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Contabilidade para Tomada de

Decisão

Prof. Dra. Diane Rossi Maximiano Reina


Universidade Federal do Espírito Santo
E-mail: diane.reina@ufes.br
Referências :
Almeida, José Elias Feres. Fundamentos de Contabilidade para os Negócios. Elsevier/Campus, 2015.
Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória FEA/USP.
Almeida, Cardoso, Rodrigues e Zanoteli, (2014), Contabilidade das Pequenas e Médias Empresas, Elsevier
Natan et al. Contabilidade Geral (2013)
Teoria da Contabilidade, Hendriksen e Van Breda (1999)
O que seria do mundo sem a
contabilidade?
O que você faz com o seu salário?
Poderiam as empresas sobreviver
sem qualquer controle ?
E prestação de contas?
A contabilidade é a linguagem dos negócios.

Para interpreter as demonstrações financeiras


de uma empresa, você tem que saber
interpreter os números.
Evolução histórica da Contabilidade

• Expedições e colonização (Era do Descobrimento)


• Revolução Industrial
• Evolução da Profissão no mundo
• Padrões Contábeis (USGAAP, IAS/IFRS, CPC/ NBC Ts do
Conselho Federal de Contabilidade)
• Organismos Internacionais de Contabilidade
Funcionamento do Mercado e do Mercado de Capitais

Intermediários
Poupança Informacionais
Exemplos:
Auditores, Analistas
de Mercado e de
crédito, Agências de
Análise de Risco e
Rating, Imprensa.

Negócios e
Intermediários Projetos
Financeiros

Como adicionar valor para esse


mercado?
6
Funcionamento do Mercado e o pano de fundo

GAAP
Intermediários
Informacionais
Poupança Exemplos:
Auditores,
Intermediários Analistas de
Financeiros Mercado e de
crédito, Agências
de Análise de Risco
e Rating, Imprensa.

Negócios e
Projetos
Pano de fundo: Contabilidade!!!
Caso Tradicional da Daimler-Bens

Captar recursos financeiros nos USA em 1994

GAAP Alemão lucro US$ 370 milhões


USGAAP prejuízo US$ 1 bilhão

Diferença US$ 1.370 milhões


Exemplos comparativos
Lucro Lucro RECEITA RECEITA
Empresa
BRGAAP USGAAP BRGAAP USGAAP
Embraer
R$ 1,2 bi R$ 1 bi R$ 10 bi R$ 9 bi
2004*
GOL
R$ 239 mi R$ 385 mi R$ 1.6 bi R$ 1,9 bi
2004*
6.404/76 IFRS 6.404/76 IFRS
GOL
R$ 268 mi R$ 167 mi R$ 4.967 bi R$ 4,941 bi
2007
*1 USD = R$2.65
Mas o que é contabilidade?
Para o CFC:
• “... Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo
objeto é o patrimônio das entidades.” (Redação dada pela Resolução
CFC nº. 1.282/10 hoje revogada)

Uma definição direta e objetiva da contabilidade depende de qual visão o


indivíduo tem ou adota da contabilidade.
- Apesar de ser impossível dissociar a prática profissional do corpo
teórico da contabilidade, para fins didáticos, a contabilidade pode ser
melhor entendida por duas visões que se complementam:

Contabilidade como técnica: a contabilidade é um sistema de coleta,


registro e organização de dados e geração de relatórios.
- É a visão do processo contábil, composto pelas etapas de
reconhecimento, mensuração e evidenciação dos eventos/fenômenos
econômicos.
Etapas do processo contábil:
Mas o que é contabilidade?
Contabilidade como ramo do conhecimento: na qualidade de formação
acadêmica e profissional, as “Ciências Contábeis” dizem respeito ao ramo
do conhecimento que difunde, reflete e aprimora o conhecimento contábil
em termos técnicos e em relação às demais áreas que circundam a
contabilidade (interfaces da contabilidade).
- Isso implica que não há um único tratamento contábil possível para o
mesmo evento/fenômeno econômico, pelo contrário, há diversos
tratamentos contábeis possíveis e passíveis de julgamento.
- Assim, as “Ciências Contábeis” são classificadas como uma ciência
social aplicada.
O grande objetivo da contabilidade é a geração de informação útil
para tomada de decisão.
Mas o que é contabilidade?
Para o CFC:
NBC T 1: “A Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo
objeto é o patrimônio, busca, por meio dada apreensão, dada
quantificação, dada classificação, do registro, da eventual
sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações
sofridas pelo patrimônio da entidade particularizada, a geração de
informações quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto
em termos físicos, quanto monetários”.

Iudícibus (2015) menciona que recentemente, está se


desenvolvendo a noção de que o verdadeiro objeto, amplo,
da contabilidade é o estudo, em todos os seus aspectos, da
informação contábil e financeira, mas também, social e de
sustentabilidade.
Mas o que é contabilidade?
Contabilidade é parte do sistema de informações das empresas, provendo
informações úteis para os agentes econômicos.

 o objeto estudado deixa de ser somente a posição financeira da entidade –


composta por todos os recursos econômicos controlados (ativos) e as
reivindicações sobre tais recursos (passivos e patrimônio líquido) – e
passa a ser também o usuário, ou melhor, o efeito da informação para o
usuário na tomada de decisão.
Essa é a abordagem da utilidade da informação contábil para o usuário.

Portanto, a contabilidade pode ser entendida como a linguagem dos


negócios, estruturada como uma ciência social aplicada que estuda as
diversas formas de se reconhecer, mensurar e evidenciar eventos
econômicos e o impacto da informação contábil em seus diversos
usuários.
Se a contabilidade não é uma ciência exata e há tantos
dilemas no processo contábil, por que as demonstrações
contábeis são relevantes?

• A resposta é simples: a informação contábil, para ser útil, deve


buscar continuamente representar a essência econômica das
operações.

• Uma vez que a representação da situação financeira e de


desempenho reflete, da melhor forma possível, a verdade econômica
das transações, investidores poderão avaliar de maneira adequada os
riscos e as oportunidades de diversas alternativas de investimentos.
O que é Informação
Contábil ?
•a informação contábil pode ser
considerada como aquela que
altera o estado da arte do conhecimento de seu
usuário em relação à empresa e, a partir de
interpretações, utiliza-a na solução de problemas
[...]”.

•De natureza econômico-financeira, física e de produtividade,


“[...] a informação contábil tem como consequência a
ratificação ou alteração da opinião de seus usuários a
respeito das atividades da empresa.” (AMORIM, 2007, p. 32).
Elementos Patrimoniais
CPC00 (R2) – Estrutura Conceitual:
ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados;
 passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso
econômico como resultado de eventos passados;
 patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade
após a dedução de todos os seus passivos.

Todos esses elementos patrimoniais representam o patrimônio da


entidade como um todo!!

Mais detalhes ler:


CPC 00 (R2) Pronunciamento Estrutura conceitual para Relatório Financeiro.
O Patrimônio

• É composto e representado pelos Ativos (bens e direitos) e Passivos


(obrigações), desde que sejam passíveis de avaliação financeira.
• Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.

Bens (incorpóreos ou intangíveis) – CPC 4


• Bens que não podem ser tocados (não possuem substância). É um
ativo identificável (que é uma questão de julgamento). Por
exemplo, patentes, goodwill (fundo de comércio), marcas, diretos
de autoria, franquias, lista de clientes, etc.
O Patrimônio
Bens (corpóreos ou tangíveis)- CPC 27
• é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou
fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou
para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um
período.

• Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos


destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

• (p. ex., mercadorias, dinheiro) para consumo (material de limpeza,


de expediente etc).
O Patrimônio
• Direitos
-Em geral são os recursos que a empresa tem a receber e que
gerarão benefícios presentes ou futuros. É o poder de
exigir alguma coisa.
. Por exemplo: clientes, aluguéis a receber.
O recurso econômico é o direito presente que contém o potencial de gerar
benefícios econômicos e não os benefícios econômicos que o direito pode
produzir (potencial de gerar riqueza para a entidade).
Obrigações
São valores (passivos) que as empresas têm a pagar/ou
entregar recursos/produtos a terceiros. Por exemplo:
fornecedores, contas a pagar, salários a pagar e
empréstimos.
Conceito de Entidade
• O conceito de entidade é baseado na identificação de cada uma das
unidades econômicas para as quais os dados econômicos são
necessários.

• Uma vez que a entidade é identificada, o contador pode determinar


quais os dados econômicos (transações e eventos) e as atividades
devem ser analisadas, registradas e sintetizadas nas demonstrações
contábeis.

• O conceito de entidade é baseado na aplicabilidade da


contabilidade individual das unidades econômicas na sociedade. São
incluídas todas as empresas organizadas com fins lucrativos,
inúmeras unidades governamentais, como estados e municípios,
entidades sem fins lucrativos como igrejas e clubes, e indivíduos e
unidades familiares.
Base para elaboração das Demonstrações Contábeis

Premissa subjacente: Continuidade

4.1. As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas


tendo como premissa que a entidade está em atividade (going
concern assumption) e irá manter-se em operação por um
futuro previsível. Desse modo, parte-se do pressuposto de que
a entidade não tem a intenção, nem tampouco a necessidade,
de entrar em processo de liquidação ou de reduzir
materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se
essa intenção ou necessidade existir, as demonstrações
contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e,
nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada.
(Grifo nosso)
Principais Demonstrações Contábeis
• Balanço Patrimonial (CPC 26)
• Demonstração de Resultados (CPC 26)
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (CPC 26)
• Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (não mais
obrigatório após Lei 11.638/07)
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (CPC 3 e 26)
• Demonstração do Valor Adicionado (CPC 9 – no Brasil para
empresas listadas em bolsa de valores)
• Notas explicativas
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC): http://www.cpc.org.br
International Accounting Standards Board (IASB):
http://www.iasb.org
Balanço Patrimonial

• É uma das demonstrações contábeis que apresenta o


patrimônio da firma como um todo, segregando-o em
ativos, passivos e patrimônio líquido.

• Apresenta a posição financeira de uma entidade


econômica (empresarial) em uma data específica que
usualmente possui período de um ano ou ciclo
operacional do negócio.

• Por praticidade muitas empresas divulgam anualmente,


coincidindo com o período fiscal.
Balanço Patrimonial

É a demonstração contábil que retrata:

1) Os recursos econômicos controlados por uma firma = Ativos

2) As reinvindicações sobre os recursos = Passivos

3) O valor dos investimentos no negócio = Patrimônio Líquido

• Tudo em um momento específico (Como uma foto da situação


patrimonial (financeira) da entidade)

Vamos ver os exemplos selecionados.


Representação do Patrimônio

Patrimônio

Ativo Passivo

Reivindicações
Recursos
sobre os recursos
econômicos

Patrimônio Líquido
Exemplo do Balanço Patrimonial da CSU
Exemplo do Balanço Patrimonial da CSU
Balanço Patrimonial

• por meio do balanço patrimonial, um usuário pode


identificar, por exemplo:
• (i) como está estruturado o patrimônio da entidade;
• (ii) se esta possui recursos suficientes para saldar suas
dívidas;
• (iii) se há recursos econômicos para gerar benefícios futuros;
(iv) se está alocando adequadamente seus recursos nos
diversos itens patrimoniais;
• (v) se está captando recursos de maneira equilibrada.
CONTAS PATRIMONIAIS - Lei 6.404/76 e Lei 11. 638/07 e CPC 26
ATIVO PASSIVO E P.L.
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
De giro constante e cuja conversão em dinheiro no Obrigações vencíveis (exigíveis) até 12
prazo de 12 meses. meses.
ATIVO NÃO CIRCULANTE
A receber ou realizar ou consumir após 12 meses. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Dividem-se em: Obrigações vencíveis (exigíveis) após 12
Realizável à longo prazo meses.
A receber após 1 ano.
Investimentos
Aplicações financeiras de caráter permanente PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Imobilizado Recursos (não exigíveis) dos proprietários
De caráter permanente e se destinam a atividade aplicados na empresa. Os recursos
básica da empresa (inclui aqueles que há a significam o Capital mais o seu rendimento
transferência de benefícios, controle e risco mesmo (Prejuízos + Reservas)
sem propriedade e itens intangíveis, mas corpóreos)
Intangível
Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos

Art. 66 – CPC 26 item c)espera-se que seja realizado até doze meses após a
data do balanço
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A demonstração contábil que apresenta um resumo das receitas e


das despesas de uma entidade, por um período de tempo
específico, como um mês ou um ano.

Vamos ver os exemplos selecionados.


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Conforme CPC 26 - A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir
as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:
(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de
equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
(k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas
de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que
constituem a unidade operacional descontinuada;
(l) resultado líquido do período; 34
DRE – Exemplo CSU
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

por meio da demonstração de resultado um usuário pode identificar, por


exemplo:
(i) se a entidade vem gerando resultado positivo ou negativo;
(ii) qual a natureza dos ingressos de recursos na entidade (receitas);
(iii) qual o peso de cada categoria de custo e despesa nas receitas;
(iv) diferentes níveis de resultados (bruto, operacional, líquido);
(v) se tem capacidade de gerar lucros em períodos futuros.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

É a demonstração contábil que apresenta o resumo das mudanças


no patrimônio de uma entidade que ocorreram durante um
período específico de tempo, um mês ou um ano, por exemplo.

Vamos ver os exemplos selecionados.


Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Ativos Passivos Ativos Passivos

Capital Social
Reservas de Capital
Patrimônio Patrimônio
Reservas de Lucros
Líquido Líquido
Ajuste de Avaliação
Patrimonial
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados

Variações no PL
Fonte: Adaptado de Borinelli e Pimentel (2010)

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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
• A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é dinâmica
e apresenta as mudanças dos saldos das contas do PL;

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Empresa……………………………………………………………………………
Movimen Capital Reserva de Capital Reservas de Lucro
tações Realizado
Ágio na Outras Legal Estatutária P/ Orçamen Lucros a
emissão de contingê tária Lucros TOTAL
Reservas realizar
Ações de ncia Acumu
lados
Capital

39
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
ATIVO X0 X1 PASSIVO X0 X1

ATIVO CIRCULANTE - - PASSIVO CIRCULANTE -

ATIVO NÃO PASSIVO NÃO CIRCULANTE


CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
- -
Investimentos
-
Imobilizado - -

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Intangível - - Capital 7.000 8.000
RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS:
-Legal 50 200
-Estatutária 1.500 800
-Orçamentária 20 275
-Lucros a realizar 10 105
LUCROS ACUMULADOS 950 2.350

TOTAL - -

40
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

• Por meio da demonstração das mutações do patrimônio líquido, um


usuário pode identificar, por exemplo:
• (i) quanto do crescimento (ou decrescimento) do patrimônio líquido
veio do resultado (demonstração de resultado);
• (ii) políticas de constituição de reservas utilizadas pela organização;
(iii) políticas de aumento (ou redução) de capital social e
distribuição de dividendos;
• (iv) comportamento dos prejuízos acumulados, quando existentes.
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)

• Apresenta de forma ordenada as informações relativas as


transações financeiras ou financiamentos (origens de recursos)
e de investimentos (aplicações de recursos). Explica a variação
do capital circulante líquido (CCL).

• A DOAR deixou de ser obrigatória após a Lei 11.638/07,


tornando obrigatória a públicação da DFC.
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
• Evidencia as movimentações ocorridas no Caixa e equivalentes de
Caixa.
• Esta demonstração contábil é composta por três partes:
• Atividades Operacionais são as principais atividades geradoras de
receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento
e de financiamento.
• Atividades de financiamento são aquelas que resultam em
mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no
endividamento da entidade, não classificadas como atividade
operacional.
• Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda
de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos
equivalentes de caixa.
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Por meio da DFC, um usuário pode identificar, por exemplo:


(i) se a entidade está gerando caixa com as suas atividades
operacionais;
(ii) se a entidade está consumindo mais caixa em vez de gerar
caixa;
(iii) se há indícios de comprometimento de caixa no futuro;
(iv) se a geração de caixa é consistente ao longo do tempo.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

• A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações


contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade em
determinado período e a forma como tais riquezas foram
distribuídas.

• Por meio da DVA, um usuário pode identificar, por exemplo:


• (i) como a organização forma sua riqueza;
• (ii) como a entidade distribui a riqueza gerada;
• (iii) quem são os principais destinatários da riqueza gerada pela
entidade.
Notas Explicativas
 Parte integrante das demonstrações contábeis.

 Conteúdo:

 Práticas contábeis adotadas


 Critérios de avaliação
 Detalhamento de algumas contas
 Traz informações também qualitativas.
Relatório da Administração

 Comentários sobre:

É um meio mais direto e flexível de comunicação

os principais eventos ocorridos no exercício

as principais diretrizes da empresa para os


próximos anos
Relatório dos Auditores Independentes
 Atesta sobre os procedimentos contábeis utilizados na
apuração da posição financeira e patrimonial da entidade; e,
 Se os demonstrativos representam, adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira das
operações, as mutações do patrimônio liquido e as demais
demonstrações.
 dos gestores.
 A auditoria independente, de certa forma, controla as
tendências otimistas.
 Não versa sobre a viabilidade futura da empresa nem pela
eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os
negócios da entidade.
Relatório dos Auditores Independentes

 O relatório (opinião) dos auditores deve ser claro e objetivo.


Deverá conter parágrafos (não necessariamente nesta ordem)
referentes à:
 (1) identificação das demonstrações contábeis e definição das
responsabilidades da administração e dos auditores;
 (2) extensão dos trabalhos;
 (3) opinião sobre as demonstrações contábeis; e
 (4) principais assuntos de auditoria.
Relatório dos Auditores Independentes

 O relatório pode assumir as seguintes classificações:


 Relatório sem ressalva: quando o auditor está convencido da
conformidade das demonstrações às práticas contábeis em todos os
aspectos relevantes.
 Relatório com ressalva: quando o auditor conclui que existe
discordância ou restrição nas demonstrações contábeis que podem
afetar a decisão do usuário da informação, porém não é de tal
magnitude que requeira relatório adverso ou abstenção de opinião.
Relatório dos Auditores Independentes

 O relatório pode assumir as seguintes classificações:


 Relatório adverso: quando o auditor verifica que as demonstrações
contábeis estão incorretas ou incompletas em tal magnitude que
impossibilitem a emissão do relatório com ressalva.
 Relatório com abstenção de opinião: quando houver limitação
significativa na extensão dos exames do auditor, de modo que o
impossibilitem de expressar opinião sobre as demonstrações
contábeis por não ter obtido comprovação suficiente para
fundamentá-la.

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