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Legacy Credit
MARÇO 2023
Legacy Credit
Credit Crunch é uma contração de crédito resultante de uma crise financeira em que uma restrição severa
ao crédito é imposta pelos bancos ou pelo endurecimento das condições de acesso a empréstimos por
parte deles.
Ocorre quando a oferta de crédito se reduz de forma significativa. Durante esse processo, credores se
tornam mais seletivos para quem emprestar. Bancos e credores de mercado de capitais ficam mais
receosos com inadimplência e retraem ofertas de dinheiro novo. Geralmente acontece seguido de um
período de maior leniência na oferta de crédito.
O ano de 2023, embora ainda no começo, já trouxe uma série de eventos que mudaram a dinâmica do
mercado brasileiro de crédito local, como:
• Nova regra da Anbima de marcação de mercado de ativos de Renda Fixa para pessoas físicas por
parte de corretoras e bancos (debêntures, CRIs e CRAs);
• CVM 160: Nova regra para emissão de ativos de crédito privado em substituição às antigas
instruções CVM 400 e 476;
• Inconsistências contábeis de Lojas Americanas, que levou a empresa centenária a pedir
Recuperação Judicial em apenas 8 dias depois da divulgação do furo em seu balanço (com ao menos
R$ 20 bi de dívidas no mercado de capitais e R$ 22 bi de dívidas bancárias);
• Contratação de assessor financeiro especializado em reestruturações pela Light, que culminou
com o rebaixamento de seus ratings para High Yield em escala local pela Fitch (de AA-.br para CCC.br)
e pela S&P (de brAA+ para brBB-), afetando R$ 12.5 bilhões de dívidas no mercado de capitais);
• Outros anúncios de possíveis reestruturações de dívidas por empresas como CVC, Marisa, Tok&Stok, etc.
Tais eventos geraram um forte movimento de queda nos principais índices de debêntures
institucionais (Anbima IDA-DI) e de debêntures de infraestrutura 12.431 (Anbima
IDA-DI infraestrutura), impulsionando a abertura de spreads de crédito, conforme ilustrado no gráfico na página
seguinte. Este cenário, em meio às manchetes negativas das últimas semanas, tem gerado uma preocupação
com este mercado e fomentado a discussão sobre a existência e/ou a iminência ou não de uma crise de crédito
(credit crunch) no Brasil.
Não pretendemos nos ater aos fatos listados acima, uma vez que eles já foram amplamente noticiados
e discutidos por analistas financeiros e pela mídia nas últimas semanas, mas sim realizar uma análise
profunda ao longo das próximas páginas sobre os fundamentos e os aspectos técnicos que levaram a
reprecificação de spreads de crédito e quais são os possíveis desdobramentos para o mercado nos meses
a seguir.
Afinal, temos à frente uma crise de crédito ou uma janela de boas oportunidades para os gestores mais
bem preparados.
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Ciclos de créditos são normais, em algumas fases caracterizados por movimentos de mais
apetite por risco com fechamento gradual de spreads de crédito (como vimos de 2020 a
2022), e na fase atual caracterizado por maior aversão à risco, com fortes aberturas de spread.
SUMÁRIO EXECUTIVO
Após um período de fortes estímulos monetários como resposta à pandemia do Covid 19, cujas ações
levaram a uma grande liquidez nos mercados e maior busca por retorno por parte dos agentes (em
detrimento ao risco), vemos um novo estágio do ciclo, com elementos que apontam para um ambiente
mais adverso para companhias e indíviduos. O cenário atual é de juros em patamares restritivos, menor
abundância de fontes de financiamento (crédito e capital próprio), e menor crescimento econômico. Se
não bastasse, vemos o mercado de crédito local passando por um processo (doloroso) de resgates de
fundos dedicados, explicado em partes por movimentos técnicos (venda forçada por fundo de liquidez
D0 e D1), e em partes por fundamentos (menor geração de caixa e lucratividade dos emissores).
Este cenário, que para alguns pode parecer uma combinação desastrosa para investimentos em crédito
privado, é para nós um terreno fértil de grandes oportunidades de retorno:
1) Mais do que nunca, uma profunda análise de crédito será essencial para identificar os bons ativos
de crédito privado. Evitar perdas de capital permanente tem se mostrado uma importante fonte de alfa;
2) Aspecto técnico do mercado secundário tem gerado exageros, oferecendo bons investimentos
em debêntures com preços bastante atrativos;
3) Escassez de recursos no mercado de capitais eleva o poder de barganha para os credores. Novas
emissões virão em condições mais favoráveis, como taxas maiores, prazos menores, ou mais garantias;
4) Flexibilidade para navegar no ambiente offshore como forma de descorrelacionar a carteira, através
de emissores menos expostos à economia local. Acreditamos que um portfólio com flexibilidade para
navegar em ativos de créditos locais e offshore (bonds) oferece diversificação e retornos atraentes;
5) Oportunidades de investimentos em ativos estruturados como securitização de carteira de
recebíveis são mais frequentes nessa fase do ciclo, possibilitando ter uma parte do portfólio em
ativos com bom colateral.
Por fim, não acreditamos que estamos passando por uma nova crise de crédito como a vivida em 2015/2016,
pois como mostraremos nas próximas páginas, vemos uma combinação de fatores que distinguem as
condições atuais daquelas encontradas em outras crises, tais como: i) sólidos balanços dos bancos privados
e públicos; ii) preços das commodities em níveis saudáveis; iii) taxa de câmbio estável; iv) menos emissores
sem receita “dolarizada” com dívida em USD sem hedges; v) melhor fotografia de alavancagem da maioria
das empresas; vi) passivos mais alongados e vii) percepção menor de risco país, como podemos ver pelos
CDS, que esta a níveis próximos a 230 bps (vs 500 bps observado em 2015).
Equipe Legacy
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*Base de dados proprietária da Legacy montada a partir de spreads observados no secundário com base em
dados da B3 e na marcação de ativos pela Anbima
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Quando esses movimentos de rápida reprecificação de spreads acontecem, nunca sabemos de antemão
quais serão os fatos novos que servirão como trigger. Os “gatilhos” podem ser eventos macroeconômicos,
como recessão, aparecimento de uma pandemia mundial, inícios de guerras (como a da Ucrânia no início
de 2022) ou mesmo técnicos, como o movimento visto no final de 2019 após queda abrupta do CDI e fuga
de recursos de fundos de crédito.
Vale notar que, desde o início de 2022, a maior parte das classes de ativos brasileiros já tinham sofrido
com reprecificação de maiores prêmios de risco, como a abertura das curvas de juros nominais (DI) e de
juros reais (NTN-B), queda na Bolsa de Valores (Ibovespa), e o expressivo aumento dos Yields de crédito
offshore (bonds de emissores brasileiros e o CDS de Brasil).
Enquanto isso, o mercado de crédito local estava praticamente sozinho num mar de tranquilidade.
Acreditamos que esta estabilidade de spreads no mercado local foi impulsionada principalmente pelos
constantes aportes em fundos de renda fixa (aspecto técnico do mercado), o que ocorreu a despeito
da piora gradual de fundamentos da nossa economia (revisões de crescimento de PIB 2023 para baixo,
inflação persistente acima da meta, expectativa de manutenção de juros altos por mais tempo e piora nos
índices de inadimplência de pessoas físicas e empresas pequenas e médias).
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A crise do Covid, iniciada em março de 2020, atingiu a maioria dos países e, de certa forma, gerou um
sincronismo entre ciclos econômicos em diversas regiões, o que levou a um movimento de estímulos fiscais
e monetários por parte dos Governos e seus Bancos Centrais ao longo de 2020. Observamos assim em
diversas economias uma política de corte de juros para patamares muito baixos, como o caso do Brasil, que
cortou a SELIC para 2% no meio de 2020 (menor nível da nossa História), ou do Federal Reserve nos EUA que
cortaram o Fed Funds de volta para 0% nesse mesmo período.
Taxa Básica de Juros no Brasil (SELIC) e Fed Fund Rate nos EUA
A SELIC permaneceu no patamar abaixo de 3% por quase um ano e nesse período as taxas pré-fixadas
para períodos mais longos como 10 anos não ultrapassaram 8.0% aa, nível historicamente muito baixo
para nosso país (vide figura 4 abaixo).
Como era então de se esperar, em um país onde a taxa de juros média overnight dos últimos
15 anos foi de 9.3% aa, esses juros baixos foram um verdadeiro convite para que empresas e
famílias tomassem mais dívidas a custos baratos, principalmente quando os riscos trazidos
pela pandemia para a atividade econômica foram se dissipando.
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Com a SELIC a 2% aa e juros longos a 7.5% aa, havia uma forte racionalidade em se
endividar para fazer novos investimentos, comprar competidores ou retornar recursos
para os acionistas das empresas sob a forma de dividendos e/ou recompra de ações.
Muitos projetos passaram a fazer sentido com custos de financiamentos tão reduzidos.
A liquidez abundante trouxe também grandes volumes de aportes de capital vindo de fundos de
Private Equities, Venture Capital, etc. A ordem do dia era crescer e ganhar market share sem tanto foco
em margens e lucratividade.
Clique no link a seguir para ler o tópico “Top Down Matters” da primeira carta de gestão de crédito da
Legacy: Carta Gestão Legacy Credit Abril 2022: Top Down Matters
“A rising tide floats all boats….. only when the tide goes out do you discover who’s been swimming naked.”
(Warren Buffet)
Figura 4: SELIC acumulada no ano de 2020 foi de apenas 2.8% aa, muito abaixo da
nossa média histórica anual
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Analogamente, nos Estados Unidos vimos o Fed Funds ser elevado de 0% para o range de
4.5%- 4.75% ao longo de apenas 1 ano. Atualmente as curvas de mercado precificam que a taxa terminal
de juros nos EUA será mais próxima a 5% (nível mais alto desde 2007). Com isso, a taxa dos Treasuries de
10 anos mais que dobrou de valor, saindo de 1.50% em dez/2021 para 3.5% hoje em dia.
A magnitude e a velocidade desse aperto monetário trouxeram uma série de desafios para diversos
investimentos feitos durante o período de SELIC abaixo de 7% aa (de 2018 a 2021). Na verdade, os
CFOs de grandes empresas e os investidores em sua maioria não imaginavam que a SELIC pudesse
voltar a ficar em patamares acima de 10% por períodos mais longos, como estamos vendo agora.
Sendo assim, os custos sobre as dívidas feitas até 2021 se multiplicaram rapidamente.
Figuras 5 e 6: Curvas Futuras de Juros no Brasil (primeiro gráfico) e nos EUA (segundo
gráfico) precificam patamares elevados de juros por um longo período
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Neste momento, as curvas futuras precificam que os juros ficarão nesses patamares restritivos por mais
tempo (SELIC acima de 11% aa e Fed funds acima de 3.5% aa), trazendo uma preocupação adicional para
os investidores. O custo do dinheiro ficou mais caro e deve continuar assim por mais alguns trimestres.
Adicionalmente, é esperado que haja uma desaceleração econômica causada por essa política monetária
restritiva que deve afetar negativamente a receita, a geração de caixa e a lucratividade das companhias.
Agora, com a SELIC a 13.75% aa e juros longos no Brasil a 12% aa, a ordem do dia é
usar qualquer fluxo de caixa excedente para diminuir endividamento, favorecendo
credores em detrimento a acionistas.
Vejamos um exemplo teórico para uma empresa brasileira que se financie primordialmente no mercado
local em dois cenários distintos:
(i) em 2020 com a SELIC de 2% aa e spread de crédito de 1% = 3%;
(ii) em 2023 com a SELIC de 13.75% aa e spread de crédito de 3% = 16.75%.
Tabela 2: Exercício Teórico da capacidade financeira: Com Juros elevados (2ª coluna),
apenas 33% da geração de caixa de uma companhia poderia ser utilizado em
investimentos, M&As, fluxos de recursos para os acionistas, etc.
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Esse exemplo mostra como o custo do dinheiro mais alto mudou a dinâmica do fluxo de caixa
dos emissores. No dia a dia dos nossos analistas de crédito, precisamos tentar separar
o joio do trigo ao responder as seguintes perguntas sobre as empresas em que investimos:
Clique no link a seguir para ler o tópico “Foco total na Análise de crédito” da primeira carta de gestão de
crédito da Legacy: Carta Gestão Legacy Credit Abril 2022: Foco Total na Análise de Crédito
A natureza pós-fixada das dívidas locais das empresas brasileiras torna o efeito dos juros altos mais
imediato para o fluxo de caixa das companhias.
O mercado brasileiro de capitais é baseado em instrumentos de renda fixa pós-fixados, diferente do que
acontece nos Estados Unidos, por exemplo (onde os Bonds, principal modalidade de captação de dívidas
pelas empresas em mercado de capitais, são pré-fixados em sua maioria).
O fato é que não existe funding disponível em taxas pré-fixadas para períodos mais longos para emissores
privados no Brasil. Desta forma, a transmissão da taxa SELIC mais alta para a despesa financeira
das empresas é integral e imediata.
Algumas empresas conseguem emitir debêntures de infraestrutura, CRIs ou CRAs indexados à inflação com
prazos entre 5 e 15 anos, por exemplo (taxa da NTN-B + spread de crédito). Outros emissores têm acesso
ao mercado de bonds offshore emitindo em USD sem a necessidade de hedge para reais, como acontece com
as companhias exportadoras.
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Entretanto, o que observamos na prática nos últimos anos é que a maioria das empresas que não
tenham receita indexada à inflação (como é o caso de uma concessão rodoviária) ou que não tem
receita dolarizada (como é o caso de um produtor de commodities) usam derivativos para trocar o
indexador de suas dívidas de IPCA ou USD para CDI também.
Já nos Estados Unidos, quase 50% do passivo das empresas são em Bonds pré-fixados de prazos
acima de 5 anos de vencimento. Outros 50% são em Loans pós-fixados (SOFR + spread). Ou seja, as
companhias americanas sentiram o aumento das taxas de juros em apenas 50% de suas dívidas num
primeiro momento.
Ainda sobre a (falta de) profundidade dos mercados de emissões de RF pré-fixados, vale notar que, mesmo o
Governo Federal através do Tesouro Nacional, que tem acesso amplo a emissões de dívidas dessa natureza,
não tem emitido tanta dívida pré como no passado – hoje, apenas 27% do estoque de dívida pública é pré-
fixada, versus os 40% indicados como nível desejado pelo Tesouro na PAF de 2023.
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Os covenants padrão das emissões locais reduzem a flexibilidade das empresas, exigindo a renegociação
das mesmas no caso de eventos de quebra de covenant. Por outro lado, geram proteção aos credores.
Uma outra característica do mercado local é a presença de covenants financeiros atrelados às emissões,
mesmo para empresas de ratings mais altos (AA ou AAA, por exemplo). Os mais usuais são os covenants de
alavancagem (dívida líquida/EBITDA) e de cobertura de juros (EBITDA/ despesas com juros). Nos EUA, não são
usuais covenants dessa natureza para empresas Investment Grade em escala global.
Por um lado, a existência de covenants restringe as companhias em períodos em que seu negócio não
performa conforme o esperado. Por outro lado, gera uma importante proteção aos seus credores. Assim,
mesmo que alguns emissores tenham sido bem-sucedidos em alongar o prazo de suas dívidas quando o
mercado estava com maior apetite a risco, o potencial estouro de um covenant obriga o emissor a rediscutir
junto aos seus credores as condições da dívida emitida em uma Assembleia Geral de Debenturista (AGD).
Na AGD, os termos das emissões podem ser renegociados, como o spread de crédito, novos covenants ou
reforços de crédito como novas garantias reais.
Ainda, a conjuntura resultante dos fatores citados acima pode levar ao rebaixamento de ratings
das empresas, o que gera uma elevação no custo de funding de empresas e bancos. De fato, estamos
observando um número maior de downgrades de rating nesse início de 2023, como podemos ver
na figura abaixo.
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No mercado secundário, o downgrade de rating de um papel pode levar alguns gestores a uma venda
forçada de tais emissões. Isso ocorre devido ao mandato engessado de alguns fundos, que proíbem a
manutenção no portfólio de debêntures abaixo de determinados ratings.
Para entender mais profundamente como estão os canais de oferta de funding para as grandes
empresas brasileiras, vamos analisar o status atual das principais alternativas de fontes de
recursos no Brasil.
Após um período de liquidez abundante, a partir de 2021 diversos mercados que se apresentavam
como alternativas de funding para as companhias brasileiras foram ficando mais caros e escassos, na
seguinte ordem:
O mercado acionário foi uma grande fonte de recursos para empresas entre 2019 e 2021. Atualmente,
este mercado está menos acessível.
Entre 2019 e 2021, observamos níveis recordes de operações de IPOs e Follow-ons na Bolsa brasileira.
Somados nesses 3 anos, o volume de transações ultrapassou a R$ 300 bilhões. Todavia, essa realidade
mudou em 2022, quando vimos apenas R$ 55 bi de novas emissões de equities, com apenas 1 IPO e 19
follow-ons (-54% yoy). Excluindo a operação de follow-on de Eletrobras em julho/2022 feita pelo Governo
Federal de R$ 34 bilhões, esse montante cairia para apenas R$ 21 bilhões.
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Figura 10: Volume de IPOs e Follow-ons na bolsa brasileira em queda desde 2021
A SELIC de 2% e juros reais negativos num país emergente como o Brasil, incentivaram
os investidores a buscar investimentos mais arriscados, como a renda variável (TINA
=> there is no other alternative). Contudo, com a SELIC novamente em 2 dígitos, a Renda
Fixa voltou a ser a principal alternativa de investimento da maioria dos investidores,
como vemos no gráfico a seguir.
Apesar de muitas empresas que acessaram o mercado de equities nos anos áureos de 2019 a 2021 relutem
em fazer novos follow-ons a preços de ações muito abaixo da sua última capitalização (não é raro encontrar
ações que já caíram -80% desde o pico atingido em 2021), em alguns casos estamos vendo o management
de algumas empresas ventilando tal possibilidade para reequilibrar sua estrutura de capital.
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O aperto monetário nos EUA elevou as taxas de juros na Renda Fixa offshore (bonds), reduzindo a
atratividade de emissões neste mercado por parte das empresas brasileiras.
O ano de 2022 foi um dos piores anos em termos de volume de emissões de bonds por parte do Governo
Soberano, empresas e bancos brasileiros, como podemos verificar na figura abaixo. Acreditamos que
2023 não será muito diferente.
O aperto monetário em curso nos Estados Unidos explicado nas páginas anteriores tornou mais cara
e emissão de corporate bonds em USD. Podemos constatar tal fato ao observar o aumento no Yield do
bond Brazil soberano 3.875% com vencimento em 2030 que subiu de 4.25% para 6% ao longo de 2022
(fez high em Outubro em 7%).
Nem mesmo o Governo Federal, que costuma liderar as emissões no início do ano, acessou mercado de
bonds em 2022 e 2023 (fato só verificado na recessão de 2015). O volume total de emissões recuou de
aproximadamente USD 25 bilhões em 2021 para apenas USD 5.5 bilhões no ano passado em 12 operações
(-78% yoy). Além disso, vimos muitas operações de recompra de bonds com preços desagiados por grandes
emissores como Petrobras, Banco do Brasil e Banco Votorantim.
Figura 12: Volume de Emissões no Mercado Offshore: Alta de juros do FED tornou
emissões de bonds mais caras
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Em 2022, o cost of funding para emissão de bonds pré-fixados em USD subiu de forma expressiva, bem acima
do custo de acessar o mercado local. Agora essa situação está começando a se inverter, spreads no
mercado secundário de algumas debêntures já estão ultrapassando o spread swapado para CDI
dos bonds offshore. Para emissores que já acessaram mercado de bonds anteriormente pode fazer
sentido voltar a emitir em USD. No mercado offshore, volumes (a partir de USD 300 milhões) e prazos
(acima de 5 anos) ainda são vantajosos em relação às condições atuais do mercado local.
As debêntures de infra isentas de IRRF para pessoas físicas estão sofrendo movimento contínuo de abertura
de spreads de crédito desde a metade de 2022, como podemos ver na figura abaixo. Além disso, tais
instrumentos são indexados a IPCA e pagam spread acima na curva de NTNBs, que também abriram taxa
ao longo de 2022.
Por exemplo, uma empresa que emitisse uma debênture de 12.431 no início de 2022 à taxa de NTNB com
vencimento em 2028 + 130 bps teria um custo total de IPCA+6.3%aa. Atualmente, esta mesma emissão
teria um custo em torno de IPCA+8.0% aa, parte pela abertura dos juros reais, parte do aumento do spread
(“Double Whammy”). Mesmo assim, observamos um bom volume de emissões em 2022 (R$ 40 bi versus R$
47 bi em 2021), e continua sendo uma alternativa para empresas emitir não só debêntures de infraestrutura
como CRIs e CRAs para acessar o bolso das pessoas físicas que contam com isenção de IRRF.
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Fonte: Bloomberg
Do lado dos investidores, nunca houve um momento mais atrativo para montar uma carteira de
debêntures de infra de bons créditos em torno de IPCA+8.0%. Enquanto ao comprar um NTNB o
investidor paga no mínimo 15% de IR, nas debêntures de infra, existe a isenção de Imposto de
Renda sobre carrego e eventuais ganhos de capital.
O sistema bancário segue robusto e garantindo amplo acesso a recursos para as companhias. Contudo,
o evento de Lojas Americanas e aumento da inadimplência entre PJs e PMEs podem elevar a régua de
crédito de alguns bancos.
Os balanços saudáveis dos bancos locais podem e devem atenuar o risco de uma crise de crédito no Brasil.
Vemos esta como uma grande diferença em relação a crises passadas, pois os maiores bancos privados
e públicos do nosso país contam com índices de capitalização robustos (basiléias folgadas) e passivos
alongados (menor risco de descasamento entre ativos e passivos). Num momento de restrição em operações
de mercado de capitais, os bancos têm espaço para crescerem suas carteiras de crédito com seletividade.
Essa condição vantajosa se deve, em partes, à desintermediação financeira observada nos últimos anos, que
permitiu que bancos trocassem dívidas de prazos curtos (como CDBs de liquidez diária) por instrumentos
de prazo de vencimentos mais dilatados como LFs, LCIs, LCAs e LIGs. Além disso, muitos bancos emitiram
instrumentos híbridos de capital: Letras financeiras subordinadas (LFSNs) e perpétuas (LFSC), que ajudam a
compor os índices de basileia nível 1 e nível 2, sem diluir seus acionistas.
De qualquer forma, apesar da fotografia atual positiva dos bancos, este filme merece
atenção. Desde o ano passado, existe um processo de deterioração dos níveis de endividamento e
inadimplência de pessoas físicas e empresas de menor porte (PME). De certa forma, o evento de Lojas
Americanas jogou um holofote sobre o crédito para Large Corporates, que até final de 2022 tinha níveis
de inadimplência muito baixos.
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Adicionalmente, os principais bancos públicos estão líquidos e capitalizados. Os mesmos reduziram sua
participação no estoque de crédito total do país de 60% em 2015 para próximo a 40% atualmente. Alguns
estudos recentes mostram que dado nível de capitalização folgado dos 3 principais bancos públicos, eles
teriam espaço para crescer carteira de crédito entre R$ 500 bi e R$ 1 tri sem comprometer seus índices de
basileia. De certa forma, esse é outro fator que poderia atenuar uma queda na oferta de crédito no Brasil
em outras fontes de funding.
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O ano de 2022 foi marcado por aportes expressivos em Fundos de Renda Fixa Crédito Privado, como
podemos ver abaixo. Em alguns períodos do ano, observamos a média de aportes para esses fundos
atingirem R$ 400 MM/dia.
Figura 19: Captação líquida mensal em R$bi de fundos de crédito acompanhados pela
Legacy: Após um ano de 2022 de grandes volumes de aportes, 2023 começou com
fortes resgates no fundos de CP
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Essa captação elevada nos fundos de crédito fez com que gestores comprassem mais debêntures, dobrando
o estoque desses títulos nos fundos em apenas 2 anos (R$ 378 bi em dez/2022 versus R$ 189 bi em 2020,
vide gráfico abaixo). De lá pra cá, debêntures institucionais e de infraestrutura, CRIs e CRAs se tornaram uma
parcela mais significativa no passivo das grandes empresas listadas no Brasil.
Porém, a partir de 2ª quinzena de janeiro de 2023 esta tendência mudou de forma abrupta. Observamos,
no mês de fevereiro, resgates diários da ordem de -R$ 500 MM, situação só vista anteriormente no
auge da crise do Covid.
Durante a crise do Covid, os fundos tiveram resgates líquidos ao longo de aproximadamente 6 meses,
seguidos por 6 meses de estabilidade nos PL dos fundos de crédito, antes de se iniciar um novo ciclo
de captação forte na classe. Usando 2020 como uma referência, acreditamos que nos próximos 3
meses veremos uma pausa nos resgates de fundos de crédito privado, diminuindo a pressão
de abertura de spreads.
“The less prudence with which others conduct their affairs, the greater the prudence with which we should
conduct our own affairs.” Warren Buffett
Um ponto positivo a se destacar é que o mercado secundário tem se mantido funcional neste aspecto,
com volumes maiores de transações (ver gráfico abaixo), indicando troca de mão de fundos com
passivo mais curto e frágil para bolsos de passivo mais estável.
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Legacy Credit
Fonte: B3
O fato do estoque de crédito privado nos fundos de investimento ser muito maior hoje do que nas outras
crises no Brasil nos últimos anos tem pontos positivos e negativos. Por um lado, isso mostra a evolução e o
ganho de relevância desse mercado. Por outro lado, existe um estoque maior de papel que pode ser vendido
no secundário por fundos de passivo mais frágil (D0 e D+1), gerando mais pressão por abertura de spreads.
Inicialmente, a maioria das empresas relutam em emitir nesse novo patamar de spreads. Logo, o mercado primário
se fecha, o que vem ocorrendo desde meados de janeiro. Acreditamos que até abril pelo menos o mercado primário
terá pouca atividade. Essa dinâmica é amplamente conhecida em mercados mais maduros, como de ações
ou de bonds offshore, onde nem sempre a janela de emissão está aberta. Até recentemente, o mercado
de crédito local não tinha períodos longos de fechamento de janela, mas é de se esperar que, à medida que se
desenvolva e amadureça, passe a ter momentos de janelas mais abertas ou fechadas para novas emissões.
Felizmente, muitos emissores aproveitaram o ano de 2022 com grande fartura de emissões para anteciparem
suas rolagens e podem então se dar ao luxo de ficarem alguns meses sem fazer nenhuma nova emissão de
dívida. Todavia, isso não deveria perdurar além da metade de 2023.
É possível que as companhias lancem mão de alternativas como securitização de recebíveis ou de novas
dívidas com garantias a fim de reduzir os custos de captação, substituindo a oferta de debêntures
corporativas sem garantias (“clean”). De fato, já estamos vendo esse movimento nas últimas semanas. Tais
medidas são comuns em mercados de créditos mais maduros, e vemos com bons olhos no sentido de gerar
oportunidades de bons investimentos em estruturas blindadas e com retornos atrativos.
Clique no link a seguir para ler o tópico “Análise Técnica” da primeira carta de gestão de crédito da Legacy:
Carta Gestão Legacy Credit Abril 2022: Análise Técnica do Mercado
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Acreditamos que não. Com as informações que temos até o momento, nos parece um ciclo normal
de aumento de spreads de crédito, maior diferenciação entre os emissores e maior seletividade na
originação de novos empréstimos por parte dos bancos e do mercado de capitais.
Usando como referência as crises de crédito que vimos no Brasil em 2015/2016 e a crise de crédito nos
Estados Unidos em 2008, vemos muitos atenuantes e diferenças.
De fato, as piores crises econômicas são as que passam pelo mercado de crédito, principalmente as que afetam
o setor bancário, como foi a crise de 2008 que levou à quebra de bancos como Lehman Brothers nos EUA.
A crise de 2015 no Brasil não levou à quebra de nenhum banco importante no nosso país, mas ajudou a
aprofundar a maior recessão da nossa história recente (queda acumulada de -8% do PIB entre 2015 e 2016).
Não vemos agora ingredientes para uma crise tão grave como as 2 mencionadas acima. Como atenuantes,
vemos os seguintes fatores:
1) Bancos privados com balanços saudáveis (liquidez e solvência) e bancos públicos com
bastante espaço para crescer carteira de crédito, caso queiram;
2) Preços de commodities elevados (vide tabela abaixo), favorecendo diversos setores
importantes de nossa economia;
3) Taxa de câmbio comportada;
4) Fotografia dos balanços das Large Corporates brasileiras com alavancagem financeira
controlada e passivo mais longo que em outras crises (vide 1ª carta de gestão – Fundamentos).
Clique no link a seguir para ler o tópico “Fundamentos: Perfil de Crédito das Large Corporates
brasileiras” da primeira carta de gestão de crédito da Legacy: Carta Gestão Legacy Credit Abril
2022: Fundamentos Perfil de Crédito das Large ;
5) Menos dívidas em USD sem hedge de empresas que não têm receita dolarizada;
6) Percepção menor de risco país, como podemos ver pelos CDS*, que está a níveis próximos
a 230 bps (versus 500 bps em 2015). Isso se deve também ao fato de o Governo Federal ser
credor líquido em USD;
7) Não temos a ocorrência de um evento one-off como foi a operação Lava-jato em 2015,
que foi determinante para a quebra de construtoras e para a piora na percepção de crédito de
algumas Estatais como a Petrobras.
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Figura 22: CDS Brasil e Preços de Commodities: preços dos principais produtos
exportados pelo Brasil (Ex: petróleo, soja, etc.) seguem suportando bons resultados
das empresas exportadoras
Apesar de ainda não ser um credit crunch, reconhecemos que entramos numa nova fase do ciclo de crédito, em
que os recursos são mais escassos (e logo, mais caros), e a atividade econômica se enfraquece. Tal conjuntura traz
desafios para o management das companhias brasileiras.
Desde 2016, praticamente não temos nenhum grande evento de default de empresa grande no Brasil (ver gráfico abaixo).
Ou seja, depois de 7 anos de calmaria, as condições financeiras mais apertadas podem levar a ocorrência de algumas
reestruturações e reperfilamentos de dívidas dos emissores mais frágeis dentre as Large Corporates brasileiras. De
fato, já vemos no mercado de crédito uma maior diferenciação entre as percepções de risco de default, como mostra o
gráfico a seguir. Mais do que nunca, acreditamos que uma profunda análise de crédito será essencial para evitar “erro do
tipo II”, ou seja, classificar como boa pagadora uma companhia má pagadora.
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Acima, no segundo gráfico, vemos que a quantidade de debêntures institucionais com spread
acima de CDI+4% (marcação de preço feita diariamente pela Anbima) saltou de 7 papéis no final
de 2022 para 31 papéis no meio de março. Isso demonstra que o mercado tem feito maior diferenciação
entre créditos mais sólidos de outros mais frágeis dada a piora do cenário macroeconômico brasileiro.
Parte do nosso trabalho como gestores é tentar antecipar as fases do ciclo em que estamos, e assim
construir a carteira mais adequada para equilibrar risco / retorno de cada mandato.
E, nesse contexto, acreditamos que estamos entrando num dos melhores momentos para se investir em
crédito privado dos últimos anos:
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1) Técnico do mercado secundário pode gerar exageros, oferecendo bons investimentos em preços
bastante atrativos. Mandatos engessados da indústria também geram oportunidades para nós, como vendas
forçadas devido a resgates de passivos de curto prazo (fundos D0 e D+1), downgrade de ratings, concentração
por emissor (ocasionado por resgates), etc;
2) Escassez de recursos no mercado acionário e de crédito elevam o poder de barganha para os credores.
Novas emissões surgirão em condições mais favoráveis, como taxas maiores, ou mais garantias; e
Clique no link a seguir para ler o tópico “Diversificação sempre” da primeira carta de gestão de crédito da
Legacy: Carta Gestão Legacy Credit Abril 2022: Diversificação sempre
Para identificar as possibilidades acima e outras, é de suma importância uma equipe de análise especializada
e experiente para separar boas empresas das empresas com potencial risco de inadimplência. Além disso, a
disponibilidade de capital é fator decisivo para performance neste cenário.
O time de crédito da Legacy, além de contar com uma equipe multidisciplinar com experiência
média de 15 anos na análise e gestão de ativos de crédito de diversas naturezas, vem se preparando
para um cenário mais adverso desde o último trimestre de 2022, quando passamos a focar na
reciclagem da carteira e revisões de créditos que até então eram tidos como “óbvios”, mas que
demandavam análises num contexto macro mais desafiador.
Nos encontramos agora em posição de liquidez acima da média nos nossos Fundos, com processos
de investimentos bem desenhados para o cenário atual e mantemos o (constante e incessável)
monitoramento dos nomes que consideramos para compor nossas carteiras, já que, como
provocado no início desta carta, vemos à frente um momento único de grandes e promissoras
oportunidades.
“Patient opportunism, buttressed by a contrarian attitude and a strong balance sheet, can yield amazing profits
during meltdowns.” Howard Marks
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c. Diversificação exagerada também tem suas desvantagens. Se você tem no portfólio todos os papéis do
mercado (como um ETF), não precisa tanto de analistas de crédito para fazer credit picking (selecionar créditos
com baixa probabilidade de default);
d. Se posicione como provedor de liquidez e evite ao máximo ser vendedor de bons ativos a taxas elevadas
e preços desagiados por necessidade de liquidez;
e. Procure fundos com passivos adequados à liquidez do mercado de crédito. Fundos de liquidez imediata
(resgates D0 e D+1) em momentos de maior volatilidade geralmente são os que mais sofrem;
“When other investors are unworried, we should be cautious; when investors are panicked, we should turn aggressive.”
Howard Marks
g. Monitoramento é crucial para investir em crédito. Ativos de crédito podem ter vencimentos de 5 anos
ou mais. Durante esse período, o cenário macro muda, as empresas se alavancam ou desalavancam e os
fundamentos se alteram;
h. Ratings atribuídos por agências especializadas são uma referência útil, mas não suficiente. Eventos
recentes mostram que mesmo empresas AAA ou AA podem ter problemas de crédito num curto espaço de
tempo;
I. Muitas vezes a diferença de rentabilidades entre fundos são mais discrepantes em bear markets do que
bull markets. O bull market acaba virando uma corrida de mountain bike ladeira abaixo, chega na frente quem
toma mais risco;
j. Tenha mentalidade de sobrevivência na gestão de portfólios. Nas crises ficam mais claros os processos de
controle de risco dos gestores.
Clique no link a seguir para ler o tópico “Paranoia por Liquidez” da primeira carta de gestão de crédito da Legacy:
Carta Gestão Legacy Credit Abril 2022: Paranóia por Liquidez
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Material de divulgação Fe v e re iro de 2 0 2 3
Apresentação
Lançado em outubro de 2021, o fundo Legacy Credit tem como objetivo investir em ativos de crédito privado, explorando o ambiente local e internacional (bonds). Nossa
proposta é oferecer ao investidor um veículo híbrido, com flexibilidade para navegar em diversos ativos de crédito (debêntures, debêntures incentivadas, bonds, loans, CRI, CRA,
FIDCs, etc), para assim capturar oportunidades em todos os segmentos da indústria. Além disso, buscamos extrair ao máximo os benefícios da divesificação, compondo a
carteira pulverizada (com mais de 70 ativos) dos mais variados setores da economia.
Rentabilidade do fundo*
LÂMINA DO FUNDO
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano 12 m Acumulado
* Rentabilidade mensal calculada com base na cota do último dia útil do mês, líquida de administração e performance e bruta de taxa de saída e impostos. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros.
dez-21
jan-22
fev-22
mar-22
abr-22
mai-22
jun-22
jul-22
ago-22
set-22
out-22
nov-22
dez-22
jan-23
fev-23
² Média aritmética da soma do PL apurado no último dia útil de cada mês, nos 12 (doze) meses
Legacy Capital Credit FIC FIM CP CDI anteriores.
* Para a avaliação da Performance de um Fundo de Investimentos, é recomendável a análise de ³Desde o início do fundo 09/11/2021
no mínimo 12 (doze) meses.
Composição da Carteira
Setor Rating