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APS 2

MERCADO DE CAPITAIS

Alessandra de O. G. Souza – Mat: 21103339

Camila C. M. da Silva – Mat: 21100976

Jhony Udson de Souza - Mat: 20100969

Lucas Santana Gallotti – Mat: 19200314

Raphaela M. de Oliveira – Mat: 20100548

A CRISE NO SUB PRIME EM 2008 E SEUS REFLEXOS NA


ECONOMIA MUNDIAL E NA ECONOMINIA BRASILEIRA

Iremos dissertar basicamente sobre a “a crise do Sub Prime em 2008’’ e os


efeitos negativos colaterais diversos mundialmente falando e iremos destrinchar esses
aspectos em relação a economia Brasileira. Todas as medidas restauradoras tomadas,
como: o aumento da liquidez no mercado, diminuindo a taxa Selic consequentemente
aumentando o dinheiro em circulação concomitantemente os Estados Unidos também
adotou suas estratégias reparadoras no intuito de minimizar os danos causados, como: a
criação de políticas anticíclicas com o intuito de reestabelecer o equilíbrio perdido
durante a crise que se estendeu por todos os setores produtivos afetando de modo mais
brutal o secundário e terciário; não explicitado de forma direta no desenvolvimento a
seguir mas completamente compreensível através dos dados fornecidos.
Os bancos dos Estados Unidos, sempre foram conhecidos por realizar hipotecas.
E passaram a oferecer empréstimos a juros baixos para a população financiar a compra
de imóveis mesmo para pessoas que não conseguiam comprovar renda suficiente para
quitá-lo chamados de “sub prime”, isso ocasionou o aumento da procura por imóveis, e
com isso os preços foram subindo, não pela valorização das áreas, mas apenas porque
mais pessoas estavam procurando imóveis. A consequência foi uma bolha imobiliária,
já que as pessoas financiavam imóveis a um preço muito acima do que eles realmente
valiam.
 Quando os bancos passaram a aumentar a taxa de juros dos empréstimos, ou
seja, as pessoas teriam que pagar mais juros sobre o valor emprestado, muitas delas não
conseguiram mais pagar as parcelas e com isso, os bancos não tinham mais dinheiro
para realizar suas operações, ficaram descapitalizados.
Para simplificar o entendimento, citamos um exemplo: João tinha uma renda
mensal de mil reais. Decidido a comprar a casa própria, foi ao Banco X e conseguiu um
financiamento para comprá-la em parcelas mensais de quinhentos reais, pois como não
precisou apresentar nenhum comprovante de quanto ganhava, informou que recebia dois
mil reais por mês.
A casa que João estava interessado era em uma área bastante procurada e
custava duzentos mil reais, sendo que um ano atrás valia apenas cem mil reais. Mas,
como João acreditava que a casa iria se valorizar ainda mais, ele fechou o negócio.
Um ano depois, João estava com dificuldades de pagar as parcelas da casa e
tentou vendê-la, José ficou interessado e procurou o banco, que ofereceu um crédito
igual ao que o João conseguiu – mesmo prazo, mesmo valor – só que as parcelas não
seriam de quinhentos reais mas de setecentos reais mensais. Então, José desistiu do
negócio. E o mesmo ocorreu de forma generalizada.
Assim, João percebeu que sua casa não poderia mais ser vendida pelos duzentos
mil que comprou, pois o preço máximo que ofereceram a ele foi noventa mil reais.
Como João estava desesperado, pois não podia vender a casa, porque receberia muito
menos do que ainda devia ao banco, não conseguiu continuar pagando as parcelas do
empréstimo, e muitas outras pessoas também não.
Por fim, o Banco não tinha mais dinheiro para emprestar a outras pessoas, para
pagar os funcionários, despesas de água, energia elétrica e fornecedores. Foi exatamente
isso que ocorreu nos EUA, só que com dezenas (talvez centenas) de bancos e milhões
de pessoas.
Outro fator que contribuiu foi a estagnação da renda das famílias, movimento
que vinha ocorrendo desde os anos 80. Além disso, os altos gastos do governo
americano com as Guerras do Afeganistão e Iraque também contribuíram. Isso
porque os gastos do Governo americano com as guerras foram elevados e contribuíram
para o aumento da inflação no país.
Com o aumento da inflação, o Federal Reserve (equivalente ao Banco
Central) aumentou os juros a partir de 2004, na tentativa de diminuir a inflação.
Entretanto, isso estrangulou financeiramente as famílias, que não conseguiam mais
crédito nem honrar com as dívidas provenientes das hipotecas.
Com isso, em 2006, algumas instituições de crédito que concediam as hipotecas
de alto risco começaram a quebrar.
Estopim da crise e suas consequenciais no mundo em 15 de setembro de 2008,
quando os bancos americanos (Lehman Brothers), famoso por ser tradicional no
mercado, decretam falência e o governo recusa a salvá-lo não colocando dinheiro
público no Banco que era privado. Em seguida, as bolsas ao redor do mundo entraram
em colapso, pois os investidores passam a resgatar suas aplicações, diminuindo
a liquidez no mercado, o que foi o estopim da crise, pois não tinham como cobrir tantos
saques.
Após a recusa, houve o anúncio de que o Bank of America iria
adquirir a Merrill Lynch – a maior corretora dos EUA. Nos dias seguintes, as bolsas
mundiais perderam mais de 30% do seu valor, ou seja, as empresas de capital aberto (as
que comercializavam ações) valiam 30% menos do que antes da crise.
Na sequência, a AIG – uma das maiores seguradoras do país – teve seu crédito
rebaixado por ter subscrito mais contratos de derivativos de crédito do que sua
capacidade de os pagar, isso significa que a seguradora informou que teria a capacidade
de quitar mais empréstimos do que tinha dinheiro para fazer. Com isso, o governo
norte-americano decidiu intervir e injetar recursos públicos para salvar a empresa (ou
seja, pegou dinheiro dos contribuintes para salvar uma empresa privada).
Cabe ressaltar o papel das agências avaliadoras de risco – Standard &
Poor’s, Fitch e Moody’s – que empresas que avaliavam e davam notas para outras
empresas e para tipos de empréstimos na crise. Essas empresas garantiam que
os CDO’s (obrigações de dívida com garantia) eram investimentos de qualidade, mas na
verdade não eram. Isso porque, não havia comprovação de que as pessoas poderiam
pagá-los e, portanto, os títulos eram de alto risco, o contrário do informado.
Após os colapsos do Lehman Brother e da AIG, outras importantes instituições
financeiras ao redor do mundo, como o Citigroup, Northern Rock, Swiss Re, UBS e
Société Générale declararam enormes prejuízos nos balanços, agravando ainda mais a
desconfiança do mercado.

A crise no Brasil
O Brasil foi atingido pela crise de forma mais representativa somente no terceiro
trimestre de 2008, em virtude dos problemas vivenciados pelos agentes econômicos, o
que motivou a redução de créditos destinados a exportação, financiamento de
investimentos produtivos e aquisição de produtos, especialmente bens de consumo
duráveis.
Apesar do discurso otimista do presidente Lula na época da crise de um impacto
menor do que o ocorrido nas economias americana e europeia, a crise teve um impacto
significativo no país.
Em outubro, por exemplo, a Sadia reportou um prejuízo milionário com
investimentos em derivativos tóxicos (títulos que foram comprados por um valor muito
maior do que o real) que levaram a um prejuízo trimestral de mais de R$ 2 bilhões.
Esses prejuízos culminaram na fusão da companhia com sua maior concorrente, a
Perdigão, o que originou a BRF.
Outra grande empresa brasileira, a Aracruz, também perdeu dinheiro com
derivativos e teve mais de R$ 3 bilhões de prejuízos no último quarto de 2018 e fez um
acordo de aquisição com a VCP, criando a Fibria.
Com isso o governo viu que era necessário agir e baixou a taxa básica de juros,
SELIC, de 13,75% para 8,75% ao ano em 2009, diminuindo os juros pagos para
empréstimos tanto de pessoas físicas quanto de empresas, com o objetivo de aumentar o
dinheiro em circulação.
Diminuiu a alíquota de impostos (principalmente IPI) para produtos da linha
branca, materiais de construção e automóveis e liberou bilhões de reais em depósitos
compulsórios para os bancos, para aumentar a liquidez no mercado, ou seja, estimular a
produção das indústrias e aumentar o dinheiro em circulação para que as pessoas
consumissem mais.
Apesar de no ano de 2008 o PIB nacional ter aumentado 5,2%, com o impacto
da crise, em 2009, obteve uma retração de 0,3%. Ainda, a bolsa de valores, Bovespa,
teve uma queda em 2008 de 4%, a maior desde a década de 70.

Medidas para recuperação da crise nos Estados Unidos

Para a superação foram adotadas várias estratégias pelo governo nos Estados
Unidos e a partir delas, é preciso apontar os resultados alcançados e as perspectivas
voltadas para o pós-crise.
A primeira ação econômica de superação foi aplicada em 2009 por meio de um
pacote com várias medidas, as quais se voltavam para a interrupção do detalhamento da
instabilidade, redução das expectativas negativas, bem como recuperação da confiança
dos investidores, o que ocorreu a partir da redução de juros e a revalorização dos ativos
de risco.
Foram adotadas políticas anticíclicas para superar a crise que recaiu na economia
mundial, tendo por base o afrouxamento das políticas fiscal e 23 monetária, com
expansão da demanda agregada visando recuperar o equilíbrio das atividades
econômicas.
A crise teve origem no âmbito financeiro e se estendeu para o setor produtivo, o
que levou o governo a buscar meios de reverter a situação de maneira rápida e eficaz.
Neste sentido, o mesmo tomou medidas de recuperação, de garantia da solidez do setor
bancário, de contenção da crise cambial e de estímulo fiscal. Em relação à recuperação,
foram aplicadas medidas de flexibilização das regras do depósito compulsório para à
vista e a prazo. As modificações realizadas nos depósitos a prazo objetivavam alcançar
a solidez do sistema bancário, sendo utilizado até 40% dos recursos do compulsório
para depósitos a prazo.
A crise do sub prime pode voltar a acontecer?
Após o desastre econômico global do sub prime, economistas vêm prestando
cada vez mais atenção à possibilidade de uma nova bolha catastrófica na economia.
Nos EUA, considerando todas as variáveis que levaram ao surgimento e estouro
da bolha, especialistas atribuem a responsabilidade amplamente à falta de regulação dos
mercados, desde então, o governo e o banco central dos EUA vêm trabalhando
ativamente para aumentar a transparência e a prestação de contas por parte do sistema
financeiro.
Em 2010, o Congresso americano aprovou uma reforma fiscal conhecida como
Lei Dodd-Frank, em homenagem ao deputado Barney Frank e ao senador Chris Dodd.
Algumas das medidas implementadas pela reforma são:
Criação do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), uma agência de
proteção dos direitos do consumidor no setor financeiro obrigatoriedade de “testes de
estresse” periódicos dos maiores bancos dos EUA, que avaliam se as instituições têm
recursos para sobreviver a uma crise de largas proporções.
Implementação da Regra de Volcker, que proíbe bancos de realizar certos tipos
de investimentos especulativos que não beneficiem seus clientes.
Criação do Financial Stability Oversight Council (FSOC), órgão com autoridade
para monitorar riscos sistêmicos e evitar um colapso em cadeia de grandes bancos
interdependentes.
As reformas tiveram forte aprovação da população americana, e muitos
acreditam que o novo sistema de fiscalização tem potencial para identificar uma crise
antes que aconteça.
Porém, há divergências sobre a capacidade efetiva da reforma de evitar novos
desastres e prevenir práticas predatórias, uma vez que a falta de regulação seria apenas
um dos fatores que permitiram a crise do sub prime.
Além disso, há um debate crescente sobre o risco apresentado pelas
criptomoedas, que operam à margem da fiscalização, e sobre a existência de uma bolha
do Bitcoin.
Filmes como :Grande Aposta (2015) conta a história real de corretores que
previram a crise e tentaram alertar as autoridades ou enriqueceram com ela

BIBLIOGRAFRIA
www.politizei.com.br
https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2021/10/10/crise-financeira-colapso-
que-ameacou-o-capitalismo.htm?cmpid=copiaecola
https://www.politize.com.br/crise-financeira-de-2008/

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