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Análise das Demonstrações

Financeiras
Mestrado em Auditoria
ISCAM
Maputo, 31 de Outubro de 2017
Objectivos da Análise Financeira
 O objectivo da análise de demonstrações financeiras duma empresa é de
examinar a informação financeira passada e presente com vista a:
 avaliação da posição financeira e o desempenho e financeira da empresa; e
 estimativa dos riscos e potencialidades futuras.
 A análise de demonstrações financeiras pode fornecer informações
valiosas sobre as tendências, os relacionamentos, a qualidade dos lucros
de uma empresa, bem como os pontos fortes e fracos de sua posição
financeira.
 A análise de demonstrações financeiras começa com o estabelecimento
do objectivo (s) da análise.
 Depois da definição do objectivo da análise procede-se a acumulação de
dados a partir das demonstrações financeiras e de outras fontes.

© Ângelo Macuácua
Requisitos para Efectuar a Análise
Financeira
 Estar familiarizado com as práticas comerciais (compreender
o modelo de negócio da empresa).
 Compreender o propósito, a natureza e as limitações da
contabilidade.
 Estar familiarizado com a terminologia do negócio e da
contabilidade.
 Estar familiarizado com as ferramentas de análise de
demonstrações financeiras.

© Ângelo Macuácua
Fonte de Dados de Análise Financeira
 A análise financeira de uma empresa inclui o exame das demonstrações
financeiras da empresa, incluindo notas explicativas às demonstrações
financeiras e o relatório do auditor.
 O relatório do auditor indica se as demonstrações financeiras foram
auditadas de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites.
 As Notas Explicativas às demonstrações financeiras são muitas vezes mais
significativo do que os dados encontrados dentro do corpo das
demonstrações.
 As notas explicam as políticas contabilísticas da empresa e geralmente
fornecem explicações detalhadas de como essas políticas foram
aplicadas.
 Os analistas financeiros comparam as demonstrações financeiras de uma
empresa com as doutras empresas do mesmo sector e com a indústria
em que a empresa opera.

© Ângelo Macuácua
Etapas da Análise Financeira
1. Estabelecer os objectivos da análise financeira.
2. Recolha de dados, de diferentes fontes, necessários para a
análise financeira .
3. Processamento dos dados recolhidos na segunda fase.
4. Condução da análise dos dados processados e interpretação dos
resultados.
5. Desenvolvimento de recomendações à luz das conclusões
extraídas da análise realizada e relatar/ comunicá-la à entidade
relevante.
6. Monitoria e Revisão, se necessário, as informações recolhidas,
as conclusões alcançadas com base na análise e recomendações
feitas.

© Ângelo Macuácua
Técnicas de Análise Financeira
 Análise Horizontal – análise das variações
percentuais nas demonstrações financeiras
comparativas.
 Análise vertical – Análise das relações de cada
item das demonstrações financeiras a uma base
específica, geralmente 100%.
 Análise de rácios – Relação entre valores
específicos que constam das demonstrações
financeiras.
© Ângelo Macuácua
Análise Horizontal
 Análise de se grandezas específicas (Vendas, lucros,
despesas, etc..) estão a aumentar ou a diminuir ao longo
do tempo.
 O aumento absoluto é interessante mas considerado
isoladamente não é muito importante. È mais útil saber
que, P.e, as vendas aumentaram em 20% relativamente
ao ano anterior do que saber que as vendas aumentaram
em $200.000.
 O estudo das variações percentuais ao longo do tempo é
chamada análise horizontal.
© Ângelo Macuácua
Analise Horizontal (Continuação)
Descrição 1999 1998 Variação Variação
Absoluta Percentual

Vendas Líquidas $38,303 $31,806 $6,497 20.4%

Resultados Líquidos 4,766 1,035 3,731 360.5%

© Ângelo Macuácua
Analise Horizontal (Continuação)
 Um incremento de 360.5% nos resultados
líquidos significa que o resultado líquido de 1999
foi 3.6 vezes superior que o resultado de 1998.
 A análise horizontal revela que as vendas líquidas
aumentaram em 20.4% durante o ano de 1999.
 Dado que as despesas totais cresceram menos que
o crescimento das vendas, os resultados
cresceram em 360%.

© Ângelo Macuácua
Análise de Tendências
 A análise de tendências percentuais é uma uma forma de
análise horizontal. As tendências mostram a tendência do
negócio nas principais áreas.
 Como se comportaram as vendas nos últimos 5 anos?
 Qual é a tendência da margem bruta?
 A análise de tendência usa os dados do período base que são
usados como correspondentes a 100%.
 Os valores dos períodos seguintes são divididos pelos valores
do ano base.

© Ângelo Macuácua
Exemplo de análise de Tendências %
1999 1998 1997 1996 1995

Vendas Líquidas $38,303 31,806 $27,611 24,215 $21,718

Custo das Vendas 19,688 16,715 15,318 14,709 13,049

Margem Bruta 18,615 15,091 12,293 9,506 8,669

© Ângelo Macuácua
Exemplo de análise de Tendências %
1999 1998 1997 1996 1995

Vendas Líquidas 176% 146% 127% 111% 100%

Custo das Vendas 151 128 117 113 100

Margem Bruta 215 174 142 110 100

© Ângelo Macuácua
Exemplo de análise de Tendências %
 As vendas e custos da empresa tem
experimentado um crescimento ao longo do
tempo.
 Crescimento dramático de custos e vendas
verificou-se em 1998 e 1999.
 O crescimento das vendas tem sido superior que
o crescimento dos custos daí que o lucro bruto
tem estado a crescer duma forma significativa.

© Ângelo Macuácua
Análise Vertical
 Análise das relações de cada item das demonstrações
financeiras a uma base específica, geralmente 100%.
 Na análise vertical todos os itens das demonstrações
financeiras não expressos em percentagem.
 Na demonstração de resultados a base percentual são as
Vendas líquidas.
 No Balanço a base percentual é o total dos activos

© Ângelo Macuácua
Tecnologias Inovativas, SA
Demonstração de Resultados do Exercícios Findos em 31/12 de 1999 e 1998

1999 1999 1998 1998


USD Percent. USD Percent.
Vendas Líquidas $38,303 100.0% $31,806 100.0%
Custo das Vendas 19,688 51.4 16,715 52.6
Lucro Bruto 18,615 48.6 15,091 47.4
Despesas de Venda e Admin. 8,417 22.0 6,867 21.6
Despesas de P &D 4,792 12.5 5,586 17.5
Lucro Operacional 5,406 14.1 2,638 8.3
Outros rezultados 2,187 5.7 (126 (0.4)
Resultados Antes de Impostos 7,593 19.8 2,512 7.9
Impostos S/ Lucros 2,827 7.4 1,477 4.6
Lucro Líquido $4,766 12.4% $1,035 3.3%
© Ângelo Macuácua
Tecnologias Inovativas, SA
Demonstração de Resultados do Exercícios Findos em 31/12 de 1999 e 1998

1999 1998
Percent. Percent.
Vendas Líquidas 100.0% 100.0%
Custo das Vendas 51.4 52.6
Lucro Bruto 48.6 47.4
Despesas de Venda e Admin. 22.0 21.6
Despesas de P &D 12.5 17.5
Lucro Operacional 14.1 8.3
Outros rezultados 5.7 (0.4)
Resultados Antes de Impostos 19.8 7.9
Impostos S/ Lucros 7.4 4.6
Lucro Líquido 12.4% 3.3%
© Ângelo Macuácua
Common-Size Statement of Income
 Em 1998 as despesas de pesquisa e desenvolvimento
representavam 17.5%. O peso percentual baixou em
1999 para 12.5%.
 O decréscimo percentual das P &D contribuíram para o
aumento dos resultados. Contudo, a P& D são
fundamentais para a sobrevivência e desenvolvimento das
empresas.
 Se a empresa cortar muito as suas despesas em P & D
pode provocar a queda de lucros em anos seguintes.

© Ângelo Macuácua
Benchmarking
 Trata de uma prática de comparar a empresa
com os padrões estabelecidos pelas outras
empresas com vista a introduzir melhorias.
 O Benchmarking pode ser feito:
Com as médias da indústria.
Com uma dada empresa.

© Ângelo Macuácua
Benchmarking com a Média da Industria
Tecnologias Média da
Inovadoras Indústria
Vendas 100.0% 100.0%
Custo das Vendas 51.4 63.9
Margem Bruta 48.6 36.1
Despesas operacionais 28.8 32.8
Lucro Operacional 19.8 3.3
Imposto sobre lucros 7.4 3.5
Lucro ou Prejuizo Líquido 12.4% (0,2%)

© Ângelo Macuácua
Benchmarking com a Média da
Industria
 A empresa em estudo é mais lucrativa que a
média da indústria.
 A margem bruta é maior e a percentagem de
receita que é usada para cobrir as despesas
operacionais é mais baixa.
 A empresa tem feito um bom trabalho no
controlo dos custos , e como resultado, e
consequentemente a percentagem do lucro
líquido é mais alta que a média da indústria.
© Ângelo Macuácua
Uso de Rácios na Tomada de decisões
sobre negócios
 Os rácios jogam um papel importante na análise financeira.
 Um rácio é uma relação entre duas grandezas. Por exemplo:
se o activo corrente é $100.000 e passivo corrente é
$50.000, o rácio da liquidez é de $100.000 para $50.000,
que se pode expressar em 2:1 ou 2/1. Outras formas
aceitáveis de expressão são:
 Os Activos Correntes (AC) representam 200% do Passivo
Corrente (PC).
 O negócio tem 2 USD de AC para cada 1 USD de PC
 O rácio de liquidez geral é 2.0

© Ângelo Macuácua
Uso de Rácios na Tomada de
Decisões sobre Negócios
 Um gestor, um financiador ou um analista
financeira usa quaisquer rácios que sejam
relevantes para uma decisão particular.
 Algumas empresas incluem um capítulo ou secção
sobre rácios nas suas demonstrações financeiras
anuais.
 As empresas de serviços de investimentos
(Standard & Poor´s, Robert Morris Associates,
etc.) reportam os rácios para as empresas e
indústrias.
© Ângelo Macuácua
Classificação dos Rácios
 Rácios para medir a capacidade da empresa de honrar
obrigações correntes.
 Rácios para medir a capacidade da empresa de vender e
cobrar as contas a receber.
 Rácios para medir a capacidade da empresa de honrar
débitos de curto e de longo prazos.
 Rácios para medir a lucratividade da empresa.
 Rácios para analisar as acções da empresa como um
investimento.

© Ângelo Macuácua
Classificação dos Rácios
Financeiros
 Uso de relacionamentos entre contas das demonstrações
financeiras para avaliar a situação e o desempenho financeiros
da empresa.
 Classificação dos rácios:

Rácios de Rácios de Rácios de Rácio de


Actividade Liquidez Solvabilidade Rentabilidade
Capacidade
Capacidade de gerir
Efectividade
de satisfazer Capacidade custos para
do uso dos
obrigações de satisfazer produzir
activos em se
de curto o passivo. lucros a
investiu.
prazo. partir dos
proveitos.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de pagar o passivo
corrente
 Activo Corrente Líquido (Working Capital) = Activo
Corrente – Passivo Corrente.
 O Working Capital é usado para medir a capacidade da
empresa de solver as obrigações correntes com o Activo
Corrente .
 Geralmente quanto maior for o Activo Corrente Líquido da
empresa maior é a sua capacidade de pagar as dívidas.
 Tomado isoladamente o Working Capital não dá uma vista
completa da posição financeira da entidade. É necessário
compara-lo com de outras empresas da mesma dimensão.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de pagar
o passivo corrente
Racio de Liquidez Geral
 Mede a capacidade da empresa de solver as suas obrigações de curto prazo.
Calcula-se dividindo o activo corrente pelo passivo corrente.
 O Activo Corrente é constituído por disponibilidades e outros activos que se
espera converter em disponibilidades dentro de um ano.
 Em geral quanto maior for o rácio de liquidez diz-se que a empresa tem uma
forte posição financeira.
 Uma elevada liquidez geral sugere que o negocio tem activos líquidos
suficientes manter normalmente as operações do negocio.
 O nível “óptimo” do RLG depende de negocio para negocio. Geralmente um
rácio de 2.0 e considerado muito bom.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de pagar
o passivo corrente
 Rácio de Liquidez Reduzida (Acid-Test Ratio)
 Revela a capacidade da empresa de honrar seus compromissos de
curto prazo, se eles tornassem imediatamente vencidos.
 Será que a empresa pode passar neste teste acido?
 No numerador considera-se as disponibilidades, os investimentos
financeiros de curto prazo e as contas a receber liquidas. No
denominador considera-se todo o passivo corrente.
 As existências e as despesas adiantadas são excluídas uma vez que a
empresa não os pode converter imediatamente em cash para
honrar os compromissos correntes.
 O nível “óptimo” do RLR depende de negocio para negocio.
Geralmente um rácio de 0.9 a 1.0 e considerado muito bom.
© Ângelo Macuácua
Liquidez
 Liquidez é a capacidade de satisfazer as components do passive de curto prazo usando
activos que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro.

Activo Corrente Capacidade de satisfazer passivo


Liquidez Geral = corrente usando activo corrente.
Passivo Corrente
Cash +Inv. CP+ 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐. Capacidade de satisfazer passive
Liq. Reduzida = corrente os activos mais líquidos.
Passi𝑣𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

Capacidade de satisfazer passive


Cash + Investimentos de CP corrente usando caixa e
Liq. Imediata = equivalents de caixa.
Passivo Corrente

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de pagar dividas
de curto e longo prazos
 Rácio da divida (Debt Ratio)
 Revela a proporção dos activos totais financiada por capitais alheios.
 Se o valor do rácio e 1.0 significa que todos os activos da empresa foram
financiados pelos credores.
 Quanto maior e o valor do rácio maior e pressão da empresa de pagar o
capital e juros na data de vencimento das prestações.
 Os credores olham para o rácio da dividas com muitas cautelas. Se a
empresa esta a tomar novos empréstimos pode ser muito difícil geri-los
no futuro.
 Os credores cobram juros elevados quanto mais a empresa estiver já
endividada.
 O valor óptimo é variável. Em muitas industrias varia de 0,60 a 0,70.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de pagar dividas
de curto e longo prazos
 Rácio de cobertura de Juros.
 Mede a capacidade da empresa de pagar os juros da divida.
 Calcula-se dividindo o resultado operacional pelo juros da
divida. (Resultados Operacionais/Custos Financeiros).
 Quanto maior for o valor do rácio maior é capacidade de
pagamento de juros.
 O valor optimo e variavel de industria para industria.
Geralmente o valor de 2.0 a 3.0 é considerado bom em
muitos sectores de actividade.

© Ângelo Macuácua
Solvabilidade
 O risco do negócio de uma empresa é determinado, em grande
parte, a partir de linha de negócios da empresa.
 O risco financeiro é o risco resultante da escolha de uma empresa
de como financiar o negócio usando dívida ou capital próprio.
 Os rácios de solvabilidade são usados para avaliar o risco financeiro
de uma empresa.
 Existem dois tipos de rácios de solvabilidade: percentagens de
componentes e rácios de cobertura.
 As percentagens de componentes envolvem a comparação dos
elementos da estrutura de capital.
 Rácios de cobertura medem a capacidade de satisfazer aos juros e
outros custos de financiamento fixos.

© Ângelo Macuácua
Rácios de Solvabilidade
Total 𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 Proporção dos activos financiados pelo
Debt−to−assets ratio =
Total 𝑑𝑜 𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 passivo.
Componentes de solvência
Rácios de Perecntagens de

Passivo de Longo Prazo Proporção do activo financiado por passive de


Long−term debt−to−assets ratio =
Total 𝑑𝑜 𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 longo prazo.

Total 𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 Financiamento por dívida relativamente ao


Debt−to−equity ratio =
Total 𝑑𝑜𝑠 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜𝑠 financiamento por Capitais Próprios.
A𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 Dependência no financiamento por dívida.
Financial leverage =
Capitais Próprios

EBIT Capacidade de satisfazer a obrigação de


Interest coverage ratio =
Pagament𝑜 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 pagamento de juros.
Rácios de Cobertura

Fixed charge EBIT + 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝐿𝑒𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔 Capacidade de satisfazer a obrigação de


=
coverage ratio Pag. Juros + Pagament𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝐿𝑒𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔 pagamento de juros e leasing.
Cash flow CFO + Pag. de Juros + Pag. de impostos Capacidade de satisfazer a obrigação do
coverage ratio =
Interest payments pagamento de juros com cash flows.

Cash−flow−to− CFO Tempo necessário para pagar o passivo com


=
debt ratio Passivo Total cash flows.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de vender e
cobrar as contas a receber
 Trata-se de uma habilidade critica para o sucesso do negocio.
 Os rácios desta categoria estão relacionada com o ciclo das
actividades comerciais: investimento do dinheiro em
mercadorias; conversão de mercadorias em dividas a receber,
e conversão das dividas a receber em dinheiro.
 Os três rácios usados na avaliação são:
 Rotação de existências;
 Rotação das contas a receber;
 Tempo médio de cobranças.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de vender
e cobrar as contas a receber
 Rotação de Existências
 Mede o nº de vezes em que uma empresa vende o seu stock
médio durante o ano.
 Em geral as empresas preferem uma elevada rotação das
existências. Mas isso pode revelar a que a empresa não
mantem um nível adequado de existências para satisfazer a
procura.
 Uma rotação de existências de 6 significa que a empresa
vende seis vezes a sua media de existências durante o ano.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de vender
e cobrar as contas a receber
 Rotação de contas a receber
 Mede a capacidade de cobrar as contas receber resultantes
das vendas a crédito a clientes.
 Geralmente quanto maior for o rácio, maior é o sucesso da
empresa em cobrar as dividas dos clientes.
 O calculo do rácio e feito dividindo as vendas liquidas a
crédito pela media das contas a receber. O resultado indica
quantas vezes o saldo médio das contas a receber se
transformou em cash.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da capacidade de vender
e cobrar as contas a receber
 Prazo médio de cobranças
 O negócio deve converter as contas a receber em dinheiro.
 Todos os factores constantes, quando o saldo das contas a receber e
baixo sugere que a empresa tem tido sucesso na conversão das vendas a
crédito em dinheiro.
 Este rácio indica-nos quantos dias o valor das vendas permaneceu em
contas a receber.
 O cálculo e feito em duas etapas:
 Dividindo as vendas liquidas por 365, para obter as vendas diárias.
 Dividindo a media das vendas diárias por media das contas a receber.

© Ângelo Macuácua
Rácios de Actividade
 Os rácios de rotação reflectem o número de vezes que os
activos fluem para dentro e para fora da empresa durante o
período.
 A rotação mede a eficiência de uso dos activos.
C𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝐸𝑥𝑖𝑠𝑡.𝑉𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 Quantas vezes os inventários são
Rotação de Existências =
Média das Existências criados e vendidos durante o
período.
Vendas Totais Quantas vezes as contas a receber
Rotação de Cont. a Receber = são criadas e cobradas durante o
Média de Cont. Receber
período.
Ve𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 A extenção em que os activos
Rotação do Activo Total = totais criam proveitos durante o
Média dos Activos Totais
período.
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠Tota𝑖𝑠 Eficiência no uso do capital
Rotação do Cap. Circul = circulante
Média do Capit.Circ.

© Ângelo Macuácua
Componentes do Ciclo Operacional
 O Ciclo Operacional é a duração do tempo deste que a empresa faz um investimento em
bens e serviços áte à cobrança das contas a receber.
 O Ciclo Operacional Líquido é a duração do tempo deste que a empresa faz um
investimento em bens e serviços, considerando que a empresa faz algumas compras a
prazo, até à cobrança das contas a receber.
 Quanto mais longo for a duração do ciclo operacional a duração do ciclo operacional
líquido fornece informações sobre necessidade de liquidez da empresa. Quando mais
longo for, maior são as necessidades de liquidez.

Nº de dias de Existências ´Nº de dias de Contas a Receber

| | | |

Compra de Pagamento de venda de existências Cobrança de Contas


inventários a Contas a Pagar a crédito a Receber
Crédito

Nº de dias de Pagamento Cicclo Operacional Líquiro


© Ângelo Macuácua Ciclo Operacional
Fórmulas do Ciclo Operacional
Existências 365 Tempo médio que
Nº de dia stocagem = =
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 Rotação das Exist. leva a criar a
vender as
existências
Contas a Receber 365 Tempo médio que
Nº dias de Cob,= =
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 Rotação das Cont a Receber
se leva a cobrar a
contas a receber.

Contas a Pagar 365 Tempo médio que


Nº de dias de Pagº = =
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 Rotação das Contas a Pagar
se leva a pagar aos
fornecedores.

© Ângelo Macuácua
Formulas do Ciclo Operacional

Ciclo Operacional =Número de dias de stocagem + Nº de dias de Cobrança Tempo desde o investimento
em existências até a
cobrança de contas a
receber.
Ciclo Operacional Líquido= 𝑁º 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 +Nº dias de Cobrança − Tempo desde o investimento
Nº de dias de Pag. em existências até a
cobrança de contas a
receber, tendo as compras a
crédito.

© Ângelo Macuácua
Avaliação da lucratividade
 O objectivo fundamental de um negocio e ganhar mais
lucros.
 Os rácios que medem a lucratividade são fundamentais em
muitas decisões.
 Os principais rácios usados são:
Rentabilidade das vendas liquidas (RLV).
Rentabilidade do activo total (ROA)
Rentabilidade dos capitais próprios (ROE)
Lucro por acção (EPS)

© Ângelo Macuácua
Rentabilidade das vendas liquidas
 Indica qual e a percentagem das vendas que se converte em
lucro.
 As empresa lutam por uma maior rentabilidade das vendas.
 Calcula-se dividindo o resultado liquido pelas vendas
liquidas.
 Quanto maior for o valor do rácio maior e capacidade das
vendas de se converter em lucros para os accionistas e
também significa que menos da margem bruta e absorvido
pelas despesas operacionais, custos financeiros e impostos.

© Ângelo Macuácua
Return of Assets (ROA)
 Avalia o sucesso da empresa em usar os activos para gerar
lucros.
 Avalia a capacidade de empresa de gerar retorno tanto para
os accionistas como para os financiadores.
Financiadores recebem juros como retorno.
Accionistas recebem o lucro liquido como retorno.
• Calcula-se dividindo o lucro liquido mais os custos
financeiros pela media do activo total.
• O valor óptimo e variável de industria para industria.

© Ângelo Macuácua
Return on Equity (ROE)
 Indica a relação entre o lucro liquido e o investimento dos
accionistas ordinários. Quanto foi ganho por cada Metical
Investido?
 O calculo e feito dividindo o Resultado Liquido menos os
dividendos preferenciais pela media dos capitais próprios.
 E importante que o ROE seja superior que o ROA:
Os accionistas tomam um risco maior e por isso demandam um
retorno maior.
Se o ROA e maior que o ROE significa que os financiadores
estão tendo maior retorno que os accionistas e se isso continuar
os accionistas vão parar de financiar a empresa.

© Ângelo Macuácua
Rentabilidade
 Os rácios de margem e retorno fornecem informações sobre
a lucratividade e eficiência da empresa.
 A margem é a porção dos proveitos que é lucro.
 O retorno é a comparação entre o lucro e o investimento
necessário para gerar o lucro.

© Ângelo Macuácua
Rácios de Rentabilidade: Margens
Cada rácio de margem compara um medidor do rendimento
com os proveitos totais:
Lucro Bruto
Margem de lucro Bruto =
Proveitos Totais
Lucro Operacional
Margem de lucro Operacional =
Proveitos T𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠

Lucro Líquido
Margem do Lucro Líquido =
Proveitos Totais
Resultados Antes de Impostos
Margem de Lucro Antes de Impostos =
Proveitos Totais

© Ângelo Macuácua
Rácios de Rentabilidade: Retornos
Os rácios de Return ratios compare a measure of profit with the
investment that produces the profit:

Lucro Operacional
Operating return on assets =
Media dos Activos Totais
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
Return on assets (ROA) =
Media dos Activos Totais

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
Return on equity (ROE) =
Média dos Capitais Próprios

Lucro Operacional
Retorno Operacional dos Activos =
Media dos Activos Totais

© Ângelo Macuácua
Modelo DuPont Retorno sobre CP

 O modelo DuPont usa o relacionamento


entre contas das demonstrações financeiras
para decompor a rendibilidade em Margem do Rotação do Alavanca
Lucro Líquido ActivoTotal Financeira
componentes.
 Modelo Dupont de três factores da
rendibilidade dos capitais próprios:
Margen do Lucro
 Rotação do Activo Total Operacional
 Alavanca Financeira
 Margem do lucro líquido
 Modelo Dupont de cinco factores da
Efeito sobre Itens não
rendibilidade dos capitais próprios : Operacionais
 Rotação do Activo Total
 Alavanca Financeira
 Margem do lucro Operacional
Efeito
 Efeito sobre os itens não operacionais Fiscal
 Efeito Fiscal

© Ângelo Macuácua
Modelo DuPont de Cinco
Componentes
Return on Tota𝑙 𝐴𝑠𝑠𝑒𝑡𝑠 Return on
equity = ×
Shareholders′ assets
equity

Return on Total assets Net income


equity = Shareholders′ × Total assets
equity

Return on Total assets Revenues Net income


equity = Shareholders′ × Total assets × Revenues
equity
Income
Operating before
Return on Total assets Revenues income taxes Taxes
equity = Shareholders′ × Total assets × Revenues × Operating × 1 − Income
equity income before
taxes

© Ângelo Macuácua
Example: The DuPont Formula
Suppose that an analyst has noticed that the return on equity of the D
Company has declined from FY2012 to FY2013. Using the DuPont
formula, explain the source of this decline.

(millions) 2013 2012


Revenues $1,000 $900
Earnings before interest and taxes $400 $380
Interest expense $30 $30
Taxes $100 $90

Total assets $2,000 $2,000


Shareholders’ equity $1,250 $1,000

© Ângelo Macuácua
Example: the DuPont Formula
2013 2012
Return on equity 0.20 0.22
Return on assets 0.13 0.11

Financial leverage 1.60 2.00


Total asset turnover 0.50 0.45
Net profit margin 0.25 0.24
Operating profit margin 0.40 0.42

Effect of nonoperating items 0.83 0.82


Tax effect 0.76 0.71

© Ângelo Macuácua
Alavanca Financeira
 O objectivo de mobilizar capitais alheios é de incrementar a taxa
de retorno dos capitais próprios.
 Existe alanca financeira quando uma empresa toma empréstimo a
x% e investe em activos que lhe proporciona um retorno de Y%,
onde Y%>X%.
 A diferença entre Y% e X% representa um ganho para os
accionistas.
 O efeito da alavanca operacional pode se medir pelo seguinte
índice:
Índice de Alavanca Financeira = ROE/ROA
Quando O índice de alavanca financeira é superior que 1.0, então o
gearing opera a favor do accionista.
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Emprego do Capital
 O ROA pode ser referido como uma função da:
Rendibilidades das Vendas (Lucro/Vendas)
Rotação do Activo Total (Vendas/ Activo Total)
 A Rendibilidade Liquidas das vendas mede o
desempenho operacional da firma enquanto que a
rotação dos activos mede a utilização dos activos
totais.
 ROA = (Lucro/Vendas) * (Vendas /Activo Total)

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Emprego do Capital
A B C D

Vendas 100.000 200.000 200.000 100.000

Lucro Operacional 10.000 10.000 2.000 30.000

Activo Total 100.000 100.000 20.000 200.000

Rendibilidade das Vendas 10% 5% 1% 30%

Rotação do Activo 1 2 10 0,50

ROA 10% 10% 10% 15%

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Emprego do Capital
O exemplo anterior revela que o retorno do
activo total pode ser melhorado através de
quatro acções:
Aumento das vendas
Redução dos investimentos
Redução de custos
Incremento da margem de lucros.

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Earning Per Share (EPS)
 Trata-se do rácio mais citado em todas as estatísticas financeiras.
 Trata-se do único rácio apresentado nas demonstrações financeiras.
 O EPS é o montante do lucro obtido por cada acção ordinária em
circulação.
 O EPS calcula-se dividindo o lucro liquido disponível para os
accionistas ordinários pelo número de acções ordinárias em
circulação.
 Os dividendos preferenciais são subtraídos do lucro líquido porque as
acções preferenciais tem prioridade na distribuição de dividendos.
 Muitas empresas lutam por incrementar o seu EPS em 10 a 15% por
ano.

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Avaliação das Acções da Empresa como
Investimento
 Os accionistas compram as acções para obter retornos nos
seus investimentos.
 O retorno sobre investimentos em acções consiste de:
Lucro ou perda resultante da venda das acções a um preço
diferente do preço de compra;
Dividendos que são periodicamente distribuídos aos accionistas.
 Os rácios desta categoria ajudam os analistas na avaliação das
acções em termos de preço de mercado ou pagamento de
dividendos.

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Rácios para Avaliação das Acções
A análise é feita com base nos seguintes rácios:
 Preço/lucro por acção (Price/Earning Ratio) – relaciona o
preço de mercado com o lucro por acção.
 Ganho de Dividendo (Dividend Yield) – mede a
percentagem do preço de mercado que retorna anualmente à
empresa como dividendo.
 Valor Contabilístico por Acção (Book Value per Share) –
revela o valor contabilístico de cada acção ordinária possuída.
 Preço/ Valor Contabilístico (Market-to-Book Value) –
Relacionando o preço de mercado e o valor contabilístico de cada
acção.

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Preço/Lucro por Acção (Price/Earning Ratio)
 Relaciona o preço de mercado com o lucro por acção.
Indica qual é o preço de mercado por cada $1 de lucro.
 Este rácio aparece nas publicações das bolsas de valores .
 P/E ratio joga um papel importante na decisão de
comprar, manter ou vender acções.
 O P/E indica quanto é que o mercado está disposto a
pagar por cada $1 de lucro.
 O calculo é feito dividindo o preço de mercado pelo
lucro por acção.

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Preço/Lucro por Acção (Price/Earning Ratio)
 O preço de mercado pode ser obtido nas publicações
financeiras, nos correctores ou numa outra fonte externa
às demonstrações financeiras.
 O P/E ratio varia de indústria para indústria.
 Uma vez que o PER mede quanto o investidor está disposto a
pagar por cada dólar do ganho actual, um PER elevado é
considerado é considerado como sinal de que a empresa tem
uma forte perspectiva de crescimento.
 A analise supra deve ser feita com cuidado por que se o lucro
por acção for muito baixo então o PER é elevado.

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Ganho de Dividendo (Dividend Yield)
 Mede a percentagem do preço de mercado que retorna
anualmente à empresa como dividendo.
 Os accionistas preferenciais, que investem primariamente
para obterem dividendos, prestam uma atenção especial ao
dividend yield.
 O Dividend yield calcula-se dividindo o dividendo por acção
ordinária pelo preço de mercado por acção ordinária.

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Ganho de Dividendo (Dividend Yield)
 Se o dividendo por acção é de $1,20 e o valor preço de
mercado por acção é de $60, então o dividend yield é de
0,02 ou 2%.
 Um investidor que compre a acção desta empresa pode
esperar receber anualmente como cash dividend de 2%.
 O Ganho de dividendo é variável de empresa para empresa
sendo maior nas empresas já estabelecidas e menor nas
empresas recentemente criadas cuja orientação é de
crescimento.

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Valor Contabilístico por Acção (Book Value per Share)

 Revela o valor contabilístico de cada acção ordinária


possuída.
 Calcula-se dividindo o montante dos capitais próprios pelo
número das acções ordinárias em circulação.
 O montante dos capitais próprios a considerar exclui o
montante dos acções preferenciais.
 Muitos peritos defende que o valor contabilístico não é um
indicador útil para a análise de investimentos, uma vez que
não tem relação com o valor de mercado. Mas muitos
investidores continuam a usa-lo nas suas decisões.

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Preço/ Valor Contabilístico (Market-to-Book Value)
 Calcula-se dividindo o preço de mercado das acções
ordinárias pelo seu valor contabilístico.
 Lembre-se que o valor contabilístico por acção reflecte
custos históricos por ser uma grandeza contabilística.
 Mercado/Valor Contabilístico compara o valor de
mercado duma firma com o seu custo.
 Se o valor do rácio é menor que 1.0 isto pode significar
que a empresa não tem sido sucesso na criação do valor
para os seus accionistas.

© Ângelo Macuácua
Limitações da Análise Financeira
 As decisões sobre negócios são tomadas em ambiente de incerteza.
 O uso de rácios é tão limitado como o é o uso do termómetro pelos
médicos. Uma temperatura de 40% significa que algo está mal mas não
se sabe ainda o que é.
 Se a liquidez duma empresa repentinamente baixa, temos um indicador
de algo está mal, mas isso não indica qual é o problema e como é que o
mesmo pode ser corrigido. O gestor deve analisar os valores que entram
para seu computo.
o Será que o activo corrente diminuiu e o passivo corrente aumentou? Porque?
o Se o Activo corrente baixou, será problema de cash? As contas a receber
baixaram? Será que as existências baixaram?

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Limitações da Análise Financeira
(cont.)
 Apenas analisando cada item particular que compõe o rácio o
gestor poderá determinar como resolver o problema.
 O gestor deve avaliar os dados de todos os rácios conjugando com
outras informações sobre a empresa e sobre a sua linha particular
de negócios, tais como o aumento da concorrência ou a ressecção
económica.
 A legislação, os negócios internacionais, a competição, os
escândalos e outros factores pode tornar os lucros em prejuízos e,
vice versa.
 A análise de Rácios deve ser feita para um certo período de tempo
. Um ou dois anos podem não ser suficientemente representativo
do desempenho da empresa a longo prazo.
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Valor Económico Acrescentado
 O EVA (Economic Value Added) é uma nova medida do
desempenho da empresa.
 O EVA combina indicadores de avaliação contabilística e de
avaliação financeira para medir até que ponto as operações da
empresa acrescentaram valor à riqueza dos accionistas.
 EVA = Lucro Líquido + Custos Financeiros – custo do
capital.
O lucro Líquido e custos financeiros são obtidos directamente
das demonstrações financeiras.
O custo do capital é a média ponderada dos retornos
demandados pelos accionistas e pelos financiadores.
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Valor Económico Acrescentado
 O custo de capital varia de acordo com o nível de risco da
empresa.
 Por exemplo, os investidores demandam maior retorno em numa
empresa emergente do que numa empresa já estabelecida.
 A ideia por detrás do EVA é de que o retorno dos accionistas
(lucro líquido) e o retorno dos financiadores (custos financeiros)
deve exceder o custo do capital.
 O custo do capital é o montante que os accionistas e os
financiadores cobram à empresa pelo uso de seus capitais.
 O EVA positivo indica que um aumento na riqueza dos accionistas,
e o preço das acções da empresa vai aumentar.

© Ângelo Macuácua
Valor Económico Acrescentado
 Se o EVA é negativo os stakeholders da empresa estão
insatisfeitos com o progresso da firma e vão provavelmente
vender as acções.
 Exemplo:
Considere que o lucro líquido da DELTA SA é de $4.776 mil,
os juros de empréstimos de $406 e que o custo médio
ponderado do capital é de 12% e a empresa tem a seguinte
estrutura de capital (em mil $): Empréstimos de curto prazo:
$2.864; Empréstimos de longo prazo $4.162 e capitais
próprios de $13.584. Determine o EVA.

© Ângelo Macuácua
Determinação do EVA
1. Lucro Líquido $4.766
2. Juros de Financiamento 406
3. Custo do Capital
Empréstimos de Curto Prazo $2.864
Empréstimo de Longo Prazo 4.162
Capitais Próprios 13.584
20.610
Custo Médio Ponderado do Capital 12% $2.473
4. EVA (1+2-3) $2.699

O mapa acima revela que durante o ano a empresa acrescentou valor


à riqueza dos accionistas no montante de 2.699 mil dólares
© Ângelo Macuácua
Eficiência de Mercado, Acção de
Gestão e decisões dos investidores
 Um mercado de capitais eficiente é aquele em que os preços
de mercado reflectem o impacto de toda a informação
disponível ao público.
 A Eficiência de mercado significa que os gestores não devem
passar informações contabilísticas falsas ao mercado.
 Na base da informação disponível os investidores vão traduzir
os dados contabilísticos em preços das acções.
 Por exemplo, se uma empresa reportou um EPS $4 e Preço
por acção é $4 0, o PER é 10.

© Ângelo Macuácua
Eficiência de Mercado, Acção de
Gestão decisões dos investidores
 Se acredita que estas acções estão subcotadas em relação a
outras empresas, os gestores podem mudar do método de
depreciação acelerada para o de linha recta.
 A mudança vai diminuir os custos e por conseguinte os lucros
vão aumentar, e por conseguinte o EPS aumentará para, por
exemplo, $5. O preço vai aumentar para $50?
 Se o mercado é capaz de compreender que o aumento do
EPS foi devido à mudança de regras contabilísticas e não à
eficiência operacional o preço não aumentará.

© Ângelo Macuácua
Eficiência de Mercado, Acção de
Gestão e decisões dos investidores
 Num mercado eficiente a pesquisa de “underpriced stocks”
não frutífero ao menos que o investidor tenha uma
informação privada.
 O uso dessa informação privada é ilegal.
 Um investidor desenha e implementa uma estratégia de
gestão de risco, de diversificação (por forma a não perder
tudo quando as acções de uma empresa vão mal) e de
minimização de custos.
 O objectivo da análise financeira para o investidor é de
fornecer informações para minimização do risco de toda a
carteira de investimentos.
© Ângelo Macuácua

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