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1. COMPETÊNCIAS EM LÍNGUAS
1.1 Definição do termo competência
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Podemos dizer também que é o conjunto de normas ou regras que temos em nossa
mente (internalizadas, portanto) que nos permite emitir e receber frases, e julgar se elas
são ou não bem formadas ou se podem ou não ser consideradas como frases que
pertencem à língua. Assim julgamos que “O menino comeu a maçã” é uma frase da língua
portuguesa, gramatical, isto é, produzida de acordo com a gramática da língua, as regras
ou normas internalizadas.
Por outro lado, uma frase como “Menino o comeu maçã a” é considerada
como agramatical, ou seja, como uma frase estranha ou que não é boa e, portanto, não
pertencente à língua, porque há uma regra da língua que não permite colocar o artigo
depois do substantivo.
Lomas (2001) defende a preponderância ao pioneirismo de Chomsky (1957,1965)
ao associar a competência linguística à capacidade inata de um falante/ouvinte ideal para
emitir e entender um número ilimitado de orações numa comunidade que fala de forma
homogénea.
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individualmente em situações determinadas por falantes individuais como representantes
de comunidades linguísticas com tradições comunitárias do saber falar.
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Competência ortográfica: Relaciona-se ao conhecimento e a capacidade de
perceção e produção dos símbolos com os quais se compõem os textos escritos. Tendo os
utilizadores capacidades de perceber e produzir textos escritos com ortografia correta,
com uso dos sinais de pontuação.
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falar apropriadamente em diferentes contextos, identificar diferentes tipos de textos e lê-
los adequadamente (Baltar, 2004 ).
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1.5 COMPETÊNCIAS METALINGUÍSTICAS
Há autores como Risso e Jubran (1998) que mencionam esta actividade como
discurso auto-reflexivo.
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palavras, desprende-se do significado veiculado pela linguagem, para se abeirar da forma
em que a linguagem se oferece ao transmitir um significado.
Desde pequenos já existe a comunicação, mas esta não é feita por meio oral. A
linguagem é um sistema de símbolos culturais internalizados, e é utilizada com o fim
último de comunicação social. Assim como no caso da inteligência e do pensamento, o
seu desenvolvimento passa também por períodos até que a criança chegue a utilização de
frases e múltiplas palavras.
Ao nascer, a criança não entende o que lhe é dito. Somente aos poucos começa a
atribuir um sentido ao que escuta. Do mesmo modo acontece com a produção da
linguagem falada. O entendimento e a produção da linguagem falada evoluem.
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No desenvolvimento da linguagem, os bebês começam imitando casualmente os
sons que ouvem, através da ecolalia. Por exemplo: os bebês repetem repetidas vezes os
sons como o “da – da – da”, ou “ma – ma – ma – ma”. Por isso as crianças que tem
problema de audição, não evoluem para além do balbucio, já que não são capazes de
escutar.
Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem,
deixando clara a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da
linguagem. Ao final do primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma
idéia de referência e um conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam
dele.
O estádio lingüístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com
a maturação do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela começa
a dizer suas primeiras palavras.
A fala lingüística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança
pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um
animal ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na
mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já esta falando
por meio de palavras. Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de
aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré –
lingüística e não revela frustração se não for compreendida.
Na fase inicial da fala lingüística a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo
a ela no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para porta de casa,
expressando um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas palavras com valor de
frases são chamadas holófrases.
A partir daqui acontece uma “explosão de nomes”, e o vocabulário cresce muito.
Aos 2 anos espera – se que as crianças sejam capazes de utilizar um vocabulário de mais
de cem palavras.
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traze – los nas “mães”. Aos 6 anos a criança fala utilizando frases longas, tentando utilizar
corretamente as normas gramaticais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese, pode-se concluir que não se pode reduzir a visão restrita de uma
competência única, já que o domínio do conhecimento é bem maior quando se fala de
capacidades de um indivíduo falante de uma língua. Desse modo, Hymes (1995) advoga
que o termo competência de comunicação é um termo indispensável para efeito de
generalização. Que o mesmo deveria ser entendido como competência na comunicação e
competência para a comunicação. A comunicação não é apenas um objetivo da
linguagem, mas um atributo. Uma vez que toda a linguagem coloca em jogo esse atributo
(Baltar, 2004).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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