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PROJETO DE PESQUISA
1. TEMA…………………..………………………………………………………….. 3
3. JUSTIFICATIVA………………………………………………………………… 5
4. OBJETIVOS………………………………………………………………………. 7
4.1 GERAL……………………………………….………………………………. 7
4.2 ESPECÍFICOS……………………………………….……………………….. 7
5. REFERENCIAL TEÓRICO……………………………………………..………. 8
6. METODOLOGIA DA PESQUISA……………………………………………… 12
7. CRONOGRAMA……………………………………….………………………… 14
REFERÊNCIAS……………………………………….…………………………….. 15
1. TEMA
2. INTRODUÇÃO
O mundo passa por constantes transformações, mas a dinâmica desse processo vem
acontecendo de forma mais intensa, atualmente. Ao observar as alterações, percebe-se que o
meio ambiente vem sofrendo com os impactos negativos das transformações, embora a
sociedade tenha se tornado ecologicamente mais consciente, a degradação ambiental vem
aumentando nos últimos anos. E a cada dia a questão ambiental ganha mais evidência na
pauta da Administração Pública e, de maneira cada vez mais decisiva, impõem severas
consequências sobre o futuro da nação, ainda mais com o cenário atual da conjuntura política
e social do país.
Nesse sentido, a sociedade brasileira anseia por mudanças efetivas sobre essa questão,
sendo que no mesmo ambiente encontram-se inseridos os agentes sociais, as organizações, o
poder público e a população em geral, cada um desempenhando um papel no sistema,
mantendo relações entre si e com o meio ambiente. As empresas produzindo e fornecendo
bens e serviços aos consumidores, buscando adaptarem-se ao novo contexto dos negócios
frente as alterações ocorridas no mundo pela globalização e pelas mudanças no perfil da
sociedade. Enquanto cabe ao Poder Público regulamentar o uso e consumo dos recursos
naturais utilizados na produção, além de realizar investimentos com a gestão ambiental, no
sentido de restaurar e conservar a natureza, proporcionando um meio ambiente equilibrado,
essencial ao bem-estar da comunidade.
No entanto, é preciso que a gestão pública passe a encarar o ecossistema de forma
radicalmente diferente daquela que dominou no último século. E de acordo com Braga (2007),
apesar do crescimento da consciência ambiental na sociedade, é necessário utilizar
ferramentas corretivas para prezar a harmonia entre o homem e o meio ambiente, sendo
assim, as normas de preservação ambiental assumem o papel complementar de pressionar e
regular os recursos naturais. Para isso, as ferramentas de mensuração do desempenho
ambiental da gestão pública são de fundamental importância (Augusto e Branco, 2003).
Embora exista legislação própria que oriente e imponha limites mínimos sobre os
gastos realizados pelos entes públicos na área de educação e saúde, não há uma lei exigindo
que os Municípios, Estados, União e Distrito Federal invistam na conservação do meio
ambiente. Logo, fica a cargo dos gestores públicos a criação e a realização de projetos e ações
de caráter ambiental e a destinação de parte dos recursos orçamentários para as atividades
envolvendo o meio ambiente. Portanto, os investimentos em gestão ambiental devem ser
analisados, mensurados e avaliados de forma a evidenciar se tais ações geraram benefícios
para a população, com os gastos em conservação, educação e preservação ambiental.
A concretização desta pesquisa mostra-se viável sob o aspecto técnico em face do
Tribunal de Contas de Roraima já dispor de vários dados da gestão ambiental da capital
roraimense dos anos de 2016 a 2019. E no âmbito acadêmico o projeto é exequível por haver
significativa produção científica correlata e, no contexto financeiro, a realização do trabalho
será facilitada por não gerar custos expressivos ao discente. Por outro lado, há o caráter
inovador deste trabalho por não haver pequisa que analise a efetividade da gestão pública
ambiental do município mais populoso do Estado.
Como resultados esperados dessa pesquisa, o conhecimento da situação da gestão
pública ambiental do município de Boa Vista e dos fatores explicativos deste desempenho no
quadriênio 2017 a 2020, demandarão elementos suficientes para a realização de produtos
bibliográficos na forma de artigos científicos; de relatórios técnicos conclusivos para
instituições fiscalizadoras e para organizações não governamentais, contendo informações
sobre cada ano pesquisado, indicando a relevância dos resultados e conclusão em termos de
impacto social, legal, orçamentário e financeiro; e de uma base de dados técnico-científica
com arquivos das ações e políticas públicas de manutenção do meio ambiente equilibrado e de
recuperação de áreas degradadas em Boa Vista, de forma a subsidiar novas pesquisas, bem
como auxiliar nas auditorias internas e externas dos órgãos fiscalizadores.
Considerando que os indicadores auxiliam nas tomadas de decisão, permitindo um
melhor resultado do ente público e que o critério de efetividade é pouco abordado em
pesquisas acadêmicas, surge o seguinte problema de pesquisa: quais são os fatores
explicativos do desempenho da Prefeitura Municipal de Boa Vista, no âmbito da gestão
pública ambiental, nos anos de 2017 a 2020?
3. JUSTIFICATIVA
4. OBJETIVOS
4.1 GERAL
Analisar a efetividade das ações da Prefeitura de Boa Vista no âmbito da gestão
ambiental, nos anos de 2017 a 2021.
4.2 ESPECÍFICOS
Levantar e discutir as ações da Prefeitura Municipal de Boa Vista, quanto à gestão
pública do meio ambiente, no quinquênio de 2017 a 2021;
Avaliar qualitativamente as ações da gestão ambiental do Poder Executivo Municipal
de Boa Vista nos anos de 2017 a 2021; e
Comparar o desempenho da gestão ambiental da capital do Estado de Roraima ao
longo dos anos, no período de 2017 a 2021.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
Como destacou Costa (2008), apud Scarpin et al. (2008), as questões ambientais têm
despertado interesse na sociedade à medida que a consciência e a educação ambiental vêm
crescendo, e com isso os cidadãos passaram a exigir dos gestores públicos uma nova postura
em relação ao processo de conservação ambiental. E nesse contexto, a evolução das cidades
rumo ao desenvolvimento saudável e equilibrado exige da gestão municipal resultados
positivos e constantes na dimensão ambiental. Preservar a amplitude e a qualidade dos
recursos ambientais para as próximas gerações e conservar a biodiversidade e os sistemas de
suporte à vida humana são preocupações que não podem faltar em nenhum programa de
governo.
De acordo com a Lei n.º 6.938/81, que trata da Política Nacional de Meio Ambiente –
PNMA, meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”
(BRASIL, 1981). E para Quintas (2006), a Carta Magna, em seu artigo 225, ao estabelecer o
“meio ambiente ecologicamente equilibrado” como direito dos brasileiros, “bem de uso
comum e essencial à sadia qualidade de vida”, também, atribui ao “Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Os gestores públicos enfrentam, na atualidade, grandes desafios. Garantir o melhor
resultado e o maior benefício possível dos recursos públicos que gastam em suas organizações
é um deles. Outro, é o de convencer a população de sua transparência e a capacidade de
atender as demandas sociais, assim como o uso de adequadas práticas administrativas. Para
atingir a eficiência da gestão pública, Ribeiro (2006) defende que a mensuração deste
desempenho é fundamental um referencial, um padrão que pode ser através da média, de uma
meta definida ou do melhor desempenho que se conhece, como o benchmarking, que vem a
ser um processo de avaliação de ferramentas gerenciais, na qual se incorporam as melhores
práticas daqueles que atingiram os melhores desempenhos, incorporando-os aos seus métodos
e aperfeiçoando-os sempre que possível.
Assim, torna-se necessário a utilização de ferramentas de gestão que avaliam o
desempenho da organização, pois avaliar a efetividade das políticas públicas consiste em
verificar o impacto de suas ações na vida das pessoas às quais tais políticas são destinadas
(CASTRO, 2006; TORRES, 2004; SECCHI, 2013). Por esse prisma, o termo avaliação
refere-se ao ato ou efeito de se atribuir valor qualitativo ou quantitativo (SILVA; SILVA,
2017). Já desempenho diz respeito aos esforços empreendidos na direção de resultados a
serem alcançados. Assim, o desempenho é estabelecido pela atuação de um objeto (uma
organização, projeto, processo, tarefa etc.) para se alcançar um resultado (BRASIL, 2009).
Portanto, a avaliação de desempenho dos programas públicos enseja a possibilidade de
avaliar a própria performance do aparelho estatal (CAIDEN; CAIDEN, 2001). Logo, avaliar o
desempenho do setor público consiste em medir o atingimento das metas estabelecidas,
verificando a qualidade dos serviços fornecidos, os resultados (efeitos reais) e a eficiência da
ação governamental (PACHECO, 2009). Seu propósito é guiar os tomadores de decisão, de
modo a orientá-los quanto à continuidade, correções ou mesmo suspensão de uma
determinada política ou programa (COSTA; CASTANHAR, 2003).
Nesse sentido, Figueiredo e Figueiredo (1986) entendem a avaliação como sendo a
análise e elucidação dos critérios que fundamentam determinada política. Crumpton et al.
(2016) destacam que avaliar envolve julgar valores da política implementada, objetivando
melhorias no processo decisório da esfera pública. Para Trevisan e Van Bellen (2008), a fase
da avaliação de políticas, corresponde à apreciação dos programas que já tenham sido
implementados, buscando avaliar os impactos por eles provocados, observando se atingiram
seus objetivos, ou mesmo se apresentaram efeitos colaterais indesejados.
Corroborando com o entendimento proclamado alhures, MARTINS (1999) cita que
"medir, avaliar o desempenho e tomar decisões com base nessas informações são atividades
importantes de um sistema de gestão", ou seja, é fundamental que o sistema de medição de
desempenho dê suporte para que ações sejam tomadas. Também é necessário que o processo
de medição seja sistemático, pois “quando esta (a medição de desempenho) é feita de forma
circunstancial, pontual e isolada, pode levar a decisões equivocadas e gerar muita confusão e
entropia ao ser utilizada como mecanismo de punição ou de reconhecimento” (BORTOLIN et
al, 2006).
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU, 2011), “um indicador de
desempenho é um número, percentagem ou razão que mede um aspecto do desempenho, com
o objetivo de comparar esta medida com metas preestabelecidas”, e como instrumento de
medição, “fornecem informações sobre o resultado da execução da estratégia, comunicando o
alcance das metas e sinalizando a necessidade de ações corretivas sendo, portanto, um teste
permanente da validade da estratégia” (TCU, 2020). Nessa lógica, a corte de contas brasileira
avalia que:
Assim, o IEGM foi concebido no ano de 2014 pelo Tribunal de Contas do estado de
São Paulo (TCESP) e pelo Instituto Rui Barbosa (IRB). Em 2016 foi adotado por todas as
demais cortes de contas estaduais com o fito de analisar o desempenho das gestões municipais
com dados referentes ao exercício de 2015. Conforme o TCESP (2020), “o IEGM mede a
qualidade dos gastos municipais e avalia as políticas e atividades públicas do gestor
municipal”.
No aspecto do desempenho ambiental alcançado pelos municípios, o objetivo do
IEGM é elencar o posicionamento destes jurisdicionados com indicadores que estabeleçam
uma métrica das ações sobre o meio ambiente que impactam a qualidade dos serviços e a vida
das pessoas, como exemplo: resíduos sólidos, educação ambiental, estrutura ambiental,
conselho ambiental etc. Desse modo, o presente trabalho propõe-se a analisar os resultados da
gestão ambiental do município de Boa Vista, tendo como foco avaliar a efetividade das
políticas públicas ambientais implementadas pela prefeitura da capital do estado de Roraima,
no quadriênio 2017 a 2020.
6. METODOLOGIA DA PESQUISA
De acordo com Trujillo, “os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam
de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do
cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo” (1974 apud MARCONI e
LAKATOS, 2000, p.44).
O objeto deste estudo sugere a abordagem qualitativa de cunho descritivo. Para
Creswell, a abordagem qualitativa é “um meio para explorar e para entender o significado que
os indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou humano” (2010, p. 43, citado
por ARAUJO, 2013, p. 2). Duarte et al. (2009, p. 621) asseguram que a pesquisa qualitativa é
apropriada a responder questões específicas de nível individual e de nível coletivo. Marconi e
Lakatos explicam que a abordagem qualitativa se trata de “uma pesquisa que tem como
premissa, analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humano e ainda fornecendo análises mais detalhadas sobre as investigações,
atitudes e tendências de comportamento” (2010, citado por ARAUJO, 2013, p. 3).
O objetivo da pesquisa leva a entendê-la como descritiva. Marconi e Lakatos (2002, p.
19 a 21) apresentam a classificação da pesquisa descritiva de acordo com Best (1972), que a
define como sendo a pesquisa que “delineia o que é” abordando quatro aspectos: “descrição,
registro, análise e interpretação de fenômenos atuais objetivando o seu funcionamento no
presente”, e de acordo com Selltiz et al (1965) “descrevem um fenômeno ou situação,
mediante um estudo realizado em determinado espaço-tempo”.
Para realização deste trabalho utilizar-se-á do procedimento de Estudo de Campo para
a coleta de dados. O Estudo de Campo é um procedimento que apresenta semelhanças com o
levantamento, conforme afirma Gil: “De modo geral, pode-se dizer que o levantamento tem
maior alcance e o estudo de campo, maior profundidade” (2002, p. 52). Gil faz duas
distinções essenciais entre esses procedimentos:
7. CRONOGRAMA
Período 2021
1º sem.
Etapas
JAN FEV MAR ABR MAI
1. Revisão bibliográfica X X X X -
7. Defesa - - - - X
REFERÊNCIAS