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Contabilidade financeira
Sumário
CAPÍTULO 1 – Introdução à Contabilidade........................................................................05
Introdução.....................................................................................................................05
1.1 O patrimônio............................................................................................................05
1.1.1 Ativos..............................................................................................................07
1.1.2 Passivos...........................................................................................................08
Síntese...........................................................................................................................23
Referências Bibliográficas.................................................................................................24
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Capítulo 1
Introdução à Contabilidade
Introdução
Você já pensou em seu patrimônio pessoal ou no de sua família? Qual é a composição desse
patrimônio? Não se preocupe com o valor do patrimônio, toda pessoa ou família tem algum bem
mensurável monetariamente.
Neste estudo, você observará que o termo entidade será utilizado para referir-se a uma empresa,
a uma pessoa, a uma associação, a um sindicato, etc. Toda entidade possui um patrimônio e,
sendo a Contabilidade a ciência que estuda o patrimônio e suas variações, pode-se estudar o
patrimônio de qualquer entidade.
Você já parou para pensar em grandes empresas, como, por exemplo, a Natura ou a Volkswa-
gen, e em qual seria a composição e a evolução do patrimônio dessas organizações? Estudando
o conteúdo deste capítulo, você poderá identificar e classificar muitos itens do patrimônio das
entidades. Este é um passo importante para entender a contabilidade.
1.1 O patrimônio
O patrimônio de uma entidade é composto por bens, direitos e obrigações.
Para aprender os conceitos básicos de contabilidade, você terá como exemplo a história de uma
pessoa que pretende começar um novo negócio. O personagem, Paulo Moreira, é um homem
experiente que percebeu a necessidade de um serviço de lavanderia em sua comunidade. Paulo
pesquisou sobre sua ideia e preparou um plano de negócios que documenta a viabilidade de seu
empreendimento.
Paulo também se reuniu com um advogado para discutir os termos do contrato e o tipo de em-
presa que deveria constituir. Dada a sua situação específica de pequeno empresário no setor de
serviços e iniciando um novo negócio, eles concluíram que a melhor forma jurídica para o seu
negócio seria a de microempresa, a fim de ter uma carga tributária reduzida e simplificação do re-
colhimento dos tributos. O nome escolhido para a organização foi Lavanderia Lava Bem. O advo-
gado também aconselha Paulo sobre as cláusulas do contrato para evitar problemas futuros com
seu sócio e sobre algumas licenças e documentos que serão necessários para a nova empresa.
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Contabilidade financeira
Paulo é trabalhador e um homem inteligente, mas admite que não se sente confortável com
questões de contabilidade. Ele sabe que encontrará auxílio em algum software especializado no
assunto, mas prefere se reunir com um contador profissional para ajudar em sua escolha. Ele
pede ao gerente do seu banco para recomendar um profissional de contabilidade que consiga
dar explicações a alguém que é leigo no assunto. Paulo quer compreender as demonstrações
financeiras e quer saber tudo para acompanhar o desenvolvimento do seu novo negócio. O
gerente do seu banco recomenda Priscila Martins, uma contadora que tem ajudado muitos pe-
quenos empresários, clientes do banco.
Priscila verifica o plano de negócios que Paulo elaborou e começa a decompor o patrimônio
necessário para que possa iniciar suas transações. Paulo parecia intrigado com o termo transa-
ção, de modo que Priscila lhe ofereceu cinco exemplos de transações que a Lavanderia Lava Bem
precisará registrar.
• Paulo, sem dúvida, deve iniciar o seu negócio colocando um pouco de seu próprio
dinheiro pessoal.
• A Lavanderia Lava Bem precisará comprar um veículo de entrega, adaptado para colocar
as roupas que serão entregues aos clientes.
1.1.1 Ativos
Ativos são os bens que uma empresa possui, também chamados de recursos da empresa. No
caso da lavanderia de Paulo, são o veículo da empresa, o dinheiro no banco, todo o material
que tem em mãos e o equipamento que ele usa para lavar e passar roupas. Priscila mostra a
Paulo como esses bens são relatados nas contas chamadas veículos, bancos, suprimentos e
equipamentos. Ela menciona um ativo que Paulo não tinha considerado e lhe explica que, se
a Lava Bem executar serviços e der um prazo para o cliente pagar, o valor devido à Lavanderia
Lava Bem é um ativo conhecido como contas a receber.
De acordo com Marion (2009, p. 38) “Entendem-se por bens as coisas úteis, capazes de sa-
tisfazer às necessidades das pessoas e das empresas. Se eles têm forma física, são palpáveis,
denominam-se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e
utensílios (móveis de escritório), ferramentas, etc.”.
VOCÊ O CONHECE?
O professor Doutor José Calos Marion é mestre, doutor e livre-docente em Contabili-
dade pela FEA/USP, onde é professor titular. Fez Pós-doutorado em Contabilidade pela
Kansas University (EUA). É também professor e pesquisador do Mestrado em Conta-
bilidade na PUC-SP. Vencedor do Prêmio Pesquisa CFC em 1986, do Prêmio da BMF
como orientador de tese de doutorado da aluna Angela Mie Nakamura em 1997, do
Prêmio Professor Nota 10 (entre os dez primeiros) do Semesp-SP em 1997, da Medalha
Frederico Herrmann Junior da Ordem do Mérito, por ter se distinguido na doutrina e
pesquisa da Ciência Contábil, pelo CRC-SP, em 1998.
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Contabilidade financeira
Outros exemplos de bens que podem ser pagos antes de serem usados incluem suprimentos e
a quota anual para uma associação comercial. A parcela que é consumida no período contábil
atual é considerada como uma despesa; a parte que ainda não foi consumida é relatada no
balanço patrimonial como um ativo.
Embora os contadores geralmente não aumentem o valor de um ativo, eles podem diminuir o seu
valor como resultado de um conceito conhecido como conservadorismo. Por exemplo, depois
de alguns meses no negócio, Paulo resolve comprar algumas embalagens para guardar roupas
no armário e oferecer a seus clientes, visando a ganhar receitas adicionais. Vamos dizer que a
Lavanderia Lava Bem tenha comprado 100 embalagens no atacado por R$ 1,00 cada. Mas o
preço de atacado das embalagens foi reduzido em 40% e, ao preço atual, ele poderia comprá-
-las por R$ 0,60 cada. O custo de substituição de seu estoque (R$ 60,00) é menor que o custo
original registrado (R$ 100,00). O princípio do conservadorismo diz ao contador para informar
no balanço patrimonial o valor mais baixo (R$ 60,00) como o valor do ativo.
Em resumo, o princípio do custo geralmente impede que ativos sejam demonstrados no balanço
patrimonial em valor maior que o custo, enquanto o conservadorismo pode exigir que ativos
sejam reportados no balanço patrimonial com valores menores que seu custo. Por esse motivo,
muitas vezes, os contadores são chamados de conservadores.
1.1.2 Passivos
Passivos são obrigações da empresa; são valores devidos a terceiros a partir da data do balan-
ço. Priscila dá alguns exemplos de passivos a Paulo: o empréstimo que ele recebeu de seu tio
(títulos a pagar ou empréstimo a pagar), os juros sobre o empréstimo que deve a seu tio (juros a
pagar), o montante que deve a fornecedores de suprimentos da loja, comprados no crédito (for-
necedores), o salário e encargos que ele deve a um empregado, mas ainda não foram pagos
(salários a pagar), as contas de serviços públicos (água, luz, telefone) que foram consumidos,
mas ainda não foram pagas.
Outra obrigação é o dinheiro recebido antecipadamente de seus clientes. Por exemplo, suponha
que a Lavanderia Lava Bem faça em acordo com um dos seus clientes estipulando que o cliente
pague antecipado R$ 600 pela lavagem de roupas dos próximos 3 meses. Suponha que a Lava
Priscila dá mais um exemplo a Paulo: suponha que a Lava Bem precise de um empréstimo
bancário de R$ 10.000 para pagar no prazo de 6 meses, e o banco concorde em conceder o
empréstimo em 1º de dezembro. Nesse momento, entrarão os R$ 10.000 na conta corrente da
Lava Bem, aumentando seu ativo bancos. Por outro lado, a empresa assumiu uma obrigação de
pagar o empréstimo em 6 meses, aumentando o seu passivo.
Como os ativos da organização são apresentados ao custo ou inferior (e não pelo valor de mer-
cado), é importante que você não associe o valor reportado do patrimônio líquido com o valor
da empresa no mercado (não é correto referir-se a patrimônio líquido como valor da empresa).
Para encontrar o valor de uma organização no mercado, você deve obter os serviços de um pro-
fissional familiarizado com avaliações de empresas.
Dentro da seção patrimônio líquido, você encontrará contas como capital social, capital a reali-
zar, ações ordinárias, ações preferenciais, reserva de lucros, reserva de capital, etc.
A conta de capital social cresce quando os sócios entram com dinheiro (ou algum outro ativo),
aumentando o capital da organização. A conta de reserva de lucros aumenta quando a empresa
obtém lucro e diminui quando a empresa tem prejuízo. Isso significa que as receitas implicam
automaticamente o aumento do patrimônio líquido, e as despesas implicam automaticamente a
diminuição do patrimônio líquido. Isso ilustra uma ligação entre o balanço patrimonial (ativos x
passivos) e a demonstração de resultados (receitas x despesas) de uma organização.
Neste tópico introdutório, por meio dos nossos personagens Paulo e Priscila, vimos a importância
da contabilidade para qualquer entidade, empresas privadas, públicas, organizações não go-
vernamentais, etc. O conceito de patrimônio é uma etapa importante e que deve ser muito bem
absorvida pelo estudante de contabilidade, pois deverá se dedicar ao estudo do patrimônio e
suas variações ao longo de todo o curso.
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Contabilidade financeira
Além disso, você sabe como funciona o fluxo de recursos em uma empresa? Pensando em termos
de como se deu a origem dos recursos e onde foram aplicados, você verá que é fácil responder
a essa pergunta.
Para concluir os estudos deste tópico, você aprenderá como são feitos os registros das transações
de uma empresa e entenderá como isso se processa na contabilidade.
Caixa Fornecedores
Contas a receber Contas a pagar
Estoques Empréstimos bancários
Máquinas e equipamentos Financiamentos
Veículos Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de lucros
Reservas de capital
Transação 1
Suponha que Paulo comece o seu negócio da Lavanderia Lava Bem em 1º de dezembro de 2014.
A primeira transação que Paulo vai registrar para sua empresa é o seu investimento pessoal de R$
20.000 no capital da empresa. O sistema de contabilidade da Lavanderia Lava Bem vai mostrar
um aumento que representa o dinheiro existente na empresa, conta caixa, de zero a R$ 20.000,
e um aumento na conta de seu patrimônio líquido capital social de R$ 20.000, que representa
a origem dos recursos investidos na organização. Ambas as contas são patrimoniais. Não há
receitas, porque não há taxas de serviços ganhas pela empresa, e não houve despesa ainda.
Depois que Paulo faz essa transação, o balanço da Lavanderia Lava Bem será parecido com este:
Ativos Passivos
Caixa R$ 100.000
Patrimônio líquido
Capital social R$ 100.000
Origem
Aplicação dos recursos
de recursos aplicados
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Contabilidade financeira
Priscila pergunta a Paulo se ele pode ver que o balanço é apenas isto: um equilíbrio. Paulo olha
para o total de R$ 100.000 no lado do ativo, e olha para R$ 100.000 no lado direito, e diz que
sim, é claro, ele pode ver que realmente há um equilíbrio.
Priscila mostra a Paulo algo chamado de equação básica da contabilidade, que, explica, é real-
mente o mesmo conceito do balanço, apenas apresentado em um formato de equação:
R$ 100.000 = R$ 0 + R$ 100.000
Transação 2
A empresa compra um veículo para fazer suas entregas no valor de R$ 60.000 pagando 50%
à vista e financiando 50%. O valor da aplicação de recursos foi de R$ 60.000 mas qual foi a
origem dos recursos para comprar esse veículo? A metade teve origem no próprio ativo, ou seja,
diversificou a aplicação do capital social inicial, ficando R$ 70.000 em caixa e R$ 30.000 em
veículos. O restante foi financiado, tendo origem, portanto, em capital de terceiros (passivo).
Transação 4
Suponha que no dia 20 de dezembro a Lava Bem pague R$ 5.000 a seus fornecedores. Haverá
uma diminuição do caixa da empresa em R$ 5.000 e uma diminuição da dívida com os forne-
cedores no mesmo valor. Ocorre uma diminuição das origens de recursos de terceiros que finan-
ciam a empresa em R$ 5.000 e uma diminuição das aplicações de recursos no mesmo valor, e
o balanço ficaria assim:
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Contabilidade financeira
Você já deve ter percebido que em qualquer transação que afeta o patrimônio é possível encon-
trar os efeitos sobre as origens e aplicações dos recursos.
Neste capítulo, iniciamos o estudo do patrimônio e procuramos mostrar o efeito de várias transa-
ções sobre o patrimônio da empresa do nosso personagem Paulo, a Lavanderia Lava Bem. Mostra-
mos que o patrimônio pode ser desmembrado em origens e aplicações de recursos, sendo as apli-
cações todas as contas do ativo, e suas origens encontram-se no passivo e no patrimônio líquido.
Sim, em qualquer crise sempre surge oportunidades, enquanto muitos choram, alguns
vendem lenços. Muitos novos negócios surgem em épocas de crise econômica. O con-
tador deve atuar também como um consultor para seus clientes, orientando sobre essas
novas oportunidades que surgem, cada nova empresa constituída representa um poten-
cial cliente para a contabilidade.
3. O nosso personagem Paulo está no caminho certo para implantar seu novo
negócio?
Sim, o nosso personagem Paulo está procurando entender o seu negócio tanto na parte
operacional como na administrativa. O grande erro de muitos pequenos empresários é
ocupar-se somente da parte operacional e das vendas, esquecendo-se de que é neces-
sário haver um controle administrativo das operações e das vendas.
Os usuários podem ser agrupados em duas grandes categorias: usuários internos e usuários
externos. Os usuários internos são os gestores e os proprietários e funcionários que realmente
trabalham para o negócio. Os usuários externos incluem os credores, investidores, clientes e
agências reguladoras e agentes governamentais.
Os usuários precisam dessas informações para tomar decisões com conhecimento. Os bancos
e outros credores querem ter certeza de que o crédito que concederam para um negócio será
pago. Ao analisar informações financeiras, terão algo para basear sua decisão sobre emprésti-
mos ou crédito. Não existe banqueiro “amigo”, você precisa fornecer informação financeira para
basear as suas decisões de empréstimo. Da mesma forma, os clientes querem ter certeza de que
a empresa da qual estão comprando produtos ou serviços não está em uma posição financeira
tão ruim que possa fechar suas portas e interromper o fornecimento. Outros usuários têm suas
próprias razões para usar essa informação financeira.
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Contabilidade financeira
A contabilidade foi definida como a arte da registrar, classificar e resumir de uma forma signi-
ficativa e em termos monetários, transações e eventos, e interpretar os respectivos resultados
(HENDRIKSEN, 1999, p. 28).
Muitos investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, não
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros
de propósito geral (conjunto das demonstrações contábeis), para grande parte da informação
contábil-financeira que buscam. Consequentemente, eles são os usuários primários para quem
relatórios contábil-financeiros de propósito geral são direcionados (ALMEIDA, 2014, p. 19).
Contabilidade
Contabilidade Contabilidade
financeira gerencial
Agências
reguladoras
As informações contábeis são apresentadas aos usuários internos geralmente sob a forma de
relatórios de gestão, orçamentos, previsões e demonstrações contábeis.
• clientes: para avaliação da situação financeira dos seus fornecedores, o que é necessário
para que possam manter uma fonte estável de fornecimento a longo prazo;
Os usuários externos são comunicados das informações financeiras geralmente sob a forma de
demonstrações contábeis. O objetivo das demonstrações contábeis é atender às necessidades
desses diversos usuários da informação contábil, a fim de auxiliá-los na tomada de decisões
financeiras.
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Contabilidade financeira
A contabilidade é uma profissão muito dinâmica, que está constantemente se adaptando às varia-
ções das necessidades de seus usuários. Ao longo das últimas décadas, a contabilidade se rami-
ficou em diferentes tipos de contabilidade para atender às diferentes necessidades dos usuários.
Contabilidade financeira
É o processo de produção de informações para uso externo sob a forma das demonstrações con-
tábeis. As demonstrações contábeis refletem o desempenho passado de uma entidade e sua po-
sição atual com base em um conjunto de normas e diretrizes conhecidas como princípios contá-
beis. No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis faz a normatização da estrutura padrão
de orientação para a contabilidade financeira. Isso geralmente inclui normas de contabilidade
(por exemplo, International Financial Reporting Standards), convenções de contabilidade e regras
e regulamentos que os contabilistas devem seguir na preparação das demonstrações contábeis.
Contabilidade governamental
Também conhecida como contabilidade pública, refere-se ao tipo de sistema de informação con-
tábil utilizada no setor público. Este é um ligeiro desvio do sistema de contabilidade financeira
usado no setor privado. A necessidade de ter um sistema contábil separado para o setor público
surge devido às diferentes metas e objetivos das instituições estatais e privadas. A contabilidade
governamental assegura a posição financeira e do desempenho das instituições do setor público,
o contexto orçamentário é uma grande preocupação de muitos governos. As regras das leis or-
çamentárias são seguidas na esfera municipal, estadual e federal, para contabilizar as transações
e os eventos de entidades públicas.
Contabilidade tributária
Refere-se à contabilização dos assuntos tributários. É regida pelas regras fiscais previstas pelas
leis tributárias municipais, estaduais e federais. Muitas vezes, essas regras são diferentes das
regras que regem a preparação das demonstrações financeiras para uso público. Auditores fis-
cais, portanto, ajustam as demonstrações financeiras preparadas de acordo com princípios de
contabilidade financeira para dar conta das diferenças com as regras prescritas pela legislação
tributária. A informação é, então, usada por tributaristas para estimar dívida fiscal de uma em-
presa e para efeitos de planejamento fiscal.
Perícia contábil
É a utilização de contabilidade, auditoria e técnicas de investigação em casos de litígio ou dis-
putas. Os contadores atuam como peritos nos tribunais em litígios civis e penais que requerem
uma avaliação dos efeitos financeiros de uma perda ou a detecção de uma fraude financeira.
Litígios comuns em que contadores são contratados incluem créditos de seguros, danos pessoais,
suspeitas de fraude e reivindicações de negligência profissional em uma questão financeira (por
exemplo, avaliação de empresas).
Contabilidade social
Também conhecido como relatório de responsabilidade social e sustentabilidade, refere-se ao
processo de implicações de atividades de uma organização em seu ambiente ecológico e social.
O balanço social é elaborado principalmente sob a forma de relatórios ambientais que acompa-
nham os relatórios anuais das empresas. A contabilidade social ainda está nos estágios iniciais
de desenvolvimento e é considerada uma resposta à crescente consciência ambiental entre o
público em geral.
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Contabilidade financeira
Contabilidade e conceitos financeiros podem ser tão estranhos para você como uma língua
estrangeira. Ainda assim, a capacidade de compreender e comunicar informações financeiras
é fundamental para cada usuário da contabilidade. Para ter sucesso em negócios, você precisa
aprender a linguagem dos negócios, o que lhe permitirá compreender os relatórios financeiros e
as informações geradas a partir de seu negócio e comunicar essas informações a terceiros.
• despesas não caixa, tais como depreciação e amortização, estão incluídas na demonstração
de resultados;
Essas discrepâncias entre o que é mostrado na demonstração de resultados e que está realmente
fluindo para dentro e fora da empresa se tornam críticas para o entendimento das três demons-
trações financeiras: demonstração do resultado, o balanço patrimonial e a demonstração do
fluxo de caixa.
Hoje, a maior parte desse processo é informatizada, por isso, acontece com bastante perfeição,
mas aqueles que dependem de demonstrações contábeis para tomada de decisão devem saber
como a informação é gerada. Se nós não entendemos o que o sistema faz, nunca podemos ter
certeza de que a saída está correta. Quantas fraudes seriam encobertas se apenas alguns pudes-
sem determinar sua confiabilidade.
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Contabilidade financeira
Você já tentou aprender uma língua estrangeira? Leva algum tempo para se formar um vocabu-
lário, aprender as regras gramaticais e os tempos dos verbos, não é mesmo? Com a linguagem
dos negócios não é muito diferente: você terá que se habituar aos novos termos e seu significado
no contexto. Ao longo deste curso, você vai se familiarizar com essa nova linguagem, por isso,
recomendamos que não deixe de assistir aos vídeos e ler os textos indicados.
• estudou que o patrimônio é um elemento fundamental para nosso curso, pois a contabilidade
se ocupa de seu estudo com todas as suas variações. Patrimônio é o conjunto de bens,
direitos e obrigações;
• entendeu que, para a contabilidade produzir informações que sejam úteis aos usuários
internos e externos, é preciso interpretar corretamente os fatos econômicos e financeiros,
registrando-os adequadamente de acordo com a atividade da empresa;
• por fim, viu que os exemplos citados ao longo deste primeiro capítulo ilustram o início
do desenvolvimento de uma empresa, explicando o que são transações e como afetam o
patrimônio da entidade.
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. 1. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
BATISTA, F. Lucro da Camil cai 15,5%, para 104 milhões no exercício 2014. Valor Econômico,
São Paulo, 29 maio 2015. Disponível em: <http://www.valor.com.br/agro/4074074/lucro-da-
-camil-cai-155-para-r-104-milhoes-no-exercicio-2014>. Acesso em: 25 jun. 2015.
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Edi-
tora Altas, 2011.
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999.