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Nigro como montar uma carteira de investimentos focada em dividendos para
receber todos os meses um “segundo salário” em sua conta.

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ROMPENDO BARREIRAS COM OS
INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS
Assim como a grande maioria dos brasileiros, Thiago Nigro, hoje também conhecido
como Primo Rico, teve períodos de altos e baixos na vida. Ele conta que a infância e
a adolescência foram marcadas por uma espécie de “gangorra financeira”.

Uma hora a família estava ganhando bastante dinheiro, e vivia muito bem, viajava
para a Disney, comia em lugares caros. No momento seguinte, os negócios pioravam
e tinha que atrasar a mensalidade de colégio.

As situações ruins dessa época acabaram moldando a sua forma de pensar.

Uma delas ocorreu durante a chamada que o professor fazia em sala de aula para
verificar a presença dos alunos.

Chamava nome a nome, em ordem alfabética, para checar quem estava ou não na
sala. Quando chegou no “T" e era hora de chamar “Thiago Nigro”, ele simplesmente
pulou o nome.

Como a mensalidade estava atrasada, era como se ele não existisse naquela sala.

Sem a intenção de “se fazer de coitadinho”, ciente de que muitos brasileiros nunca
estudaram numa escola particular e grato por ter crescido com o carinho dos pais,
ele conta que, dentro da sua realidade, foram algumas situações bem difíceis.

Em 2019, veio a maior crise desde que se tornou influenciador e pessoa pública.

Talvez você já tenha ouvido essa história: a mídia publicou que um imóvel em seu
nome iria a leilão por ordem judicial devido a uma dívida atrasada.

O que aconteceu foi resultado da decisão de ajudar a família a comprar o imóvel.

Como eles queriam comprar um apartamento para morar, mas não conseguiam
financiamento bancário, acabou concordando em tomar o empréstimo em seu
nome.

E eles pagariam as prestações. Sabia que isso era errado, mas que a família havia
bancado seus custos até os 20 anos de idade, com bons colégios e faculdade.
Era uma dívida de gratidão com eles e diz não se arrepender por ter tomado o
empréstimo. O arrependimento veio com o que aconteceu depois.

Os tempos de vacas magras voltaram – e a família não teve alternativa a não ser
atrasar as prestações desse empréstimo.

A dívida, que inicialmente era de menos de R$ 400 mil, subiu para R$ 1,7 milhão. O
banco retomou o imóvel e a história vazou para a mídia.

E, já com o papel de educador financeiro, as pessoas começaram a se perguntar:

“Como pode haver um imóvel em seu nome sendo retomado pelo banco?”

“Se ele mesmo sempre recomenda que as pessoas economizem para comprar à
vista porque no Brasil os juros são muito altos, como poderia haver uma dívida de R$
1,7 milhão em seu nome?”

E mais: “sendo criador do canal 'O Primo Rico', como poderia não ter dinheiro nem
para pagar um financiamento imobiliário?”

Na avaliação de Nigro, o erro nesta época não foi ter ajudado a família
emprestando o nome. O erro foi ter deixado o banco retomar o imóvel.

Ele já havia vendido o escritório de investimentos e conquistado a independência


financeira. Os canais de YouTube e Instagram estavam bombando. Em 2019, reuniu
20 mil pessoas em dois dias em um evento no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
O Thiago Nigro de hoje teria quitado aquela dívida com o banco – mas agora não
adianta chorar por isso.

Essas experiências o marcaram de duas formas.

A primeira foi ter ficado muito tempo sem fazer grandes investimentos no setor
imobiliário.

Até menos de três anos atrás, além de morar em um apartamento alugado de


menos de 40 metros quadrados, preferia investir muito mais em ações do que em
imóveis ou fundos imobiliários.

As experiências malsucedidas com crédito moldaram o pensamento de forma a não


se sentir atraído por imóveis.

Só mais recentemente veio o entendimento de que os fundos imobiliários poderiam


fazer muito sentido na composição de uma carteira para investidores de qualquer
perfil de risco.

E só em 2021 que decidiu comprar o primeiro imóvel próprio, para moradia.


Essas experiências também marcaram de uma segunda forma. Desde muito cedo,
fez a promessa a si próprio de que, quando adulto, não viveria aquele tipo de
situação.

Nesta ocasião, tomou a decisão de que queria levar uma vida próspera.

A adolescência foi a de um garoto com problemas de autoestima – óculos, espinha


na cara. Decididamente, não era o galã da turma. E ainda sofria bullying. Não era o
cara mais popular do colégio.

Às vezes, quando queria contar uma história que achava engraçada para a turma,
ficava ensaiando em casa uma semana para deixar a narrativa envolvente. Quando
tomava coragem, ninguém ria. E pior: depois uma pessoa mais popular contava uma
história bem parecida – e todo mundo ria.

Traumas foram se criando.

A primeira fuga foi começar a jogar videogame durante várias horas ao dia. De certa
forma, enquanto jogava, a cabeça esquecia desses problemas.

Depois, a reação foi querer empreender. Acreditava que se fosse bem-sucedido


profissionalmente e construísse um patrimônio considerável, as pessoas começariam
a prestar atenção nele.

Enquanto todo mundo na faculdade só queria saber de festa, começou a trabalhar


como garçom. Na sequência, virou assessor de investimentos e logo decidiu criar o
negócio próprio – quando boa parte dos amigos sequer tinha arranjado o primeiro
emprego.

Quando 99% das pessoas ainda não tinham percebido o potencial das redes sociais
para expandir um negócio no mercado financeiro, os canais de Thiago Nigro no
YouTube e Instagram já tinham mais de 1 milhão de seguidores cada.

Ali por 2017, entendeu que estava certo.

Vendeu o escritório de investimentos, conquistou a liberdade financeira, começou a


ficar conhecido e percebeu que realmente as pessoas passaram a levá-lo muito mais
a sério. Milhões de pessoas começaram a prestar atenção no que falava.

Naquele momento, percebeu que progredir financeiramente pode ser sinônimo de


liberdade para uma pessoa. E com isso assumiu também uma grande
responsabilidade.
Decidiu que seria o maior educador financeiro do Brasil, para que outras pessoas
também pudessem se libertar, prosperando financeiramente.

O plano era compartilhar tudo que aprendesse sobre dinheiro.

E assim faz até hoje, como vai fazer nesta terceira aula do curso gratuito e online
“Seu Segundo Salário (com Dividendos)”: dividir tudo que considera mais importante
sobre investimentos imobiliários.

Tenha certeza de que você vai aprender várias sacadas interessantes para receber
seu segundo salário com imóveis – e também melhorar de vida.

Na primeira aula, foram apresentados os motivos técnicos e psicológicos para


construir uma carteira de investimentos com foco em geração de renda.

Os motivos técnicos são que investimentos que geram renda historicamente têm um
rendimento bem maior que a média do mercado. E mesmo assim são mais seguros
que a média do mercado.

Além disso, investimentos geradores de renda fazem com que caia dinheiro em sua
conta todos os meses. E cada vez que cai dinheiro na sua conta fruto de renda
passiva, seu cérebro se enche de dopamina.

Você sente prazer ao investir!

Isso faz com que você permaneça mais tempo no mercado financeiro investindo.

E investidores com objetivos de longo prazo aumentam muito suas chances de


sucesso no mercado financeiro, dado que os juros compostos são um dos
componentes mais importantes para seu êxito.

Na primeira aula, você também soube sobre os ativos que mais geram renda para os
investidores no mercado financeiro.

Já a segunda aula desse curso foi dedicada à montagem de uma carteira de ações
com foco em dividendos. A gente viu que o mercado acionário pode ser uma
alavanca incrível para quem está em busca de renda passiva.

Cada uma das 15 ações do Ibovespa que pagaram mais de 10% de rendimento em
dividendos no ano passado passaram por uma análise.

Mas a grande lição da aula passada foi que não é possível montar uma carteira
apenas selecionando as ações que mais distribuíram dividendos nos últimos meses.
Não. É preciso ir em busca de dividendos altos e seguros.

A ideia é selecionar empresas que distribuem fartos dividendos praticamente todos


os anos e que devem continuar enchendo os bolsos de seus investidores no futuro.

Neste terceiro capítulo, é a vez de estudar os investimentos imobiliários.

Trata-se de um segmento da economia importantíssimo, principalmente para quem


está atrás de renda passiva. Milhões de brasileiros complementam sua renda ou
obtém seu segundo salário com imóveis.

Somente no mercado de fundos imobiliários são mais de 2 milhões de brasileiros


recebendo dividendos todos os meses. Fora quem tem algum imóvel alugado e
também recebe essa renda.

Agora, você vai ver como também pode entrar nessa festa dos dividendos com
imóveis. Porque não dá para pensar em segundo salário com renda passiva e não
pensar em imóveis.

Imóveis são ativos geradores de renda por natureza.

Olha essa comparação.

Imagine que uma empresa da Bolsa venda R$ 1 bilhão por ano. A maior parte desse
dinheiro é usado para pagar funcionários, impostos, insumos, juros de dívida,
despesas administrativas e outros custos.

No final, daquele R$ 1 bilhão em receita, a empresa vai ter R$ 100 milhões ou R$ 200
milhões em lucro líquido. E vai distribuir uns R$ 50 milhões em dividendos.

Já um imóvel ou um fundo imobiliário tem uma lógica totalmente diferente.

Você vai ter que fazer um investimento inicial para comprar um imóvel ou cotas de
um fundo. Mas depois, quase tudo que entra no caixa é distribuído ao investidor.

Por exemplo, imagine que você comprou um imóvel novo por R$ 500 mil e alugou
por R$ 3 mil por mês. Salvo uma ou outra manutenção que você tenha que fazer e o
Imposto de Renda, todo o resto vai para seu bolso.

Com fundos imobiliários é a mesma – e esses fundos ainda são isentos de IR.
O fundo recebe, por exemplo, R$ 1 milhão por mês de seus inquilinos, paga uma ou
outra despesa e depois distribui R$ 950 mil aos cotistas.

Isso, inclusive, é regulamentado por lei: um fundo imobiliário é obrigado a distribuir


ao menos 95% de seu lucro líquido aos investidores a cada semestre.

Imóveis são máquinas de gerar renda mensal!

E esse negócio de investimento em imóvel é algo milenar.

No Talmud, que é uma coletânea de livros sagrados dos judeus escritos há milênios,
há um trecho assim:

“Uma pessoa deve sempre dividir seu dinheiro em três: ela deve enterrar um terço no
solo, investir um terço em negócios e manter um terço em sua posse.”

A interpretação mais comum para “enterrar um terço no solo” é comprar terras e


erguer sua casa. Há milênios os judeus já defendiam o investimento em imóveis.

E a terceira aula traz um desafio: acreditar só no que estiver seguido de fatos e


dados. Se não provar com números, pode considerar que é mentira.

Você já sabe, desde a primeira aula do curso “Seu Segundo Salário (com
Dividendos)”, que os fundos imobiliários são o segundo maior ativo gerador de renda
do mercado brasileiro – perdem somente para os Fiagros em termos de rendimento.

Os fundos imobiliários renderam quase 12% em dividendos no ano passado.


Atualmente, é possível encontrar na Bolsa excelentes opções de fundos imobiliários.

Esse investimento realmente está rendendo muito. Desde meados do ano passado, a
taxa Selic está em 13,75% ao ano. Em 2022, 42 fundos imobiliários garantiram um
retorno em dividendos maiores do que 13,75%.

Além disso, é importante lembrar que os dividendos distribuídos pelos fundos


imobiliários são isentos de Imposto de Renda. Esse é mais um ponto a favor dos
fundos imobiliários contra os juros da renda fixa.

Tem quem acha que, neste momento de juros tão altos, não há motivo para
inventar. Talvez tenha gente que pense: “Legal, Primo, mas eu vou deixar meu
dinheiro nos fundos de renda fixa, na poupança ou em Tesouro Selic mesmo que já
está muito bom.”
Mas uma coisa que você deve se atentar é que tudo indica que os juros em breve
devem começar a cair. Nesse cenário, seus rendimentos na poupança, em Tesouro
Selic ou nos fundos de renda fixa também devem cair.

Já se você tiver uma carteira de fundos imobiliários, esses ativos tendem a se


valorizar com uma eventual queda dos juros.

Significa que esse pode ser um momento muito interessante para você construir sua
carteira de renda passiva com fundos imobiliários.

COMO FUNCIONAM OS
FUNDOS IMOBILIÁRIOS
O pessoal chama de FIIs os fundos de investimentos imobiliários.

O maior atrativo desse produto é que, ainda que a lei só obrigue os FIIs a distribuir
rendimentos uma vez a cada 6 meses, praticamente todos os fundos imobiliários
fazem distribuições mensais.

No mercado de ações, é uma ou outra empresa que paga dividendos todos os


meses. A maioria distribui dividendos semestrais ou anuais.

Na prática, se você quer ter renda pingando na sua conta todos os meses com
ações, você precisa montar uma carteira com diversas empresas.

Já com FIIs, a regra é o pagamento de rendimento mensal. E receber pagamentos


todos os meses é muito gostoso.

Já reparou isso na empresa onde trabalha? O dia do pagamento é sempre um dia


mais feliz.

O pessoal está com dinheiro na conta, pode almoçar em um lugar mais gostoso,
pode marcar um happy hour, fazer algo no final do dia.

Mais do que o dinheiro na conta em si, o dia do pagamento é uma validação de que
o que você faz é importante. É uma confirmação que você está fazendo o que tem
que fazer direito, que está adicionando valor à empresa.
Ser pago é o motivo que faz muita gente acordar cedo de manhã para trabalhar. E
ser pago também é o motivo para muitos de nós investirmos. Se não fosse pago, não
investiria.

Então, o plano aqui é ver como ser pago pelos fundos imobiliários onde investimos.

Olha aqui esses exemplos.

Veja essa notificação da Rico informando que o fundo imobiliário ALZR11 havia
pagado R$ 101 mil.

Em outro dia, o app da Kinvo informou o recebimento de mais de R$ 20 mil de 3


fundos.

Não tem como não ficar feliz com esse tipo de notificação, não acha?

Pois você vai conhecer a lista dos 42 fundos que distribuíram dividendos maiores que
a Selic.

Os FIIs provavelmente são a forma mais inteligente de você investir em imóveis. Sim,
provavelmente porque tem exceção.

Num fundo imobiliário, milhares de pessoas se juntam para investir em um ou mais


imóveis. O fundo capta o dinheiro dos investidores em uma oferta inicial de cotas.
O gestor do fundo, então, usa esse dinheiro para comprar imóveis ou títulos de
crédito que financiam a construção de imóveis. Em seguida, esses imóveis
comprados começam a ser alugados.

Ou, então, os títulos de crédito comprados começam a pagar juros. E esse dinheiro é
repassado aos donos das cotas dos fundos imobiliários todos os meses.

Se um fundo tem 1 milhão de cotas e vai distribuir R$ 1 milhão em rendimentos, uma


pessoa que tem 10 mil cotas vai receber R$ 10 mil. Já uma pessoa com mil cotas vai
receber R$ 1 mil.

Um fato interessante sobre os fundos imobiliários é que os rendimentos costumam


ser bem mais estáveis que os dividendos das ações.

Quando você olha para a Petrobras, é impossível dizer qual será o lucro do próximo
trimestre. Porque não sabemos qual vai ser o preço do petróleo, qual vai ser a taxa
de câmbio, o valor que a gasolina será vendida no Brasil...

É impossível mesmo para um analista profissional que só acompanha a Petrobras


prever com exatidão qual será seu lucro daqui a três meses.

Já no caso de um fundo imobiliário, isso não acontece. Muitos fundos negociados


em Bolsa têm contratos de 10 anos com seus inquilinos.

Lá está previsto como serão os reajustes de aluguel dos próximos anos.

A não ser que haja um evento de crédito e um inquilino fique inadimplente, a gente
sabe quanto ele pagou no mês passado, quanto deve pagar neste mês e quanto vai
pagar no mês que vem.

Ou seja, não existem muitos motivos para as cotas dos FIIs se valorizarem ou
desvalorizarem bruscamente em curtos espaços de tempo.

Os FIIs podem ser um investimento bastante interessante para quem tem um perfil
mais conservador e não gosta de solavancos na Bolsa.
10 X 3: OS PRÓS E OS CONTRAS
DOS FIIs
Quando se fala de investimento no setor imobiliário, uma das perguntas que mais se
faz é:

“Primo, no final das contas o que é melhor: investir em imóveis físicos ou em fundos
imobiliários?”

Provavelmente você mesmo já se perguntou isso.

Em 90% dos casos, os fundos imobiliários vão ser mais interessantes, e tem um
porquê.

Ao analisar cada uma das diversas características desses investimentos, é possível


chegar a uma conclusão comum.

O ponto 1 da análise é a rentabilidade. A gente viu nas últimas duas aulas que os
fundos imobiliários apresentaram um retorno médio em dividendos de 11,92% no ano
passado.

Já o aluguel de imóveis comerciais, como salinhas de escritório, rendeu em média


5,9% em 2022. E o aluguel de casas e apartamentos, em média 5,19%.

Portanto, os fundos imobiliários pagam mais que o dobro em aluguéis para o


investidor. Eis a primeira prova que FIIs são mais vantajosos que imóveis físicos para
mais de 90% das pessoas.

Mas há diversas outras vantagens.

O segundo ponto que é muito atrativo no caso dos fundos imobiliários é a isenção de
Imposto de Renda sobre os aluguéis. Quando você recebe R$ 1 mil em rendimentos
de seu FII, paga zero de IR. Já se você aluga seu imóvel, vai ter que pagar até 27,5%
de imposto de Renda.

Ou seja, se receber R$ 1 mil do inquilino, você pode ter de pagar até R$ 275 em IR e
fica só com os outros R$ 725.
Isso significa que, no pior cenário tributário, seu inquilino vai pagar 5,19% ao ano
para alugar seu apartamento, mas você só vai receber 3,76%. Os outros 1,43% vão
ficar para o governo.

Então, considerando apenas os rendimentos líquidos, os FIIs vão pagar rendimentos


em média mais de três vezes superiores ao aluguel de casas ou apartamentos.

O terceiro ponto favorável aos fundos imobiliários é o investimento mínimo.

Hoje para você comprar um imóvel vai precisar de ao menos uns R$ 100 mil. Isso
quando o imóvel não custa milhões.

Já no caso dos fundos imobiliários, você pode investir a partir de R$ 10. O fundo
imobiliário atrai desde micro investidores com R$ 100 ou R$ 1 mil na conta até
multimilionários.

Não é à toa que mais de 2 milhões de brasileiros investem em FIIs. Eles são
realmente democráticos e acessíveis.

Um quarto ponto favorável aos fundos imobiliários é a diversificação de imóveis e


inquilinos.

Você pode investir R$ 1 mil em um único FII e passar a ser dono de um pequeno
percentual de mais de 30 imóveis, alugados para mais de 100 empresas. Se um
inquilino deixar de pagar o fundo em determinado mês, talvez você nem perceba.

Já no caso dos imóveis físicos essa questão é muito mais complexa.

Há casos em que um investidor vai investir todo seu patrimônio de R$ 500 mil na
compra de um imóvel para locação. E se depois o inquilino fica inadimplente e para
de pagar o aluguel, o investidor fica sem renda.

Isso pode ser um problemão para um aposentado, por exemplo.

A quinta grande vantagem dos fundos imobiliários são os custos de transação.

Quando você compra um imóvel, vai ter de pagar pelos menos uns 3% do valor
dessa propriedade em custos de registro da transação em cartório e também com o
ITBI, que é um imposto municipal pago por compradores de imóveis.

Já quando você vender, terá de pagar 6% do valor do imóvel ao corretor que


contratou para encontrar um comprador para sua propriedade.
Já no caso de fundos imobiliários, os custos de transações podem até ser próximos a
zero.

É isso mesmo: corretoras como a XP, a Rico e diversas outras não cobram nada para
você comprar e vender cotas de fundos imobiliários pelo homebroker ou pelo app.

O que você vai ter que pagar são só os emolumentos à Bolsa.

Mas enquanto a compra e a venda do imóvel implicam um custo de transação de


aproximadamente 9% do valor do imóvel, no caso dos emolumentos estamos
falando de nem 0,1% do valor de seu investimento em fundos imobiliários.

FIIs são muito mais baratos.

A sexta vantagem dos fundos imobiliários é a liquidez.

Liquidez é o tempo que você demora para transformar seu investimento em


dinheiro.

Muita gente demora anos para vender um imóvel. A pessoa tira da própria cabeça o
preço justo de um imóvel e fica anos esperando alguém pagar.

Muitas vezes, só aparece comprador naquele preço porque anos se passaram e a


inflação fez o preço chegar no valor esperado. Só que o custo de esperar anos é
imenso.

Vamos supor que você decide que só vende seu imóvel por R$ 1 milhão. Se você
vender o imóvel com R$ 100 mil de desconto – por R$ 900 mil – no primeiro dia e
aplicar esse dinheiro num CDB que paga 15% ao ano, vai ganhar mais dinheiro que a
pessoa que fica com o imóvel vazio e depois de um ano recebe R$ 1 milhão como
esperava.

Já no caso de fundos imobiliários, é fácil e rápido se desfazer de um investimento.


Basta que você aplique um filtro muito simples antes de investir num FII.

A partir de agora, você só vai investir em fundos imobiliários que negociam ao menos
R$ 1 milhão de por dia. Os relatórios mensais divulgados por cada FII costumam
trazer esta informação.

Tomando um cuidado tão simples quanto esse, é muito provável que você consiga se
desfazer de um investimento de R$ 1 milhão em um FII em no máximo uma semana.

A sétima vantagem dos fundos imobiliários é a qualidade dos imóveis.


Hoje em São Paulo, por exemplo, você precisa de pelo menos R$ 500 mil para
comprar um apartamento de dois quartos em área nobre.

Por esse valor, muito provavelmente já será um prédio não tão moderno, com mais
de 10 anos de uso e alguns problemas que começam a aparecer nas áreas comuns e
em sua unidade.

Você não consegue investir em um imóvel top de linha com esse valor.

Já por meio de fundos imobiliários, você consegue investir em lajes de escritórios


com classificação AAA.

Você consegue virar dono de um pequeno percentual de alguns dos prédios mais
modernos da região da Faria Lima.

Caso seu interesse seja por galpões logísticos, você consegue ficar sócio de um
empreendimento bem próximo à cidade de São Paulo, nas rodovias Castello Branco
ou Bandeirantes.

Você compra um galpão bem ali no trecho mais disputado por indústrias, varejistas,
empresas de comércio eletrônico.

A oitava vantagem dos FIIs é a qualidade do inquilino.

Há fundos imobiliários listados na Bolsa que alugam seus imóveis para o Google,
Coca Cola ou a Petrobras.

Quando um contrato como esse é fechado, você concorda que a chance de seu
fundo sofrer com a falta de pagamento pelo inquilino é muito baixa?

Qual é a chance de o Google não ter dinheiro para arcar com seu contrato de
locação?

Já quando você aluga seu imóvel físico, acredito que você vai ser diligente. Você vai
levantar a ficha do potencial inquilino no Serasa. Vai ver se ele costuma pagar suas
dívidas direitinho.

Mas mesmo que você seja diligente e escolha alguém com bom histórico de
pagamentos, essa pessoa pode ser o próximo “Seu Madruga”. Ele pode perder o
emprego e, então, ficar sem dinheiro para pagar o aluguel.
Inquilinos pessoas físicas são muito mais suscetíveis a ficarem inadimplentes que
uma empresa muito lucrativa.

A nona vantagem dos fundos imobiliários é a facilidade.

Você não vai ter que arranjar um advogado para entrar com um processo de
despejo se algum inquilino deixar de pagar você. Você não vai ter que se preocupar
com contratos nem ações judiciais.
Não vai ter que executar garantias. Todo trabalho jurídico e burocrático do
investimento em imóveis não será feito por você – mas sim pelo próprio fundo.

E a décima vantagem é a gestão profissional.

Você não precisa ir atrás de inquilinos. Há uma equipe de profissionais responsável


por manter os imóveis do fundo sempre alugados.

A gestão também pode identificar oportunidades de vender imóveis por um preço


que o gestor julga atrativo para comprar outro não tão bem precificado.

O time de gestão tem profissionais capazes de avaliar melhor do que uma pessoa
física sobre o tipo de imóvel que tende a se valorizar mais e ter mais demanda no
futuro. Então, sem dúvida é uma vantagem importante dos FIIs.

Agora, só existem vantagens dos FIIs sobre os imóveis físicos? Na verdade, não.
Acabamos de apontar 10 vantagens dos FIIs. Mas, na avaliação de Nigro, existem
três desvantagens.

A primeira delas é o Imposto de Renda sobre o ganho de capital. Se você comprar


um imóvel por R$ 500 mil e depois vender por R$ 1 milhão, vai pagar 15% de IR sobre
o ganho de capital. Ou seja, vai pagar R$ 75 mil de IR.

Já se você investir R$ 500 mil em FIIs e no futuro vender suas cotas por R$ 1 milhão,
vai pagar 20% de IR sobre o ganho de capital. Nesse caso, o imposto devido será de
R$ 100 mil – ou seja, R$ 25 mil a mais que no exemplo do imóvel físico.

Então essa, sem dúvidas, é uma desvantagem dos FIIs.

A segunda é a volatilidade.

Isso pode ser uma vantagem se você souber usar a volatilidade a seu favor. Mas,
geralmente, investidores vão ver isso como uma desvantagem.
Na época do auge da pandemia de Covid-19, em 2020, diversos fundos imobiliários
chegaram a ter perdas de mais de 50% no valor de mercado.

Fundos imobiliários de shoppings despencaram porque os shoppings foram fechados


e ninguém sabia quando seriam reabertos.

Isso pode ser uma grande desvantagem dos FIIs se você é um cara que não controla
bem os nervos. Você poderia entrar em pânico e vender suas cotas na bacia das
almas em meados de 2020.

Já para investidores com sangue frio, a volatilidade pode ser na verdade uma
vantagem. Você também poderia aproveitar o pânico para aumentar sua posição
com um desconto absurdo.

Mas como sei que muita gente não tem estômago para aproveitar essas promoções,
vamos colocar a volatilidade na coluna das desvantagens dos FIIs.

Por último, os fundos imobiliários têm uma grande desvantagem que são as fontes
de financiamento.

Só há um jeito viável de você investir em fundos imobiliários: ter dinheiro em conta.

É caríssimo tomar um empréstimo bancário ou com a corretora para fazer


investimentos. Essa opção não deveria nem ser considerada.

Além disso, você não pode usar seu FGTS para comprar cotas de um fundo
imobiliário. Já no caso de imóveis físicos, você pode usar seu FGTS para a compra se
cumprir determinadas regras.

E há amplas fontes de financiamento bancário com a taxa de juros mais em conta


do mercado.

Não dá para dizer que os juros são baixos porque arcar com um custo efetivo de 10%
ao ano para um financiamento imobiliário também não é pechincha.

Mas 10% ao ano é a linha de crédito mais barata para pessoas físicas. E se você
financiar um imóvel e der a sorte de os preços subirem forte, vai ganhar dinheiro de
forma alavancada.

Mas também pode acontecer de o imóvel físico não subir nada e você ficar lá
pagando 10% ao ano para o banco. Só é possível saber se o crédito vai te ajudar ou
atrapalhar no futuro.
Mas aqui vamos considerar que essa é a terceira vantagem dos imóveis físicos sobre
os FIIs, porque no imóvel você tem mais fontes de financiamento.

Colocando os dez prós e os três contras na balança, como investidor, a opção é pelos
fundos imobiliários.

Nigro considera que imóvel físico é só para moradia, para quem quer sacar o FGTS
ou quem tem grande convicção que estamos prestes a ver uma forte valorização no
mercado imobiliário.

É por isso que pode-se considerar provado que, para mais de 90% das pessoas, os
FIIs são a melhor opção.

TRES CRITÉRIOS PARA


INVESTIR EM FIIs
Outra questão sobre os FIIs: “é uma boa hora para investir em fundos imobiliários?”

Essa pergunta é muito boa e muito ruim por diferentes motivos.

A pergunta é boa porque investimentos imobiliários são extremamente cíclicos. Se


você acertar um ciclo positivo do mercado, será muito bem-sucedido. Se pegar um
ciclo negativo do mercado, seu investimento vai ser um desastre.

Então, você tem mesmo que se perguntar se a hora é boa ou não para investir em
fundos imobiliários.

Mas essa pergunta também é muito ruim porque é impossível respondê-la. Ninguém
sabe se nos próximos anos os imóveis vão subir ou cair. O que temos hoje são
indícios.

Então primeiro vamos entender a natureza dos ciclos imobiliários.

Todo ciclo imobiliário tem quatro fases: recuperação, expansão, excesso de oferta e
recessão.
Funciona assim.

Imagine que o país acaba de sair de uma recessão. Após uma fase difícil no mercado
imobiliário, a atividade econômica começa a melhorar.

Empresários começam a procurar novos espaços para ampliar as atividades de suas


companhias. Com o fechamento de novos contratos de locação, o espaço vago
disponível para locação começa a desaparecer.

E alguns empresários mais corajosos do setor imobiliário voltam a estudar novos


lançamentos de empreendimentos. Esse primeiro momento do mercado é a “fase da
recuperação”.

Em seguida, vem a fase da expansão.

Começa a entrar bastante dinheiro na construção de empreendimentos imobiliários.


Os bancos disponibilizam crédito para que os empreendedores construam novos
prédios.

A atividade econômica está forte, e as empresas estão em busca de espaços para


ampliar suas operações. Imóveis vagos começam a ficar difíceis de encontrar.

O sentimento no setor é de otimismo generalizado. A balança aqui pende mais para


o proprietário de imóveis.
Como há muitos inquilinos em busca de imóveis e pouca oferta disponível, os preços
dos aluguéis sobem.

A terceira fase é a de excesso de oferta. Muitos imóveis que começaram a ser


construídos anos antes chegam ao mercado. Por outro lado, o cenário econômico já
não é tão pujante.

O mercado tem dificuldade de absorver tantas novas áreas para locação que vão
ficando prontas. Os preços param de subir.

A quarta fase é a recessão. A oferta de novos imóveis no mercado dispara e não há


empresas suficientes para absorver todas essas áreas disponíveis para locação.

Ou seja, começa a sobrar imóveis no mercado. Os preços dos aluguéis começam a


cair porque ninguém quer deixar seu imóvel parado sem inquilinos. A balança fica
mais favorável aos inquilinos.

O sentimento fica negativo com o setor. O crédito bancário seca, e os empresários


do setor imobiliário suspendem novos projetos.

Até que a gente volta para a fase de recuperação em que a atividade começa a ser
retomada.

No mercado imobiliário, esse ciclo sempre é observado uma ou duas vezes por
década. É importante você entender que ele sempre se repete.

Diversos setores da economia também são assim. Porque a própria economia


funciona dessa forma. Bancos, commodities, varejo e outros setores também são
bastante cíclicos.

Mas por que toda essa explicação?

Porque uma das perguntas mais frequentes sobre fundos imobiliários é se a hora é
boa para investir. E para responder essa pergunta, você precisa saber em qual fase
do ciclo estamos.

Porque o melhor momento para o investidor se posicionar é quando o mercado está


no final da recessão ou no início da recuperação.

Como vimos, no final da recessão e início da recuperação, o mercado ainda está


deprimido. Tem muito imóvel vago. Os preços dos aluguéis estão amassados. Mas
eles estão começando a melhorar.
Se você investe em imóveis ou fundos imobiliários neste momento, tende a ganhar
de duas maneiras.

Você ainda pode obter retornos em dividendos bem altos porque tem pouca gente
investindo nesse segmento. E você tende a ganhar com a valorização desses imóveis
à medida que mais gente vai percebendo que o ciclo está melhorando.

Então, qual é o momento do ciclo atual?

Para a Colliers, uma das maiores consultorias imobiliárias do mundo, a figura abaixo
retrata o momento atual do mercado imobiliário brasileiro.

Você vê na imagem que o mercado de escritórios no Rio de Janeiro já está no final


da fase de recessão.

O mercado de escritórios em São Paulo está no começo da fase de recuperação.

E, por fim, o mercado de galpões logísticos já se encontra na metade da fase de


expansão.
E como a Colliers chegou até essas conclusões? Analisando os dados de locações e
de entregas de novos empreendimentos imobiliários.

No gráfico abaixo, é possível ver que, na cidade de São Paulo, os preços pedidos
para locação se recuperaram lentamente desde a pandemia e estão no maior
patamar dos últimos 5 anos.

Já o percentual de imóveis sem inquilinos se estabilizou no patamar alto de 23%.


Mas seguindo a tendência de baixo número de entregas de novos
empreendimentos, com o mercado absorvendo novas áreas a cada trimestre, existe
a expectativa de que a vacância comece a cair mais adiante.

Já o mercado de escritório do Rio de Janeiro sofreu muito. Depois dos anos de


pujança do petróleo e da Petrobras no início da década passada, começou a sobrar
escritórios em praticamente todas as regiões da cidade.

A taxa de escritório sem inquilino chegou a superar 40%. Agora, o mercado já


parece um pouco mais equilibrado. Ao menos os preços pedidos de locação pararam
de cair e já vem mostrando estabilidade. E a taxa de imóveis que permanecem
vagos, sem inquilinos, caiu para 27%.
Boa parte do ajuste no Rio de Janeiro se deu pela suspensão de lançamentos de
empreendimentos imobiliários. Nenhum novo empreendimento de escritórios foi
entregue nos últimos 5 anos.

Nesse caso, fica bem fácil de perceber que o mercado entrou em recessão, não é
mesmo?

Por último, vamos observar o que vem acontecendo no mercado de galpões


logísticos. Antes é importante entender o que são esses galpões.

Esses imóveis são grandes galpões localizados, geralmente, às margens das rodovias
mais movimentadas do país.

Esse tipo de imóvel pode ser alugado para uma empresa que quer erguer uma nova
fábrica. Ou pode ser usado por uma varejista para montar seu estoque de produtos
que serão entregues para os consumidores nos grandes centros.

Nesse gráfico fica claro que houve um boom de galpões logísticos no Brasil. A área
total disponível para locação praticamente dobra do começo de 2018 até o final
deste ano.
E mesmo com todo esse novo estoque de imóveis, você vê que a taxa de imóveis
sem inquilino caiu bastante no período.

Em paralelo, você também vê que os preços de locação desses imóveis subiram


bastante – mas agora parecem já ter encontrado um ponto mais próximo ao
equilíbrio.

A explicação para esse boom dos galpões logísticos foi o forte crescimento do
comércio eletrônico no Brasil.
Praticamente todas as varejistas de médio e grande porte precisaram de novos
espaços para armazenar produtos perto dos grandes centros de forma a reduzir seus
prazos de entrega na casa dos consumidores.

Agora que a gente já analisou os dados de ocupação e os preços de escritórios e


galpões logísticos, qual conclusão podemos tirar?

A primeira é que, se você é um investidor de longo prazo, o momento é bem


interessante para investir em escritórios comerciais.

Já no mercado de galpões logísticos a bonança pode não durar tantos anos.

O comércio eletrônico é uma tendência secular: consumidores continuarão a


substituir as compras no varejo físico pela internet. Por outro lado, há muitos
empreendimentos para serem entregues nos próximos anos.

O valor de seu investimento em galpões pode chacoalhar mais se o Brasil passar por
uma recessão, por exemplo. Mas no curto prazo ainda parece ser um investimento
interessante.

Ainda mais se vier mesmo a esperada queda nos juros ao longo deste ano, o que
beneficiaria muito o investimento em imóveis de todos os tipos.

Bom, a gente já viu que o momento é bom e que fundos imobiliários são o veículo
mais interessante para você investir em imóveis.

Você viu que há dados para comprovar tudo isso, não é mesmo?

“Agora, Primo, como começo a montar minha carteira?”

“Como faço para começar a receber meu segundo salário com rendimentos de
fundos imobiliários?”

Ainda que de forma mais simplificada, você vai ter acesso ao método desenvolvido
por Nigro.

Ele aplica três filtros ao fazer investimentos em fundos imobiliários.

O primeiro filtro é o da qualidade dos imóveis onde investir.

Quando questionado sobre o que é mais importante para definir a qualidade de um


imóvel, sempre repete: localização, localização e localização.
Imóveis bem localizados são os que resistem melhor às crises e são os primeiros a se
recuperar.
Tem uma analista de fundos imobiliários chamado Marcelo Fayh que faz um
trabalho bem interessante nas redes sociais.

Ele costuma comparar a questão da boa localização dos imóveis àquelas taças de
champagne empilhadas em mesas de casamento. O garçom começa a encher as
taças por cima e depois as dos andares abaixo vão se enchendo pouco a pouco, até
que a bebida chegue no primeiro andar.

Os imóveis bem localizados são as primeiras taças, aquelas que ficam lá no topo.
Esses são os primeiros a serem ocupados pelos inquilinos.

Depois que essa região mais nobre começa a ficar sem espaços disponíveis e os
preços sobem, os demais também começam a ficar mais cheios.

Os fundos com os imóveis mais bem localizados são também os que têm menos
áreas sem inquilinos, os mais demandados, os que cobram maiores aluguéis, os que
correm menos risco de crédito. São o topo da pilha de taças de champagne.

Quando estamos falando de prédios de escritórios, por exemplo, a principal praça é


a cidade de São Paulo. A maior parte das grandes empresas brasileiras têm sede em
São Paulo.

E dentro da cidade de São Paulo, essas são as regiões onde as maiores empresas
querem estar: Faria Lima, Itaim Bibi, JK e Vila Olímpia.

O mapa abaixo também foi elaborado pela consultoria Colliers.


A gente viu que 23% dos escritórios para aluguel na cidade de São Paulo estão
vazios, sem inquilinos. Já a taxa de imóveis de alto padrão desocupados na Vila
Olímpia é de 9%. Nas avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, de apenas 7%. E
no Itaim Bibi é de só 6%.

De novo: a média de São Paulo é de 23%, mais que o triplo do que verificamos
nessas regiões.

Já em Santo Amaro, que não é uma região nobre, a vacância é de 53%.


Você percebe que locais como Faria Lima e Itaim Bibi estão no topo da pilha de
taças de champagne?

E isso se reflete nos aluguéis. O aluguel do metro quadrado nesses quatro bairros
custa entre R$ 150 e R$ 200 por mês – contra uma média de R$ 95 na cidade de São
Paulo como um todo.

Mesmo cobrando o dobro, há menos imóveis desocupados nos bairros nobres.


Porque é onde as empresas querem estar.

E o melhor: nesses bairros há poucos espaços disponíveis para novas construções.


Então dificilmente a vacância vai subir rápido no futuro por excesso de oferta.

Então, evite investir em fundos que possuem escritórios nos bairros onde as empresas
não querem estar.

Sim, imóveis nos bairros nobres são mais caros e provavelmente o retorno em
dividendos será um pouco menor. Mas o melhor jeito de não ter problemas no futuro
é ficar longe de problemas agora.

Vale resgatar um aprendizado da segunda aula desse curso “Seu Segundo Salário
(com Dividendos)”. Nela, você viu que pode tomar risco uma, duas ou três vezes e se
dar bem. Mas uma hora o risco se materializa em perda e você se arrepende.

Essa regra da excelente localização vale para fundos de qualquer tipo de imóvel:
escritórios, shoppings, galpões logísticos e lojas. Esse é o primeiro filtro para fundos
de tijolo.

Agora os fundos imobiliários que mais têm crescido no Brasil são fundos de crédito –
também chamados de “fundos de papel”.

O gestor do fundo empresta dinheiro a empreendedores do setor imobiliário e


financia uma construção.

Nesses casos, como definir o que é um fundo de papéis de boa qualidade? O


indicador “Loan to Value” é o preferido.

O “Loan to Value” é a divisão do dinheiro que o fundo imobiliário empresta para uma
empresa pelo valor das garantias que essa empresa cede ao fundo para quem
sejam executadas, caso a dívida não seja paga.

Achou complexo? Imagine, então, que um fundo empresta R$ 500 mil para uma
empresa em troca de juros prefixados de 15% ao ano isentos de IR.
O fundo não sabe se essa empresa vai conseguir pagar os juros e devolver todo
dinheiro emprestado no vencimento.

Por isso, o fundo também exige que a empresa dê como garantia do empréstimo
ativos, como, por exemplo, o próprio imóvel que está sendo construído.

Se a empresa não pagar, o fundo passa a ser dono daquele empreendimento.

Naquele meu exemplo que o fundo emprestou R$ 500 mil, a empresa também deu
R$ 1 milhão em garantias de pagamento.

O “Loan to Value” dessa operação é dos 500 mil emprestados divididos por 1 milhão
das garantias, que é igual a 50%.

Quanto menor é esse percentual de “Loan to Value”, melhor é para o fundo.

Porque significa que o gestor emprestou pouco dinheiro e tomou diversas garantias
de pagamento.

Mesmo que o devedor não pague, o gestor do fundo pode retomar esses ativos e
depois revendê-los, de forma que o fundo não fique sem receber o que é devido.

Isso é importante porque estamos pensando no que vai acontecer se tudo der
errado.

Na verdade, o bom investidor é aquele que pensa exatamente isso: o que vai
acontecer se tudo der errado.

Quando o “Loan to Value” é baixo, significa que mesmo que tudo dê errado e o
devedor não pague o empréstimo, ainda assim o fundo poderá usar as garantias
para receber o que lhe é devido.

E como você consulta o “Loan to Value”?

A maioria dos fundos divulga essa informação nos relatórios gerenciais publicados a
cada mês ou a cada trimestre.
O “Loan to Value” é a coluna LTV nessa tabela acima. A recomendação é que você
só invista em fundos de papel com LTV baixo.

Por último, vai um terceiro conselho. Esse não é relacionado à qualidade dos ativos,
mas a preço.

Não invista em fundos imobiliários com P/VP alto. Nesse múltiplo, o “P” do “P/VP” é o
preço da cota de um fundo imobiliário negociada no mercado. E o “VP” é o valor
patrimonial da cota.

O valor patrimonial de um fundo é calculado por uma empresa de avaliação


independente.

A legislação obriga que os FIIs atualizem o valor patrimonial uma vez ao ano. Quem
faz esse estudo é uma consultoria especializada, que faz uma análise de mercado e
emite um laudo com seu cálculo do valor do fundo.

Na prática, o P/VP mostra se a cotação atual do fundo está próxima ao número


desse laudo de avaliação feito por uma empresa independente e especializada.

Por exemplo, digamos que uma consultoria fez seu trabalho profissional de
avaliação e emitiu um laudo dizendo que os imóveis de um fundo valem R$ 1 bilhão.

Se muita gente quiser comprar cotas desse fundo na mesma época, essas cotas
podem se valorizar e o fundo pode alcançar R$ 2 bilhões em valor de mercado.

Nesse caso o P/VP será de 2 bilhões do valor de mercado divididos por 1 bilhão do
valor patrimonial que é igual a 2.
Na avaliação de Nigro, o investidor deveria ficar alerta quando o múltiplo P/VP fica
muito acima de 1.

Você vai ouvir mil histórias para justificar porque o P/VP tem que ser alto, que você
está sendo conservador, que vai perder uma oportunidade...

Mas Nigro defende que P/VP alto é um forte indicador que esse fundo está caro. E
diz que dificilmente investiria em um fundo em que o P/VP está acima de 1. Quando
esse múltiplo estiver acima de 1,1, já não compraria suas cotas.

Em sites como Funds Explorer ou Clube FII, você vai encontrar facilmente o valor de
mercado, o valor patrimonial e o P/VP de todos os fundos imobiliários.

Agora você já conhece os 3 principais critérios de investimento em fundos


imobiliários:

1) Só investir em fundos com imóveis bem localizados;


2) Só investir em fundos de papel com “Loan to Value” baixo;
3) Geralmente, só investir em fundos com P/VP de até 1,1.
OS FIIs QUE PAGAM MAIS
QUE A SELIC
O próximo passo dessa terceira aula do curso gratuito “Seu Segundo Salário (com
Dividendos)” é olhar a lista com os fundos imobiliários que pagaram rendimentos
superiores à taxa Selic no ano passado.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, que hoje está em 13,75% ao
ano.

Tem muitos brasileiros que têm migrado da renda variável para a renda fixa no
último ano, depois que a Selic aumentou bastante.

Mas, para Nigro, o movimento é um erro neste momento.

Em primeiro lugar, porque os juros devem começar a cair em breve. O que cria um
cenário mais desfavorável para a renda fixa e mais favorável para a renda variável.

Se você quisesse migrar das ações ou fundos imobiliários para a renda fixa, deveria
ter feito isso dois anos atrás. Agora não é mais hora.

Neste momento, seria melhor fazer o inverso, migrar para as ações e fundos
imobiliários, para aproveitar a queda de juros que está por vir.

Além disso, trata-se aqui de uma lista de fundos imobiliários que pagaram mais de
13,75% em dividendos no ano passado. E vários fundos devem continuar batendo a
Selic neste ano, mesmo que ela não caia.

Na lista abaixo, você pode ver os 42 fundos que pagaram mais de 13,75% em
dividendos em 2022.
Você vê que nessa lista aí tem fundos como URPR11, RZAK11 ou RZAT11...

Você também vê que nessa lista tem fundos que pagaram até 18,68% em
dividendos no ano passado.

O Grupo Primo tem uma casa de análise de investimentos chamada Spiti. O Ricardo
Figueiredo é um analista certificado que só acompanha fundos imobiliários. E ele
tem uma carteira recomendada com os fundos imobiliários que mais gosta, com 19
FIIs.

Quatro desses fundos da carteira da Spiti também estão nessa lista dos fundos que
batem a Selic: PORD11, KNIP11, CPTS11 e CVBI11.

Isso é bem impressionante porque o Ricardo não é de recomendar produtos de alto


risco. Ele é muito conservador: ele prefere os FIIs mais seguros, mesmo que para isso
o investidor tenha que abrir mão de um pouco de retorno.

Então, se o Ricardo recomenda esses fundos é porque analisou os títulos de crédito


da carteira e chegou à conclusão de que o gestor fez seu trabalho com diligência.
Para Nigro, não parece interessante que você pegue todo seu dinheiro e invista
nesses quatro fundos para receber seu segundo salário.

Na verdade, ele acha que mesmo só a parte do seu dinheiro que você quer investir
em fundos imobiliários não deveria ser direcionada somente a esses quatro fundos.

E por que não? Porque, segundo ele, esses quatro fundos são muito parecidos e não
vão dar diversificação.

Esses quatro FIIs são fundos de crédito – nenhum é de imóveis físicos. Todos
financiam empresas que estão construindo empreendimentos imobiliários.

Os fundos emprestam dinheiro a esses empreendedores na expectativa de receber


juros todos os meses.

Mas o problema de montar uma carteira com esses quatro fundos é que você não
diversifica.

Se tivesse de investir em 4 fundos imobiliários, o ideal seria que você comprasse:

ü 1 fundo de crédito como esses quatro


ü 1 fundo de shoppings
ü 1 fundo de escritórios
ü 1 um fundo de galpões logísticos

Ao colocar tudo em crédito, seu risco aumenta muito. Neste início de ano, a gente viu
vários eventos de crédito.

A gente teve a Lojas Americanas pedindo recuperação judicial.


A empresa disse que não tem dinheiro para pagar suas dívidas e está renegociando
com credores.
Teve o retorno da Oi à recuperação judicial.

Segundo reportagens publicadas em diversos jornais, a Light poderia ser a próxima a


pedir recuperação judicial.

A Azul e a Gol renegociaram suas dívidas.


A varejista Marisa também está renegociando dívidas.

É importante você perceber que, quando uma empresa pede recuperação judicial
ou renegocia dívidas, os fundos imobiliários também costumam ser afetados.

Empresas como a Marisa atrasaram pagamentos de aluguéis a fundos imobiliários.

A loja de móveis Tok Stok já deixou de pagar aluguel a um fundo imobiliário neste
ano.
E a recuperação judicial da Americanas reduziu os recebimentos de nada menos do
que oito fundos imobiliários.

Enfim, já deu para entender que o momento está ruim para crédito privado.

Não adianta você investir em fundos imobiliários para receber gordos dividendos e
depois não receber.

Algumas conclusões:

ü Investir só em fundos de crédito está muito arriscado.


ü O ideal é você diversificar em fundos de vários tipos.
ü O setor de varejo está especialmente encrencado.
ü É melhor escolher inquilinos de altíssima qualidade neste momento para
depois não ter surpresas.

Nesta terceira aula do curso online e gratuito “Seu Segundo Salário (com
Dividendos)”, você viu que os fundos imobiliários são o veículo mais inteligente para
investir em imóveis.

Depois, que o momento é excelente para investir em fundos imobiliários,


principalmente os que compram prédios de escritórios.

E em seguida, teve acesso aos três principais critérios adotados para filtrar os
melhores FIIs e à lista dos 42 fundos imobiliários que distribuíram dividendos maiores
que a Selic no ano passado.

Por último, conheceu quais desses 42 fundos estão também na carteira de fundos
imobiliários recomendados pela casa de análise Spiti, do Grupo Primo.

O próximo passo, agora, é dominar o jeito mais rápido de você receber gordos
dividendos todos os meses.
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