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HISTÓRIA – 3º ANO

Crise de 2008 e os Movimentos


da Sociedade Civil Organizada
História| 3º Ano
Crise de 2008 e os Movimentos da Sociedade Civil Organizada

A notícia dada no Jornal


Nacional, em setembro de
2008, era manchete em todo
o mundo.

Começou nos Estados Unidos e se


alastrou pelo restante do mundo,
a CRISE DO SUBPRIME, foi um dos
piores desastres econômicos
globais dos últimos anos.

https://www.youtube.com/watch?v=ZyLzFSmbDVk
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A primeira década do século 21 foi em grande medida escrita nos Estados Unidos. Começou
com uma grave crise geopolítica, no coração de Nova York — o 11 de Setembro —, e
terminou com uma grave crise econômica, também ambientada em Nova York, no centro
financeiro de Wall Street.

A crise financeira de 2008 se deu a partir de uma sucessão de falências de instituições


financeiras, nos Estados Unidos e na Europa. Instituições estas que participavam de todo
complexo sistema financeiro mundial.

Essa onda de falência estava relacionada ao que os


economistas denominaram de “estouro de uma bolha
imobiliária”.

A chamada “bolha imobiliária americana”

Fonte: https://thoughteconomics.com/
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Qual a origem da bolha? Onde e como tudo começou?

Por volta de 1998, os bancos dos Estados Unidos começaram a emprestar dinheiro a muita gente que não tinha como
pagar.
Mesmo quem estava desempregado e não tinha renda nem patrimônio conseguia ser aprovado
pelo banco para receber um financiamento. E poderia dar a própria casa como garantia para
vários empréstimos. Esse tipo de crédito era conhecido como “subprime” (de segunda linha). O
volume de financiamentos desse tipo era gigantesco.

Por natureza, empréstimos subprime são investimentos extremamente arriscados e com


altíssima chance de default — termo financeiro para o universalmente conhecido “calote”..

Fonte: warren.com.br/
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O que foi a crise do “subprime”?

A crise do subprime foi o resultado do estouro de uma bolha de


investimentos massivos em hipotecas nos EUA que cresceram ao longo
dos anos 2000.

Em linhas gerais, a bolha surgiu porque o crescente interesse por rendimentos de hipotecas deu origem
a uma imensa estrutura financeira para negociar esses ativos no mercado.

A alta demanda incentivou as instituições de crédito a ampliar sua “produção” e oferecer hipotecas com grande risco de
calote — as famigeradas hipotecas subprime.

Quando muitos tomadores de hipotecas deixaram de pagar as contas, o mercado imobiliário foi inundado por imóveis
desvalorizados e a estrutura entrou em colapso, levando à crise.

https://warren.com.br
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Segunda-feira negra

Em 15 setembro de 2008, marco da crise, um dos bancos de investimentos mais tradicionais


dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, foi à falência, e as Bolsas do mundo todo
despencaram. A data ficou conhecida como segunda-feira negra. Em seguida, outros bancos
anunciam perdas bilionárias. Foram meses de muita instabilidade no mercado

Os indícios da bolha já vinham crescendo desde 2007, quando dezenas de instituições ofertantes de
hipotecas começaram a falir ou ser compradas por bancos maiores.

No mesmo mês da falência do Lehman Brothers, o tradicional banco Merrill Lynch foi comprado pelo Bank
of America, enquanto o Goldman Sachs e o Morgan Stanley pediram crédito emergencial ao Federal
Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Para tentar evitar quebradeiras em série, governos de vários países anunciam planos de socorro à economia,
injetando bilhões em bancos

Fonte: economia.uol.com.br/ warren.com.br


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Quando a bolha estourou, enormes bancos


americanos encontraram-se subitamente
endividados pelos empréstimos sem retorno
e imóveis profundamente desvalorizados.

As bolsas de valores em todo o mundo


apresentaram queda. Depois do Lehman
Brothers, diversos outros bancos divulgaram
que tiveram prejuízos bilionários. O
resultado de tudo isso, foram vários meses
de desestabilidade financeira.

https://www.youtube.com/watch?v=ayO0wHD0HzE
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Recessão e desemprego

Os Estados Unidos e outros países, incluindo o Brasil, entraram


em recessão. O desemprego disparou, sobretudo entre os mais

Domínio público. Commons


jovens, e muitas empresas faliram. Os efeitos da crise de 2008
foram sentidos no mundo todo durante anos. Até hoje, oito
anos depois, o nível de emprego em vários países não retornou
aos patamares anteriores ao colapso.

Entre 2008 e 2009, o desemprego nos EUA passou de 5% para


10%. O PIB americano começou a se retrair no 3º trimestre de
2008 e só voltou a crescer no início de 2010. Obama sancionando a Lei de Recuperação e Reinvestimento, em 17 de
fevereiro de 2009.

Barack Obama entrou no poder em 2009 e concedeu aportes financeiros a grandes bancos para resgatá-los,
repetindo a política do presidente anterior. O democrata também estendeu o incentivo à indústria automotiva.

Fonte: economia.uol.com.br/
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Com uma situação bem delicada, o mercado financeiro mundial ficou totalmente
desconfiado, tendo em vista que os Estados Unidos são referência no empréstimo
de dinheiro a outros países. Dessa maneira, os bancos criaram barreiras e
limitaram o crédito, reduzindo o poder de investimento das empresas.

Foi um verdadeiro efeito “bola de neve”, resultando em queda do consumo,


diminuição dos lucros e demissões em massa. A quebra do banco Lehman
Brothers levou a crise ao auge. Ações despencaram, títulos foram
desvalorizados e a população ficou à mercê dos esforços governamentais para
mudar a situação.

Dois anos depois, a crise financeira atingiu a União Europeia, com impactos na desvalorização do
euro e aumento das dívidas de alguns países, como Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
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Só recapitulando para entender melhor!

2007 2008 2009/2010


• A economia norte-americana • A queda do preço de • O crescimento tornou-se
estava desacelerando. residências nos Estados positivo na maioria dos países,
• O preço das moradias estava Unidos. mas a recuperação ainda foi
em queda há um ano • Proprietários de imóveis, em lenta e o desemprego
especial os que tomaram permaneceu alto por algum
hipotecas muito altas em tempo.
relação ao valor da moradia,
ficaram inadimplentes.
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Como a crise de 2008 afetou o Brasil?

Assim como a maioria dos países, o governo brasileiro também adotou medidas para conter danos e
prejuízos.
Entre as medidas adotadas, estava o incentivo ao consumo, o que incluiu a redução do IPI para automóveis,
eletrodomésticos e materiais de construção, por exemplo.

Nos primeiros dias após a segunda-feira negra, as principais influências da crise de 2008 na economia
brasileira foram na queda no valor das ações e aumento no preço do dólar.

Em seguida, houve uma diminuição do crédito e redução dos investimentos internacionais. As expectativas
de crescimento econômico também diminuíram, com previsões menos otimistas para o PIB, a soma de todas
as riquezas do país.

No entanto, os abalos foram bem menores em comparação aos países europeus, onde a população chegou a
realizar protestos violentos, como na Grécia.
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Crise econômica na Europa: União Europeia em risco
Em 2009...
Centenas de milhares de pessoas protestaram na França contra as políticas econômicas do presidente Sarkozy.

Impelidos pela crise financeira na Letônia, a oposição e os sindicatos organizaram uma manifestação contra o gabinete
do premier Ivars Godmanis. A manifestação reuniu entre 10 e 20 mil pessoas.

No final de fevereiro, muitos gregos


participaram de uma greve geral, aeroportos e

2011 Greece Uprising.jpg CC BY-SA 3.0


muitos ou maciça por causa da situação
econômica e fecharam escolas e outros serviços
na Grécia.

Polícia e manifestantes também entraram em confronto na


Lituânia, onde pessoas que protestavam contra as condições
econômicas foram baleadas com balas de borracha.[63]
Comunistas e outros se uniram em Moscou para protestar
contra os planos econômicos do governo russo. Uma multidão de 100 mil pessoas protestam em Atenas contra o
pacote de austeridade, 29 de maio de 2011.
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Sete anos após a crise financeira iniciada nos Estados Unidos,


alguns países ainda sofrem as consequências deixadas pela
inesquecível catástrofe econômica. Altos índices de
desemprego e níveis baixos de crescimento são as principais
consequências sofridas pela maioria dos países.

A crise de 2008 se disseminou pela cultura pop e deu origem a


vários filmes sobre o assunto.

A Grande Aposta (2015) é provavelmente o mais famoso. Ele https://www.youtube.com/watch?v=HkhVqi_m2L8


conta a história real de corretores que previram a crise e
tentaram alertar autoridades ou enriqueceram com ela

Após ver a cena final do filme A GRANDE APOSTA, na realidade, quem perdeu nessa crise?
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Em 2010 no Oriente Médio


A Primavera Árabe – a sociedade civil organizada mobilizando protesto e revoluções
Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do
continente africano em que a população foi às ruas para derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições
sociais de vida.

Dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali.

Tudo começou com um vendedor de frutas no interior da Tunísia. Mohamed Bouazizi, de 26 anos, era um ambulante
na pequena cidade de Sidi Bouzid, onde era constantemente intimidado por policiais — falta de licença, problemas
com seus produtos, pedidos de propina.
No dia 17 de dezembro de 2010, em novo episódio de intimidação, policiais confiscaram seu carrinho de
frutas por ele não ter licença para vender no local onde supostamente era necessária.
Na sexta feira, 17 de dezembro de 2010, Mohamed Bouazizi colocou fogo em si mesmo e morreu 18
dias depois às 17h30 na terça-feira, 4 de janeiro de 2011 em um hospital na cidade de Ben Aros.
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Mohamed Bouazizi não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que,
mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine
el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de
1987
Foi na Internet que os setores mais inconformados da sociedade encontraram o instrumento ideal para exercer o
ciberativismo, de onde eles puderam canalizar as críticas contra os abusos do poder das autoridades, agendar e realizar
ações de protesto
As redes sociais desempenharam um
papel considerável nos recentes
French support Bouazizi.jpg. 2011. Domínio

movimentos contra a ditadura nos


países árabes.
Pùblico Wikipwdia Crommons

Enquanto a tensão no país aumentava, Ben Al, o presidente da Tunísia tentava


manter a ordem, dizendo que os protestos eram "inaceitáveis" e organizados
por "uma minoria de extremistas". Em 2014 o todo-poderoso presidente da
Tunísia abandonou o país em direção à Arábia Saudita, para nunca mais voltar.
Ele morreu no exílio em 2019.

Um protesto francês em apoio a Mohamed Bouazizi, "Herói da Tunísia" Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional


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Como a Tunísia, outros países também eram governados por autocratas, que historicamente reprimiam
dissidências e protestos com extrema violência.
Pais Como aconteceu
Egito Hosni Mubarak, no Egito, também deixar o cargo em função das revoltas populares que exigiam o fim de seu posto
no comando do país que ocupara durante 30 anos: era a chamada Revolução de Lótus. A Primavera Árabe expandia-
se.

Líbia Em 2011, a Primavera Árabe não tardou chegar. No entanto, esse país foi o primeiro em que as revoltas envolveram
uma guerrilha e muito derramamento de sangue. Buscando o fim do regime de Muamar Kadhafi, que permaneceu
no poder durante 42 anos, os rebeldes pegaram em armas para combater a resistência organizada pelas tropas leais
ao governo.

Fonte: brasilescola.uol.com.br
Barein Esse país, diferentemente da Líbia, possui um grande apoio dos países ocidentais, com destaque para os Estados
Unidos. Com isso, mesmo com a dura repressão contra os rebeldes e com vários crimes aos direitos humanos, esse
país não sofreu nenhum tipo de intervenção militar estrangeira, fato que fez com que parte da comunidade
internacional questionasse a postura da OTAN nas zonas de instabilidade política na região árabe.

Síria É o país onde os conflitos mais se estenderam, demarcando uma longa agonia na região. Isso porque a oposição
sunita, influenciada pela eclosão das revoltas no Egito e na Tunísia, também procurou ascender ao poder por meio
de uma revolta armada, duramente reprimida pelas tropas do ditador Bashar al-Assad (no poder desde 2000). Além
do conflito armado, esse episódio mexeu também com o plano geopolítico internacional.
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Além desses casos principais, a Primavera Árabe atingiu também outros países, como Marrocos, Iêmen, Argélia, Omã e, em
menor grau, Arábia Saudita e Jordânia. Em alguns locais, eleições e reformas ocorreram; em outros, os protestos foram
estrategicamente contidos. O mapa abaixo apresenta uma ideia do resultado destes conflitos.

Arab Spring and Regional Conflict Map.svg. Domínio Público


Wikimedia Commons
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Cientistas políticos argumentaram que a crise econômica desencadeou agitações sociais que foram expressas
através de protestos sobre uma variedade de questões em todo o mundo em desenvolvimento.

2011... em Israel, protestaram contra os altos aluguéis em Tel Aviv.


Em meados de julho último, acampamentos montados por estudantes em diferentes cidades de Israel deram início
ao protesto. O alto custo de vida no país e o desagrado com a situação social mobilizaram também grande parte da
classe média.

Os preços de moradia no país subiram mais de 60% nos

2011/09/110903_israel_protestos_cc
https://www.bbc.com/portuguese/
últimos quatro anos. Tel Aviv, por exemplo, é considerada a
cidade mais cara no Oriente Médio: apenas em Moscou,
Londres, três cidades na Suíça e duas na Escandinávia o
custo de vida é maior, segundo uma pesquisa realizada em
2011.

noticias/
Manifestação contra alto custo de vida em Tel Aviv reuniu
Fonte: https://www.bbc.com mais de 200 mil pessoas
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As agitações sociais – Movimentos da Sociedade Civil Organizada


2013...

Na Turquia, eles se manifestaram contra a conversão de um parque em um shopping


Os planos para transformar o Parque Gezi, em Istambul, em um
complexo com uma nova mesquita e um shopping
desencadearam uma onda de protestos que se espalhou pela
Turquia. O que começou como um manifestação contra um

Gezi Park protests.jpg. CC BY 2.0


projeto de desenvolvimento urbano se transformou em uma
expressão mais ampla de insatisfação contra as políticas do
governo, o qual os manifestantes dizem estar se tornando cada
vez mais autoritário.

Pouco a pouco, milhares de cidadãos começaram a sair às ruas,


transformando o protesto em um grande movimento, que gerou
conflitos entre civis e a polícia que já duram alguns dias e que
transformaram o parque e a Praça Taksim em um campo de
batalha, com centenas de feridos e alguns cidadãos mortos. Manifestantes no Parque Gezi
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As jornadas de junho de 2013 no Brasil – os novos movimentos sociais

Em junho de 2013, viram-se inúmeras manifestações populares que marcaram a memória do Brasil, à
medida que o clamor social crescia e os atos ganhavam magnitude.

Os movimentos sociais da atual conjuntura são denominados como novos movimentos sociais (NMSs); e, em segundo,
temos os movimentos considerados “antigos” os quais não se encaixam no conceito de NMS, e, sim no paradigma marxista
do qual a luta de classe é o cerne, agindo como a motivação e sua forma de representação são os sindicatos e os partidos
políticos. (Touraine, 1998)

Redes sociais virtuais e os movimentos sociais

Segundo pesquisa do IBOPE (2014), 77% dos manifestantes tomaram conhecimento dos protestos por meio do
Facebook, 1% utilizando Twitter, 8% os dois anteriores e 13% não se mobilizaram por meio das redes sociais
Virtuais.

No Facebook, vários movimentos sociais têm aberto suas fanpages e possuem milhares de seguidores, como, por exemplo, Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Movimento Passe Livre (MPL), articulador das mobilizações no Brasil
em 2013.
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Movimento Passe Livre - MPL


O movimento foi fundado
em uma plenária no
O Movimento Passe Fórum Social Mundial em
Livre (MPL) é um 2005, em Porto Alegre, e
movimento social ganhou destaque ao
brasileiro que defende participar da organização,
a adoção da tarifa zero em 2013, dos primeiros
Tarifa Zero SP.jpg. Wikipedia Commons

para transporte protestos em São Paulo


coletivo. por causa do aumento da
tarifa de ônibus, que
culminaram em protestos
por todo país após o
aumento da repressão
policial contra
manifestantes e
Protesto do Movimento Passe Livre (MPL) em junho de 2013. jornalistas

Fonte: www.mpl.org.br
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Em junho de 2013, as ruas da cidade de São Paulo foram tomadas por milhares de pessoas como há muito não
se via no país. Essas pessoas foram chamadas pelos atos do Movimento Passe Livre (MPL), que tem
como uma das suas causas a adoção da tarifa zero no transporte público do país. Os atos tinham como objetivo
protestar contra o aumento das tarifas no transporte público no município de São Paulo, que iam
passar de três reais para três reais e vinte centavos.

O MPL construiu um ciberespaço de O Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social autônomo,
discussão, de informação, de apartidário, horizontal e independente, que luta por um transporte
contrainformação e de divulgação de público de verdade, gratuito para o conjunto da população e fora da
materiais que mostravam outras versões iniciativa privada. (Fonte: www.mpl.org.br)
dos fatos, muitas vezes divergentes
daqueles veiculados na grande mídia.

As manifestações na capital paulista conhecidas como Jornadas de Junho foram desencadeadas pelo
reajuste da tarifa do transporte público de três reais para três reais e vinte centavos no final de maio.
Sete atos contra o aumento foram convocados pelo MPL na cidade de São Paulo, porém estima-se
www.mpl.org.br

que 1,5 milhão de pessoas em mais de 120 cidades no Brasil saíram às ruas como resultado destas
manifestações.
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A insatisfação social ocasionou a diversificação das causas dos


manifestantes para além das tarifas de ônibus em todo o Brasil.

Manifestante em Juiz de Fora, 22


de junho, com cartaz que dizia "Os
governantes agora somos nós!".

Manifestação em Juiz de Fora no dia 20 de


junho: em destaque, manifestante com cartaz
acusando a Rede Globo de "vandalismo mental" Protesto ocorrido na
e convocando as pessoas à rua. cidade do Recife (PE). Manifestante pede por compreensão da
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Protesto_contra_o_aumento_de_passagens_em_Recife-PE.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:2%C2%BA_Junta_Brasil_em_Juiz_de_Fora_-_cartaz_contra_a_Globo_e_a_favor_da_educa%C3%A7%C3%A3o.JPG
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:ManifestaCGRJ.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:Manifestante_no_Dia_do_Basta_2013_em_Juiz_de_Fora_afirmando_que_os_governantes_agora_somos_n%C3%B3s.JPg
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21 de junho – A presidente Dilma Rousseff faz um pronunciamento


prometendo fazer um pacto com governadores e prefeito com objetivo
de melhorar as áreas de transporte, educação e saúde

Wikimedia Commons/Divulgação
Mais de 1 milhão de pessoas comparecem aos novos protestos em 388
cidades do Brasil
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Proposta de Intervenção – Processo Criativo

Embora as primeiras formas de ativismo online datem do início da década de 1990, movimentos recentes no Brasil e no
mundo vêm mostrando o potencial dessa nova forma de reorganização.

Quando você quer apoiar uma causa social, o que você faz? Uma das primeiras coisas provavelmente é participar pela
internet: fazer uma doação, compartilhar campanhas, assinar uma petição ou confirmar presença em algum protesto. Esses
são alguns dos exemplos de como a internet vem ampliando o ativismo social e político e criando novas formas de atuação
e mobilização, compondo o que é chamado de ciberativismo.

Sandor Vegh, no livro "Classifying forms of online activism: the case of cyberprotests against the World Bank", expões três categorias de
atuação do ativismo online:
1) conscientização e promoção de uma causa;
2) organização e mobilização;
3) ação e reação

A proposta utilizar páginas do Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e outros locais para promover o apoio a uma causa específica.
Essa atividade pode ser feita por um determinado tempo para monitoramento de aceitação, compartilhamentos, curtidas e engajamento
na causa defendida.

Fonte: https://vestibular.uol.com.br/
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REFERÊNCIAS

ESPÍRITO SANTO, M.O., DINIZ, E.H., and


RIBEIRO, M.M. Movimento passe livre e as manifestações de 2013: a internet nas jornadas de junho. In: PINHO, J.A.G., ed. Artefatos
digitais para mobilização da sociedade civil: perspectivas para avanço da democracia [online]. Salvador: EDUFBA, 2016, pp. 141-167.
Disponível em https://books.scielo.org/id/hk62f/pdf/pinho-9788523218775-08.pdf Acesso em 08/01/22
https://www.youtube.com/watch?v=ZyLzFSmbDVk
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/02/27/entenda-o-que-causou-a-crise-financeira-de-2008.
https://warren.com.br/magazine/crise-do-subprime/
http://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2012/noticia/2012/11/crise-financeira-de-2008-ofuscou-toda-gestao-de-obama-diz-e
conomista.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Barack_Obama#/media/Ficheiro:Barack_Obama_signs_American_Recovery_and_Reinvestment_Act_o
f_2009_on_February_17.jpgn

https://www.youtube.com/watch?v=HkhVqi_m2L8
https://mapasmentaiscomchirley.com.br/crise-global-de-2008-recessao/
https://www.stoodi.com.br/blog/historia/crise-de-2008/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Recess%C3%A3o#/media/Ficheiro:2011_Greece_Uprising.jpg
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/06/130606_turquia_importancia_gezi_taksim_fn
https://www.archdaily.com.br/br/01-117909/istambul-o-grande-protesto-para-salvar-o-ultimo-parque-publico-da-cidade
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https://www.bbc.com/news/world-europe-22740282
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestos_na_Turquia_em_2013#/media/Ficheiro:Gezi_Park_protests.jpg
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/manifestacoes-de-junho-de-2013-relembre-os-fatos-importantes/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Passe_Livre#/media/Ficheiro:Tarifa_Zero_SP.jpg
Jornadas de Junho de 2013: formas de mobilização online e a ação de ativistas em Brasília por meio do Facebook. Disponível em file:///C:
/
Users/profj/Downloads/3381-15639-3-PB.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_%C3%81rabe#/media/Ficheiro:Arab_Spring_and_Regional_Conflict_Map.svg https://www.bbc.c
om/portuguese/internacional-55379502
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
https://www.mpl.org.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:Protesto_contra_o_aumento_de_passagens_em_Recife-PE.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:2%C2%BA_Junta_Brasil_em_Juiz_de_Fora_-_cartaz_contra_a_Globo_e_a_favor_da_educa%C3
%A7%C3%A3o.JPG

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:ManifestaCGRJ.jpg
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/manifestacoes-de-junho-de-2013-relembre-os-fatos-importantes
https://www.youtube.com/watch?v=XEj3UH69g5k

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