EVANGELISMO

O QUE É EVANGELISMO?

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O QUE É EVANGELISMO?

SUMÁRIO

1.1 Introdução ......................................................................................................................................... 03

1.2 Mitos E Verdades Sobre O Evangelismo .................................................................................. 05

GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................... 06

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 07

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O QUE É EVANGELISMO?
1. 1 Introdução
O que é evangelismo?
Assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/
watch?v=xbrwD3JLF8U
Prezado aluno e prezada aluna,
Seja bem vindo(a) à disciplina Evangelismo!
Esta disciplina vai aliar necessariamente a
teoria à prática. Isso porque Evangelismo
tem a ver com vida e relacionamento.
As palavras portuguesas evangelismo e
evangelista derivam da palavra “evangelho”
que, por sua vez, tem sua origem na palavra
grega ευαγγέλιον, (euangélion). O significado
literal da primeira é “boa mensagem”, “boa
notícia” ou “boas-novas”, e a segunda, aquele
que pratica, prega o evangelho.
Neste caso, evangelismo tem a ver com
o evangelho de Jesus. Seria então o ato
de proclamar às pessoas as boas notícias
de que Jesus Cristo pagou o preço pelos
seus pecados por meio de sua morte e
ressurreição.
Evangelizar é o ato de proclamar
às pessoas o sacrifício santo de
Jesus por elas.
Essa é a boa notícia: “Cristo morreu pelos
nossos pecados, [...] foi sepultado e
ressuscitou ao terceiro dia” (1 Co. 15.3,4). Por
meio do sacrifício de Cristo, todas as pessoas
podem ter os seus pecados perdoados.
A condição é uma só: que estas pessoas
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reconheçam e confessem que são pecadoras
e que, por isso, estão separadas de Deus
e mortas espiritualmente: “Porque todos
pecaram e estão separados da glória de
Deus” (Rm. 3.23). Após esse reconhecimento,
é necessário crer no evangelho, ou seja, a
boa notícia de que Cristo é a solução para
o problema do pecado humano, pois, por
meio dele, nossos pecados são perdoados e
somos reconciliados com Deus e resgatados
da morte espiritual:
Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é; as coisas velhas já passaram; eis
que tudo se fez novo. E tudo isto provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo
por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes
imputando os seus pecados; e pôs em nós
a palavra da reconciliação. (2 Co. 5.17-19)
A boa notícia do Evangelho, então, só se
aplica a quem se reconhece pecador e
necessitado de salvação. Jesus disse, em
Lucas 5.31-32: “Não são os que têm saúde
que precisam de médico, mas sim os
doentes. Eu não vim chamar justos, mas
pecadores ao arrependimento”. Assim,
aqueles que recebem a morte e ressurreição
de Cristo pelos seus pecados, ou seja, creem
no Evangelho de Cristo, são salvos.
Encontrar uma definição para o evangelismo
e evangelização não é tarefa simples, dada a
complexidade do tema. Isso porque, defini-la
envolve vários fatores linguísticos, históricos
e teológicos. No entanto, listamos abaixo
algumas definições:
Para Michel Green, “Evangelização é a
proclamação das boas novas de salvação a
homens e mulheres tendo em vista a sua
conversão a Cristo e filiação a sua Igreja.”
(GREEN, p. 75). Neste caso, a ideia de
evangelização está necessariamente ligada
à integração do novo convertido à igreja,
onde receberá os primeiros cuidados e dará
os primeiros passos na fé. Está implícito
aqui o conceito de discipulado que será
apresentando mais adiante.
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Russel Shedd nos apresenta que

a natureza da evangelização é a comunicação do evangelho. Seu propósito é dar aos indivíduos

e aos grupos uma oportunidade genuína de receber a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Sua
meta é persuadi-los a se tornarem discípulos do Senhor e servi-lo na comunhão da Igreja (SHEDD,
p. 93).

Aqui aparece a ideia de persuasão do pecador para que aceite a mensagem salvadora.
Neste caso, a evangelização não é uma tarefa passiva, mas ativa no sentido de convencer o
pecador a fazer uma escolha no sentido de seguir e servir a Cristo na comunhão da igreja.

Billy Graham, no entanto, um dos maiores evangelistas do século XX, aponta que evangelismo
“é a proclamação do Cristo bíblico como Senhor e Salvador, com a perspectiva de persuadir
pessoas a irem até ele pessoalmente e então se reconciliarem com Deus” (Billy Graham).

No Congresso de Evangelização de Berlim, ocorrido em 1966, chegou-se à conclusão de que

evangelismo é:

a proclamação do Evangelho do Cristo crucificado e ressurreto, o único redentor do homem, de

acordo com as Escrituras, com o propósito de persuadir pecadores condenados e perdidos a
pôr sua confiança em Deus, recebendo e aceitando a Cristo como Senhor em todos os aspectos
da vida e na comunhão de sua igreja, aguardando o dia de sua volta gloriosa. (Congresso de
Evangelização, Berlim, 1966).

De acordo com a definição do Congresso de Evangelização de Berlim, “evangelização é a

proclamação do Evangelho do Cristo crucificado e ressurreto”. Essa definição nos aponta
para a cruz de Cristo, o essencial conteúdo da evangelização e do Evangelho de Cristo. Paulo
afirma esta verdade quando escreve aos coríntios:

Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes.
Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei;
caso contrário, vocês têm crido em vão. Pois o que primeiramente lhes transmite foi o que recebi: que Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as
Escrituras (1 Co. 15.1-4).

Consideraremos também, como uma definição mais abrangente de evangelização, a

resolução a respeito deste assunto, a que chegou o Pacto de Lausanne:

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo
as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador
do Espírito a todos os que se arrependem e creem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à
evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim
de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como
Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem
com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus
ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se
com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em
sua igreja e um serviço responsável no mundo.
(Disponível em: http://www.igrejamissionariabrasileira.org/e5.php. Acesso em: 20 Ago. 2014).

Dizemos mais abrangente, pois esta definição leva em conta o diálogo, a compreensão da

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realidade do ouvinte, sem deixar de lado toda
a verdade do evangelho, o que inclui o custo
do discipulado e leva em conta também a
pertença a uma igreja e o ingresso no serviço
cristão.
Mas uma definição simples e bem objetiva é
aquela atribuída ao grande pregador inglês
Charles Spurgeon (1834-1892, chamado de
o “príncipe dos pregadores”: “Evangelismo
é um mendigo contando a outro mendigo
onde encontrar pão”. Sobre C. Spurgeon ver:
A Evangelização é o ato de apresentar a
única solução de Salvação para toda a
humanidade. Mas é também incluir, neste
processo, o discipulado como essencial para
a integração do novo convertido no serviço
cristão.
1.2 Mitos e Verdades sobre o Evangelismo
Muitas pessoas têm ideias ou paradigmas
incorretos sobre o evangelismo. Geralmente,
há muitos mitos envolvidos no processo de
evangelismo. Vejamos:
 Mito 1: Evangelismo significa alcançar
estranhos.
Para muitas pessoas, a ideia de evangelismo
está associada a ir “às nações” pregar para
desconhecidos em outras cidades e até
outros países. Na realidade, a maioria das
pessoas é evangelizada por amigos ou
pessoas de seu círculo íntimo.
O gráfico abaixo representa as respostas à
pergunta: “Quem ou o que foi responsável por
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sua conversão a Cristo?” Podemos perceber
que a maioria das pessoas teve como “ponte”
para o evangelho um amigo ou parente.
Portanto, o mito de que evangelismo implica
alcançar pessoas estranhas não subsiste.
 Mito 2: A maioria das pessoas são
evangelizadas por pregadores
profissionais.
É bem verdade que as grandes concentrações
evangelísticas, produzidas pelos grandes
evangelistas, tem sido uma técnica muito
interessante na salvação de muitas pessoas.
No entanto, na realidade, a maioria das
pessoas é alcançada por cristãos comuns. O
evangelismo mais eficaz é aquele realizado
pelo colega de escola, do trabalho, pelo
parente ou até mesmo um vizinho.
 Mito 3: O evangelismo e a conversão
são atos instantâneos.
De fato, a salvação é instantânea. Como
resultado da Graça de Deus manifestada
em Cristo, o pecador se arrepende de uma
vez por todas e obtém a salvação por meio
do sangue de Cristo Jesus. No entanto, o
evangelismo é um processo que leva tempo
antes da conversão e até depois dela.
Não podemos deixar de considerar também
que há três tempos da salvação:
PASSADO - PRESENTE - FUTURO
No tempo passado da salvação, já fomos
salvos da condenação do pecado, ou seja,
da morte eterna. Neste sentido, podemos
citar passagens como: “A tua fé te salvou”
(Lc. 7:50). “Pela graça fostes salvos por meio
da fé” (Ef. 2:8). “[...] que nos salvou e chamou
com uma santa vocação” (2 Tm. 1:9). “[...]
salvou-nos segundo Sua misericórdia” (Tt.
3:5). Estas passagens e muitas outras falam
da salvação como uma obra terminada no
passado. Neste sentido a salvação do crente
está completa. Salvação aqui é, de fato, um
ato e não um processo: ocorre e se completa
no momento em que o indivíduo crê e assim
tem garantida a vida eterna (cf. Jo. 5.24, 6.47,
17.2,3; 1 Jo. 5.11,13).
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No tempo presente da salvação, estamos
sendo salvos do poder do pecado, por
intermédio do poder de Deus que agora
habita em nós: “A palavra da cruz é loucura
para os que se perdem; mas, para nós
que estamos salvos é o poder de Deus” (1
Co. 1:18). Este tempo da salvação pode ser
também chamado de santificação. Paulo
escreve em Fp. 2.12: “Operai a vossa própria
salvação com temor e tremor.” Neste caso,
devemos efetivar, em nossas vidas, a nova
vida que Deus. Isso se por meio do processo
de discipulado. No tempo presente da
salvação os crentes estão sendo salvos, por
meio da obra do Espírito morador, do hábito
e domínio do pecado.
No tempo futuro da salvação, seremos salvos
da presença do pecado. Isso se dará com a
redenção de nosso corpos, na ressurreição
dos que já morreram em Cristo (1 Co. 15.52-
56; 1Ts. 4.16) e no arrebatamento dos que
estiverem vivos para a vinda de Cristo (1Ts.
4.17). Neste tempo, seremos livres do corpo
corruptível e completamente separados da
possibilidade do pecado, como afirmado nas
seguintes passagens: Rm. 5.9,10, 8.24, 13.11;
Ef. 1.13,14; 1Ts. 5.8; Hb. 10.36; 1Pe. 1.5; 1Jo.
3.2,3.
Na passagem bíblica de Filipenses 1.6, vemos
claramente esta verdade quando o autor nos
afirma que Deus inicia a obra da salvação e a
levará até sua consumação.
 Mito 4: Para evangelizar alguém, é
preciso utilizar as palavras corretas.
Muitos dão desculpa para não evangelizar,
afirmando que não sabem quais são as
palavras corretas para “levar” alguém a um
compromisso com Cristo. Na verdade, no
evangelismo não são as palavras o fator mais
importante, mas ações de amor prático. Por
isso, a forma mais eficaz de evangelismo é o
evangelismo por meio de relacionamentos.
 Mito 5: As pessoas são levadas a Jesus
por meio da influência de apenas uma
pessoa.
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Realidade: Quanto mais cristãos um
incrédulo conhecer, mais facilmente ele virá
a Jesus.
Percebemos, assim, que muitos mitos
sobre evangelismo têm sido construídos no
imaginário popular da igreja que tem criado
barreiras para que não coloquemos em
prática a ordem do Jesus: “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo” (Mt. 28.19). Evangelizar não consiste
apenas em apresentar a mensagem
redentora de Cristo, mas também “fazer
discípulos”.
Evangelismo não consiste apenas em dizer
as palavras certas, mas viver o Evangelho em
nossas atitudes, palavras e nosso estilo de
vida para tocar os corações.
Evangelismo não é somente pregar para
estranhos, mas proclamar Cristo para as
pessoas de nosso contexto próximo, de
nossos relacionamentos.
Dessa maneira, podemos concluir esta
introdução ao tema EVANGELISMO
afirmando que este brota do coração de
Deus, mas é tarefa humana. Nesse caso, é
mister pensar em estratégias práticas que
facilitem a comunicação do evangelho e,
por conseguinte, o surgimento de novos
discípulos.
Aprofunde seus
conhecimentos:
http://blogdoluizfelipexavier.
blogspot.com.br/2010/11/
movimento-de-lausanne-
mover-do-espirito.html
GLOSSÁRIO
Evangelismo: O significado literal de
evagelismo é pregar a “boa mensagem”, “boa
notícia” ou “boas-novas”, levando à prática
do evangelho. Neste caso, evangelismo tem
a ver com o evangelho de Jesus.
Evangelizar: É o ato de proclamar às
pessoas o sacrifício santo de Jesus por elas.
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O QUE É EVANGELISMO?

REFERÊNCIAS

GREEN, Michael. Evangelização

na Igreja Primitiva. 2. ed. São
Paulo: Editora Vida Nova. 2000.

Igreja Missionária Brasileira.

Disponível em http://www.
igrejamissionariabrasileira.org/e5.php.
Acesso em: 20 de Ago. de 2014.

PACKER, J. I. A Evangelização e a Soberania de

Deus. São Paulo: Ed. Cultura Cristã.

SHEDD, Russell P. Evangelização: Fundamentos

bíblicos. São Paulo: Shedd Publicações, 1996,
128 p.

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