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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Beatriz Vieira, Giulia Ferreira, Luis Claudio e Yamin Renaudeau

Trabalho de Economia para Ciências Sociais

Crise de 2008

Trabalho apresentado ao professor

Antonio Marcio Buainain de Economia

da Universidade Estadual de Campinas,

com o objetivo de analisar a crise de 2008.

Campinas

2022

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Sumário

1 – Introdução.............................................................................................................................03

2 – Contextualização.....................................................................................................................

3 – O Brasil na crise.......................................................................................................................

4 – As consequências da crise no cenário global...........................................................................

5 – As consequências da crise no Brasil........................................................................................

6 – Bibliografia...............................................................................................................................

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Introdução:

Esse trabalho tem como objetivo analisar o contexto histórico-econômico do período que
antecedeu o ano de 2008, a fim de entender como a Crise de 2008 iniciou-se. A partir disso,
será investigado o porquê de o Brasil não ter sido tão afetado pela crise, quais medidas foram
tomadas e como elas impediram a quebra da economia brasileira. Posteriormente, serão
apresentados os efeitos da crise na esfera econômica, tanto no Brasil quanto em outros países.

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Contextualização

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O Brasil na crise

Durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, em 2008, o mundo passou por


uma grave crise econômica. Em geral, os países emergentes, dentre eles o Brasil,
sentiram menos os efeitos da crise. Entretanto, ainda assim houve dificuldades.

Primeiramente, é importante destacar a redução do crédito no mercado. Quando a


crise dos bancos nos Estados Unidos atingiu também o Lehman Brothers (principal
banco investidor do cenário global), investidores de todo o mundo passaram a tirar
suas aplicações financeiras de ações de empresas, bancos e títulos de governo,
incluindo os do Brasil. Isso ocorreu devido à incerteza sobre a veracidade de balanços
de alguns bancos e empresas e, além disso, os aplicadores precisaram recuperar
seus prejuízos da crise. Como o sistema financeiro é interligado em todo o mundo, a
baixa liquidez (dificuldade de retirar o dinheiro antes do prazo) refletiu na falta de
dinheiro disponível no Brasil para a concessão de crédito tanto para as empresas
quanto para os consumidores. As empresas foram as mais afetadas, pois tinham
dificuldades de obter financiamento para investimentos e exportações. Já os
consumidores, tinham dificuldades para aquisições de bens, principalmente os de
maior valor, como veículos e imóveis.

Em segunda análise, pode-se citar a alta do dólar. Logo após o início da crise, o
valor do dólar sobre o real subiu consideravelmente. De acordo com o gerente de
indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, o dólar estava cerca de R$
1,60 em agosto de 2008, chegando a R$ 2,40 em dezembro do mesmo ano. A alta do
dólar somada à falta de crédito no Brasil, prejudicou principalmente as empresas que
tinham dívidas em dólar e não estavam preparadas para altas oscilações da moeda.
Além disso, o dólar alto também prejudicou consumidores que pretendiam viajar para
o exterior ou adquirir produtos importados.

Diante da escassez de crédito no mercado, o governo adotou medidas para


estimular o consumo no país. Entre essas medidas estavam a redução da alíquota do
depósito compulsório dos bancos (parcela de recursos que os bancos precisam
recolher no Banco Central e não podem emprestar aos clientes), redução do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, construção civil e
eletrodomésticos, a criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI),
redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alterações no formato de
cobrança do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e estímulo ao crédito em bancos
públicos. O estímulo do governo foi importante para manter a economia ativa. Com
isso, as empresas voltaram a ter crédito para investimentos, a população teve acesso

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a bens industrializados por um melhor preço, o que estimulou as vendas e,
consequentemente, manteve o crescimento do país e colaborou para a criação e
manutenção de postos de trabalho. A redução dos juros foi mais uma forma de
estímulo ao crédito no país e ao investimento por parte das empresas, outro fator que
contribuiu para o aumento do consumo.

O excesso de estímulo ao consumo no país, contudo, colaborou para o aumento


dos preços. Nesse caso, a influência aconteceu por conta da inflação de demanda, ou
seja, quando há mais consumidores interessados em comprar do que produtos
existentes no mercado. Outro fator que contribuiu para o aumento da inflação foi o alto
crescimento de países em desenvolvimentos e pela alta demanda de commodites no
mundo.

A alta do dólar aconteceu apenas nos primeiros meses da crise. Com a boa reposta
do Brasil, o país atraiu capital internacional, por meio de investimentos externos, o que
faz o cenário mudar de direção, com a valorização do real frente ao dólar. Outro fator
que influenciou a entrada de recursos foram as altas taxas de juros do país. Com mais
dólares no país, o real se valorizou. Além disso, o dólar tende a cair em relação à
moeda dos principais países do mundo porque a própria economia dos EUA estava
em desaceleração, e o governo norte-americano está injetando dólares no mercado. A
valorização do mercado colaborou no combate à inflação, uma vez que barateia a
entrada de produtos importados no país e ajuda a atender a demanda interna.
Também facilita em fatores como viagens ao exterior. Contudo, a moeda forte
prejudicou a competitividade das empresas nacionais, tanto nas exportações como na
concorrência com produtos importados dentro do Brasil, o que causou diminuição de
postos de trabalho e de investimentos.

Portanto, é po

https://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/09/entenda-como-
crise-de-2008-influenciou-vida-dos-brasileiros.html

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Durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, em 2008, o mundo passou por
uma grave crise econômica. Em geral, os países emergentes, dentre eles o Brasil,
sentiram menos os efeitos da crise. Entretanto, ainda assim houve dificuldades.

Primeiramente, é importante destacar a redução do crédito no mercado. Quando a


crise bancária dos EUA também atingiu o Lehman Brothers, um grande banco de
investimentos no cenário global, investidores de todo o mundo começaram a retirar
investimentos financeiros de ações de empresas, bancos e títulos do governo,
incluindo os do Brasil. Isso se deve à incerteza sobre a autenticidade de alguns
bancos e balanços corporativos, além de os investidores terem que recuperar as
perdas da crise. Como o sistema financeiro global está interligado, a baixa liquidez
(dificuldade em sacar os recursos nos prazos) se reflete na falta de recursos
disponíveis no Brasil para conceder crédito a empresas e consumidores. As empresas
são as mais afetadas porque lutam para obter investimentos e financiamento à
exportação. Por outro lado, os consumidores têm dificuldade em adquirir bens,
principalmente aqueles de maior valor, como carros e imóveis.

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As consequências da crise no cenário global

As consequências da crise no Brasil

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