente
o uso da moeda, levando a uma aceleração da taxa de inflação. A inflação alta e acelerada
interfere grosseiramente no funcionamento normal da economia, prejudicando sua
capacidade de fornecer bens. A hiperinflação pode levar ao abandono do uso da moeda
do país (por exemplo, como na Coreia do Norte), levando à adoção de uma moeda externa
(dolarização).

1.5.2 Positivos

Os salários nominais são lentos para se ajustarem para baixo, o que pode levar a
um desequilíbrio prolongado e alto desemprego no mercado de trabalho. Como a inflação
permite que os salários reais caiam mesmo que os salários nominais sejam mantidos
constantes, a inflação moderada permite que os mercados de trabalho atinjam o equilíbrio
mais rapidamente.

Robert Mundell, ganhador do Prêmio Nobel, observou que a inflação moderada


induziria os poupadores a substituir empréstimos por algum dinheiro retido como meio
de financiar gastos futuros. Essa substituição faria com que as taxas de juros reais de
compensação de mercado caíssem. A taxa de juros real mais baixa induziria mais
empréstimos para financiar o investimento. Na mesma linha, James Tobin, outro
gandador do Nobel, observou que tal inflação faria com que as empresas substituíssem o
investimento em capital físico (fábricas, equipamentos e estoques) por saldos monetários
em suas carteiras de ativos. Essa substituição significaria optar pela realização de
investimentos com menores taxas de retorno real. (As taxas de retorno são mais baixas
porque os investimentos com taxas de retorno mais altas já estavam sendo feitos antes.)

1.6 CONTROLO

A política monetária é a política decretada pelas autoridades monetárias (mais


frequentemente o banco central de uma nação) para controlar a taxa básica de juros – ou
equivalentemente a oferta de moeda – de modo a controlar a inflação e garantir a
estabilidade dos preços. No século XXI, a maioria dos economistas é a favor de uma taxa
de inflação baixa e constante. Na maioria dos países, os bancos centrais ou outras
autoridades monetárias têm a tarefa de manter as taxas de juros e os preços estáveis e a
inflação próxima das metas, que podem ser divulgadas publicamente ou não. Na maioria
dos países da OCDE, por exemplo, a meta de inflação é geralmente de 2% a 3%. Os
bancos centrais visam uma taxa de inflação baixa porque acreditam que a inflação alta é

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economicamente onerosa porque criaria incerteza sobre as diferenças nos preços
relativos e sobre a própria taxa de inflação. Uma taxa de inflação positiva baixa é visada
em vez de uma taxa de inflação zero ou negativa, porque esta última pode causar ou piorar
recessões; a inflação baixa (em oposição a zero ou negativa) reduz a gravidade das
recessões econômicas, permitindo que o mercado de trabalho se ajuste mais rapidamente
em uma recessão e reduz o risco de que uma armadilha de liquidez impeça a política
monetária de estabilizar a economia.

2. DEFLAÇÃO

Em economia, deflação é um fenômeno em que os preços de produtos e serviços


caem de forma generalizada em determinado período. É um movimento contrário ao
da inflação, quando os preços sobem. Uma de suas causas é uma determinada crise
econômica, quando os consumidores compram menos e forçam as empresas a reduzirem
seus preços. A deflação causa uma retração da economia e pode levar a uma depressão.
É diferente da desinflação, pois esta é uma desaceleração lenta do ritmo do aumento de
preços.

A inflação reduz o valor real do dinheiro ao longo do tempo; inversamente, a


deflação aumenta o valor real do dinheiro. Isto é, compra-se uma maior quantidade de
bens com a mesma quantidade de moeda. A deflação está normalmente associada a
períodos de recessão - como a década perdida no Japão e a Grande Depressão.

2.1 VISÃO KEYNESIANA

A deflação pode ser gerada por uma procura agregada inferior à da oferta
do produto potencial e daqui pode ganhar um ritmo próprio ao estabelecer-se na economia
criando expectativas de deflação para os anos futuros.

Os preços acabam caindo sempre que sobram mercadorias por falta de consumidores.
Como as empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, o
faturamento e o lucro também acabam reduzidos. Para não ficar no prejuízo, elas são
obrigadas a diminuir o ritmo da produção e a demitir funcionários. Com
o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da conta. Por isso, a oferta de serviços
e os estoques crescem. Resultado: excesso de bens e preços menores que os de períodos
anteriores.

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O processo de deflação ainda pode ser iniciado, ou agravado, pela baixa oferta de
moeda. Quer dizer, falta dinheiro em circulação, seja por causa dos juros altos, que tornam
o crédito proibitivo, seja pela falta de investimentos. Essa bola de neve costuma afetar
todos os setores da economia, do agricultor aos fabricantes de eletrodomésticos, além de
abalar a própria estrutura social.

2.1.1 VISÃO DE OUTRAS ESCOLAS

A visão Keynesiana não é endossada pela escola de Chicago e escola Austríaca de


economia. Estas acreditam que deflação é na verdade um fenômeno monetário
ocasionado por uma retração monetária (como o extravio de dinheiro) e/ou aumento da
produtividade que permite fabricar mais produtos com os mesmos recursos (tendência
natural no ciclo de vida da maior parte dos produtos).

Com menos dinheiro em circulação para uma mesma produção, os produtos


acabam tendo de ficar mais baratos para que as vendas se mantenham gerando uma
valorização monetária (deflação).

Quando um fabricante consegue melhorar a eficiência de produção gastando


menos matérias primas, energia, equipamentos, etc. para fabricar um determinado
produto, o preço deste começa a cair a medida que a concorrência passa a fazer o mesmo.
Com menos dinheiro sendo gasto pelas pessoas para adquirir a mesma quantidade de
produtos, isto também acaba ocasionando uma deflação dos preços. Exemplo disto são
TVs e computadores cujos preços estão sempre em queda devido a evolução da tecnologia
e aumento da produtividade de fabricação.

Muitas vezes deflação é confundida erroneamente como um desaquecimento da


economia, e que por esta razão deve ser evitada. Esta falácia se origina da desestabilização
da economia que ocorre durante períodos de redução da inflação. Políticos muitas vezes
se utilizam da inflação (expansão monetária) para gerar efeitos econômicos positivos no
curto prazo. Por outro lado, esta sensação aparente de prosperidade estagna já que não
houve aumento da produção, apenas da quantidade de dinheiro para comprar os mesmos
produtos. Diante desta situação, muitos governos acabam aumentando ainda mais o ritmo
das impressoras de dinheiro para adiar o estouro da bolha aumentando ainda mais a
inflação. Quando enfim as impressoras são desligadas, ocorre um período conturbado de
adaptação onde o mercado precisa entender que não há dinheiro novo sendo fabricado e
que os preços não precisam mais serem, reajustados. Isto gera uma perturbação grande na

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economia que dá origem aos mitos sobre deflação. Quando a economia se estabiliza, o
crescimento costuma ser maior do que o que poderia ser obtido com estímulo artificial no
longo prazo.

Deflação é a tendência natural de toda a moeda (quando não há emissão de


dinheiro novo). Como o ritmo de redução dos preços costuma ser bastante lento e
previsível, o mercado não sofre da perturbação constante que costuma ocorrer nos
períodos de inflação. Outra vantagem da deflação é que as pessoas ficam livre do
chamado imposto inflacionário fazendo com que seu dinheiro se valorize com o tempo,
ao contrário da desvalorização que ocorreria se houvesse inflação. Isto tem um efeito
colateral interessante que é deixar as pessoas menos dependentes de aplicações
financeiras em instituições com credibilidade duvidosa. Em períodos de inflação as
pessoas são praticamente obrigadas a depositar o seu dinheiro em bancos sob o risco de
perder poder aquisitivo com o tempo.

3. SUPERAVITE

Superávite (do latim superavit, cujo significado literal é “sobrou”, com o


significado de “excedente”) é um termo econômico com aplicações em diversas ciências
e áreas. Em contabilidade, superávite é o termo genérico que se dá a
uma conta de balanço de entidades com finalidades econômicas (direito privado) ou
da administração pública que, em geral, corresponde à conta "lucro do exercício" dos
balanços empresariais privados.

Em administração, superávite é o resultado derivado da execução orçamental que


aferiu mais ganhos do que gastos. Nesse caso, o orçamento é chamado de superavitário.
O resultado oposto denomina-se “deficit” (ou défice).

Em economia ou contabilidade nacional, quando há uma diferença positiva


entre receita e despesa na balança comercial de um país, esta passa a ser superavitária,
sobrando, ao país, capital para ser reinvestido no seu sistema financeiro.

3.1 APLICAÇÃO ECONOMICA DO SUERAVITE

Etimologicamente, a palavra superávit se originou a partir do latim superavit, que


pode ser traduzido literalmente como “excedente” ou “sobrou”.

O controlo monetário há que ser executado de forma que não haja deflação, que é
tão maléfica para o sistema financeiro quanto a inflação, pois ambas causam recessão.

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Como John Maynard Keynes declara, em sua obra A Teoria Geral do Emprego, do Juro
e da Moeda (1936):

Os investimentos públicos e privados determinam diretamente a elevação e a


redução dos níveis de renda e emprego. Em contraposição à tese da escola
clássica, segundo a qual o estado deveria manter-se, tanto quanto possível, à
margem da atividade econômica.

Assim, Keynes propunha que o estado se transformasse num motor


do desenvolvimento, intervindo de forma cíclica e positiva, criando ora superavit,
ora déficit, na macroeconomia e na microeconomia. Superávit ou superavit consiste
no resultado positivo a partir da diferença entre aquilo que se ganha (receita) e aquilo que
se gasta (despesa). Este termo é usado na Economia para se referir ao valor médio que
sobra de uma receita (dinheiro arrecadado) após a dedução dos gastos.

Quando se trata das contas públicas do país, o chamado superávit primário é


considerado o valor que sobra da receita do governo após o pagamento das despesas,
exceto os juros referentes à dívida pública.

Já o chamado superávit nominal é uma média mais completa, pois inclui nas
contas o valor dos juros da dívida. Por exemplo, significa quando o Governo consegue
arrecadar dinheiro suficiente para gerar um superávit primário e, com o saldo positivo,
ainda consegue pagar os juros da dívida referente a determinado período, fazendo com
que ainda haja uma “sobra” de capital.

3.2 DÉFICIT E SUPERÁVIT


Ambos são termos usados no âmbito econômico para se referir aos movimentos
feitos na balança comercial de um país. O superávit, como dito, corresponde ao capital
que excede após o pagamento das despesas do Estado. Também representa o volume
maior de exportações do que de importações, ou seja, o país está vendendo mais os seus
produtos (arrecadando capital) do que comprando. Já o déficit é o oposto do superávit.
Um déficit na balança comercial, por exemplo, ocorre quando há um volume de
importações (compra) de produtos maior do que de exportações (venda). Nesse caso, o
país está aumentando a sua dívida com os outros países.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que, a deflação é o aumento do valor do dinheiro causado por uma


diminuição na demanda de bens e serviços. Entretanto, a inflação é o processo contrário
da deflação: é a perda do valor do dinheiro, causado por um excesso na demanda de bens
e serviços. Superávite do latim superavit, cujo significado literal é “sobrou”, com o
significado de “excedente”. Na economia, duas situações são possíveis: a inflação e
deflação, que geralmente estão associadas a lei da oferta e da demanda. A oferta é a
quantia de determinado produto ou serviço disponível para compra, enquanto demanda é
a quantia de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos a adquirir. A causa
principal da inflação é a elevação da demanda, onde a produção não acontece na mesma
magnitude não conseguindo acompanhar esta procura, então o preço tende a subir, e o
dinheiro passa a valer menos. De acordo com a lei da oferta e demanda, quando a demanda
está em alta, bem maior do que a oferta, é normal que ocorra um aumento de preços.
Como exemplo da SONANGOL supondo que existe uma procura muito grande por
botijas de gáz, logo a demanda está alta, porém, poucos foram fabricados naquele período,
ou seja, a oferta está baixa, logo o mercado subirá o preço das botijas de gáz, acontecendo
assim a inflação. Claro que para acontecer no país de maneira geral, ela deve estar
relacionada com a alta demanda e a baixa oferta de vários produtos ao mesmo tempo. Em
contrapartida, quando a oferta aumenta e se torna maior que a demanda acontece uma
deflação, que ocorre quando os índices de preços de uma economia caem ao invés de
subir, então os valores de bens e serviços tendem a ser menores. Como exemplo da
SONANGOL apresentada, deve acontecer o contrário, a produção de muitas botijas de
gáz, oferta alta, e a procura pelos consumidores no mercado e demanda baixa, logo o
mercado reduzirá o preço, para que a venda ocorra, acontecendo uma deflação. Para isso
acontecer, ela deve estar relacionada com a alta oferta e a baixa demanda de vários
produtos ao mesmo tempo. Por exemplo: atualmente com 20,00 kz não se consegue
adquirir, a mesma quantia de mercadorias que se conseguia comprar uma década atrás;
vinte kz continua sendo vinte kz, porém com menor poder aquisitivo de compra. Portanto,
fazemos sufrágio de que o conteúdo aqui exposto fique aberto tanto para nós estudantes
assim como os professores que, periodicamente, poderemos revisá-lo, atualizá-lo,
diminui-lo ou amplia-lo, aprofundá-lo e, quiçá mesmo a explicitá-lo com as nossas
investigações futuras.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Abel, Andrew; Bernanke, Ben (2005). «Macroeconomics» 5th ed.


Pearson Measurement of inflation is discussed in Ch. 2, pp. 45–50; Money growth &
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pp. 308–348.
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p. 895. ISBN 0-262-02436-5
- Blanchard, Olivier (2000). Macroeconomics 2nd ed. Englewood Cliffs, N.J: Prentice
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- Mankiw, N. Gregory (2002). «Macroeconomics» 5th ed. Worth Measurement of
inflation is discussed in Ch. 2, pp. 22–32; Money growth & Inflation in Ch. 4, pp. 81–
107; Keynesian business cycles and inflation in Ch. 9, pp. 238–255.
- Hall, Robert E.; Taylor, John B. (1993). Macroeconomics. New York: W.W. Norton.
p. 637. ISBN 0-393-96307-1
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Oxford [Oxfordshire]: Oxford University Press. ISBN 0-19-877468-0
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'desperation'». MarketWatch (em inglês). Consultado em 17 de maio de 2021

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