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ANALISTA FISCAL

• Princípios constitucionais

• Princípio da Legalidade – Discorre no artigo 5º, inciso II,


da Constituição Federal de 1.988, que “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.” Ou seja, podemos dizer diante do prisma
tributário não se pode cobrar um tributo sem lei que o
estabeleça.

• Princípio da Isonomia – Não se pode dar tratamento


diferente para contribuintes que se encontrem na mesma
situação, é vedada qualquer distinção em razão de
qualquer razão de ocupação ou função.

• Princípio da Irretroatividade – Por este princípio se


consignou que está vedado à cobrança de tributos em
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentados.

• Princípio da Anterioridade Nonagesimal – De acordo


com o preceito constitucional, os entes da administração
pública não poderão cobrar tributos no mesmo exercício
financeiro, em que a lei que instituiu esse tributo for
publicada – chamado Princípio da Anterioridade Anual –
e não poderão cobrar tributos sem que 90 (noventa) dias
tenham passado da publicação da lei.
• Código Tributário Nacional

• TRIBUTO - Discorre no artigo 3 do CTN – Lei


Complementar n° 5.172 de 1966 que tributo é toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

• IMPOSTO – Discorre no artigo 16 do CTN – Código


Tributário Nacional que imposto é um tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.

• TAXAS – Discorre no artigo 77 do CTN – Código


Tributário Nacional que as taxas cobradas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, tem como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial de serviço público
especifico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a
sua disposição.

• CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA é instituída para


fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
• Tributos Diretos e Indiretos

• TRIBUTOS DIRETOS – São aqueles que são incidentes


sobre a operação ou prestação, via de regra não são
repassados para o consumidor final, exemplo: IRPJ e CSLL.

• TRIBUTOS INDIRETOS – São aqueles em que o ônus é


repassado para o consumidor final, exemplo: ICMS, IPI,
PIS e COFINS.

• Obrigação principal e acessória

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato


gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente.

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

A obrigação acessória decorre da legislação tributária e


tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização
dos tributos.

Nota: A obrigação acessória, pelo simples fato da sua


inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.
• Sujeito ativo e passivo

• SUJEITO ATIVO

Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito


público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento.

• SUJEITO PASSIVO

Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada


ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

• Contribuinte ou Responsável

O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

• CONTRIBUINTE – quando tenha relação pessoal e


direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;

• RESPONSÁVEL – quando, sem revestir a condição de


contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa
de lei.

• Documentos Fiscais

Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo


um documento de existência apenas digital, emitido e
armazenado eletronicamente, com o intuito de
documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação
de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida
entre as partes. Sua validade jurídica é garantida pela
assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de
integridade) e a Autorização de uso fornecida pelo Fisco,
antes da ocorrência do fato gerador.

• CT-e: Podemos conceituar o Conhecimento de


Transporte Eletrônico como sendo um documento de
existência apenas digital, emitido e armazenado
eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins
fiscais, uma prestação de serviço de transporte de cargas
realizada por qualquer modal (Rodoviário, Aéreo,
Ferroviário, Aquaviário e Dutoviário).

• NFC-e: A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica - NFC-e


- é um documento de existência apenas digital, emitido e
armazenado eletronicamente, com o intuito de
documentar as operações comerciais de venda presencial
ou venda para entrega em domicilio ao consumidor final
(pessoa física ou jurídica) em operação interna e sem
geração de crédito de ICMS ao adquirente.

• O Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e


- é o documento fiscal eletrônico, de existência apenas
digital, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura
digital do emitente e pela Autorização de Uso de MDF-e
concedida pela Administração Tributária.
• A NFS-e é um documento fiscal, exclusivamente digital,
das operações de prestação de serviços declaradas pelo
prestador, gerado pela Secretaria Municipal de Finanças.

• CFOP VS CST A sigla CFOP (Código Fiscal de Operações


e Prestações) é um código numérico de quatro dígitos que
serve para identificar a natureza de circulação de uma
mercadoria e prestações de serviços sujeitas ao ICMS.
Para a emissão correta de documentos fiscais é de
fundamental importância saber classificar as operações e
prestações. As operações e prestações se classificam da
seguinte forma:

• 1.000 - Entradas ou aquisições de serviços do estado.

• 2.000 – Entradas ou aquisições de serviços de outros


estados.

• 3.000 – Entradas ou aquisições de serviços do exterior.

• 5.000 – Saídas ou prestações de serviços para o estado.

• 6.000 – Saídas ou prestações de serviços para outros


estados.

• 7.000 – Saídas ou prestações de serviços para o exterior.

• CFOP VS CST O CST é um código de situação tributária


que permite no ato da emissão dos documentos fiscais
identificar qual a tributação dos produtos ou serviços,
previsto no Convênio s/nº, 1970, houve alterações que
foram trazidas pelo Ajuste SINIEF nº 20/2012 (DOU
09.11.2012):

Código Descrição

0 Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3 a


5.
1 Estrangeira, importação direta, exceto a
indicada no código 6.
2 Estrangeira, adquirida no mercado interno,
exceto a indicada no cód. 7.
3 Nacional, mercadoria ou bem com conteúdo
de importação superior a 40% e inferior a 70%.
4 Nacional, cuja a produção tenha sido feita em
conformidade com os processos produtivos
básicos de que tratam o Decreto Lei 288/67 e
as Leis 8248/91, 8387/91, 10.176/01.
5 Nacional, mercadoria ou bem com conteúdo
de importação inferior ou igual a 40%.
6 Estrangeira – Importação direta, sem similar
nacional, constante em lista de resolução
CAMEX.
7 Estrangeira – Adquirida no mercado interno,
sem similar nacional, constante em lista de
resolução CAMEX.
8 Nacional, mercadoria ou bem com conteúdo
de importação superior a 70%.
Tabela B – Tributação pelo ICMS

Código Descrição

00 Tributada integralmente.
10 Tributada e com cobrança do ICMS por
substituição tributária.
20 Com redução de Base de Cálculo.
30 Isenta ou não tributada e com cobrança do
ICMS por substituição tributária.
40 Isenta.
50 Com suspensão.
60 ICMS cobrado anteriormente por substituição
tributária.
70 Com redução da Base de Cálculo e cobrança
do ICMS por substituição tributária.
90 Outras.
• CSOSN – Simples Nacional Código de Situação da
Operação no Simples Nacional – CSOSN. Acompanhe os
códigos e suas descrições na “Tabela C - CSOSN”.

Tabela C – CSOSN:

Código Descrição

101 Tributada pelo Simples Nacional com


permissão de crédito.
102 Tributada pelo Simples Nacional sem
permissão de crédito.
103 Isenção do ICMS no Simples Nacional para
faixa de receita bruta.
201 Tributada pelo Simples Nacional com
permissão de crédito e com cobrança do ICMS
por substituição tributária.
203 Isenção do ICMS no Simples Nacional para
faixa de receita bruta e com cobrança do
ICMS por substituição tributária.
300 Imune
400 Não tributada pelo Simples Nacional.
500 ICMS cobrado anteriormente por substituição
tributária (substituído) ou por antecipação.
900 Outros.
• ICMS – Regra Matriz

Constituição Federal de 1988:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal


instituir impostos sobre:

• II - operações relativas à circulação de mercadorias e


sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior;

• Lei Complementar 87/96;

• CTE e RICMS.

• ICMS – Contribuinte

Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que


realize, com habitualidade ou em volume que caracterize
intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior (artigo 4º DA LC Nº
87/1996).

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que,


mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:
• I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer
que seja a sua finalidade;

• II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou


cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

• III – adquira em licitação mercadorias ou bens


apreendidos ou abandonados.

• IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e


gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos
de outro Estado, quando não destinados à comercialização
ou à industrialização.

• ICMS – Incidência do imposto

Conforme previsto no artigo 2º da Lei Complementar nº


87/1996, o ICMS incide sobre:

• Operações relativas à circulação de mercadorias,


inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em
bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

• Prestações de serviços de transporte interestadual e


intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores.

• Prestações onerosas de serviços de comunicação, por


qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção,
a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação
de comunicação de qualquer natureza; Conforme previsto
no artigo 2º da Lei Complementar nº 87/1996, o ICMS
incide sobre:

• Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços


não compreendidos na competência tributária dos
Municípios;

• Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços


sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos
Municípios, quando a lei complementar aplicável
expressamente o sujeitar à incidência do imposto
estadual;

• Entrada de mercadoria ou bem importados do exterior,


por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade;

• Serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha


iniciado no exterior;

• Entrada, no território do Estado destinatário, de


petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização,
decorrentes de operações interestaduais, cabendo o
imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.

Nos termos do artigo 3º da LC nº 87/1996, o ICMS não


incide sobre:
• Operações com livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão;

• operações e prestações que destinem ao exterior


mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços.

Nota: Equipara-se às operações de exportação, a saída de


mercadoria realizada com o fim específico de exportação
para o exterior, destinada a:

• Empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou


outro estabelecimento da mesma empresa;

• Armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

• ICMS – Fato gerador

O artigo 12 Lei Complementar nº 87/96 discorre as


hipóteses em que ocorre o fato gerador do ICMS, para
exemplificar estas ocorrências destacamos as seguintes:

• I - Da saída de mercadoria de estabelecimento de


contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do
mesmo titular;

• II - Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras


mercadorias por qualquer estabelecimento;
• III - Da transmissão a terceiro de mercadoria depositada
em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do
transmitente;

• IV – Demais hipóteses consignadas no referido artigo.

• ICMS – Base de Cálculo

Conforme previsto no artigo 13º da Lei Complementar nº


87/96, a Base de cálculo do ICMS é o valor da operação:

I - Da saída de mercadoria de estabelecimento de


contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do
mesmo titular;

II - Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras


mercadorias por qualquer estabelecimento;

III - Da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de


título que a represente, quando a mercadoria não tiver
transitado pelo estabelecimento transmitente;

IV – Demais hipóteses do referido artigo. Integra a base de


cálculo do imposto:

I - O montante do próprio imposto, constituindo o


respectivo destaque mera indicação para fins de controle;
Integra a base de cálculo do imposto:
II - O valor correspondente a: Seguros, juros e demais
importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como
descontos concedidos sob condição; Frete, caso o
transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por
sua conta e ordem e seja cobrado em separado.

• ICMS – Não cumulatividade

Discorre no artigo 19 da Lei Complementar nº 87/96 que o


imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por
outro Estado.

• Alíquotas Interestaduais

Conforme previsto na Constituição Federal de 1988,


compete ao Senado Federal fixar as alíquotas
interestaduais. Atualmente existem duas Resoluções do
Senado Federal que fixam as alíquotas a serem aplicadas
às operações interestaduais.

São elas:

Resolução Senado Federal nº 22/1989 - operações


interestaduais com mercadorias e serviços, exceto
importados;
Resolução Senado Federal nº 13/2012 - operações
interestaduais com mercadorias importadas.

Conforme a Resolução do Senado Federal nº 22/1989, a


alíquota do ICMS nas operações e prestações
interestaduais são:

(Acompanhar na “Tabela D – Alíquotas


Interestaduais”)

Perfil da operação Alíquota

Operações e prestações realizadas nas 7%


Regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado
do Espírito Santo.
Operações e prestações realizadas nas 12%
Regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões
Sul e Sudeste.

• Livros Fiscais - Entradas

O livro Registro de Entradas destina-se à escrituração da:

• I - Entrada, a qualquer título, de mercadoria no


estabelecimento;
• II - Utilização de serviço pelo estabelecimento. Deve ser
também escriturado:

• I - O documento fiscal relativo à aquisição de


mercadoria:

• Que não transitar pelo estabelecimento adquirente,


ainda que por meio de título que a represente;

• Para o ativo imobilizado, cuja escrituração deve ser feita


de forma individualizada;

• Uso ou consumo. Deve ser também escriturado:

II - O documento fiscal relativo à destinação da


mercadoria produzida pelo próprio estabelecimento, para
o ativo imobilizado ou para uso e consumo;

III - O montante de eventual diferença verificada em


relação à operação ou à prestação já escriturada.

• Livros Fiscais - Saídas

O livro Registro de Saídas destina-se à escrituração da:

I - Saída de mercadoria, a qualquer título, do


estabelecimento;

II - Prestação de serviço. Deve ser também escriturado o


documento fiscal relativo à transmissão de propriedade da
mercadoria que não tenha transitado pelo
estabelecimento.

• Apuração do ICMS

O livro Registro de Apuração do ICMS destina-se a


escriturar, por período de apuração do imposto, os totais
dos valores contábeis e os dos valores fiscais, relativos ao
ICMS, das operações e prestações de entradas e saídas,
extraídas dos livros próprios e agrupados segundo o
Código Fiscal de Operações e Prestações previsto no
regulamento.

No livro Registro de Apuração do ICMS são, também,


escriturados:

I - Os débitos e os créditos do ICMS;

II - A apuração dos saldos;

III - Os dados relativos ao pagamento;

IV - O valor do estorno relativo ao ativo imobilizado e


material de uso e consumo;

V - Outras anotações e informações exigidas pela


legislação tributária.
• Inventário

O livro Registro de Inventário destina-se a escriturar, pelo


seu valor e com especificação que permita sua perfeita
identificação, a mercadoria, a matéria-prima, o produto
intermediário, o material de embalagem, o produto
manufaturado, o material de uso e consumo próprio, o
produto em fabricação e o bem do ativo imobilizado,
existentes no estabelecimento à época do balanço.

• RUDFTO

O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e


Termos de Ocorrências destina-se à:

I - Escrituração da entrada de documento fiscal,


confeccionado por estabelecimento gráfico ou pelo próprio
contribuinte usuário do documento fiscal respectivo;

II - Lavratura de termo de ocorrência.

• Imposto sobre produtos industrializados

Constituição Federal de 1988 – artigo 153 – Compete a


União instituir imposto sobre: [...]

IV. Produtos industrializados.

§3º O imposto previsto no inciso IV:


• I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;

• II - será não-cumulativo, compensando-se o que for


devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores;

• III - não incidirá sobre produtos industrializados


destinados ao exterior.

• IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens


de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

• Não Cumulatividade do Imposto:

Art. 225 do RIPI/2010. A não cumulatividade é efetivada


pelo sistema de crédito do imposto relativo a produtos
entrados no estabelecimento do contribuinte, para ser
abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, num
mesmo período.

O direito ao crédito é também atribuído para anular o


débito do imposto referente a produtos saídos do
estabelecimento e a este devolvidos ou retornados.

O imposto incide sobre produtos industrializados,


nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações
constantes da TIPI (DECRETO Nº 8950/2016).
Discorre no artigo 4º do Decreto nº 7.212/2010 (RIPI) que
caracteriza industrialização qualquer operação que
modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a
apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe
para consumo, tal como:

• I - A que, exercida sobre matérias-primas ou produtos


intermediários, importe na obtenção de espécie nova
(transformação); Discorre no artigo 4º do Decreto nº
7.212/2010 (RIPI) que caracteriza industrialização qualquer
operação que modifique a natureza, o funcionamento, o
acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto,
ou o aperfeiçoe para consumo, tal como:

• II - A que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de


qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o
acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

• III - A que consista na reunião de produtos, peças ou


partes e de que resulte um novo produto ou unidade
autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal
(montagem);

• IV - A que importe em alterar a apresentação do


produto, pela colocação da embalagem, ainda que em
substituição da original, salvo quando a embalagem
colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria
(acondicionamento ou recondicionamento);

• V - A que, exercida sobre produto usado ou parte


remanescente de produto deteriorado ou inutilizado,
renove ou restaure o produto para utilização (renovação
ou recondicionamento).

O artigo 5º do RIPI/2010 consigna que as hipóteses em


que não há caracterização de industrialização. Abaixo
elencamos algumas hipóteses:

I - O preparo de produtos alimentares, não


acondicionados em embalagem de apresentação;

II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato


concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não,
em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para
venda direta a consumidor;

III - A confecção ou preparo de produto de artesanato,


definido no art. 7 º;

IV - A confecção de vestuário, por encomenda direta do


consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do
confeccionador;

V - O preparo de produto, por encomenda direta do


consumidor ou usuário, na residência do preparador ou
em oficina, desde que, em qualquer caso, seja
preponderante o trabalho profissional;

VI - A manipulação em farmácia, para venda direta a


consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais,
mediante receita médica;
VII - a moagem de café torrado, realizada por
estabelecimento comercial varejista como atividade
acessória;

VIII - a montagem de óculos, mediante receita médica;

IX – Demais hipóteses estabelecidas no referido artigo.


Nos termos do artigo 9º do RIPI/2010 são equiparados a
indústria as seguintes pessoas jurídicas.

Exemplos:

• I - Os estabelecimentos importadores de produtos de


procedência estrangeira, que derem saída a esses produto;

• II - Os estabelecimentos, ainda que varejistas, que


receberem, para comercialização, diretamente da
repartição que os liberou, produtos importados por outro
estabelecimento da mesma firma;

• III - As filiais e demais estabelecimentos que exercerem o


comércio de produtos importados, industrializados ou
mandados industrializar por outro estabelecimento da
mesma firma, salvo se aqueles operarem exclusivamente
na venda a varejo e não estiverem enquadrados na
hipótese do inciso II;

• IV - Os estabelecimentos comerciais de produtos cuja


industrialização tenha sido realizada por outro
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante
a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas,
produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes,
matrizes ou modelos;

• V - V - os estabelecimentos comerciais de produtos do


Capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização tenha sido
encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou
nome de fantasia de propriedade do encomendante, de
terceiro ou do próprio executor da encomenda;

• VI - Os estabelecimentos comerciais atacadistas dos


produtos classificados nas posições 71.01 a 71.16 da TIPI
(Lei nº 4.502, de 1964, Observações ao Capítulo 71 da
Tabela);

• VII – Demais hipóteses estabelecidas no referido artigo.

• ISSQN – Regra Matriz

O ISS tem seu apoio tributário na CF/88, em seu artigo


156, inciso III, aonde se consigna que compete aos
Município instituir imposto sobre serviços de qualquer
natureza, desde que não compreendidos no artigo 155 da
citada constituição, que deverão estar definidos em Lei
Complementar.

Conforme discorre na LC nº 116/2003, o Imposto Sobre


Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a
prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do
prestador.

O imposto incide também sobre o serviço proveniente do


exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior do País.

O artigo 3º da LC 116/2003 preceitua que o serviço


considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do
estabelecimento, no local do domicílio do prestador,
exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV do
referido artigo, quando o imposto será devido no local. É
fundamental sempre consultar a LC 116/2003 para saber
aonde de fato é devido o serviço prestado. Sabemos que
cada município estabelece normas próprias para fins de
cobrança do ISSQN em seus respectivos CÓDIGOS
TRIBUTÁRIOS, mas via de regra devem obedecer os
preceitos da LC Nº 116/2003 a fim de evitar conflitos de
interpretações da legislação.

• ISSQN – Contribuinte e Responsável

Contribuinte: Discorre na LC nº 116/2003 em seu artigo 5º


que o contribuinte é o prestador do serviço.

Responsável: Discorre no artigo 6º da LC nº 116/2003 que


os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação,
inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais.

• Alíquotas e Base de Cálculo

Alíquotas: Máxima de 5% (cinco por cento) e mínima de


2% (dois por cento).

Base de Cálculo: A base de cálculo do imposto é o preço


do serviço. Adiantamento: Não será considerado ocorrido
o fato gerador no momento do pagamento do valor
acordado no contrato, pois o recebimento antecipado do
valor acordado não reflete no fato gerador do ISSQN.

• Caracterização da prestação do serviço

A caracterização da prestação de serviços para efeitos de


ISSQN exige a existência do caráter econômico. Para a
caracterização da prestação de serviço deverá existir a
remuneração pelo serviço.

• Impostos Federais

O artigo 153 da Constituição Federal de 1988 discorre:


“Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou


nacionalizados;

III - renda e proventos de qualquer natureza;

IV - produtos industrializados;

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a


títulos ou valores mobiliários;”

VI - propriedade territorial rural;

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.”

• IRPJ – Regra Matriz

O imposto, de competência da União, sobre a renda e


proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

• I - De renda, assim entendido o produto do capital, do


trabalho ou da combinação de ambos;

• II - De proventos de qualquer natureza, assim entendidos


os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso
anterior.
A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado
ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

• Lucro Presumido – O que é?

É o regime de tributação no qual o contribuinte paga o


IRPJ e a CSLL sobre uma presunção de lucratividade, não
sendo adotado o lucro efetivo apurado pela empresa.

O regime de tributação com base no lucro presumido é


uma faculdade outorgada ao contribuinte e não implica
uma obrigatoriedade, exceto nos casos em que a legislação
dispuser o contrário.

Discorre no artigo da Lei nº 9.430/96 que a partir do ano-


calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas
jurídicas será determinado com base no lucro real,
presumido, ou arbitrado, por períodos de apuração
trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho,
30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário,
observada a legislação vigente, com as alterações desta
Lei.

• Limite de receita para opção

A opção pelo regime de tributação do lucro presumido só


pode ser exercida pelas pessoas jurídicas cuja a receita
bruta total no calendário anterior tenha siso igual ou
inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de
reais). Fundamentação legal: Lei N° 9.718/98, artigo 13.

• Limite de receita proporcional

Nos casos de início de atividade no ano calendário


anterior, a empresa deverá considerar o número de meses
do período apurado, quando for inferior a 12 (doze) meses.
Ou seja, deverá considerar o valor de R$ 6.500.000,00 (seis
milhões e quinhentos mil reais) proporcional ao número
de meses do ano-calendário anterior. Fundamentação
legal: Lei N° 9.718/98, artigo 13.

• Lucro Presumido – Prazo e forma de opção

A opção pela tributação com base no lucro presumido será


aplicada em relação a todo o período de atividade da
empresa em cada ano-calendário. A opção será
manifestada com o pagamento da primeira ou única
quota do imposto devido correspondente ao primeiro
período de apuração de cada ano-calendário.

• Alteração para o Lucro Real

A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no


lucro presumido e que, em relação ao mesmo ano-
calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de
apuração pelo lucro real por ter auferido lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior,
deverá apurar o imposto sobre a renda de pessoa jurídica
(IRPJ) e a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL)
sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a
partir da ocorrência do fato.

• Lucro Presumido – Vedação

Estão impedidas de optar pelo regime de tributação lucro


presumido as pessoas jurídicas definidas (artigo 14. da Lei
N° 9.718/98):

I - Cuja receita total no ano-calendário anterior seja


superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do
período, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos


de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, [...];

III - Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital


oriundos do exterior;
IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam
de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do
imposto;

V - Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado


pagamento mensal pelo regime de estimativa;

VI - Que explorem as atividades de prestação cumulativa e


contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring);

VII - que explorem as atividades de securitização de


créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio;

VIII – Aquelas que se dediquem a construção,


incorporação, compra e venda de imóveis que tenham
registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis
a essas atividades (PARECER NORMATIVO COSIT
9/2014);

• Lucro Presumido – Apuração trimestral

A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda


das pessoas jurídicas tributadas sobre o lucro presumido
se dá por períodos de apuração trimestral, encerrados nos
dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário.
• Regras de apuração

O artigo 15 da Lei N° 9.249/95 define os percentuais de


presunção para as empresas tributadas no lucro
presumido conforme a especificidade de suas atividades:

Das atividades em geral, salvo as descritas abaixo: 8%;

Revenda, para consumo, de combustível derivado de


petróleo, álcool etílico carburante e gás natural: 1,6%;

Serviços em geral: 32%;

Serviços hospitalares e de transporte de cargas: 8%;

Demais serviços de transporte: 16%.

• Lucro Presumido – Alíquotas

Discorre no artigo 3° da Lei N° 9.249/95 que a alíquota do


imposto de renda é de 15% (quinze por cento). A parcela
do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) pelo número de meses do respectivo período de
apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto
de renda à alíquota de 10% (dez por cento).

O lucro presumido será determinado mediante aplicação


dos percentuais de que tratam o caput e os §§ 1º e 2º do
art. 33 da IN RFB nº 1700/2017 e sobre a receita bruta
definida pelo art. 26 da norma supracitada, relativa a cada
atividade, auferida em cada período de apuração
trimestral, deduzida das devoluções e vendas canceladas e
dos descontos incondicionais concedidos.

• Lucro Presumido – Base de Cálculo

Nota: Os percentuais de presunção do IRPJ e da CSLL


estão definidos nos artigos 33 e 34 da IN RFB nº
1.700/2017 respectivamente.

• Lucro Presumido – Base de Cálculo: Acréscimos

Discorre no artigo 215 da Instrução Normativa N°


1.700/2017 as receitas que são acrescidas direta na base do
IRPJ, ou seja, tais receitas não são presumidas para efeitos
de apuração do IRPJ.

Exemplos:

I - Os ganhos de capital, demais receitas e resultados


positivos decorrentes de receitas não abrangidas pela
atividade principal, auferidas no período.

II - A receita de locação de imóvel, quando não for este o


objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos
necessários à sua percepção;
III - Os juros equivalentes à taxa referencial do Selic, para
títulos federais, relativos a impostos e contribuições a
serem restituídos ou compensados;

IV - Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo


realizadas entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica
e pessoa física;

• Lucro Presumido – Atenção!

Recomendamos sempre observar na íntegra o que


preceitua o artigo 215 da IN RFB nº 1.700/2017 no tocante
a formação da base de cálculo do IRPJ e CSLL para as
empresas optantes pelo lucro presumido.

Quaisquer outras receitas que ingressem no caixa ou


equivalentes de caixa da pessoa jurídica optante pelo
lucro presumido deverão ser acrescidas diretamente na
base do IRPJ e CSLL , salvos disposições em contrário na
legislação.

• Lucro Presumido – Forma e prazo de pagamento

De acordo com o artigo 5° da Lei N° 9.430/96 o pagamento


do imposto apurado na forma do lucro presumido, será de
maneira trimestral e poderá ser pago em três quotas
mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$
1.000,00, vencíveis no último dia útil dos três meses
subsequentes ao de encerramento do período de apuração
a que corresponder, observado o seguinte:

• A 1ª quota não tem acréscimos legais;

• A 2ª quota terá juros de 1%;

• A 3ª quota terá juros Selic do mês anterior, mais 1%.

• Antecipações mensais

Não há previsão legal para a apuração e reconhecimento


mensal do lucro presumido, é muito comum a adoção
deste procedimento por parte das empresas que optam
por recolher o IRPJ e a CSLL mensalmente como
estratégia de fluxo de caixa, de maneira que não terá um
desembolso “grande” em um mês.

• Lucro Presumido – Redução de presunção

As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de


serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$
120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderão utilizar, na
determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ o
percentual de 16% (dezesseis por cento).

Nota: A referida redução não se aplica aos serviços


hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados
por sociedades prestadoras de serviços de profissão
legalmente regulamentadas.

A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de


16% (dezesseis por cento) para o pagamento trimestral do
IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado
trimestre do ano-calendário exceder o limite de R$
120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao
pagamento da diferença do imposto postergado, apurada
em relação a cada trimestre transcorrido.

• Regime de competência ou caixa

As receitas, os demais rendimentos e os ganhos de capital


devem ser reconhecidos pelo regime de competência,
como regra geral.

O contribuinte optante pelo lucro presumido, poderá


adotar o critério de reconhecimento das receitas da
atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida
dos recebimentos em cada trimestre – regime de caixa.

• Pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja


superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do
período, quando inferior a 12 (doze) meses;
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos
de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, [...];

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital


oriundos do exterior;

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam


de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do
imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado


pagamento mensal pelo regime de estimativa;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e


contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring);

VII - que explorem as atividades de securitização de


créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio;
VIII – Aquelas que se dediquem a construção,
incorporação, compra e venda de imóveis que tenham
registro de custo orçado;

IX – Aquelas constituídas como Sociedade de Propósito


Específico – SPE, nos termos do artigo 56 da Lei
Complementar N° 123/2006.

• Adição

Na determinação do lucro real serão adicionados ao lucro


líquido do exercício:

• Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões,


participações e quaisquer outros valores deduzidos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação
tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro
real.

• Lucro Real – Dedutibilidade

Na determinação do lucro real serão dedutíveis somente


as despesas necessárias à atividade da empresa e à
manutenção da respectiva fonte produtora.

As despesas admitidas são as usuais ou normais no tipo


de transações, operações ou atividades da empresa. Serão
indedutíveis na apuração do resultado ajustado as
despesas desnecessárias às operações da empresa.
O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e
exclusões prescritas ou autorizadas pela legislação do
IRPJ, poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos
fiscais de períodos de apuração anteriores em até, no
máximo, 30% (trinta por cento) do referido lucro líquido
ajustado, observado o disposto nos art. 203 a 213 da IN
RFB nº 1.700/2017.

• LALUR

O LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, é um livro


fiscal, sendo obrigatório somente para as empresas
tributadas pelo Imposto de Renda na modalidade Lucro
Real, conforme previsão contida no Regulamento do
Imposto de Renda.

O LALUR se divide em parte A e B, onde:

• Parte A: São feitas todas as adições e exclusões;

• Parte B: São feito os controles de prejuízos fiscais a


compensar.

• Formas de apuração

LUCRO REAL TRIMESTRAL: Com o pagamento da


primeira quota ou quota única do imposto relativo ao
primeiro trimestre do ano-calendário ou do trimestre de
início de atividades da empresa.

LUCRO REAL ANUAL: Com o pagamento relativo ao mês


de Janeiro ou do mês de início de atividades, com base na
receita bruta ou com base no lucro real apurado em
balanço/balancete de suspensão ou redução.

• Trimestre

O IRPJ e a CSLL devidos, apurados na forma do lucro real


trimestral, será pago em quota única, até o último dia útil
do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração. Exemplo: 1º Trimestre (janeiro, fevereiro e
março), vencimento do tributo até 30 de abril.

Nota: Se a data de vencimento não for dia útil, o tributo


deverá ser antecipado para o primeiro dia útil anterior a
data de vencimento.

• Lucro Real – Parcelamento

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser


pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,
vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes
ao de encerramento do período de apuração a que
corresponder.
Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00
(mil reais) e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois
mil reais) será pago em quota única, até o último dia útil
do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração.

• Base de Cálculo: Estimativa mensal

A base de cálculo das estimativas mensais, incide sobre o


total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica.

A Receita bruta é definida nos termos do artigo 12 do


Decreto Lei N° 1.598/77:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta


própria;

II - o preço da prestação de serviços em geral;

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia;

IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa


jurídica não compreendidas nos incisos I a III.

• Suspensão ou redução do IR mensal

A pessoa jurídica pode suspender o pagamento do


imposto, desde que demonstre que o valor do imposto
devido, calculado com base no lucro real do período em
curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda
devido por estimativa, correspondente aos meses do
mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado, conforme exemplo a
seguir:

• Exemplo: Pessoa jurídica que comercializa mercadorias


levantou balanço para suspender o pagamento do IRPJ em
março do ano-calendário, tendo efetuado apuração de
imposto utilizando-se da base de cálculo estimada nos
meses de janeiro e fevereiro.

• Lucro Real – Código de DARF


Tabela E – Código de estimativa trimestral - IRPJ

Código Descrição

5993 Optantes ao Lucro Real.


2362 Demais pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro
Real.
2319 Entidades financeiras.

Tabela E – Código de estimativa mensal - IRPJ

Código Descrição

2484 Demais pessoas jurídicas


2469 Entidades financeiras
• Lucro Arbitrado - Definição

O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base


de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade
tributária ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade
tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as
obrigações acessórias relativas à determinação do lucro
real ou presumido, conforme o caso.

• Lucro Arbitrado – Opção

A tributação com base no lucro arbitrado será


manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou
da quota única do imposto devido, correspondente ao
período de apuração trimestral em que o contribuinte,
pelas razões determinantes na legislação, se encontrar em
condições de proceder ao arbitramento do seu lucro.

• Lucro Arbitrado – Período de apuração

O imposto de renda com base no lucro arbitrado é


determinado por períodos de apuração trimestrais
encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro de cada ano-calendário.

• Lucro Arbitrado – Apuração do IR

A apuração do imposto de renda com base no lucro


arbitrado abrange todos os trimestres do ano-calendário,
assegurada a tributação com base no lucro real ou
presumido relativa aos trimestres não submetidos ao
arbitramento, se:

A pessoa jurídica dispuser de escrituração comercial e


fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não
abrangidos pela tributação com base no lucro arbitrado;
ou possa optar pelo Lucro Presumido.

• Lucro Arbitrado – Base de Cálculo

O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida


a receita bruta, será determinado por meio da aplicação
dos percentuais estabelecidos nos art. 15 e 2º da Lei N°
9.249/95, acrescidos de vinte por cento.

A receita bruta é aquela definida no art. 12 do Decreto Lei


N° 1.598/77, auferida no período de apuração, deduzida
das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos
incondicionais concedidos.

• Percentuais

O lucro arbitrado das pessoas jurídicas é determinado


mediante a aplicação, sobre a receita bruta do trimestre
deduzida das devoluções e vendas canceladas e dos
descontos incondicionais concedidos, quando conhecida,
do percentual de 9,6% (nove inteiros e seis décimos por
cento).
Nas seguintes atividades o percentual é de:

I - 1,92% (um inteiro e noventa dois centésimos por cento)


sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo,
de combustível derivado de petróleo, álcool etílico
carburante e gás natural;

II - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento) sobre a


receita bruta auferida auferida: Na prestação de serviços
hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia
e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica,
imagenologia, radiologia, anatomia patológica e
citopatologia, [...];

III - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento) sobre a


receita bruta auferida auferida: Na prestação de serviços
de transporte de carga; Nas atividades imobiliárias
relativas a desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária, construção de prédios
destinados à venda e na venda de imóveis construídos ou
adquiridos para revenda;

IV - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento) sobre a


receita bruta auferida auferida: Na atividade de
construção por empreitada com emprego de todos os
materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais
materiais incorporados à obra;

V - 19,2% (dezenove inteiros e dois décimos por cento)


sobre a receita bruta auferida na prestação dos demais
serviços de transporte, exceto o mencionado no item “II b”;
VI - 38,4 % (trinta e oito inteiros e quatro décimos por
cento) sobre a receita bruta auferida com as atividades de:

a) Prestação de serviços, relativos ao exercício de profissão


legalmente regulamentada;

b) intermediação de negócios;

VII - 45% (quarenta e cinco por cento) sobre a receita


bruta auferida nas atividades desenvolvidas por bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, sociedades de
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,
valores mobiliários e câmbio, [...].

• Origem das receitas: Comprovação

Mesmo sendo tributadas com base no lucro arbitrado


persiste a obrigatoriedade de comprovação das receitas
efetivamente recebidas ou auferidas.

O arbitramento de lucro em si por não ser uma sanção,


mas uma forma de apuração da base de cálculo do
imposto, não exclui a aplicação das penalidades cabíveis.
• Determinação do imposto

• Alíquota: O imposto devido em cada trimestre é


calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze
por cento) sobre o lucro arbitrado.

• Adicional: A parcela do lucro arbitrado que exceder o


valor da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
pelo número dos meses do respectivo período de apuração
sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez
por cento).

Nota: O pagamento é feito mediante a utilização do


Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf),
sob o código 5625.

• Prazo para pagamento

• O imposto de renda devido, apurado trimestralmente,


deve ser pago em quota única, até o último dia útil do mês
subsequente ao do encerramento do período de apuração.

• À opção da pessoa jurídica, o imposto devido pode ser


pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas,
vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes
ao de encerramento do período de apuração a que
corresponder.
Nenhuma quota pode ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil
reais) e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil
reais) deve ser pago em quota única.

As quotas do imposto serão acrescidas de juros


equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais,
acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do
segundo mês subsequente ao do encerramento do período
de apuração até o último dia do mês anterior ao do
pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

Formação Analista Fiscal | Portal do Aluno


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