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MERCADO DE CAPITAIS
A crise no Brasil
O Brasil foi atingido pela crise de forma mais representativa somente no terceiro
trimestre de 2008, em virtude dos problemas vivenciados pelos agentes econômicos, o
que motivou a redução de créditos destinados a exportação, financiamento de
investimentos produtivos e aquisição de produtos, especialmente bens de consumo
duráveis.
Apesar do discurso otimista do presidente Lula na época da crise de um impacto
menor do que o ocorrido nas economias americana e europeia, a crise teve um impacto
significativo no país.
Em outubro, por exemplo, a Sadia reportou um prejuízo milionário com
investimentos em derivativos tóxicos (títulos que foram comprados por um valor muito
maior do que o real) que levaram a um prejuízo trimestral de mais de R$ 2 bilhões.
Esses prejuízos culminaram na fusão da companhia com sua maior concorrente, a
Perdigão, o que originou a BRF.
Outra grande empresa brasileira, a Aracruz, também perdeu dinheiro com
derivativos e teve mais de R$ 3 bilhões de prejuízos no último quarto de 2018 e fez um
acordo de aquisição com a VCP, criando a Fibria.
Com isso o governo viu que era necessário agir e baixou a taxa básica de juros,
SELIC, de 13,75% para 8,75% ao ano em 2009, diminuindo os juros pagos para
empréstimos tanto de pessoas físicas quanto de empresas, com o objetivo de aumentar o
dinheiro em circulação.
Diminuiu a alíquota de impostos (principalmente IPI) para produtos da linha
branca, materiais de construção e automóveis e liberou bilhões de reais em depósitos
compulsórios para os bancos, para aumentar a liquidez no mercado, ou seja, estimular a
produção das indústrias e aumentar o dinheiro em circulação para que as pessoas
consumissem mais.
Apesar de no ano de 2008 o PIB nacional ter aumentado 5,2%, com o impacto
da crise, em 2009, obteve uma retração de 0,3%. Ainda, a bolsa de valores, Bovespa,
teve uma queda em 2008 de 4%, a maior desde a década de 70.
Para a superação foram adotadas várias estratégias pelo governo nos Estados
Unidos e a partir delas, é preciso apontar os resultados alcançados e as perspectivas
voltadas para o pós-crise.
A primeira ação econômica de superação foi aplicada em 2009 por meio de um
pacote com várias medidas, as quais se voltavam para a interrupção do detalhamento da
instabilidade, redução das expectativas negativas, bem como recuperação da confiança
dos investidores, o que ocorreu a partir da redução de juros e a revalorização dos ativos
de risco.
Foram adotadas políticas anticíclicas para superar a crise que recaiu na economia
mundial, tendo por base o afrouxamento das políticas fiscal e 23 monetária, com
expansão da demanda agregada visando recuperar o equilíbrio das atividades
econômicas.
A crise teve origem no âmbito financeiro e se estendeu para o setor produtivo, o
que levou o governo a buscar meios de reverter a situação de maneira rápida e eficaz.
Neste sentido, o mesmo tomou medidas de recuperação, de garantia da solidez do setor
bancário, de contenção da crise cambial e de estímulo fiscal. Em relação à recuperação,
foram aplicadas medidas de flexibilização das regras do depósito compulsório para à
vista e a prazo. As modificações realizadas nos depósitos a prazo objetivavam alcançar
a solidez do sistema bancário, sendo utilizado até 40% dos recursos do compulsório
para depósitos a prazo.
A crise do sub prime pode voltar a acontecer?
Após o desastre econômico global do sub prime, economistas vêm prestando
cada vez mais atenção à possibilidade de uma nova bolha catastrófica na economia.
Nos EUA, considerando todas as variáveis que levaram ao surgimento e estouro
da bolha, especialistas atribuem a responsabilidade amplamente à falta de regulação dos
mercados, desde então, o governo e o banco central dos EUA vêm trabalhando
ativamente para aumentar a transparência e a prestação de contas por parte do sistema
financeiro.
Em 2010, o Congresso americano aprovou uma reforma fiscal conhecida como
Lei Dodd-Frank, em homenagem ao deputado Barney Frank e ao senador Chris Dodd.
Algumas das medidas implementadas pela reforma são:
Criação do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), uma agência de
proteção dos direitos do consumidor no setor financeiro obrigatoriedade de “testes de
estresse” periódicos dos maiores bancos dos EUA, que avaliam se as instituições têm
recursos para sobreviver a uma crise de largas proporções.
Implementação da Regra de Volcker, que proíbe bancos de realizar certos tipos
de investimentos especulativos que não beneficiem seus clientes.
Criação do Financial Stability Oversight Council (FSOC), órgão com autoridade
para monitorar riscos sistêmicos e evitar um colapso em cadeia de grandes bancos
interdependentes.
As reformas tiveram forte aprovação da população americana, e muitos
acreditam que o novo sistema de fiscalização tem potencial para identificar uma crise
antes que aconteça.
Porém, há divergências sobre a capacidade efetiva da reforma de evitar novos
desastres e prevenir práticas predatórias, uma vez que a falta de regulação seria apenas
um dos fatores que permitiram a crise do sub prime.
Além disso, há um debate crescente sobre o risco apresentado pelas
criptomoedas, que operam à margem da fiscalização, e sobre a existência de uma bolha
do Bitcoin.
Filmes como :Grande Aposta (2015) conta a história real de corretores que
previram a crise e tentaram alertar as autoridades ou enriqueceram com ela
BIBLIOGRAFRIA
www.politizei.com.br
https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2021/10/10/crise-financeira-colapso-
que-ameacou-o-capitalismo.htm?cmpid=copiaecola
https://www.politize.com.br/crise-financeira-de-2008/