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Introdução à Economia

A CRISE DE 2008

Gustavo Claudino

Introdução à Economia

CCSA – Ciências Contábeis - UFPE

Profº - Moisés Cavalcanti

Outubro - 2017

Recife-PE
Uma das prováveis causas para a crise financeira de 2008 foi
a liberação de crédito imobiliário nos EUA em 1998. Especuladores
e investidores, que futuramente (cerca de 10 anos mais tarde) não
conseguiriam honrar suas dívidas, adquiriram imóveis através de
financiamentos fáceis e com poucas garantias de pagamento.
Entretanto, a queda dos preços fez com que muitos investidores não
quitassem seus débitos.

Foi o início de uma avalanche que não demoraria a atingir


países em desenvolvimento como o Brasil, reduzindo crédito,
investimentos públicos e empregos.

Nos Estados Unidos uma prática comum é conhecida como


hipoteca. Grosso modo, uma hipoteca consiste na aquisição de
empréstimos tendo o imóvel como garantia.

Com os juros baixos e o crédito fácil, algumas pessoas


passaram a hipotecar suas casas e investir em outros imóveis. Esse
mercado tornou-se então atrativo demais.

A questão é: as empresas credoras dos títulos (hipotecas)


negociam essas dívidas com bancos, empresários e instituições
financeiras, aquecendo, dessa forma, o mercado. Porém, essa dívida
corre um risco alto de tornar-se um calote (subprime), caso isso
aconteça, o valor dos títulos despenca e os seus investidores tomam
o prejuízo.

Para conter a inflação, os EUA precisaram diminuir o crédito.


Com isso, o mercado arrefeceu e os preços dos imóveis
despencaram, isso contribuiu para que muitas pessoas deixassem de
pagar suas hipotecas e entrassem para lista de devedores.

As consequências foram inevitáveis, a partir de então, menos


empregos, demissões em massa, queda do consumo, menos lucros
para as empresas entre outras mudanças no mercado financeiro.
É possível que as ciências contábeis, juntamente com as
ciências econômicas possam atuar com o intuito de minimizar as
chances de ocorrer um colapso como esse.

As regulamentações e normatizações de instituições


financeiras necessitam de revisões e constantes atualizações
objetivando o controle das transações monetárias, crédito
imobiliário e o repasse de financiamentos entre bancos e empresas
privadas. Seria, segundo Souza, o uso da Teoria Descritiva da
Economia.

Obviamente que os interesses políticos são questionáveis


quando se trata de “contratos gigantes” com empresários
milionários. Contudo, a busca deve ser no sentido atuar no controle
dos resultados obtidos através de estudos e pesquisas, sobretudo
com os dados dessa crise que ainda vivenciamos.

O Ministério da Fazenda, o Banco Central e os Tribunais de


Contas, devem articular-se em suas atuações, expandindo sua
capacidade de fiscalização para conseguir apagar o estopim antes
que ele detone a bomba.

Nessa etapa, seria necessária uma análise do funcionamento


do sistema econômico utilizando um conjunto de suposições e
hipóteses acerca do mundo real, objetivando estabelecer as leis que
o regulam (Souza, Economia Básica)

Com essa integração entre os órgãos, as duas ciências


(contábeis e econômicas) poderiam atuar na mesma direção: a
criação de um plano econômico decenal para o Brasil, com metas e
estratégias elaboradas previamente por especialistas das duas áreas,
juntamente com a criação de um Conselho Nacional com a
participação de representantes do povo e do governo para deliberar
sobre os planos de ações.1

1
Fontes: http://epocanegocios.globo.com / https://economia.uol.com.br/noticias / Economia Básica:
Souza, Nali de Jesus

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