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Quebra de Caixa
QUEBRA DE CAIXA
OBRIGATORIEDADE
VALORES
Observe-se que o Precedente Normativo do TST n.º 103 dispõe que sobre a
Gratificação de Caixa é de 10% sobre o salário do trabalhador que exerce a
função de caixa permanentemente, nestes termos:
Exemplo
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
Para os empregados que exerçam funções semelhantes às dos bancários deve ser
observado o disposto no Enunciado TST n.º 247, adiante reproduzido:
TST Enunciado n.º 247: "A parcela paga aos bancários sob a denominação
quebra-de-caixa possui natureza salarial, integrando o salário do prestador dos
serviços, para todos os efeitos legais."
Portanto, se pago com habitualidade, sem depender da ocorrência de prejuízo, o
adicional de quebra de caixa tem natureza salarial, devendo constar nas verbas
trabalhistas, como férias, 13º salário, verbas rescisórias etc.
Por ser parte intrínseca à função, o adicional de quebra de caixa deve ser
calculado e somado ao salário para compor a base de cálculo.
Exemplo
Base de cálculo (Bc) para hora extra e adicional noturno = R$1.200,00 + R$120,00
’ R$1.320,00
Para calcular o DSR precisamos identificar quantos dias úteis e quantos domingos
e feriados há no mês.
Outubro/07 = 24 (vinte e quatro) dias úteis
06 (seis) domingos e feriados.
DSR¹ = ( 15 ) x 6 x R$9,00
24
DSR¹ = 0,625 x 6 x R$9,00
DSR¹ = R$33,75
DSR² = ( 80 ) x 6 x R$1,20
24
DSR² = 3,333 x 6 x R$1,20
DSR² = R$24,00DSR = (Vlr total He e AdNot) x domingos/feriados
n.º dias úteis
Nota: Na 1ª forma, foram feitos os cálculos em separado do DSR sobre o total das
horas extras e depois sobre o total das horas noturnas, somando os subtotais no
final. Na 2ª forma, partindo do valor total das horas já calculadas, apurou-se o
DSR em um único cálculo, de forma mais simplificada.
Como a legislação dispõe, todo e qualquer desconto nos salários além de estar
previsto na legislação, acordo ou convenção coletiva de trabalho, deverá haver a
anuência do empregado.
Se as diferenças são apuradas sem a sua presença, ainda que tenha sido coletada
a assinatura no final do mês do referido desconto, a Justiça do Trabalho pode
não reconhecer como válido, já que não se prescinde de prova de que as
diferenças verificadas no caixa ocorreram efetivamente por culpa ou dolo do
empregado.
INCIDÊNCIAS
IR FONTE
INSS
Por não estar expressamente relacionada nas parcelas que não incidem INSS, como
é o caso das previstas no art. 28, § 9º, da Lei n.º 8.212/91, a parcela paga a
título de quebra de caixa deve integrar a remuneração do trabalhador para
efeitos de incidência providenciaria.
FGTS
JURISPRUDÊNCIA
QUEBRA DE CAIXA - NATUREZA JURÍDICA - COMERCIÁRIO. A parcela paga sob a denominação de quebra de caixa,
prevista em norma coletiva, em decorrência do exercício de função de maior responsabilidade, tem natureza salarial e,
por força do disposto no art. 457, § 1º, da CLT, integra o salário para todos os efeitos legais. A motivação para a edição da
Súmula n.º 247 do C. TST persiste no caso do empregado comerciário que recebe gratificação sob o mesmo "nomen
iuris não apenas para ressarcir eventuais perdas, haja vista que o seu pagamento independe da verificação de prejuízo,
mas para remunerar a maior
responsabilidade. Aplicação analógica do citado verbete sumular. Embargos não
providos. PROCESSO TRT 15ª REGIÃO N.º 01514-2005-071-15-00-0. Relator JUIZ JOSÉ
ANTONIO PANCOTTI. Decisão N° 052854/2006.