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SEGURANÇA DO TRABALHO
DIREITO DO TRABALHO
CAPÍTULO 1
NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO
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do trabalho, integrante no processo de produção e reprodução das relações sociais na
sociedade capitalista neoliberal (IAMAMOTO, 2015). Refletir e compreender as
condições de trabalho a que estão submetidos na atualidade, requer colocá-los como
partícipes desse processo, o qual interfere de maneira decisiva nas relações de
trabalho e modos de vida social.
Entende-se por fonte do direito do trabalho o meio pelo qual este se forma,
estabelecendo, assim, as suas normas jurídicas. Melhor dizendo, é a partir desta
fonte que o direito é criado, o que faz com que empregado e o empregador tenham
ciência das obrigações existentes além daquelas previstas nos contratos de
trabalhos firmados. A classificação tradicional destas fontes se dá, basicamente, em
duas categorias: fontes matérias e fontes formais.
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contrato de trabalho. Para tanto, ela se subdivide em outros três subprincípios: norma
mais favorável, condição mais benéfica e In dubio pro misero.
O mais clássico exemplo que se tem deste princípio na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT) é o artigo 468 da CLT, que diz:
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maneira geral, ter sua regência contratual afastada pela simples manifestação de
vontade das partes.
3.6. Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas
O princípio da indisponibilidade está relacionado à impossibilidade, em regra,
da renúncia dos direitos do trabalhador no Direito do Trabalho. Ato pelo qual o
empregado, por simples vontade, abriria mão de direitos que lhe são assegurados pela
legislação, o que não é possível.
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dos fatos impera sobre qualquer contrato formal, ou seja, caso haja conflito entre o
que está escrito e o que ocorre de fato, prevalece o que ocorre de fato, sendo, assim,
o motivo do porque ocorre os processos trabalhistas de empregados contra ex-
empregadores.
CAPÍTULO 2
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADOR E EMPREGADO
1. CONCEITOS
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daí serem chamados de "celetistas". Não ocupam cargo público e sendo celetistas,
não têm condição de adquirir a estabilidade constitucional ( CF, art. 41), nem podem
ser submetidos ao regime de previdência peculiar, como os titulares de cargo efetivo
e os agentes políticos.
CAPÍTULO 3
RELAÇÕES DE EMPREGO
1. CONCEITO
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Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de
trabalho corresponde a uma relação de emprego. Em outras palavras: “Todo
empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado.”.
Os elementos identificadores da relação de emprego servem exatamente para
diferenciá-la das demais relações de trabalho, sendo estes encontrados nos artigos 2º
e 3º da CLT, sendo eles: subordinação jurídica, pessoalidade do empregado,
habitualidade e onerosidade.
Pessoalidade: o empregado deve ser pessoa física e a prestação dos serviços deve
ser personalíssima, uma vez que o empregado não pode ser substituído por outro no
exercício de suas atividades. É o fator pelo qual o empregador escolhe seus
empregados.
Habitualidade: prestação dos serviços deve ser contínua e não eventual. A CLT não
traz as expressões “cotidiano ou diário”, mas fala em trabalho contínuo e habitual.
Logo, o trabalho não precisa ser diário, mas frequente e de trato sucessivo.
CAPÍTULO 4
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
1. CONCEITOS
1.1. Salário
É o conjunto de parcelas pagas pelo empregador ao empregado em função do
contrato de trabalho. Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como
também as comissões, as percentagens, as gratificações, entre outras parcelas.
Não tem natureza salarial as ajudas de custo, as diárias limitadas a 50%
(cinquenta por cento) do salário, o Plano de Demissão Voluntária (PDV) e a
Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
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Conforme o artigo 76 da CLT, o salário mínimo é a contraprestação mínima
devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao
trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de
satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de
alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
1.2. Remuneração
A remuneração é a totalidade dos ganhos do empregado, pagos diretamente
ou não pelo empregador. Conforme o art. 457 da CLT, “compreendem-se na
remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e
pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.”.
Dispõe o art. 457, §3º, da CLT, que “considera-se gorjeta não só a importância
espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado
pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição
aos empregados.”.
Vale ressaltar que as “gueltas” também fazem parte da remuneração. As
“gueltas” são gratificações ou prêmios pagos com habitualidade por terceiro
(normalmente um distribuidor ou fornecedor) aos empregados de uma empresa.
Tais pagamentos têm como objetivo principal o aumento das vendas de certos
produtos e/ou serviços oferecidos pelo terceiro através de um incentivo financeiro
concedido ao trabalhador.
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IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante
seguro-saúde;
V - seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VII – (VETADO)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender
aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% e 20% do
salário contratual.
Adicional de Horas Extras: as horas que excedem a jornada normal de trabalho será
considerado hora extraordinária, que deve ser remunerada com acréscimo de, no
mínimo de 50% da hora normal, conforme preconiza o art. 7º, XVI, da Constituição
Federal.
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mas, neste caso, estará obrigado a pagar um adicional de 25% do salário que será
recebido pelo prazo que durar essa situação, não sendo devido o adicional nas
transferências definitivas, assim dispondo o artigo 469 da CLT.
Diária de Viagem: As diárias para viagem cujo valor exceda 50% do salário recebido
pelo empregado terão natureza salarial, conforme determina o art. 457, § 2º, da CLT.
CAPÍTULO 5
JORNADA DE TRABALHO
1. CONCEITOS
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2. JORNADA DE TRABALHO
Súmula 376 do TST – A limitação legal da jornada suplementar a duas horas não
exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.
Súmula 291 do TST – A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 ano, assegura o
empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 mês das horas
suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis
meses de prestação de serviço acima da jornada de normal.
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Não são abrangidos pelo controle de horas diárias, assim, não tendo direito à
horas extras:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de
horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social e no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento
ou filial.
III - os empregados em regime de teletrabalho.
Um empregado labora até às 19h do sábado e terá o domingo como dia de descanso.
Então, ele só poderá voltar a trabalhar na segunda-feira às 06h.
5h livres no sábado + 24h de descanso no domingo + 6h livres na segunda = 35h
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O salário a ser pago ao trabalhador em tempo de regime especial será
proporcional à sua jornada de trabalho, em ralação aos empregados que cumprem,
nas mesmas funções, tempo integral.
CAPÍTULO 6
DISPENSA POR JUSTA CAUSA
1. CONCEITO
Justa causa é todo ato faltoso do empregado que faz desaparecer a confiança
e a boa-fé existentes entre as partes, tornando indesejável o prosseguimento
da relação empregatícia.
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IV. Condenação Criminal: O despedimento do empregado justificadamente é viável
pela impossibilidade material de subsistência do vínculo empregatício, uma vez que,
cumprindo pena criminal, o empregado não poderá exercer atividade na empresa. A
condenação criminal deve ter passado em julgado, ou seja, não pode ser recorrível.
V. Desídia: A desídia é o tipo de falta grave que, na maioria das vezes, consiste na
repetição de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa
do empregado. Isto não quer dizer que uma só falta não possa configurar desídia.
Os elementos caracterizadores são o descumprimento pelo empregado da
obrigação de maneira diligente e sob horário o serviço que lhe está afeito. São
elementos materiais, ainda, a pouca produção, os atrasos frequentes, as faltas
injustificadas ao serviço, a produção imperfeita e outros fatos que prejudicam a
empresa e demonstram o desinteresse do empregado pelas suas funções.
IX. Abandono de Emprego: A falta injustificada ao serviço por mais de trinta dias faz
presumir o abandono de emprego, conforme entendimento jurisprudencial. Existem, no
entanto, circunstâncias que fazem caracterizar o abandono antes dos trinta dias. É o
caso do empregado que demonstra intenção de não mais voltar ao serviço. Por
exemplo, o empregado é surpreendido trabalhando em outra empresa durante o
período em que deveria estar prestando serviços na primeira empresa.
X. Ofensas Físicas: As ofensas físicas constituem falta grave quando têm relação
com o vínculo empregatício, praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos,
mesmo fora da empresa. As agressões contra terceiros, estranhos à relação
empregatícia, por razões alheias à vida empresarial, constituirá justa causa quando se
relacionarem ao fato de ocorrerem em serviço.
XI. Lesões à Honra e à Boa Fama: São considerados lesivos à honra e à boa fama
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gestos ou palavras que importem em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por
qualquer meio magoá-lo em sua dignidade pessoal.
Na aplicação da justa causa devem ser observados os hábitos de linguagem no
local de trabalho, origem territorial do empregado, ambiente onde a expressão é
usada, a forma e o modo em que as palavras foram pronunciadas, grau de educação
do empregado e outros elementos que se fizerem necessários.
XII. Jogos de Azar: Jogo de azar é aquele em que o ganho e a perda dependem
exclusiva ou principalmente de sorte. Para que o jogo de azar constitua justa causa, é
imprescindível que o jogador tenha intuito de lucro, de ganhar um bem
economicamente apreciável.
CAPÍTULO 7
FÉRIAS
1. DAS FÉRIAS
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próximos 12 meses. Assim, se o trabalhador trabalhar 12 meses consecutivos, ele
deverá férias dentro dos próximos 12 meses de vigência do contrato. Segue tabela
para melhor fixação:
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Desde que haja concordância do Empregado, as férias poderão ser usufruídas
em até 3 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os
demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada (art.134, CLT).
CAPÍTULO 8
CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
1. CONCEITO
2. TIPOS DE CONTRATOS
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O contrato por prazo determinado é um contrato normal, porém com o período
definido de início e término. Dispõe o art. 443, §1º, da CLT, que se considera como
prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou
da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento
suscetível de previsão aproximada.
O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço
cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de
atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência.
O contrato por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2
anos.
CAPÍTULO 9
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
1. CONCEITOS
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IV - por um dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada.
V - até 2 dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei
respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar
referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular
para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a
juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de
entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do
qual o Brasil seja membro.
X - até 2 dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante
o período de gravidez de sua esposa ou companheira;
XI - por 1 dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
CAPÍTULO 10
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
1. CONCEITO
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trabalho que foi realizado por vontade das partes contratantes, o empregado e o
empregador.
São inúmeros os tipos de rescisão de contrato de trabalho e para cada
situação, a legislação trabalhista estabelece quais os direitos que o empregado
demitido possui ou não.
a) Dispensa sem justa causa: Neste caso, o contratante não tem mais interesse na
prestação de serviços do funcionário e toma a iniciativa de demitir o trabalhador de
seu quadro de funcionários. Nessa situação, é preciso que a empresa notifique o
funcionário de sua decisão previamente, 30 dias antes da demissão. Caso contrário, o
empregador deverá pagar aviso prévio.
Neste caso será pago ao empregado saldo de salário, aviso prévio, décimo
terceiro salário proporcional, férias vencidas e proporcionais acrescidas do terço
constitucional, multa de 40% do FGTS, além disto, irá receber o empregado as guias
para percepção do seguro desemprego e para a liberação do FGTS.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
CAPÍTULO 1
PREVIDÊNCIA SOCIAL E SEGURIDADE SOCIAL
1. CONCEITOS
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bem como a previsão legal. A solidariedade fica clara quando se trata dos benefícios
da assistência social, uma vez que estes benefícios são destinados exclusivamente
para a população de baixa renda.
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pagamento da CPMF, seja através dos impostos inseridos nos custos dos preços dos
produtos consumidos .
Preocupado em garantir o aumento da arrecadação de recursos para a
seguridade social para garantir o atendimento do aumento de demanda social, o
legislador já expressou na constituição a permissão para que outras fontes de
financiamento fossem criadas pelo legislador ordinário.
CAPÍTULO 2
REGIMES PREVIDENCIÁRIOS
1. REGIME ESTATUTÁRIO
2. REGIME GERAL
3. REGIME COMPLEMENTAR
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beneficiários do RGPS. Desse modo, desejando o servidor público auferir valor
superior ao teto máximo, alcançando ou suplementando o valor recebido na ativa,
deverá ele se filiar ao regime de previdência complementar. Entretanto, apesar da
previsão constitucional, tal regime de previdência complementar público não se
encontra em vigor no Brasil.
CAPÍTULO 3
SUJEITOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
1. DOS SEGURADOS
1.1.1. Como Empregado: Conforme definição trazida pela CLT empregado é toda
pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário. A legislação do RGPS abrange tanto o
trabalhador urbano como o rural.
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Merece destaque, no que tange aos segurados obrigatórios, a situação do
bolsista e do estagiário que prestam serviços a empresa em desacordo com a Lei n.º
11.788/2008, vez que serão considerados empregados. Outrossim, importa também
anotar que os servidores da União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o
das respectivas autarquias e fundações, serão considerados segurados obrigatórios
quando: ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração; -ocupantes de cargo efetivo não estejam amparados por
regime próprio de previdência social, ressalvado, nessa hipótese, os servidores da
União; -contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição
Federal; -ocupantes de emprego público; Os exercentes de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal também se enquadram nessa categoria, salvo se estiverem
vinculados a regime próprio de previdência social.
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parceiro, o meeiro, o arrendatário rural e o pescador artesanal, bem como os
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão
jus aos benefícios nos termos da lei, ou seja, buscou o legislador atribuir tratamento
especial ao mencionado grupo de pessoas. Assim, nos termos do artigo 12, VII, da Lei
8.212/91, considera-se segurado especial a pessoa física residente no imóvel rural ou
em aglomerado urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros.
2. DOS DEPENDENTES
Dependentes são aqueles que possuam, dentro das classes estabelecidas pela
lei previdenciária, dependência jurídica e econômica com o segurado. Dividem-se em
três classes, consoante disposto no artigo 16 da Lei 8.213/91, a saber:
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Vale mencionar, ainda, que a lei presume a dependência econômica das
pessoas constantes da primeira classe, ao passo que as pessoas das demais classes
deverão comprová-la.
CAPÍTULO 4
BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE
1.1. Requisitos
I- Possuir a qualidade de segurado;
II- Período de carência de contribuições mensais, salvo no caso de o segurado sofrer
acidente de qualquer natureza ou causa, ou ser acometido de moléstia grave, quando
não se exigirá período de carência, mas apenas a qualidade de segurado. Destaque-
se que os segurados especiais estão isentos do cumprimento do período de carência;
III- Incapacidade total e definitiva para o exercício de atividade que garanta a
sobrevivência do segurado e dos seus dependentes, o que será comprovado por
perito do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
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O termo inicial do benefício, para o segurado empregado, é a contar do 16º dia
do afastamento da atividade, já que os quinze primeiros dias ficarão a cargo do
empregador. Esse mesmo termo será mantido desde que o segurado requeira o
benefício em até 30 dias a contar do afastamento, ou, se o requerimento se der em
prazo superior, que comprove não requereu antes por encontrar-se hospitalizado ou
submetido a tratamento ambulatorial. Não requerendo o benefício nos trinta dias após
o afastamento, nem justificando, conforme acima mencionado, ter-se-á por termo
inicial a data do requerimento. Para os demais segurados o termo inicial é a contar da
data do início da incapacidade, aplicando-se a mesma regra do segurado empregado
se o benefício não for requerido em até 30 dias a contar do afastamento.
2.1. Requisitos
Para a concessão da aposentadoria por idade é necessário que o segurado
tenha cumprido o período de carência exigida, bem como complete a idade de 65 anos
de idade, se homem, ou 60 anos de idade se mulher. Em se tratando de trabalhadores
rurais a idade exigida será reduzida em 5 anos.
2.2. Carência
Para os segurados que se filiaram ao sistema após a edição da Lei 8.213/91, o
período de carência é de 180 contribuições mensais. Já para os segurados já
vinculados ao sistema previdenciário até 24 de julho de 1991 aplica-se a tabela de
transição prevista no art. 142 da Lei. 8.213/91. Desse modo, somente a título de
exemplo, o trabalhador homem, urbano, que completou 65 anos em 2005, deverá
cumprir o período de carência de 144 contribuições mensais.
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3. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
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contribuição. Atualmente as aposentadorias por tempo de contribuição se dão com
observância aos termos desse tópico, vez que os segurados que se filiaram ao regime
após a EC nº 20/98 deverão ter 30 anos de tempo de contribuição, se mulheres, ou 35
anos de contribuição, se homens.
4.3. Segurados que se filiaram ao RGPS após a entrada em vigor da EC. n.º 20/98
Para esses segurados as regras encontram-se estabilizadas. Inexiste para eles
a figura da aposentadoria proporcional.
Não há idade mínima para a obtenção da aposentadoria por tempo de
contribuição e, nos termos do artigo 56 do Decreto n.º 3.048/99 o segurado deverá
possuir 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos de contribuição se mulher.
Contudo, em se tratando de professor que comprove, exclusivamente, tempo
de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino
fundamental ou no ensino médio, o período de contribuição acima mencionado será
reduzido em 5 anos.
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Cabe destacar que esses requisitos também serão aplicados para aqueles que,
mesmo enquadrados na situação anterior, preferirem fazem uso das novas regras. O
período de carência é de 180 contribuições mensais, posto que, apesar da exigência
tempo de contribuição (25, 30 ou 35 anos, conforme já visto) a regra vigente permite o
computo de atividades prestadas em períodos anteriores à atual filiação, como nos
casos de averbação do tempo anterior à perda da qualidade de segurado, de
contagem recíproca de tempo de contribuição cumprido noutros regimes, e outras
aberturas legais que permitem incluir períodos em que não houve efetiva contribuição
ao sistema, como nas hipóteses de fruição de benefícios de prestação continuada,
substitutivos do salário de contribuição.
5.1. Requisitos
O primeiro requisito a ser observado é o temporal, pelo qual o segurado deve
ter trabalhado 15, 20 ou 25 anos em atividades consideradas prejudiciais à saúde ou à
integridade física, conforme regrado no anexo IV do Decreto n.º 3.048/99.
A segunda era por meio do enquadramento por nocivo, isto é,
independentemente da atividade ou profissão exercida, o caráter especial do trabalho
decorria da exposição aos agentes considerados nocivos.
Entretanto, com o advento da Lei n.º 9.032/95, passou a exigir-se que o
segurado comprovasse a efetiva exposição aos agentes agressivos, bem como que tal
exposição fosse habitual e permanente. Considera-se trabalho permanente, aquele
que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja
indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço (art. 65 do Decreto n.º
3.048/99).
Contudo, o segurado que tiver exercido sucessivamente duas ou mais
atividades em condições prejudiciais à saúde ou integridade física, sem completar em
qualquer delas o prazo mínimo para aposentadoria especial, poderá somar os
referidos períodos.
O período de carência é de 180 contribuições mensais, salvo se a inscrição à
Previdência Social se deu antes de 24/07/91, quando se observará a tabele do artigo
142 da Lei 8.213/91.
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não se desligar do emprego, o termo inicial do benefício corresponderá à data de seu
requerimento.
CAPÍTULO 5
CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
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A Constituição Federal prevê imperativamente para a Seguridade Social um
orçamento próprio, nos termos do artigo 165, §5º, inciso III. Assim, a Lei Orçamentária
Anual compreenderá “o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público”. A finalidade principal
do financiamento da Seguridade Social é a transformação dos recursos arrecadados
em prestações consistentes em benefícios e serviços à sociedade, com base nos
objetivos e nos princípios constitucionais no que se aplicarem à Seguridade (v. art. 3º
da Constituição).
CAPÍTULO 6
OUTROS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
a) Auxílio-doença:
Trata-se do benefício concedido ao segurando que necessita se afastar do
trabalho por mais de 15 dias. Se a pessoa trabalha com carteira assinada, os 15
primeiros dias são pagos pela empresa, e os demais (caso haja) ficam por conta da
Previdência Social. Em caso de o contribuinte ser individual, como profissionais
liberais e autônomos, a Previdência Social paga todo o período. Existe a necessidade
de pelo menos 12 meses, somados, de contribuição.
b) Auxílio-doença acidentário:
É quando a doença ou acidente ocorre em decorrência do trabalho. O processo
é igual ao do auxílio-doença, no entanto, nesses casos, os segurado tem o direito de
acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) durante o período de
afastamento e ainda conta com estabilidade de um ano após retornar ao trabalho.
c) Auxílio-acidente:
É destinado ao segurado que sofre um acidente que o deixa com sequelas
que reduzem sua capacidade de trabalho, mas que ainda podem desempenhar
alguma atividade. É concedido a pessoas que recebiam o auxílio-doença e o valor
corresponde a 50% do salário recebido. O auxílio-acidente é mesmo quando o
segurado volta ao trabalho, no entanto, é quitado quando ele se aposenta.
e) Salário-maternidade:
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A Previdência Social garante o salário-maternidade a trabalhadoras afastadas
em função de parto ou adoção de criança. O período assegurado é de 120 dias e pode
começar 28 dias antes do parto, desde que haja comprovação médica da
necessidade. Em caso de abortos espontâneos, por estupro ou risco de vida, o
benefício é concedido por duas semanas. Já para adoção, o período varia: 120 dias
para crianças menores de um ano, 60 dias para filhos entre um e quatro anos, e 30
dias para crianças entre quatro e oito anos.
f) Auxílio-reclusão:
É garantido aos dependentes do preso que comprovarem sua condição de
segurado. Caso o preso trabalhe na prisão (facultativo), os dependentes não perdem o
benefício. Já a renda advinda da função desempenhada também é destinada à família
do detento. O auxílio-reclusão é válido durante o período de reclusão, seja ela em
regime fechado ou semiaberto.
CAPÍTULO 7
BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS (LOAS)
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1. QUEM TEM DIREITO AO BENEFÍCIO ASSITENCIAL
Tem direito ao benefício os idosos com idade acima de 65 anos que vivenciam
estado de pobreza/necessidade (o antigo conceito de estado de miserabilidade), ou
pessoas com deficiência que estão impossibilitadas de participar e se inserir em
paridade de condições com o restante da sociedade, e que também vivenciam estado
de pobreza ou necessidade. Destaca-se que para obtenção do benefício não é preciso
que o requerente tenha contribuído para o INSS, bastando que este preencha os
requisitos que serão apresentados abaixo. Portanto, contribuições previdenciárias não
são um requisito.
1) Para o idoso:
- Ter mais de 65 anos de idade;
- Vivenciar estado de pobreza/necessidade.
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continuada. Permitiu, contudo, ao Juiz, no caso concreto, afastá-lo, para assentar a
referida vulnerabilidade com base em outros elementos“.
3. CONCEITOS RELACIONADOS
- Revisão e Cessação: O Benefício Assistencial deve ser revisto a cada dois anos,
para verificar se o beneficiário ainda reúne as condições de concessão do benefício,
cessando imediatamente no momento em que superadas as condições ou com a
morte do beneficiário.
CAPÍTULO 8
CRIMES CONTRA A SEGURIDEDADE SOCIAL
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- Sonegação de contribuição (art. 337-A)
- Divulgação de informações sigilosas ou reservadas (art. 153, § 1º, CP)
- Falsificação de documento público (art. 297)
- Violação de sigilo funcional (art. 325, §§ 1º e 2º, CP)
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7. Violação de Sigilo Funcional: Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime
mais grave.
QUESTÕES
b) 50%
c) 20%
d) 10%
e) 30%.
b) semestrais remuneradas com, pelo menos, dois terços a mais do que o salário
normal.
c) anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.
d) anuais remuneradas com, pelo menos, metade a mais do que o salário normal.
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b) não está correta, pois o salário é impenhorável, salvo previsão em convenção ou
acordo coletivo.
a) três e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 50% superior à hora normal.
b) duas e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 25% superior à hora normal.
c) três e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 25% superior à hora normal.
d) duas e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 50% superior à hora normal.
e) seis e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 50% superior à hora normal.
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c) No curso da relação de emprego, a renunciabilidade de direitos
é a regra e a indisponibilidade constitui um caráter excepcional.
a) Pode ser instituído mediante acordo, verbal ou por escrito, entre empresas e
empregado, facultando-se a participação de sindicatos representantes das
categorias.
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a) intervalo intrajornada mínimo de uma hora foi respeitado, daí porque não há horas
extras a pagar.
b) o empregado terá direito ao pagamento de uma hora extra diária pela concessão
inadequada da pausa alimentar.
b) A diária terá natureza indenizatória porque visa ressarcir gastos realizados pelo
empregado.
c) Somente o que ultrapassar 50% do salário terá natureza salarial, logo, 20%, na
hipótese.
d) A lei determina que metade da diária paga tenha natureza salarial e metade,
indenizatória.
12. Pedro é empregado rural na Fazenda Granja Nova. Sua jornada é de segunda
a sexta-feira, das 21 às 5h, com intervalo de uma hora para
refeição. Considerando o caso retratado, assinale a afirmativa correta.
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b) A hora noturna rural é reduzida, sendo de 52 minutos e 30 segundos.
d) Não há previsão de redução de hora noturna nem de adicional noturno para o rural.
13. Uma empresa contrata plano de saúde para os seus empregados, sem custo
para os mesmos, com direito de internação em quarto particular.
Posteriormente, estando em dificuldade financeira, resolve alterar as condições
do plano para uso de enfermaria coletiva, em substituição ao quarto particular.
Após a alteração, um empregado é contratado, passa mal e exige da empresa
sua internação em quarto particular. Diante dessa situação, assinale a afirmativa
correta.
a O empregado está correto, pois não pode haver alteração contratual que traga
) malefício ao trabalhador, como foi o caso.
b O empregado está errado, pois sua contratação já ocorreu na vigência das novas
) condições, retirando o direito ao quarto particular.
b
A alteração é válida, pois a nova data pretendida encontra‐se no limite legal.
)
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contrato de trabalho.
a
O contrato de Pedro será interrompido.
)
b
O contrato de Pedro será suspenso.
)
17. Lúcio é enfermeiro num hospital e, após cumprir seu expediente normal
de 8 horas de serviço, tratando dos pacientes enfermos, recebe solicitação
para prosseguir no trabalho, realizando hora extra. Lúcio se nega,
afirmando que a prorrogação não foi autorizada pelo órgão competente do
Ministério do Trabalho e do Emprego. Diante desse impasse e de acordo
com a CLT, marque a afirmativa correta.
c) Lúcio está errado, pois a legislação em vigor não exige que eventual
realização de hora extra seja antecedida de qualquer autorização de
órgão governamental.
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d Lúcio está correto, pois, tratando-se de atividade insalubre, a prorrogação
) de jornada precisa ser previamente autorizada pela autoridade
competente.
d) A CTPS, na ausência de prazo legal, deve ser anotada em 5 dias com o valor
da média das gorjetas.
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20. Os garçons e empregados do restaurante Come Bem Ltda. recebem
as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que não
há a cobrança obrigatória na nota de serviço. Diante da hipótese
apresentada, assinale a afirmativa correta.
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