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Correspondente à “Região”
1)Liberalismo e TRI

1) Dimensão da localização geográfica –


1. A primeira teoria
do Entorno Regional que
2. Prevenir a guerra reúne o conjunto dos países
3. Embate teórico fronteiriços.
Keohane Espacialidade do Entorno Regional e a ideia
de "Região”;
Três ramificações interna3 grandes famílias do liberalismo
1. Criar Instituições (criar as instituições) para evitar a natureza conflitiva;
Correspondente à Região do
2. Comércio. Impulso evitaria as guerras. Pela racionalidadeEntornoe pensando no bem estar.além
Regional para Maior tendência a ocorrer guerras, que interrompam a guerra.
2) Dimensão simbólica – A legitimação do
3. Republicana (Angell):participação, boa governança,
das fronteiras imediatas,
15 minutos para abordar as críticas onde a Potência Regional
busca se inserir, criar laços entorno regional por meio dos discursos;
3) Dimensão política – Transição e Mudanças de
1..Cristalização das desigualdades culturais, econômicos e
2. Instituições refletem o poder das grandes potências políticos. Nesse escopo,
3. Funcionários sediados e c.valores dos paises do Norte podem estar incluídos países
Milani g.20 regimes e impactos no entorno regional
situados no mesmo
4. Representatividade do G20
5 . Excercios pra casa continente, ou em outros;

6.Sugestãoprópria,
Elaboração de bibliografia
com base em Gomes da Costa (2022)
7.Documentários e filmes:
Instituições
1)Liberalismo e TRI
1. A primeira teoria
2. Prevenir a guerra
3. Embate teórico “O Livro Branco da Defesa Nacional descreve que a
Keohane
Três ramificações interna3 grandes famílias do liberalismo
1. Criar Instituições (criar as instituições) para evitar a natureza conflitiva;
ênfase da política de defesa do Brasil consiste na
2. Comércio. Impulso evitaria as guerras. Pela racionalidade e pensando no bem estar. Maior tendência a ocorrer guerras, que interrompam a guerra.
3. Republicana (Angell):participação, boa governança, cooperação com seu entorno geopolítico imediato,
15 minutos para abordar as críticas formado pela América do Sul, Atlântico Sul, costa
1..Cristalização das desigualdades ocidental da África e Antártida”
2. Instituições refletem o poder das grandes potências
3. Funcionários sediados e c.valores dos paises do Norte
Milani g.20
4. Representatividade do G20
5 . Excercios pra casa

6.Sugestão de bibliografia
7.Documentários e filmes:
Instituições Fonte: Lima; Milani; Gomes das Costa et al, 2017.
O Atlântico Sul na “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e
2ª Guerra Mundial: pós-redemocratização”
Um oceano à disposição dos Aliados Perspectivas sobre a ampliação do entorno
do Norte estratégico brasileiro

O Atlântico Sul na Guerra Fria


Ascensão de um Pensamento civil-militar
sobre a importância do Atlântico Sul
Primeiro momento - O Atlântico Sul na 2ª Guerra Mundial: O Saliente Nordestino era essencial na
Um oceano à disposição dos Aliados do Norte defesa do continente americano.

“A localidade costeira ganhou algumas


denominações: “Cinturão do Atlântico”,
“Pote de Ouro”, “Corredor da Vitória” e
“Trampolim para a Vitória” (CRUZ, 2012,
p. 48)

Esse “salto para a vitória” só seria


possível em três circunstâncias:

1) Quando as tropas nazifascistas fossem


expulsas da África;
2) Caso os submarinos do Eixo deixassem
de ser uma ameaça ao mundo naval
brasileiro;
3 – Se as bases aeronavais brasileiras
contribuíssem para a vitória definitiva dos
Fonte: Lima; Milani; Gomes das Costa et al, 2017. Aliados;
Primeiro momento - O Atlântico Sul na 2ª Guerra Mundial:
Um oceano à disposição dos Aliados do Norte

A “defesa do entorno estratégico brasileiro” e a oportuna


cooperação militar entre o Brasil e os EUA • 24 embarcações dos EUA para o
Brasil entre 1942 e 1945.
A cooperação das forças armadas estadunidenses e brasileiras quanto à defesa • 16 navios do tipo caça-submarino
do Atlântico Sul foi uma das áreas que obteve resultados mais rápidos naquele (adequados primordialmente para o combate aos U-
período da 2ª Guerra Mundial (DAVIS, 1996). boats em águas costeiras);
• 8 contratorpedeiros de escolta
A colaboração das duas marinhas (MB & US Navy) e os enormes recursos (classe Bertioga), dotados de radar e
cedidos ao Brasil transformariam a Marinha brasileira, modernizando-a e sonar.
tornando-a uma eficiente força antissubmarino (VIDIGAL, 1985). Ao final da guerra, a Marinha brasileira
era a única do continente com grande
Segundo Alves (2005), no reforço dos EUA à Marinha do Brasil destacam-
se as seguintes transações de cooperação e ajuda militar, foram cedidos
experiência de combate anti-submarino,
um total de: e a esquadra nacional, com 11 unidades
modernas, mais seis em construção no
arsenal da Ilha das Cobras.
Segundo Momento - O Atlântico Sul na Guerra Fria:
Ascensão de um Pensamento civil-militar sobre a importância do Atlântico Sul

A percepção da vulnerabilidade estratégica e econômica do Brasil, levou muitos analistas a projetarem uma geopolítica
brasileira para o Atlântico Sul, a partir dos seus fatores geográficos de espaço e posição que, em caso de conflitos,
poderiam ser usados como barganha política e econômica (PENHA, 2011).

O Atlântico Sul como “fronteira oriental” brasileira


As décadas de 1960 e 1970 - Marcadas pelo desenvolvimento de formulações geopolíticas propriamente
brasileiras que incorporariam definitivamente a dimensão sul-atlântica e moldariam a ideia do Atlântico Sul
como “fronteira oriental”:

Ascende a ideia de sua importância não somente para a política externa que o Brasil desenvolveria em relação à
África, mas também para a estratégia de territorialização do mar e de afirmação da soberania brasileira
(OLIVEIRA, 2013).
Segundo Momento - O Atlântico Sul na Guerra Fria:
Ascensão de um Pensamento civil-militar sobre a importância do Atlântico Sul

Principais precursores do Pensamento civil-militar geopolítico brasileiro:

1. General Mário Travassos: Travassos (1935), afirma que a “dimensão atlântica também é um eixo
integrador do território brasileiro, ainda que sejam proeminentes as contradições entre a vertente
atlântica e pacífica sul-americana, bem como a dinâmica geoeconômica e geopolítica das bacias
hidrográficas platina e amazônica”;

2. A produção intelectual na ESG: A importância da ESG no período em que foi criada, era de reunir as
principais reflexões estratégicas e canalizá-las para um único objetivo em torno do binômio “Segurança e
Desenvolvimento”. Sobre o Atlântico Sul os primeiros trabalhos que apareceram orientavam-se em
consonância com o pensamento da Escola, vinculado à ideia de segurança coletiva. (…) A partir deles, os
eixos temáticos que caracterizariam o pensamento geopolítico foram estruturados doravante: a
conformação de uma defesa antissoviética, a questão da cooperação naval regional, a importância da
posição geoestratégica do Nordeste, entre outros temas abordados” (Penha, 2017).
Segundo Momento - O Atlântico Sul na Guerra Fria:
Ascensão de um Pensamento civil-militar sobre a importância do
Atlântico Sul

3. Golbery do Couto e Silva (1967): Aponta que existe


uma influência da projeção atlântica sobre a
configuração territorial brasileira e, por conseguinte,
sul-americana, enfatizando a necessidade estratégica
de defesa nesta região;

O alinhamento deveria ser conjugado, junto a um


estreitamento das relações com os vizinhos sul-
americanos e com os países da África Ocidental, de forma
que os países se mantenham “vigilantes e dispostos a
cooperar, se e quando necessário, na defesa, a todo
custo, dessa África de oeste e do Sul, de onde um inimigo
ativo nos poderá diretamente ofender” (COUTO E SILVA, 1967,
pp. 86 - 87).
Segundo Momento - O Atlântico Sul na Guerra Fria:
Ascensão de um Pensamento civil-militar sobre a importância do
Atlântico Sul

4 Therezinha de Castro
Therezinha vinculava, portanto, a Antártida ao Atlântico Sul, em função
da importância do Estreito de Drake e da Passagem do Cabo, como
importantes acessos e canais de comunicação no mar.

Ilhas britânicas de Ascensão, Santa Helena e Tristão da


Cunha – (servem de base para projeções sobre a América do Sul e, ao
mesmo tempo, de apoio para o controle da Rota do Cabo);

Pontas nas ilhas brasileiras de Fernando de Noronha e de


Trindade e nas ilhas Malvinas (Por meio deste triângulo, é possível
projetar forças sobre a costa brasileira, argentina e uruguaia, além de
permitir o controle da passagem Atlântico-Pacífico).

: Arquipélagos subantárticos de Shetlands do Sul, Orcadas


do Sul, Gough, Geórgias e Sanduíches do Sul
A partir dele é possível se projetar para a Antártida (CASTRO, 1999)
Segundo Momento - O Atlântico Sul na Guerra Fria:
Ascensão de um Pensamento civil-militar sobre a importância do
Atlântico Sul
5) Meira Mattos (1977)

Enxergava no Atlântico Sul: valor como rota marítima e para o uso das forças militares; sua relevância para
projeção de poder sobre determinadas áreas terrestres; e seu destaque como fonte de recursos.

“(…) chegamos à conclusão de que


. E uma articulação indireta com o resto do Planeta. Esta é uma visão renovada do panorama
geopolítico que gravita em torno do Atlântico Sul, onde a presença de novos Estados cada dia se firma no
cenário (MATTOS, 1977, p. 55).

Jaguaribe via o papel do Atlântico Sul não só como canal para exportação dos produtos brasileiros, mas
também como um espaço a ser defendido de uma possível ameaça aeronaval, devendo haver
, em especial a Assim, haveria a
possibilidade de se
Terceiro Momento - O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

Contexto
Geopolítico:
O Atlântico
Sul como uma
Zona de Paz e da
Cooperação?

Fonte: Lima; Milani; Gomes das Costa et al, 2017.


Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

Contexto
Geopolítico:
A presença de
potências
extrarregionais

Fonte: Lima; Milani; Gomes das Costa et al, 2017.

Fonte: Lima; Milani; Gomes das Costa et al, 2017.


Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

Como o Brasil poderia


“reconfigurar”(ou ampliar) o seu
Entorno Estratégico para uma
inclusão eficaz do Atlântico Sul
nesse contexto geopolítico?
Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

Fonte: Lima ; Milani; Gomes das Costa et al, 2017. Fonte: Gomes da Costa (2018)
Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

Fonte: Elaboração própria, adaptada da original de Gomes da Costa (2022)


Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

A Zopacas se tornou um instrumento


para legitimar as pesquisas
científico-militares dos países
integrantes, com a finalidade de
auxiliar na própria modernização de
seus instrumentos de defesa.

O Brasil buscou, assim, o fomento da


alta tecnologia nos aparatos de
defesa e segurança, e, paralelamente,
auxiliou os países sul-americanos e,
principalmente, os países membros da
Zopacas na formação de militares e
na promoção de acordos de venda de
equipamentos militares brasileiros.

Fonte: Lima ; Milani; Gomes das Costa et al, 2017.


Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

A Figura indica a localização das


principais sedes e projetos
desenvolvidos pelos diversos
países da CPLP
indo desde a promoção de
reuniões interministeriais no
setor área de Defesa Nacional,
até a organização das
operações militares conjuntas
e a realização de seminários
com a presença de
acadêmicos, autoridades
militares, reforçando a dimensão
da cooperação e troca de
informações nas relações civis-
militares.
Fonte: Lima ; Milani; Gomes das Costa et al, 2017.
Terceiro Momento - “O Atlântico Sul no pós-guerra fria e pós-redemocratização”

Fonte: Gomes da Costa (2022)


Entorno Estratégico Brasileiro
articulação entre Defesa, Estratégia e Diplomacia

grande estratégia, que conjugue política


externa e política de defesa
A cooperação é elemento fundamental para garantir
não somente a ampliação do Entorno Estratégico
Brasileiro presença do
Brasil como um parceiro estratégico, não um Estado
intervencionista
ALVES, V. C. Ilusão desfeita: a "aliança especial" Brasil-Estados Unidos e o poder naval brasileiro durante e após a Segunda Guerra Mundial. Rev. bras. polít. int., Brasília, v.
48, n. 1, p. 151-177, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292005000100006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 15 set.
2017.
COUTO E SILVA, G. do. Geopolítica do Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.
CRUZ, L. A. P. “A guerra já chegou entre nós!”: o cotidiano de Aracaju durante a guerra submarina (1942/1945). 232 f. Dissertação (Mestrado em História) - Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Bahia, Salvador. 2012.
DAVIS, S. B. A Brotherhood of Arms: Brazil-United States Military Relations, 1945-1977. Niwot: University Press of Colorado, 1996.
GOMES DA COSTA, M. Trajetórias que se encontram: Análise comparativa da inserção do Brasil e da África do Sul em seus Entornos Regionais (1998-2018). 2022. 413f. Tese
(Doutorado em Ciência Política) – Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
GOMES DA COSTA, M. O Atlântico Sul na reconfiguração do entorno estratégico brasileiro / Murilo Gomes da Costa. 2018. 136f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política),
Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, 2018.
LIMA, Maria Regina Soares de Lima; MILANI, Carlos R. S; DUARTE, Rubens de S. Duarte. [Coordinadores]. Gomes da Costa, M. et al [Autores de Capítulo].
ISBN 978-987-722-231-9
CLACSO. Latitude Sul. Buenos Aires. Mayo de 2017.
OLIVEIRA, G. Z. de, SILVA, I. L. da; PALUDO, J. “A África no pós-Guerra Fria: geopolítica e novos atores.” In SPOHR, Alexandre Píffero; MEDEIROS, Klei; STADNIK, Marjorie.
Relações Internacionais para Educadores: África em Foco, 1.ed. p.161-183. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2013.
PENHA, Eli A. Relações Brasil-África e Geopolítica do Atlântico Sul. 1. ed. Salvador: EUFBA, 2011.
RIBEIRO LUIS, Camila C. A Estratégia Naval Brasileira no Contexto da Política Exterior do Brasil. Revista da Escola de Guerra Naval, Rio de Janeiro, v.18 n. 1 p. jan/jun 2012b
VIDIGAL, A. A. A Evolução do Pensamento Estratégico Naval Brasileiro. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1985.

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