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Sumário
1. Introdução ............................................................................................. 2
2. Remuneração e salário ............................................................................. 3
2.1. Terminologias .................................................................................... 4
2.1.1. Salário ......................................................................................... 5
2.1.2. Remuneração ............................................................................... 5
2.1.3. Denominações impróprias do salário ................................................ 7
2.1.4. Denominações próprias do salário ................................................... 9
2.1.5. Características do salário ............................................................. 14
2.2. Parcelas salariais .............................................................................. 15
2.2.1. Salário básico ............................................................................. 16
2.2.2. Adicionais................................................................................... 17
2.2.3. Gratificações............................................................................... 29
2.2.4. Outras parcelas salariais .............................................................. 34
2.2.4.1. Salário in natura .................................................... 46
2.3. Parcelas não salariais ........................................................................ 54
2.4. Parâmetros de pagamento salarial ...................................................... 66
2.4.1. Formas de pagamento de salário ................................................... 66
2.4.2. Local e tempo de pagamento salarial ............................................. 70
2.4.2. Divisor do salário ........................................................................ 73
3. Sistema de garantias salariais ................................................................. 77
3.1. Proteções do salário ......................................................................... 77
3.1.1. Valor mínimo do salário ............................................................... 80
3.1.2. Descontos salariais ...................................................................... 86
3.1.3. Meios de pagamento do salário ..................................................... 88
3.2. Equiparação salarial .......................................................................... 88
3.2.1. Requisitos da equiparação ............................................................ 89
3.2.2. Outros aspectos relevantes da equiparação ................................... 102
4. Questões comentadas ........................................................................... 112
5. Lista das questões comentadas .............................................................. 188
6. Gabaritos ............................................................................................ 217
7. Conclusão ........................................................................................... 218
8. Lista de legislação, Súmulas e OJ do TST relacionados ao tema .................. 219
1. Introdução
Oi amigos (as),
Vamos ao trabalho!
2. Remuneração e salário
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
2.1. Terminologias
1
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2012, p. 341.
2.1.1. Salário
2.1.2. Remuneração
Lei 8.036/90, art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores
ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração
as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT (...).
Salário-Família
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Deste modo, esta verba não se confunde com o salário conforme definido
no âmbito do direito do trabalho.
Salário-Maternidade
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
2 Lei 8.213/91, art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao
doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados (...)
3 Lei 8.213/91, art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120
(cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência
deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim
entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês,
destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob
a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
(...)
5 Lei 8.213/91, at. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma
especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado
com base no salário-de-benefício.
6
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 721.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Salário profissional
O salário normativo, por sua vez, é o valor mais baixo que se pode pagar ao
empregado da categoria profissional. A rigor, ele seria definido por meio de
sentença normativa.
Salário base (ou básico) é o valor fixo pago ao empregado, e que não
inclui outras rubricas porventura existentes (adicionais, gratificações, etc.).
Salário condição
SUM-80 INSALUBRIDADE
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores
aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do
respectivo adicional.
Salário complessivo
7
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 723.
---------------
b) Já, se você for um empregado que recebe por dia (diarista) E for um
empregado regido pela CLT8: o valor do RSR não está incluído na
remuneração do empregado, devendo ser pago separadamente, de forma
discriminada.
8
Notem que há diversos trabalhadores diaristas, mas que não possuem um vínculo empregatício
(diferença entre trabalho e relação de emprego). Estes não recebem o repouso semanal remunerado.
---------------
Denominações do salário
Características do salário
O salário e a fonte de subsistência do trabalhador, do qual ele
Caráter alimentar depende para prover o próprio sustento (e o de sua família), e por
este motivo recebe proteções legais que o tornam impenhorável e
irredutível.
O salário do empregado não depende do resultado da atividade
empresarial, ou seja, o salário é definido de forma prévia. Mesmo
Caráter forfetário
que o empreendimento do empregador resulte em prejuízo, o salário
deve ser pago, pois o risco do negócio é do empregador.
O salário pode ser composto de salário base e outras parcelas
Natureza
(adicionais, prêmios, gratificações, etc.), constituindo um complexo
composta
salarial.
Por esta característica não se admite a renúncia ou transação de
Indisponibilidade
verbas salariais que sejam prejudiciais ao obreiro.
Como o salário é contraprestação a cargo do empregador, diz-se que
Periodicidade o salário é de trato sucessivo, devendo ser pago na periodicidade
acordada (mensalmente, quinzenalmente, etc.).
Em regra o salário é pago após o empregado ter prestado os serviços
do período correspondente (exemplo: o empregado labora durante o
mês e recebe o respectivo pagamento até o 5º dia útil do mês
Pós-numeração
subsequente). Existem exceções, como os abonos (adiantamentos
salariais) e as utilidades (alimentação, moradia, etc.) que são
recebidas antes de se findar o período correspondente.
“(...) o salário fixa-se, usualmente, mediante o exercício da vontade
unilateral ou bilateral das partes contratantes, mas sob o concurso
Tendência à interventivo de certa vontade externa, manifestada por regra
determinação jurídica. Esta vontade externa pode originar-se de norma
heterônoma heterônoma estatal, como verificado com o salário mínimo, ou em
contextos de regulação de escalas móveis de salário fixadas por lei9
(...)”.
9
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 734.
10
Idem, p. 724.
Não há exigência de que haja salário base fixo, pois se admite que o
empregado seja remunerado somente à base de comissões. Neste caso, a CF/88
assegura que, mesmo não havendo valor fixo, o empregado comissionista receba,
pelo menos, o salário mínimo:
11
. Idem, p. 719.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
2.2.2. Adicionais
12
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit, p. 367-368.
Para que os adicionais sejam integrados ao salário, devem ser pagos com
habitualidade (esta observação vale para as demais parcelas salariais).
Adicional de insalubridade
CLT, art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites
de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento)
e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo.
SÚMULA VINCULANTE Nº 4
Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Com isso, a Súmula 228 do TST, que previa o salário básico como base de
cálculo, está com sua eficácia suspensa:
Portanto, é importante conhecer todo este cenário, mas deixando claro que,
ante a ausência de definição de base de cálculo, o adicional de insalubridade tem
sido pago, em muitos casos, com base no salário mínimo.
13
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Orientações Jurisprudenciais da SBDI 1 e 2 do TST. 3 ed.
São Paulo: Atlas, 2012, p. 46.
Adicional de periculosidade
-------
Adicional de transferência
Adicional noturno
A CF/88 não definiu o percentual mínimo desta adicional, mas garantiu que
o labor prestado no período noturno deve ter remuneração superior ao labor
prestado no período diurno:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
14
Lei que institui a Gratificação de Natal para os Trabalhadores.
15
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número
não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato
coletivo de trabalho.
16
CLT, art. 73, § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo [Do Trabalho
Noturno].
2.2.3. Gratificações
17
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 769.
Assim, temos gratificações que são pagas por ato unilateral do empregador
e, também, gratificações previstas em negociação coletiva de trabalho (e até
mesmo em sentença normativa).
SÚMULA Nº 207
As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamente
convencionadas, integrando o salário.
Para evitar que o empregado assuma estes prejuízos (quebra do caixa) sem
qualquer contrapartida, é comum encontrar previsão na negociação coletiva de
percepção da gratificação de quebra de caixa para os exercentes desta
função.
Gratificação de função
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade,
durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1
(um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses
de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos
últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Gratificação semestral
19
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 282.
20
CLT, art. 457, § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
21
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,
2011, p. 475.
13º salário
Lei 4.090/62, art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será
paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da
remuneração a que fizer jus.
Este é um dos motivos pelos quais o 13º foi apartado do estudo das
gratificações: enquanto estas podem ser pagas por liberalidade do empregador, o
13º possui previsão legal, ou seja, é de pagamento compulsório.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
SUM-157 GRATIFICAÇÃO
A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é devida na resilição
contratual de iniciativa do empregado [pedido de demissão].
Lei 4.749/65, art. 1º - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13
de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada
ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado
houver recebido na forma do artigo seguinte.
22
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 99.
Abono
Em casos específicos pode a lei retirar do abono sua natureza salarial, como
foi o caso do seguinte abono, instituído em 1991, citado pelo Ministro Godinho 23:
Lei 8.276/91, art. 1º, § 5° O abono referido neste artigo, assim como a parcela
do décimo terceiro salário dele decorrente, não serão incorporados aos salários a
qualquer título (...).
23
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 759.
24
MASCARO, Amauri Mascaro. Op cit., p. 373.
25
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 778.
SÚMULA Nº 209
O salário-produção, como outras modalidades de salário-prêmio, é devido, desde
que verificada a condição a que estiver subordinado, e não pode ser suprimido
unilateralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade.
26
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 778.
27
MASCARO, Amauri Mascaro. Op cit., p. 373-374.
Comissões
28 CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [da Jornada de Trabalho]:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho,
devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados.
SUM-27 COMISSIONISTA
É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado
comissionista, ainda que pracista.
29
MARTINS, Sérgio Pinto. Op. cit., p. 25.
30
SÚMULA Nº 201
O vendedor pracista, remunerado mediante comissão, não tem direito ao repouso semanal remunerado.
O item I da Súmula 437, inicialmente, faz menção à Lei 8.923/94. Esta lei
acrescentou o § 4º ao art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
prescrevendo sanção a ser aplicada em caso de descumprimento do disposto no
caput do referido artigo.
CLT, art. 71, § 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo31, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o
31
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo
acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
Sobre este item II (já tratado na aula sobre jornada) é importante destacar
que as normas que regulamentam limitação de jornada e descansos são
imperativas. Neste contexto, trago o seguinte trecho da lição de Mauricio Godinho
Delgado32:
32
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 894.
III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT,
com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994,
quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo
intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo
de outras parcelas salariais.
Nos casos em que seja desrespeitado o intervalo mínimo exigido por lei
caberá o pagamento da totalidade do período, como vimos acima.
CLT, art. 71, § 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o
período correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento
sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Assim, temos:
Não há obrigatoriedade de
Igual ou inferior a 04 horas
concessão de intervalo intrajornada
A Lei 6.321/76, que dispõe sobre dedução fiscal de despesas incorridas pela
empresa no âmbito do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) retirou
tais parcelas do cômputo do salário de contribuição33, e nesta esteira o TST
conferiu natureza não salarial a tal utilidade (ajuda alimentação):
33
Lei 6.321/76, art. 3º Não se inclui como salário de contribuição a parcela paga in natura, pela empresa,
nos programas de alimentação [PAT] aprovados pelo Ministério do Trabalho.
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
VI – previdência privada;
VII – (vetado)
34
Inciso inserido em dezembro de 2012, pela Lei 12.761/12, sobre a qual falaremos mais adiante.
Sobre o inciso III é relevante mencionar que a Lei 7.418/85, que instituiu o
vale-transporte, retirou deste a natureza salarial:
35
RESENDE, Ricardo. Op. cit. p. 497-498.
CLT, art. 82, parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será
inferior a 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região, zona ou
subzona36.
CLT, art. 458, § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser
justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das
parcelas componentes do salário-mínimo.
36
Atualmente, conforme previsto pela CF/88, o salário mínimo é nacionalmente unificado.
b) até o limite de 25% (vinte por cento) pelo fornecimento de alimentação sadia
e farta, atendidos os preços vigentes na região;
Resumindo as diferenças:
Limite do valor da
25% 20%
habitação
Limite do valor da
20% 25%
alimentação
Base de cálculo do
Salário contratual Salário mínimo
percentual máximo
Ajuda de custo
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como
as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário
percebido pelo empregado.
37
Neste sentido, CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2012, p. 361.
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como
as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário
percebido pelo empregado.
Caso o valor das diárias recebidas pelo empregado supere 50% do salário,
todo o montante será considerado salário (com as consequentes repercussões em
adicionais, FGTS, etc.).
Esta regra existe para coibir fraudes, como o pagamento de valores altos a
título de “diárias” para justamente excluir esta quantia das bases de cálculo de
outras verbas trabalhistas.
A Súmula 318, por sua vez, reforça que as diárias assumirão caráter salarial
quando superarem 50% do valor do salário recebido pelo empregado:
----------------------
“Há figuras que não têm originalmente natureza salarial, mas que, em
virtude de uma conformação ou utilização fraudulenta no contexto da
relação empregatícia, passam a ser tratadas como salário: são
parcelas salariais dissimuladas. (...) sua utilização irregular, com
objetivos contraprestativos disfarçados, frustrando a finalidade para a
qual foram imaginadas, conduz ao reconhecimento de seu efetivo
papel no caso concreto, qual seja de suplementação, ainda que
dissimulada, da contraprestação paga ao empregado pelo
empregador. É o que ocorre quer com as ajudas de custo, quer com
as diárias para viagem, quando irregularmente concedidas.”
38
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 726.
39
Idem, p. 727.
40
Idem, p. 726.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Esta participação foi regulada pela Lei 10.101/00, a qual reforçou que a PLR
não possui natureza salarial:
Lei 10.101/00, art. 3º A participação de que trata o art. 2º [PLR] não substitui
ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui
base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o
princípio da habitualidade.
--------------
O termo utilizado nestes casos é stock options, que são opções de compra
de ações pelos empregados (em condições mais vantajosas que as oferecidas no
mercado de ações).
Gorjetas
As gorjetas são parcelas pagas por terceiros (ou seja, não são pagas
diretamente pelo empregador). São usuais em bares, restaurantes, hotéis, etc.
(...)
41
Neste sentido, DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 730-731.
42
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 736.
Lei 8.036/90, art. 15. Para os fins previstos nesta lei [FGTS], todos os
empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em
conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT (...).
Gueltas
43
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 282.
Vale-cultura
Lei 12.761/12, art. 11. A parcela do valor do vale-cultura cujo ônus seja da
empresa beneficiária44:
(...)
Verba de representação
44
Pessoa jurídica optante pelo Programa de Cultura do Trabalhador e autorizada a distribuir o vale-
cultura a seus trabalhadores com vínculo empregatício, fazendo jus aos incentivos fiscais previsto na lei
12.761/12.
45
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 727-728.
46
Idem, p. 728.
(...)
--------------
--------------
--------------
48
Sigla que identifica os Equipamentos de Proteção Individuais.
49 CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as
seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público;
VI – previdência privada;
50
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 748.
51
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit., p. 349.
O salário por produção (ou por unidade de obra) tem como parâmetro de
cálculo a quantidade de peças (unidades) produzidas pelo empregado.
52
Idem, p. 350.
53
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 750.
Aqui vale a mesma observação feita no salário por produção: caso exista
controle de horário, mesmo havendo salário por tarefa devem-se observar as
regras quanto à limitação da jornada e descansos.
CLT, art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do
trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento
deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o
disposto no artigo anterior.
54
Se instituíssem o salário por tarefa no serviço público seria ótimo hein ;-)
55
CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 389.
CLT, art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo,
assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão
digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado,
o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
56
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 302.
CLT, art. 459, § 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá
ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Existe certa divergência, mas a posição dominante é que sim. Cite-se como
exemplo as passagens de Mauricio Godinho Delgado57
e de Valentim Carrion59
Este tópico não costuma ser exigido em provas, mas achei prudente
comentá-lo nesta aula.
O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a
repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.
59
CARRION, Valentim, Op. cit., p. 377.
CLT, art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas
bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias
úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de
trabalho por semana.
Considerando o sábado como “dia útil não trabalhado”, ele não entrará no
cálculo do divisor. Neste caso o divisor será 180 (item II, a), ou 220 (item II, b).
Para quem sente muita dificuldade com números, não há motivo para
desespero: não encontrei nenhuma questão anterior exigindo cálculos
trabalhistas. O mais importante é lembrar-se da literalidade das Súmulas.
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.
CLT, art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Falaremos neste trecho da aula sobre algumas regras que devem ser
respeitadas com relação ao salário.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Salário condição
(...)
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma
a afetar sensivelmente a importância dos salários.
Para finalizar este item, segue citação da obra do Ministro Godinho 61 que
sintetiza a irredutibilidade salarial pretendida pela legislação:
61
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 792.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Súmula Vinculante nº 6
62
CF/88, art. 102, § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
(...)
Salarial profissional
Salário convencional
Salário normativo
CLT, art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários
do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de
lei ou de contrato coletivo.
CLT, art. 462, § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será
lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo
do empregado.
Acerca da coação ou outro defeito que vicie o ato jurídico (da autorização
do empregado e consequente desconto salarial) o TST editou OJ que exige a
demonstração do vício:
63
CARRION, Valentim, Op. cit., p. 386.
CLT, art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente
do País.
CLT, art. 462, § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de
mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes
prestações "in natura" exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que
os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.
CLT, art. 82, parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será
inferior a 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região, zona ou
subzona64.
64
Atualmente, conforme previsto pela CF/88, o salário mínimo é nacionalmente unificado.
65
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 831.
66
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit, p. 376.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
CLT, art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado
ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito
com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
67
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 314.
Identidade de função
Identidade de empregador
Para que se possa falar em equiparação salarial a lei exige que o serviço
seja prestado ao mesmo empregador.
Identidade de localidade
(...)
CLT, art. 461, § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o
que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica (...).
69
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 833.
70
Neste sentido, CARRION, Valentim, Op. cit., p. 379.
71
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 836.
72
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 319.
CLT, art. 461, § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o
que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre
pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
73
A citada lei regula diversos aspectos, entre eles o piso salarial da categoria.
(...)
(...)
74
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 834.
75
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 321.
76
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 11.
Caso haja quadro de carreira que não respeite esta diretriz legal de critérios
de antiguidade e merecimento para a promoção, ele não inviabilizará a pretensão
equiparatória.
77 CLT, art. 358 - Nenhuma empresa, ainda que não sujeita à proporcionalidade, poderá pagar a brasileiro
que exerça função análoga, a juízo do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, à que é exercida por
estrangeiro a seu serviço, salário inferior ao deste, excetuando-se os casos seguintes:
(...)
Mesmo que isto ocorra não há que se falar em equiparação salarial, e sim
em reclamação de preterição, enquadramento ou reclassificação (dentro do
quadro de carreira):
------------------
(...)
Readaptação funcional
Equiparação em cadeia
(...)
Colocamos tachada a antiga redação do item VI, que teve sua redação
alterada em junho de 2015.
Então, por exemplo, a diferença de tempo na função não superior a dois anos
deve ser calculada do empregado C em relação à B (e não ao empregado A).
(...)
Cessão de empregados
(...)
80 CF/88, art. 37, XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
(...)
Substituição de empregados
O item II da súmula, por sua vez, não trata nem de substituição interina e
muito menos de meramente eventual: seria o caso da substituição permanente.
Neste caso, como asseverado, o novo ocupante do cargo não tem direito a
salário igual ao do antecessor.
4. Questões comentadas
As alternativas (B) e (C) estão incorretas, tendo em vista os arts. 117 e 120
da CLT:
(B) não se incluem no salário as ajudas de custo e as diárias para viagem, seja
qual for o seu valor.
(C) o pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade de trabalho, não
deve ser estipulado por período superior a um mês, incluindo as comissões e
percentagens.
(D) serão consideradas como salário as utilidades concedidas pelo empregador
com assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou
mediante seguro saúde.
(E) na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância
ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na
mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para
serviço semelhante.
A alternativa (B) está incorreta, pois as diárias sem natureza salarial estão
limitadas a 50% do salário percebido (CLT, art. 457, § 2º).
A alternativa (D), por fim, também está incorreta, pois tais utilidades não são
consideradas salário (CLT, art. 458, § 2º, IV).
5. (FCC_TRT23_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2016) Sobre a
gratificação de Natal,
(A) deve ser paga em duas parcelas, a primeira juntamente com as férias do
empregado e a segunda até o dia 20 de dezembro.
(B) pode ser paga em uma única parcela, desde que o trabalhador assim o
requeira e o pagamento seja realizado até o dia 20 de dezembro.
(C) a primeira parcela deve ser paga entre os meses de fevereiro e novembro, a
critério do empregador, salvo se o empregado, até o mês de janeiro, solicitar que
esta parcela coincida com suas férias.
(D) sendo solicitado pelo trabalhador até o mês de janeiro, a segunda parcela
deve ser paga juntamente com a remuneração das férias, desde que estas já
tenham sido programadas.
(E) o empregador pode definir a época da primeira parcela, desde que entre os
meses de fevereiro e novembro, devendo o pagamento ser feito a todos os
empregados na mesma data.
Gabarito (C), de acordo com a Lei que dispõe sobre o pagamento do décimo
terceiro:
6. (FCC_TRT23_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2016) Vanildo,
vendedor da empresa Comércio Pantaneiro Ltda., recebe mensalmente, além do
salário fixo, comissões e verba denominada "prêmio por km rodado". Tem sua
jornada de trabalho controlada pelo empregador e faz uma média de vinte horas
extras por mês. Considerando tal situação, considere:
I. A verba denominada "prêmio por km rodado" possui natureza jurídica de
comissão, porquanto proporcionalmente vinculada à produção laboral do
trabalhador e, consequentemente, deve ser considerada na remuneração do
mesmo para todos os efeitos legais.
II. Por estar sujeito a controle de horário, Vanildo tem direito ao adicional de, no
mínimo, 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões, nelas incluídas o "prêmio por km rodado" recebido no mês,
considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.
III. No cálculo das horas extras de Vanildo devem ser considerados apenas a
parte fixa do salário e as comissões, não se incluindo o "prêmio por km rodado"
tendo em vista que seu pagamento é condicional, podendo sofrer grandes
variações a cada mês.
IV. Como Vanildo recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra
variável (comissões e "prêmio por km rodado"), tem direito a horas extras, sendo
que em relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional
de horas extras e em relação à parte variável, é devido somente o adicional de
horas extras.
V. Como Vanildo recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra
variável (comissões e "prêmio por km rodado"), tem direito a horas extras, sendo
que em relação à parte fixa é devido somente o adicional de horas extras, e em
relação à parte variável, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de
horas extras.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) II, III e V.
(C) I, III e V.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
A assertiva III está incorreta, pois nos termos do art. 457, § 1º, da CLT, o
"prêmio por km rodado" integra a remuneração para todos os efeitos, inclusive
para cálculo da hora extra.
7. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2015) Xisto,
Justo e Tiago prestam serviços para a Empresa X Ltda., sendo o primeiro
empregado mensalista, o segundo diarista e o terceiro empregado quinzenalista.
O descanso semanal remunerado já está incluído, sem que haja acréscimo na
remuneração do seu repouso semanal para
(A) Xisto, apenas.
(B) Xisto, Justo e Tiago.
(C) Justo e Tiago, apenas.
(D) Xisto e Tiago, apenas.
(E) Tiago, apenas.
Gabarito (D)
8. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2015) No
tocante ao salário e remuneração, é INCORRETO, afirmar:
(A) Não é considerado salário-utilidade o vestuário e os equipamentos fornecidos
ao empregado e utilizado no local de trabalho para a prestação do serviço.
(B) As comissões, percentagens, gratificações ajustadas e diárias para viagem
que excedam 50% do salário integram a remuneração do empregado.
(C) Em caso de dano causado pelo empregado por culpa, o desconto salarial será
lícito independentemente da anuência do empregado.
(D) Quando o pagamento for estipulado por mês, este deverá ser efetuado até o
5o dia útil subsequente ao vencido.
(E) O pagamento de salário efetuado em moeda estrangeira, mesmo que
acordado entre as partes, é considerado como não feito.
9. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2015) Sobre o
salário mínimo, considere:
I. O salário mínimo, fixado em lei, é nacionalmente unificado, e deve ser capaz de
atender às necessidades vitais básicas o trabalhador e de sua família
exclusivamente com moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário,
transporte e previdência social, com efetivação de dignidade humana.
II. A proibição de vinculação do salário mínimo para qualquer fim não impede a
sua utilização como índice de correção de contratos.
III. O piso salarial é fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou em
sentença normativa, constituindo um valor mínimo de salário que pode ser pago
a trabalhador integrante de categoria profissional.
IV. Visando a manutenção do seu poder aquisitivo, o salário mínimo deve ter
reajustes periódicos.
V. Salário profissional, fixado por norma coletiva, corresponde ao valor mínimo de
salário que pode ser pago aos integrantes de determinada categoria profissional
diferenciada, em razão das peculiaridades do trabalho que executam e das
condições de vida singulares a que estão submetidos.
(C) III, IV e V.
(D) IV.
(E) V.
10. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2015)
Considerando as regras legais sobre remuneração e sobre 13º salário, é correto
afirmar:
81
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,
2011, p. 522.
82
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. Editora Impetus, 4ª edição, p. 857.
CF/88, art. 7º, VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração
integral ou no valor da aposentadoria;
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim
como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por
cento) do salário percebido pelo empregado.
Por fim, a letra E também está incorreta, já que, no caso de demissão por
justa causa, o empregado não tem direito ao 13º proporcional. Portanto, poderá
ser descontado da rescisão do empregado o adiantamento do 13º salário
recebido.
(A) I e V.
(B) II e III.
(C) I e III.
(D) II e IV.
(E) IV e V.
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo
empregador: (..)
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em
percurso servido ou não por transporte público;
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo
empregador: (..)
Gabarito (B)
(E) diárias para viagem que não excedam de 50% do salário percebido pelo
empregado e não se sujeitam à prestação de contas.
83 Lei 8.213/91, art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao
doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados (...)
pela Lei 10.101/00, que reforçou que a PLR não possui natureza salarial
(seguindo a disposição constitucional):
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim
como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por
cento) do salário percebido pelo empregado.
Caso o valor das diárias recebidas pelo empregado supere 50% do salário,
todo o montante será considerado salário (com as consequentes repercussões em
adicionais, FGTS etc).
84
A exemplo do parágrafo único do art. 1º da Instrução Normativa MTPS/SNT nº 8/91.
(E) as diárias para viagem somente poderiam ser consideradas salário se pagas
em valores variáveis, de acordo com as viagens efetivamente realizadas.
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim
como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por
cento) do salário percebido pelo empregado.
Caso o valor das diárias recebidas pelo empregado supere 50% do salário,
todo o montante será considerado salário (com as consequentes repercussões em
adicionais, FGTS etc).
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo
empregador: (..)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura85.
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo
empregador: (..)
VI – previdência privada;
Na letra ‘A’, tanto seguro de vida, quanto previdência privada não possuem
natureza salarial (incisos V e VI do art. 458).
A letra ‘B’ traz um trecho do inciso I do art. 458, o qual prevê que:
Por fim, as letras ‘C’ e ‘D’ abordam os casos trazidos nos incisos II e V do
art. 458.
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo
empregador:
(..)
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e
retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
utilidade não salarial utilidade não salarial utilidade não salarial utilidade não salarial
Gabarito (D), que é praticamente a transcrição do art. 458, § 2o, II, da CLT.
Vejam:
A letra ‘A’ está incorreta, por causa da palavra “apenas”, já que também é
considerada como gorjeta a importância dada espontaneamente pelo cliente ao
empregado, conforme o seguinte dispositivo:
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim
como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por
cento) do salário percebido pelo empregado.
Gabarito (C), que é a parcela não salarial conforme art. 457, §2º, da CLT:
Gabarito (A), pois somente o item III está de acordo com a Lei 4.090/1962
(que institui a gratificação natalina) e com a Lei 4.749 (sobre o pagamento da
gratificação).
A letra ‘A’ está incorreta com o conceito de semana trazido no decreto, que
vai até o domingo anterior ao RSR, e não só até o sábado:
A letra ‘B’ está incorreta, pois as ausências decorrentes de férias não devem
prejudicar o direito ao RSR, já que férias são consideradas interrupção contratual:
Lei 605/1949, art. 7º, ‘a’ - para os que trabalham por dia, semana,
quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas
extraordinárias habitualmente prestadas; (Redação dada pela Lei nº 7.415,
de 09.12.85)
Decreto 27.048/1949, art. 12, §1º, ‘a’ - para os contratados por semana,
dia ou hora à de um dia normal de trabalho não computadas as horas
extraordinárias; (..)
SUM-354
SUM-225
As gorjetas, cobradas pelo
As gratificações por tempo de serviço e
empregador na nota de serviço
produtividade, pagas mensalmente, não
ou oferecidas espontaneamente
repercutem no cálculo do repouso semanal
pelos clientes, integram a
remunerado.
remuneração do empregado,
não servindo de base de
cálculo para as parcelas de
aviso-prévio, adicional noturno,
horas extras e repouso
semanal remunerado.
CLT, art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários.
Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de
18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao
empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.
CLT, art. 459, § 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá
ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
CLT, art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente
do País.
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como
as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário
percebido pelo empregado.
(E) aluguel de casa utilizada pelo empregado como vantagem pela prestação dos
serviços.
Gabarito (E).
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas
como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
VI – previdência privada;
VII – (vetado)
------------
86
Inciso inserido em dezembro de 2012, pela Lei 12.761/12.
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como
as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário
percebido pelo empregado.
CLT, art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários
do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de
lei ou de contrato coletivo.
Lei 4.749/65, art. 1º - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13
de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada
ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado
houver recebido na forma do artigo seguinte.
(...)
Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins
previstos no § 1º do art. 1º desta Lei.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Deste modo, não cabe redução do salário (ou supressão de outros direitos)
dos empregados sob a justificativa de que o empreendimento está em
dificuldades financeiras.
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como
as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário
percebido pelo empregado.
Gabarito (E).
Lei 4.749/65, art. 1º - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de
13 de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de
cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado
houver recebido na forma do artigo seguinte.
Por fim, a alternativa (C) também está incorreta porque o 13º é direito
assegurado ao avulso pela CF/88, que prevê igualdade de direitos entre avulsos e
trabalhadores com vínculo de emprego:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
Gabarito (B).
seguro de Assistência
vale-cultura
acidentes pessoais odontológica
Além disso, a letra ‘D’ está incorreta, pois mesmo após extintos os
contratos de trabalho, são devidas as comissões e percentagens de transações
ainda não liquidadas quando do rompimento do vínculo. Vejam:
Súmula nº 50 do TST
A gratificação natalina, instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é
devida pela empresa cessionária ao servidor público cedido enquanto durar
a cessão.
A letra ‘B’ está errada, pois estas são parcelas sem natureza salarial (CLT,
art. 458, §2º).
Por fim, a letra ‘E’ está errada com o que dispõe a Súmula 429 do TST, que
prevê que o tempo de deslocamento entre a portaria e o local de trabalho é
considerado como sendo à disposição do trabalhador e, portanto, deve ser
computado na jornada.
CLT, art. 458, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão
consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
VI – previdência privada;
VII – (vetado)
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado,
o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
O gabarito é (E).
O gabarito é (B).
Gabarito (C), pois as utilizadas são fornecidas para o trabalho, e não pelo
trabalho.
O gabarito é (B).
Gabarito (A).
SUM-157 GRATIFICAÇÃO
A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é devida na
resilição contratual de iniciativa do empregado [pedido de demissão].
(A) 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões recebidas na semana, considerando-se como divisor o número de
horas efetivamente trabalhadas dividido por quatro.
(B) 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões recebidas na semana, considerando-se como divisor a média do
número de horas efetivamente trabalhadas.
(C) 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões recebidas no mês, considerando- se como divisor o número de horas
efetivamente trabalhadas.
(D) 60% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões recebidas na semana, considerando-se como divisor o número de
horas efetivamente trabalhadas dividido por quatro.
(E) 60% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões recebidas no mês, considerando- se como divisor a média do número
de horas efetivamente trabalhadas.
87 CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [da Jornada de Trabalho]:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho,
devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados.
realizar horas extras habituais, consubstanciada em uma hora extra por dia. Em
Janeiro de 2010 a empresa H suprimiu as horas extras que Gabrielle prestava
habitualmente. Neste caso, a empregada
(A) não tem direito a indenização tendo em vista que estas horas extras já estão
incorporadas na sua remuneração.
(B) tem direito a uma indenização correspondente a um mês de horas extras
suprimidas multiplicada por 3.
(C) tem direito a uma indenização correspondente a um mês de horas extras
suprimidas multiplicada por 12.
(D) tem direito a uma indenização correspondente a doze meses de horas extras
suprimidas multiplicada por 3.
(E) tem direito a uma indenização correspondente a doze meses de horas extras
suprimidas multiplicada por 4.
O gabarito é (B).
Apesar de não ser ilegal deixar de pagar o adicional após cessadas as horas
extras, o TST entende cabível, em face do princípio da estabilidade econômica
(pois o empregado recebia habitualmente estes valores), indenização:
Além disso, é preciso que tal plano de cargos e salário atenda aos requisitos
de promoção por merecimento e antiguidade, conforme destacado no seguinte
verbete:
Caso haja quadro de carreira que não respeite esta diretriz legal de critérios
de antiguidade e merecimento para a promoção, ele não inviabilizará a pretensão
equiparatória.
CLT, art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,
prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá
igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for
feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre
sua carteira de trabalho não foi retificada no tocante a função, apesar do salário
de Carla ter alterado para R$ 2.800,00. Isabelle, somente em Março de 2012
passou a exercer as funções de cabelereira, exercendo também tarefas
exatamente iguais as de Marta e Carla e com a mesma perfeição técnica, tendo
sido retificada a sua carteira de trabalho, e alterado o seu salário para R$
2.500,00.
Neste caso, no tocante a equiparação salarial, considerando que o referido salão
não possui quadro organizado em carreira,
(A) somente Isabelle possui o direito a equiparação salarial com Carla.
(B) Carla e Isabelle possuem direito a equiparação salarial com Marta.
(C) não há direito a equiparação salarial entre nenhuma das empregadas.
(D) somente Isabelle possui o direito a equiparação salarial com Marta.
(E) somente Carla possui direito a equiparação salarial com Marta.
Vênus Afrodite
Trabalhou por 9
Data da meses, mas
-
contratação ingressou apenas
1 ano após Vênus
Operadora de Operadora de
Função
telemarketing telemarketing
20% a mais que
Salário -
Afrodite
Equiparação com
Equiparação? Paradigma
Vênus
CLT, art. 457, § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim
como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por
cento) do salário percebido pelo empregado.
A letra ‘D’ exige o conhecimento sobre a Súmula 354, que exclui as gorjetas
da base de cálculo de algumas verbas devidas ao empregado:
Por fim, a letra ‘E’ está incorreta, pois, em regra, as gratificações integram
o salário. As gratificações estão previstas na CLT:
5. (FCC_TRT23_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2016) Sobre a
gratificação de Natal,
(A) deve ser paga em duas parcelas, a primeira juntamente com as férias do
empregado e a segunda até o dia 20 de dezembro.
(B) pode ser paga em uma única parcela, desde que o trabalhador assim o
requeira e o pagamento seja realizado até o dia 20 de dezembro.
(C) a primeira parcela deve ser paga entre os meses de fevereiro e novembro, a
critério do empregador, salvo se o empregado, até o mês de janeiro, solicitar que
esta parcela coincida com suas férias.
(D) sendo solicitado pelo trabalhador até o mês de janeiro, a segunda parcela
deve ser paga juntamente com a remuneração das férias, desde que estas já
tenham sido programadas.
(E) o empregador pode definir a época da primeira parcela, desde que entre os
meses de fevereiro e novembro, devendo o pagamento ser feito a todos os
empregados na mesma data.
6. (FCC_TRT23_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2016) Vanildo,
vendedor da empresa Comércio Pantaneiro Ltda., recebe mensalmente, além do
salário fixo, comissões e verba denominada "prêmio por km rodado". Tem sua
jornada de trabalho controlada pelo empregador e faz uma média de vinte horas
extras por mês. Considerando tal situação, considere:
I. A verba denominada "prêmio por km rodado" possui natureza jurídica de
comissão, porquanto proporcionalmente vinculada à produção laboral do
trabalhador e, consequentemente, deve ser considerada na remuneração do
mesmo para todos os efeitos legais.
II. Por estar sujeito a controle de horário, Vanildo tem direito ao adicional de, no
mínimo, 50% pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões, nelas incluídas o "prêmio por km rodado" recebido no mês,
considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.
III. No cálculo das horas extras de Vanildo devem ser considerados apenas a
parte fixa do salário e as comissões, não se incluindo o "prêmio por km rodado"
tendo em vista que seu pagamento é condicional, podendo sofrer grandes
variações a cada mês.
IV. Como Vanildo recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra
variável (comissões e "prêmio por km rodado"), tem direito a horas extras, sendo
que em relação à parte fixa, são devidas as horas simples acrescidas do adicional
de horas extras e em relação à parte variável, é devido somente o adicional de
horas extras.
V. Como Vanildo recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra
variável (comissões e "prêmio por km rodado"), tem direito a horas extras, sendo
que em relação à parte fixa é devido somente o adicional de horas extras, e em
relação à parte variável, são devidas as horas simples acrescidas do adicional de
horas extras.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) II, III e V.
(C) I, III e V.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
7. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2015) Xisto,
Justo e Tiago prestam serviços para a Empresa X Ltda., sendo o primeiro
empregado mensalista, o segundo diarista e o terceiro empregado quinzenalista.
O descanso semanal remunerado já está incluído, sem que haja acréscimo na
remuneração do seu repouso semanal para
(A) Xisto, apenas.
(B) Xisto, Justo e Tiago.
(C) Justo e Tiago, apenas.
(D) Xisto e Tiago, apenas.
(E) Tiago, apenas.
8. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2015) No
tocante ao salário e remuneração, é INCORRETO, afirmar:
(A) Não é considerado salário-utilidade o vestuário e os equipamentos fornecidos
ao empregado e utilizado no local de trabalho para a prestação do serviço.
(B) As comissões, percentagens, gratificações ajustadas e diárias para viagem
que excedam 50% do salário integram a remuneração do empregado.
(C) Em caso de dano causado pelo empregado por culpa, o desconto salarial será
lícito independentemente da anuência do empregado.
(D) Quando o pagamento for estipulado por mês, este deverá ser efetuado até o
5o dia útil subsequente ao vencido.
(E) O pagamento de salário efetuado em moeda estrangeira, mesmo que
acordado entre as partes, é considerado como não feito.
9. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2015) Sobre o
salário mínimo, considere:
I. O salário mínimo, fixado em lei, é nacionalmente unificado, e deve ser capaz de
atender às necessidades vitais básicas o trabalhador e de sua família
exclusivamente com moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário,
transporte e previdência social, com efetivação de dignidade humana.
II. A proibição de vinculação do salário mínimo para qualquer fim não impede a
sua utilização como índice de correção de contratos.
III. O piso salarial é fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou em
sentença normativa, constituindo um valor mínimo de salário que pode ser pago
a trabalhador integrante de categoria profissional.
IV. Visando a manutenção do seu poder aquisitivo, o salário mínimo deve ter
reajustes periódicos.
V. Salário profissional, fixado por norma coletiva, corresponde ao valor mínimo de
salário que pode ser pago aos integrantes de determinada categoria profissional
diferenciada, em razão das peculiaridades do trabalho que executam e das
condições de vida singulares a que estão submetidos.
10. (FCC_TRT9_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_2015)
Considerando as regras legais sobre remuneração e sobre 13º salário, é correto
afirmar:
(A) Sendo parte da remuneração do empregado paga em utilidades, o valor da
quantia efetivamente descontada e correspondente a essas, será computado para
fixação da gratificação natalina.
(B) Para os que recebem salário variável, o valor da parcela da gratificação
natalina paga em 20 de dezembro, descontada a antecipação, é igual à média dos
salários de novembro/ano anterior a novembro/ano referência.
(C) Empregado que recebe a título de salário R$ 1.600,00 mensais, acrescido de
R$ 950,00 como diárias para viagem, faz jus à gratificação natalina, segundo o
salário de R$ 1.600,00.
(D) As gorjetas dadas pelos clientes, devido à sua espontaneidade, não
integrando a remuneração do empregado, são irrelevantes para o pagamento da
gratificação natalina.
(E) O empregado que teve adiantado metade do 13º salário com as férias, no
mês de fevereiro, se dispensado por justa causa em 15 de maio, deverá receber
integralmente suas verbas rescisórias.
(D) II e IV.
(E) IV e V.
(C) o pagamento salarial estipulado por mês deverá ocorrer, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
(D) a prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do país,
considerando-se como não realizado se for pago em outra moeda.
(E) não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para
viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo
empregado.
de trabalho, Paulo foi chamado pelo gerente que o informou que, em razão das
dificuldades econômicas da empresa, seu salário seria reduzido para meio salário
mínimo mensal. A atitude da empresa
(A) está correta, pois a redução de salário é permitida após o empregado
completar um ano de serviço.
(B) não está correta, pois o salário é irredutível, salvo previsão em convenção ou
acordo coletivo.
(C) não está correta, pois o salário é impenhorável, salvo previsão em convenção
ou acordo coletivo.
(D) não está correta, pois a redução de salário depende de lei.
(E) está correta, pois a redução de salário é permitida, se comprovado que o
empregador está em situação econômica difícil.
(D) Porcino, técnico contábil, tem 50 anos de idade e recebe salário mensal de R$
1.900,00. Malaquias, também técnico contábil, tem 32 anos de idade, exerce
trabalho de igual valor ao de Porcino, mas recebe salário mensal de R$ 2.200,00
sobre o fundamento de que, por ser mais jovem, tem uma melhor disposição
para o trabalho.
(E) Anita, ao ser contratada pela empresa de comércio de produtos alimentícios
Paraíso do Norte para trabalhar como vendedora, não teve seu salário estipulado
pelo empregador. Mariela trabalha na mesma empresa, na mesma função e
recebe salário de R$ 1.500,00 mensais. Anita tem direito a receber salário igual
ao que Mariela recebe.
que a todo trabalho de igual valor deve corresponder salário igual. Para
caracterização do trabalho de igual valor, gerando o direito à equiparação salarial,
é necessário que sejam preenchidos concomitantemente alguns requisitos, entre
os quais NÃO se inclui
(A) trabalho para o mesmo empregador.
(B) trabalho na mesma localidade.
(C) mesma produtividade.
(D) mesma perfeição técnica.
(E) existência de quadro organizado de carreira.
6. Gabaritos
1. E 22. C 43. C
2. D 23. E 44. C
3. E 24. B 45. E
4. E 25. D 46. E
5. C 26. C 47. B
6. A 27. A 48. C
7. D 28. C 49. B
8. C 29. A 50. B
9. D 30. B 51. A
10. A 31. E 52. B
11. A 32. C 53. C
12. A 33. D 54. B
13. B 34. E 55. A
14. C 35. B 56. E
15. C 36. E 57. D
16. C 37. E 58. E
17. B 38. B 59. C
18. C 39. E 60. E
19. C 40. D 61. E
20. C 41. C 62. A
21. E 42. E
7. Conclusão
Bem pessoal,
CF/88
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
(...)
(...)
CLT
Art. 82, parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a
30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região, zona ou subzona.
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para
viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo
empregado.
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário
as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
VI – previdência privada;
VII – (vetado)
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado,
o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito
com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado
pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital,
ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do
trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento
deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o
disposto no artigo anterior.
Legislação específica
Lei 8.036/90, art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores
ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração
as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT (...).
Lei 4.090/62, art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será
paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da
remuneração a que fizer jus.
I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que
a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e
Lei 4.749/65, art. 1º - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de
13 de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de
cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado
houver recebido na forma do artigo seguinte.
b)até o limite de 25% (vinte por cento) pelo fornecimento de alimentação sadia e
farta, atendidos os preços vigentes na região;
TST
SUM-157 GRATIFICAÇÃO
A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é devida na resilição
contratual de iniciativa do empregado.
SUM-381 do TST
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não
está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o
índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços,
a partir do dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)
SUM-451.
88
CLT, art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
STF
SÚMULA VINCULANTE Nº 4
Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
SÚMULA VINCULANTE Nº 6
SÚMULA Nº 207
As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamente
convencionadas, integrando o salário.
SÚMULA Nº 209
O salário-produção, como outras modalidades de salário-prêmio, é devido, desde
que verificada a condição a que estiver subordinado, e não pode ser suprimido
unilateralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade.