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SISTEMA CONSTRUTIVO EM PAINEL MONOLÍTICO DE EPS:

ESTUDO DO PROCESSO EXECUTIVO

João Batista Maia Gomes


jbmgomes@yahoo.com.br
Luís Guilherme de Paula Oliveira
luis.gpo@hotmail.com
Ohanna Dhara Barbosa Gomes
ohannadhara@yahoo.com.br
Prof. M. Sc. Elker Lucas Garroni
Orientador

Resumo – O sistema de construção com painéis monolíticos de EPS veio para agregar
valor à construção civil. Este trabalho acadêmicos foi compenetrado para o estudo do
processo construtivo, com a finalidade de destacar as etapas, apresentar algumas
vantagens e desvantagens e ressaltar uma estimativa de conhecimento e aceitação. Para
que se consiga difundir o sistema, é necessário que haja a capacitação de profissionais para
atuar no mercado e a normatização. Adquirindo assim, credibilidade do setor quanto ao
método.

Palavras-chaves: Painel Monolítico de EPS, Processo Executivo

1 INTRODUÇÃO
O Brasil está entre as principais economias do mundo com grande tendência
de crescimento, por se tratar de um país em desenvolvimento. É necessário um
grande investimento em infraestrutura, buscando novos métodos que contribuam
com rapidez, economia, eficiência, resistência, durabilidade e, acima de tudo,
sustentabilidade.
Dentre os métodos construtivos mais utilizados no Brasil, estão os sistemas
de vedação com blocos de concreto ou cerâmico, que geram muitos resíduos e
requer muita movimentação de materiais e consumo elevado de mão de obra.
Desenvolvido nos anos de 1980, o novo método recebeu a mesma
denominação de seu próprio fabricante, Monolite. A região em que foi criado é
caracterizada por invernos rigorosos e sujeita a abalos sísmicos, ou seja, um local
com necessidades de atendimento especial devido as condições climáticas e de
resistência das edificações. Concomitantemente, adicionando conforto e segurança
ao usuário. O método faz o uso de placas de Poliestireno Expandido em seu interior,
acrescido de telas de aço eletro soldadas nas laterais e posteriormente revestidas
com argamassa. A introdução desse método no Brasil só chegou na década de 90,
porém, nos dias de hoje, mais de 30 anos depois, ainda é pouco utilizado. (PAULA e
TEIXEIRA, 2019)
A falta de conhecimento é um fator que interfere na difusão dos painéis
monolíticos no mercado, mesmo o método tendo bom desempenho térmico, redução
no tempo de execução, facilidade de aplicação, diminuição de mão de obra e baixa
emissão de resíduos, sendo estes passíveis de reaproveitamento.
Por motivos culturais, a construção convencional de blocos cerâmicos é
consolidada pela população, o que dificulta a inserção ao público de novas
tecnologias na construção civil. Somando-se a isso, há a falta de mão de obra
especificada para a construção em EPS.
Os Painéis Monolíticos apresentam versatilidade de uso, atendendo os
projetos mais dinâmicos, aumento na produtividade do canteiro de obras, baixo
impacto ambiental e boa durabilidade, unindo serviços com a boa qualidade de
produtos (ABRAPEX, 2006).
Procurando um equilíbrio entre maior produção e menor impacto, o objetivo
deste trabalho é despertar na construção civil o interesse para a aplicação de
painéis monolíticos, em substituição ao sistema convencional de blocos cerâmicos e
de blocos de concreto, uma vez que suas paredes são os elementos estruturais da
superestrutura, como uma inovação que busca apresentar uma infinidade de
melhorias para a obra. Por tratar-se de um método promissor, se introduzido em
larga escala tende a revolucionar o setor da construção civil.
O desenvolvimento deste trabalho visa analisar a execução de residências no
sistema construtivo de EPS, detalhando o método construtivo, a obtenção do
material e os processos de montagem e apresentar as suas vantagens e
desvantagens.

2 PAINEL MONOLÍTICO
Segundo Almeida e Rodrigues (2020), ao se utilizar painéis modulares de alta
resistência quando acabados, com grande capacidade de carga, agilidade e redução
de custos, é que o sistema ficou conhecido por monolítico.
2.1 O Sistema em EPS
Segundo Genol (2021), a sigla EPS é a abreviação de poliestireno expandido,
que na realidade é um plástico celular rígido, expandido pelo gás pentano, que o
transforma em pérolas de até 3 mm de diâmetro. O uso desse gás não compromete
o ambiente, pois se trata de um hidrocarboneto, com rápida deterioração em reação
fotoquímica gerada por raios solares. Essas pérolas de EPS são expandidas por
meio de vapor e fundidas, as quais são transformadas em painéis. Os painéis ao
final do processo fabril são inodoros, não contaminantes e recicláveis. Em
concordância com Júnior e Neto (2017), sua fabricação permite que o resultado seja
um material com 98% de ar e apenas 2% de todo o seu volume seja de material
sólido na forma de poliestireno. Ele atinge uma expansão de até 50 vezes o volume
do seu grão inicial, decorrente da ação do vapor saturado.
A descoberta do poliestireno expandido foi em 1949 pelos químicos alemães
Fritz Stastny e Karl Buchhholz em Basf. No Brasil é trivialmente encontrado como
Isopor. Como apresentam Paula e Teixeira (2019), o método construtivo com painéis
industrializados, com o núcleo de EPS e telas eletrosoldadas, foi desenvolvido por
volta de 1985, pela empresa Monolite. A criação tinha como objetivo uma estrutura
monolítica que fosse autoportante, com capacidade acústica, indiferente a
intempéries e abalos sísmicos.
Segundo Bertoldi (2007) a presente tecnologia foi elaborada inicialmente em
vários países, nos quais foram implantadas unidades fabris, tais como: Argentina,
Egito, França, Guatemala, Itália, México, Rússia, Turquia e outros.
O reconhecimento e a homologação deste método construtivo por alguns
países foram cronologicamente por: Austrália, em 1990; Porto Rico e México, em
1994; África do Sul e Jamaica, em 1997; Trinidad e Tobago, em 2003; Irlanda, em
2006; Peru e Panamá, em 2010; Romênia, em 2011; Uruguai, Nicarágua e
Argentina, em 2012; Espanha e Equador, em 2013; República Dominicana, Índia e
Argélia, em 2014; Estados Unidos da América, em 2018; Europa, em 2016 e Rússia,
em 2018 (SILVA; GUIMARÃES; VAZ, 2021).
No Brasil, essa técnica é trazida nos anos de 1990, quando o sistema
construtivo foi submetido a um estudo pelo IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológicas
de São Paulo), à qual foi sujeitada a todos os testes e ensaios normativos exigidos
para validação de sua eficácia (BERTOLDI, 2007).
2.2 Sustentabilidade
Segundo Motta e Aguilar (2009), o conceito sustentável está cada vez mais
presente em qualquer segmento de mercado e na construção civil não é diferente.
Buscando, assim, construções com grande capacidade de produtividade, associada
a baixo custo e desempenho ambiental. Os painéis têm a possibilidade de
reciclagem e a redução de custos na fundação de uma edificação, o que eleva a
positividade do uso do EPS, por ser um material leve e reciclável (BARRETO, 2017).

2.3 Definição dos Painéis


No mercado estão disponíveis comercialmente 7 tipos de EPS, que têm as
suas classificações pela densidade. Na tabela abaixo, estão disponíveis valores para
as propriedades dos tipos de EPS de acordo com suas respectivas normas.

NORMA TIPOS EPS

PROPRIEDADES Método UNID. TIPO TIPO TIPO TIPO TIPO TIPO TIPO
Ensaio 1 2 3 4 5 6 7

NBR
Densidade Aparente Nominal kg/m³ 10,0 12,0 14,0 18,0 22,5 27,5 32,5
11949

NBR
Densidade Aparente Mínima kg/m³ 9,0 11,0 13,0 16,0 20,0 25,0 30,0
11949

Condutividade Térmica NBR W/


- - 0,042 0,039 0,037 0,035 0,035
Máxima (23°C) 12094 m.K

Tensão por Compressão


NBR 8082 KPa ≥33 ≥42 ≥65 ≥80 ≥110 ≥145 ≥165
com deformação de 10%

ASTM C-
Resistência mínima à flexão KPa ≥50 ≥60 ≥120 ≥160 ≥220 ≥175 ≥340
203

Resistência mínima ao
EN-12090 KPa ≥ 25 ≥30 ≥60 ≥80 ≥110 ≥135 ≥170
cisalhamento

Flamabilidade NBR
Material Retardante à Chama
(Se material classe F) 11948

Tabela 1: Tipos de EPS. Fonte: ABRAPEX (2006)

A Diretriz nº 11 (2014) do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de


produtos inovadores – SINAT, no âmbito do Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat – PBQP-H, aborda que o tipo de EPS a ser utilizado na
construção civil, deve ser o de denominação ‘’Classe F’’. Essa classe retarda a
propagação da chama e o material em contato com o fogo se contrai, inibindo a sua
combustão.

2.4 Conceito Estrutural


Ao contrário do sistema convencional, a construção com painéis monolíticos
em EPS não necessita de pilares e/ou vigas. Somente se utilizam pilares e vigas
quando a edificação ultrapassa 02 pavimentos, ao ultrapassar fazendo-se o uso
destes e sem limites para a execução de pavimentos, onde os painéis de EPS terão
a função somente de vedação. Esse método é estrutural e utiliza em torno de 10%
de todo o aço usado em um sistema tradicional (COSTA, 2019).
Devido ao seu peso reduzido, os painéis distribuem o carregamento por igual,
gerando assim economia na fundação. Uma grande característica desse sistema é a
leveza em comparação ao sistema de alvenaria convencional.
Uma característica importante é que uma malha de aço cobre toda a
superfície dos painéis, os quais são ligados a fundação por meio de arranques,
caracterizando assim, a edificação como um elemento único (FÜHR, 2017).
As malhas fixadas são produzidas com aço de alta resistência (AR),
superiores ao CA-60, com bitolas entre 2 mm e 10 mm, assim como espaçamento
entre 5 cm x 5 cm até 30 cm x 30 cm, vai depender da necessidade do projeto. Na
unificação dessa estrutura em um todo, são utilizadas malhas em aço galvanizado
nas formas de “’L”, “U” ou “liso” (BERTOLDI, 2007).
Segundo Camargo e Figueiredo (2019) A utilização desses elementos tem
pontos específicos, como: “L”, aplicado nos encontros perpendiculares de paredes
nas faces internas e externas; “lisos”, nas aberturas de vãos de janelas e portas,
com dimensões de 30x60 cm e aplicados na diagonal, em ângulo de 45º; e ´´U”,
aplicados nos perímetros internos das aberturas de janelas e portas, garantindo
neutralização dos esforços de esmagamento e corte e, assegurando também, que o
revestimento não seja aplicado diretamente sobre o EPS.

3 PROCESSO CONSTRUTIVO
Nesse item são descritos os processos construtivos utilizados atualmente nas
diferentes etapas de uma obra em painéis monolíticos de EPS.
3.1 Fundação
Para todo e qualquer empreendimento, antes de se executar a fundação, é
necessário verificar as condições do terreno, que geralmente antecede os serviços
de limpeza, capina, escavação, aterro e compactação. A fundação é feita de acordo
com o cálculo estrutural e depende do estudo de solo do local (COSTA, 2019).
Ainda conforme Costa (2019), cada projeto determina o tipo de fundação a
ser utilizado. O sistema de construção em painéis monolíticos de EPS é baseado em
uma estrutura leve. Com isso, há uma considerável economia em aço nas armações
de suas fundações, o que evidencia uma fundação simples. Nessas condições,
podem-se utilizar sapatas corridas ou radier.
A fundação conveniente para esse método é o radier, um tipo de fundação
superficial que distribui toda a carga de maneira uniforme no terreno, como uma laje
de concreto. Algumas das vantagens desse tipo de fundação são: rapidez na
execução e reduções de mão de obra, na quantidade de formas e ao Máximo de
recalques diferenciais (MEDEIROS, 2017).
Conforme o Manual de Execução Isorecort – Monopainel® (2021), a
característica de resistência do concreto é definida em consideração aos aspectos
de durabilidade e resistência da estrutura em cada projeto, com uma determinada
espessura, sobre uma camada de brita nº 1, impermeabilizada com uma manta
PEAD (Polietileno de Alta Densidade) de 200 g/m². A armadura a ser aplicada no
radier é constituída por tela de aço CA-60, podendo ser simples ou dupla, o que vai
ser determinado pelo projeto estrutural, levando em consideração as forças atuantes
e as condições do solo.
Evidenciando que para a concretagem, os pontos de passagens do sistema
de esgoto e conduítes para alimentação elétrica de entrada já devem estar
devidamente instalados, conforme projetos.

3.2 Fixação de Barras e Estabilização Inferior


Para fixação dos painéis são disponibilizados arranques que são executados
das seguintes formas, a depender do projeto.
Na primeira situação, mais indicada por fazer a execução correta de acordo
com a questão estrutural, antes da concretagem os arranques são fixados em aço
de 5 mm com 30 cm acima do piso, alinhados pelo gabarito da obra, com o ponto
inicial da parede a 25 cm e demais a 50 cm de distância entre si.
Na segunda situação, realizada de forma empírica, as barras são engastadas
no radier já concretado, a uma profundidade de 10 cm, com furos a cada 50 cm, na
face interna e externa do painel. Para demarcação desses pontos, é utilizado um
gabarito de obra e uma furadeira para execução dos furos. Posteriormente, são
fixadas por meio de um adesivo epóxi (MONOPAINEL® ISORECORT, 2021).

3.3 Amarração de Painéis e Estabilização


Após a conclusão da fundação, entre 1 e 3 dias os painéis já podem ser
fixados a fundação por meio das barras de ancoragem, já dispostas linearmente. A
amarração dos painéis é realizada entre os arranques e a malha do painel, com
arame galvanizado ou grampeador pneumático, utilizando grampo compatível com o
aço que prende as malhas aos painéis (MEDEIROS, 2017).

Figura 1: Fixação dos painéis nas barras de


ancoragem. Fonte: Isorecort, 2020

Para o posicionamento dos painéis, deve ser seguido o projeto. Alguns


fornecedores já disponibilizam as placas com as aberturas de vãos. Caso isso não
ocorra, as aberturas podem ser realizadas no canteiro de obras, com o uso de
ferramentas simples, como lixadeira e serra mármore, na medida solicitada.
Segundo Rosa (2021 apud MONOLITE, 2017), neste caso os reforços devem ser
projetados para que ocorram esses cortes.
De acordo com Alves (2015), o processo de manuseio e colocação pode ser
realizado por um único funcionário, não havendo necessidade de mão de obra
especializada. Nessa etapa não é utilizado nenhum tipo de ferramenta complexa ou
pesada, já que os painéis são leves (BERTOLDI, 2007).

3.4 Alinhamento
Para o alinhamento dos painéis, são utilizadas réguas de madeira
aparelhadas ou de alumínio, barras de metalon e/ou treliças. Seguindo alguns
cuidados, deve-se colocar a primeira régua a 60 cm do piso e a segunda a 200 cm
da primeira, conforme Genol (2021). Segundo Duarte e Carneiro (2015), se
necessário, dependendo do vão de abertura, deve ser feito o uso de réguas
intermediárias. São utilizadas âncoras diagonais e perpendiculares as réguas,
fixando-as ao piso, com espaçamento de 4 a 5 metros, por questão de segurança e
garantia.

Figura 2: Alinhamento e prumo dos painéis. Fonte: Isorecort, 2020


Assim que seja feito o alinhamento, são colocadas as telas de reforços em
locais específicos, momento em que será dada continuidade estrutural (BERTOLDI,
2007). Ainda de acordo com Duarte e Carneiro (2015), esses reforços são utilizados
em situações em que a armadura exige uma carga maior de esforços. Evitando
aparecimento de futuras trincas e fissuras.

3.5 Passagens de Instalações


Indiferente de qualquer método construtivo, após a execução das paredes é
necessário serem feitos os cortes, sejam nas paredes internas ou periféricas, com a
finalidade da passagem das instalações elétricas e hidrossanitárias. Alves (2015)
apresenta que, ao contrário dos outros métodos, este não tem quebras, sujeira e
geração de resíduos, mantendo o ambiente limpo, conforme Bertoldi (2007).
Os materiais e a forma de instalação são os mesmos usados nas construções
convencionais, porém esse processo é facilitado, executado de forma simples e
rápida. Primeiramente é demarcado no EPS o traçado das instalações, conforme o
projeto. A marcação pode ser por meio de tinta spray ou pincel. Em seguida são
abertas as cavidades no painel com o uso de um soprador térmico, o qual o EPS se
molda a partir da projeção do ar quente. Como meio alternativo, pode ser utilizado
um maçarico a gás, com um tubo metálico na ponta, com a finalidade de não
posicionar diretamente a chama sobre o EPS (ALVES, 2015).

Imagem 1: Passagem de conduítes


para execução de elétrica. Fonte:
próprio autor.
Em concordância com o que apresenta a empresa Monopainel®, em caso de
tubos que não são flexíveis, é permitido o corte da tela para a passagem, no final
deve ser fechado com uma sobre tela de reforço com as mesmas propriedades da
anterior. Deve ser observado ainda, o posicionamento e dimensão das caixas de
passagem para evitar comprometimento na espessura final da parede, em
decorrência do tamanho desses elementos.

3.6 Etapas de Revestimento


De acordo com Costa (2019), é necessária a cobertura em duas camadas,
uma servindo para preenchimento do EPS com microconcreto e a outra para
finalização do acabamento. Nesse processo deve-se espalhar mestras com a
finalidade de delimitar a espessura final.
Para atestar que o acabamento da camada de microconcreto até o
faceamento com a malha seja executado da forma correta, são dispostas faixas de
argamassa, conhecidas por mestras. Para tanto, elas devem estar bem alinhadas e
aprumadas. Essa espessura deve ter no mínimo 3,5 cm nas duas faces do painel.
Essa uniformidade faz com que a parede não apresente refração diferencial nas
faces invertidas, sendo assim, o microconcreto deve ser projetado no espaço
definido pelas mestras. A projeção é realizada com o auxílio de um projetor
pneumático, que imprime maior produtividade e qualidade ao revestimento (ROSA,
2021).
Em conformidade com Costa (2020), a argamassa é composta por um traço
de 1:3 (cimento e areia), sendo adicionado 200 ml de aditivo plastificante e 200 g de
microfibra de polipropileno.
Segundo Duarte e Carneiro (2015), a primeira camada é como chapisco, ela
deve preencher a superfície do EPS até o nivelamento com a malha de aço. A
projeção da argamassa deve se iniciar na parte inferior em direção a superior e a
espessura final é de 3,5 cm. Cada camada de projeção deve ter 0,5 cm no mínimo e
máximo 2,0 cm. Após essa aplicação é feito a regularização da superfície, com
régua de alumínio no sentido de baixo para cima.
Imagem 2: Painel com primeira camada
de argamassa estrutural aplicada. Fonte:
Isorecort, 2020

Quando obtiver a cura da primeira camada, em até 48 horas do revestimento,


deve-se iniciar a colocação de batentes e caixilhos. Concomitantemente as escoras
já podem ser retiradas, pois a edificação já apresenta características autoportantes,
em concordância com Lueble (2004).
Segundo Alves (2015), paredes niveladas e aprumadas, batentes e caixilhos
assentados e protegidos, com a cura de 48 horas, projeta-se a segunda e última
camada, com espessura determinada no projeto arquitetônico.
O acabamento que pode ser revestimento cerâmico, grafiato, pintura ou
qualquer outro elemento, fica a critério do cliente.

3.7 Lajes
Depois da fase de aplicação da argamassa estrutural, interna e externa, é
colocada a laje de cobertura ou do pavimento seguinte. (BARRETO, 2017). A
execução pode ser através de uma laje treliçada unidirecional, em laje de vigotas de
concreto, ambas com placas de EPS, ou até mesmo em laje maciça.
Decorrido o tempo de cura da laje, aplica-se a estrutura para telhado e
colocação das telhas.
Segundo Costa (2019 apud MONOLITE, 2017), caso a laje tenha a sua
execução com painéis de cobertura inclinados, as ripas e telhas podem ir
diretamente sobre o concreto desempenado e no processo de cura, o que evita a
estrutura em madeiras.

4 METODOLOGIA
A finalidade da pesquisa pode ser entendida como básica, pois há o intuito de
se aprofundar em ponto específico do tema, que fica exposto o processo construtivo
da construção com painéis monolíticos de EPS. Além disso, baseia-se em artigos e
trabalhos acadêmicos que abordam o assunto e que possibilitaram o
desenvolvimento, caracterizando-a como descritiva.
Segundo Praça (2015), um alto desempenhado na elaboração de um artigo
se dá no empenho do aluno em fazer o uso consecutivo de leitura, crítica e reflexão,
através de outros trabalhos científicos. Para se desenvolver um estudo direcionado
aos painéis monolíticos de poliestireno expansível em casas, o artigo apresentado
baseia-se também em pesquisas bibliográficas exploratórias.
Estas pesquisas, realizadas em artigos, TCC, teses, dissertações e artigos
periódicos foram fundamentais para o conhecimento teórico do sistema de painéis
monolíticos e fomentou a busca de possíveis casos do uso do EPS para visitação.
Foram realizadas visitas técnicas em obras aqui denominadas A e B, entre os
meses de agosto e novembro de 2021. A obra A compreende um conjunto de dez
casas, podendo ser consideradas como residências unifamiliares térreas de baixo
padrão, com aproximadamente 60 m² cada unidade, com 2 quartos, banheiro social,
sala e cozinha integrada, lavanderia e garagem. Foram executadas em fundação
rasa modelo radier, paredes autoportantes em EPS, com laje maciça e treliçada. Já
a obra B trata-se de uma residência unifamiliar de médio padrão com 2 pavimentos,
sendo executada com fundação de blocos de coroamento de estacas e vigas
baldrames, painel monolítico de EPS usado como vedação no pavimento térreo e
laje treliçada. O pavimento superior será executado com paredes autoportantes em
EPS.
Foi realizada uma pesquisa através de formulário do Google e divulgada nas
redes sociais dos autores, a fim de saber o conhecimento do público sobre a
construção em painel monolítico de EPS.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O sistema de construção com painéis monolíticos de EPS tem a mesma
sequência de processos das construções convencionais, com características
diferentes em algumas etapas.
O solo deve ser analisado e preparado para o início da construção, estando
isento de entulhos, troncos e demais objetos que venham a comprometer
futuramente a edificação. Identificada a condição do solo, é realizado o projeto de
fundação adequado.
Os painéis são instalados após a base executada e marcados os pontos
específicos de cada arranque para sustentação deles. Deve-se atentar para o
perfeito alinhamento e garantindo um esquadrejamento das paredes.
A laje mais verificada nestas obras é a pré-moldada com armação de treliças
e para a cobertura, nas obras visitadas, utilizaram o emadeiramento e aplicação de
telhas cerâmicas.
O revestimento e piso adotados para banheiro e cozinha foi o porcelanato.
Durante as visitas técnicas, observou-se que nas obras podem ocorrer falhas
de execução, como desalinhamento de paredes e surgimento de fissuras.

5.1 Análise da Obra A


Foi analisado o processo construtivo, observando falhas de execução como:
paredes fora de esquadro, fissuras no reboco, variação da espessura das paredes,
erro na tirada de medidas para portas e janelas.
As incorreções nas paredes ocorreram, provavelmente, por erros cometidos
na marcação dos pontos de arranque, por falta de alinhamento e/ou travamento dos
painéis. Esse processo deveria ser realizado e conferido antes de seguir para a
próxima etapa, já que as paredes são autoportantes, sendo fundamental a exatidão
das marcações devido aos pontos de cargas.
Imagem 3: Verificação de esquadro. Fonte: próprio
autor.

As fissuras observadas no reboco, podem ter sido causadas por: espessura


elevada da camada, para sanar o desalinhamento das paredes, sem adição de uma
tela ou fibra para evitar a fissuração; ponto enfraquecido de encontro dos painéis,
sem que tenha sido feito o transpasse correto de seção da malha; devido à
sobrecarga.

Imagem 4: Fissura em reboco. Fonte:


próprio autor.
Pode ser identificado a falta de padronização das espessuras de
emassamento das paredes. Foram verificadas medidas variando de 14 cm a 19 cm,
em painéis acabados. O sistema construtivo em EPS tem a capacidade de
uniformizar as medidas, pois as placas têm uma concepção modular, de medidas
pré-determinadas.

Imagem 5: Conferência de parede acabada, com Imagem 6: Conferência de parede acabada,


15 cm. Fonte: próprio autor. com 19 cm. Fonte: próprio autor.

Por se tratar de uma obra com medidas mais precisas e placas com a
finalidade de módulos, os vãos de janelas e portas foram projetados maiores que as
dimensões dos elementos a serem instalados. Com isso, houve a necessidade de se
fazer o preenchimento do espaço com uma camada de espessa de massa e
emendas de painel, ficando anterior as ações de verga e contraverga, que inibiriam
a fissuração.
Imagem 7: Vãos maiores que os elementos sendo
preenchidos. Fonte: próprio autor.

5.2 Análise da Obra B


Essa construção não é totalmente em painéis monolíticos. O pavimento
inferior foi executado de forma mista, com pilares e vigas em concreto armado e
preenchimento com os painéis. Já o pavimento superior será executado em painéis
de EPS.
A obra foi visitada ainda na execução do primeiro pavimento. Em uma dessas
visitas foi detectado que as paredes de preenchimento foram desalinhadas durante o
processo de concretagem dos pilares, que forçaram um deslocamento das placas. O
erro foi gerado devido à falta de travamento correto das peças utilizadas na
vedação. Esta falha e a sua correção podem ser observadas nas imagens a seguir:
Imagem 8: Detalhe do desalinhamento do Imagem 9: Detalhe com a correção e travamento
painel. Fonte: próprio autor. do painel. Fonte: próprio autor.

Apesar das falhas no processo executivo destacadas acima, o método de


construção em painel monolítico traz bastante benefícios, os quais podem-se
salientar: o isolamento térmico e acústico; um material de baixo peso e facilidade de
manuseio; a durabilidade; a sustentabilidade; baixa geração de resíduos no canteiro
de obras; elevada resistência mecânica; redução na mão de obra e agilidade no
tempo de execução.
Pode-se ainda apresentar alguns pontos negativos, que são: pouca ou quase
nenhuma mão de obra especializada para a execução; limitação da construção em
até 4 pavimentos, salvo para os casos de construção mista; o custo inicial do
material é elevado, mas compensado com a redução da mão de obra; pouco
conhecimento por parte de engenheiros sobre o produto e suas propriedades,
dificultando um nível de cálculo e dimensionamento da estrutura; falta de
conhecimento do produto por parte da população.
Com isso, foi desenvolvida uma pesquisa, com a finalidade de levantar dados
sobre o nível de conhecimento do público sobre edificações construídas com painéis
monolíticos em EPS, conforme seguem os resultados abaixo.
A pesquisa obteve respostas de 98 pessoas, que foram destacados a idade,
grau de instrução, se há relação com a área da construção civil, conhecimento de
métodos construtivos e nível de interesse sobre o tema.
Referente a idade, 44,9% dos participantes possuem entre 21 e 30 anos,
seguido por 26,5%, entre 31 e 40 anos.

Ilustração 1: Gráfico por idade. Fonte: próprio autor.

Sobre o grau de instrução foi gerado o seguinte gráfico, com 39,8% dos
entrevistados possuindo Ensino Superior completo e 36,7% com Ensino Superior
incompleto.

Ilustração 2: Gráfico por grau de instrução. Fonte: próprio autor.

Foi perguntado sobre o conhecimento de métodos construtivos, em que 100%


conhecem o sistema convencional e 21,4% responderam conhecer Painel Monolítico
em EPS.
Ilustração 3: Gráfico de conhecimento sobre métodos construtivos. Fonte: próprio
autor.

Após o preenchimento das perguntas anteriores, foi perguntado se havia


despertado a curiosidade de se pesquisar sobre o tema, tendo respondido sim,
95,9%.

Ilustração 4: Gráfico por nível de interesse. Fonte: próprio autor.


6 CONCLUSÃO
O sistema construtivo de painéis monolíticos em EPS não é algo novo, mas
no Brasil é pouco conhecido e não é difundido. A utilização do método tem um
grande potencial de crescimento, sendo necessária uma ampla disseminação e,
consequentemente, uma boa aceitação.
Deve-se fazer divulgação ressaltando os benefícios da construção junto a
característica sustentável, fator importante para o meio ambiente, com outros
fatores, tais como: econômico, condições de conforto, segurança e durabilidade.
Desse modo, haverá a conscientização da população e de futuros compradores e
investidores quanto a qualidade de uma edificação realizada através deste método.
A resistência é diretamente ligada ao caráter cultural e conservador, como a
relutância a algo novo e a falsa insegurança, já que desconhecem o sistema.
O sistema ainda é insuficiente em relação a uma padronização específica.
Não existe no Brasil uma norma técnica, favorecendo a dificuldade de difusão dos
painéis como uma alternativa viável para as construções futuras.
É importante a união de engenheiros com o intuito de padronizar a forma de
execução e criar parâmetros para cálculos estruturais do sistema. As construções
em painéis monolíticos representam uma redução considerável nos custos de obra,
embora o trabalho não tenha sido desenvolvido sobre o fator de custos, é possível
se visualizar. O tempo de execução, quando bem planejado e executado dentro dos
parâmetros estabelecidos, agrega uma redução significativa. Essa redução expressa
uma positividade, mesmo com os preços dos painéis sendo elevados. Um avanço na
utilização deles seria um fator para se reduzir o custo de compra do produto.
Em resumo, essa técnica construtiva apresenta mais vantagens do que
limitações. Representa um produto de alta qualidade, atendendo diversos requisitos
e podendo substituir sem prejuízo algum a alvenaria estrutural de blocos de
concreto.
Portanto, conforme já citado acima, a repulsa é nítida, por sentir-se
insegurança na aplicação do método, devido ao apego demasiado ao sistema
convencional, a dificuldade de aceitação do novo e a falta de um corpo técnico
preparado para expor os benefícios.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAPEX. Associação Brasileira do Poliestireno Expandido. Manual de


Utilização EPS na Construção Civil. Pini, São Paulo: 2006.

ALMEIDA, André Borelli de; RODRIGUES, Pedro Sérgio Hortolani. Sistema


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uma casa de médio porte em dois métodos construtivos: fechamento em
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ISORECORT. Monopainel Isorecort – Manual de Execução. 2021. Ribeirão Pires,


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SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÕES TÉCINICAS (SINAT). Diretriz sinat nº 11 –


Paredes, moldadas no local, constituídas por componentes de Poliestireno
expandido (EPS), aço e argamassa, microconcreto ou concreto. 2014. Brasília,
DF. 42P.
APÊNDICE A – FORMULÁRIO GOOGLE

Construção em EPS
Este formulário tem a finalidade de saber o conhecimento do público sobre a
construção em painel monolítico de EPS. Faz parte do Trabalho de Conclusão de
Curso - Artigo Científico dos alunos João Batista, Luís Guilherme e Ohanna Dhara,
do curso de Engenharia Civil da UNA - Pouso Alegre, com orientação do Prof. M. Sc.
Elker Lucas Garroni.

1) Idade:
Até 20 anos – 6
De 21 a 30 anos – 44
De 31 a 40 anos – 26
De 41 a 50 anos – 15
De 51 a 60 anos – 6
Acima de 61 anos – 1

2) Sexo
Feminino – 52
Masculino – 46

3) Grau de instrução
1º grau incompleto – 0
1º grau completo – 2
2º grau incompleto – 1
2º completo – 20
Superior incompleto – 36
Superior completo – 39

4) Você trabalha na construção civil? (Engenharia, Arquitetura, Execução de Obras)


Sim – 20
Não – 78
5) Dos métodos construtivos abaixo, qual(ais) você conhece?
Alvenaria (bloco, tijolo) – 98
Wood Frame (madeira) – 60
Steel Frame (aço galvanizado) – 42
Painel Monolítico em EPS – 21
Outros: (foram digitados pelo público)
Taipa – 1
Pré moldado – 1

6) O sistema de painéis monolíticos é de paredes executadas com núcleo em EPS


(isopor) e este revestido em concreto. Você compraria ou construiria uma casa
nesse sistema?
Sim – 84
Não – 14

7) Após uma breve abordagem sobre esse sistema neste formulário, despertou em
você a curiosidade para pesquisar sobre o assunto?
Sim – 94
Não – 4

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