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Introdução......................................................................................................................2
Conceito de Crédito vencido..........................................................................................3
Classificação temporal do crédito vencido.....................................................................3
Percentagens de Provisões.............................................................................................4
Crédito vencido..............................................................................................................4
Rácio De Crédito Vencido.............................................................................................5
As principais medidas de solidez...................................................................................6
Non – performing loan (NPL)........................................................................................7
Conclusão.......................................................................................................................8
Referencias....................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho cujo o tema credito vencido. É de salientar que De acordo com o
guia de indicadores de solidez financeira do FMI (2004), o crédito torna-se vencido
ou em incumprimento se: o pagamento de juros ou amortização de capital estão
vencidos há pelo menos 90 dias; o pagamento de juros a 90 ou mais dias foi
capitalizado, refinanciado ou atrasado por meio de acordo entre partes; os pagamentos
estão atrasados há menos de 90 dias mas existem outras razões que induzem a que os
mesmos possam não ocorrer na sua totalidade, designadamente a situação de falência
do devedor.
O crédito vencido pode também estar relacionado com uma taxa de financiamento
mais elevada e uma menor oferta de crédito, o que pode levar a um sentimento
negativo face aos bancos com níveis mais elevados de crédito vencido, diminuindo
assim a capacidade dos bancos de aceder ao mercado de capitais.
Crédito vencido
Por vezes também designado de “crédito vencido”, refere-se, assim, a uma situação
que surge quando as famílias deixam de pagar os seus empréstimos e,
consequentemente, entram em incumprimento.
O Aviso 7/GGBM/2007, estipula que para efeitos do cálculo de provisões para crédito
vencido, os vários tipos de crédito devem ser enquadrados nas classes de risco
respectivos, os quais reflectem o escalonamento do crédito e juros vencidos em
função do período decorrido após o respectivo vencimento ou da data em que tenha
sido formalmente apresentada ao devedor a exigência da sua liquidação. As classes de
risco, estipulados pelo Aviso referido acima devem estar, conforme a tabela abaixo:
A falta de cumprimento dos compromissos por parte dos clientes de crédito representa
perdas para o banco e segundo regem as normas prudênciais emanadas pelo Aviso
7/GBM/2007 devem ser Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 39 constituídas
provisões, que se destinam a cobertura de prejuízos de exercício ou a ele imputáveis,
de verificação já comprovada ou de comprovação futura, mas sempre de montante
ainda desconhecido.
Crédito vencido
I II III
Com 1ª hipoteca de 15 50 100
habitação do mutuário
Como se pode depreender com a leitura da tabela acima as taxas de provisão para de
crédito vencido dependem do prazo da mora e da respectiva garantias, isto é, quanto
maior for o prazo em que o crédito está em mora maior será a provisão a constituir,
contudo para prazos de mora iguais existe diferenciação em função do tipo de garantia.
Para além das provisões para o crédito em mora as instituições de crédito deverão
constituir provisões para riscos gerais de crédito segundo uma taxa de 2% sobre o
crédito em situação regular, vulgarmente chamado de crédito vivo na gíria bancária.
RÁCIO DE CRÉDITO VENCIDO
O aumento do rácio de crédito vencido nas instituições pode indiciar falhas na política
de crédito dos bancos, contribuindo, caso seja generalizada, para o aumento da
probabilidade de ocorrência de crises financeiras. Com o intuito de atenuar a
instabilidade, muitos países transformaram a banca numa das indústrias mais
regulamentadas. Mesmo assim, em muitas economias verifica-se não ser suficiente
para prevenir os choques sistémicos mais recentes. Segundo o ESRB (2019) a
acumulação excessiva de crédito vencido no sistema financeiro pode ter um impacto
na resiliência do setor financeiro.
O crédito vencido pode também estar relacionado com uma taxa de financiamento
mais elevada e uma menor oferta de crédito, o que pode levar a um sentimento
negativo face aos bancos com níveis mais elevados de crédito vencido, diminuindo
assim a capacidade dos bancos de aceder ao mercado de capitais. As políticas
macroprudenciais podem ter um papel bastante importante em prevenir um problema
sistémico de crédito vencido e/ou a aumentar a resiliência do setor financeiro caso
este problema se materialize.
A qualidade da carteira de crédito de um banco pode ser estimada pelo rácio crédito
vencido face ao total do crédito concedido, acarretando o seu aumento a deterioração
dos resultados (Festić et al., 2011, Fofack, 2005).
Saba, Kouser e Azeem (2012) consideram, ainda, que a qualidade do crédito se
deteriora com a perda de capacidade de pagamento pelos devedores. Segundo Collins
e Wanjau (2011) o elevado volume de incumprimento, deteriora a qualidade do
capital dos bancos e conduz, usualmente, à falência sendo o exemplo mais recente a
crise do subprime, com origem no registo de enormes montantes de crédito vencido.
O aumento do rácio de crédito vencido nas instituições pode indiciar falhas na política
de crédito dos bancos, contribuindo, caso seja generalizada, para o aumento da
probabilidade de ocorrência de crises financeiras. Com o intuito de atenuar a
instabilidade, muitos países transformaram a banca numa das indústrias mais
regulamentadas. Mesmo assim, em muitas economias verifica-se não ser suficiente
para prevenir os choques sistémicos mais recentes
Referências
Espinoza, R., e Prasad, A. (2010), “Nonperforming Loans in the GCC Banking
System and their Macroeconomic Effects”, IMF Working Paper 224, 1–25.