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A reconstrução do pós-guerra
2ª Guerra mundial (1939-1945)
1ª fase – Guerra Relâmpago 1939 – 1941
Rápido avanço dos alemães
2ª fase – 1942 – 1943
1ªas vitórias dos Aliados: Norte de África e início da libertação da Itália
3ª fase – vitória dos aliados – 1944 -1945
Libertação da Itália
Dia D – 5 de junho de 1944 – desembarque da Normandia – libertação da
França
A preparação da paz
Para evitarem os erros cometidos no final da 1ª Guerra Mundial, os aliados
promoveram ainda durante a guerra uma serie de conferências com vista à
recuperação política e económica da Europa, médio e extremo oriente,
profundamente devastados pela guerra.
Atuação da ONU:
Foi fundamental na luta pela independência das colónias
A defesa dos direitos humanos, reveste-se de grande importância, mas
nos países do 3º mundo ficou muito a quem do desejado
A criação do estado de Israel foi uma decisão controversa cujas
consequências se arrastam até aos dias de hoje
Não conseguiu evitar os conflitos localizados no âmbito da guerra fria
O direito de veto dos 5 países permanentes (EUA, GB, URSS, França e
China – parte capitalista representada por Taiwan) bloqueou muitas
decisões importantes e trouxe à tona rivalidades das duas
superpotências (EUA e URSS)
Descolonização
Designa o processo que põe fim ao sistema colonial, mediante a independência
das colonias, e implica o reconhecimento da sua emancipação política face ao
Estado colonizador.
A descolonização recebeu o apoio, por um lado da, URSS, que via na luta pela
emancipação a libertação do capitalismo e, por outro, dos EUA que, assumindo
o seu passado histórico como ex-colónia, apoiavam a descolonização como um
direito dos povos colonizados. A ONU, por seu turno, fez da emancipação
colonial uma prioridade, consagrada quer na Carta das Nações Unidas, quer
na Declaração Universal dos Direitos Humanos, nas quais proclamava o direito
dos povos à autodeterminação.
Causas:
URSS: crise capitalista acentuada pela 2ª Guerra Mundial, que
enfraqueceu as potências coloniais capitalistas.
EUA: é o resultado da evolução dos valores humanistas da civilização
ocidental, ou a aplicação dos princípios da Carta das Nações Unidas
Apoio:
URSS: Numa perspetiva marxista, os soviéticos apoiam a
descolonização, para libertar os povos colonizados da exploração
capitalista.
EUA: tendo sido «…a primeira colónia a conquistar a independência…»
sentem-se no dever de apoiar os outros povos a fazerem o mesmo.
Forma de libertação:
URSS: seguindo a ideologia marxista, defende a luta armada como
forma de libertação.
EUA: defendem uma transição pacífica, negociada sob a égide da Carta
das Nações Unidas.
Posição face às potências colonizadoras:
URSS: Os soviéticos criticam as tentativas de esmagamento dos
movimentos de libertação por parte das potências colonizadoras que se
opõem à descolonização.
EUA: embora apoiem os seus aliados, afirmam que não dão «…um
cheque em branco a nenhuma potência colonial…» ou seja não vão
permitir que o processo de descolonização seja travado.
Truman defendia também que o apoio aos «povos livres» devia ser feito
mediante a ajuda económica e financeira, para garantir a liberdade, uma vez
que «as sementes do totalitarismo são alimentadas pela miséria e pela
necessidade». O auxílio económico à Europa era visto como um meio de
contenção do avanço do comunismo. Nesse sentido, a 5 de junho de 1947,
George Marshall, apresentou uma estratégia de apoio à Europa, o chamado
Plano de Recuperação Europeia, conhecido como Plano Marshall
Recuperação da indústria europeia, recuperação de mercados para
produção americana
Reforçar o prestígio político e económico dos Estados Unidos na europa
ocidental
Travar a expansão do comunismo numa europa enfraquecida
Restaurar a confiança no capitalismo
Clima de desconfiança:
Levantou suspeitas e desconfianças em relação aos próprios familiares
e amigos, levando a uma verdadeira paranoia
Incentivos à denuncia
O receio de agentes infiltrados levou à perseguição e prisão de milhares
de cidadãos
Controlo apertado dos intelectuais e artistas
Limitou a liberdade criativa e afetou sobretudo professores, escritores e
cineastas
Total desrespeito pelas liberdades civis, de pensamento e expressão
As polícias secretas acusavam continuamente novos suspeitos levando
à acusação de inocentes
Este clima de desconfiança e o receio de ameaças mútuas fizeram com que os
serviços secretos de espionagem se mostrassem particularmente ativos, com a
criação da CIA e da KGB.
2ª fase: (1953-1962)
Marcada por uma certa acalmia, foi designada de «coexistência pacífica»,
imposta pela necessidade de controlar o perigo de uma guerra nuclear. Este
período foi atravessado por várias crises militares e políticas, em diversas
áreas geográficas, que provocaram um ambiente de grave tensão (Crise de
Cuba, 2ª crise de Berlim), obrigando a cedências mútuas.
3ª fase: (1963-1975)
Designada por Détente, consistiu no apaziguamento ou desanuviamento das
relações entre Washington e Moscovo, durante as lideranças de Brejnev, na
URSS, de Kennedy, de Johnson e de Nixon, nos EUA. A aproximação das
duas superpotências tinha em vista o controlo do armamento e culminou, no
início dos anos 70, com acordos de desarmamento.
4ª fase
A partir de 1975, a URSS aproveitou os fracassos dos EUA, sobretudo na
guerra do Vietname, para reforçar posições em África e na Ásia. Relançou-se a
corrida aos armamentos, à qual o presidente Reagan reagiu, a partir de 1981,
com o programa de defesa estratégica conhecido como «Guerra das Estrelas».
Bloqueio de Berlim
Causas:
Em 1947, americanos e ingleses anunciam a criação de uma bizona
económica, unindo as suas respetivas zonas de ocupação.
Na conferência de Londres, a França adere a este projeto, sendo
anunciado a realização de eleições para a criação de um governo
alemão
Reações:
Estaline recusa-se a participar na conferência, pois contrariava as
decisões de Ialta e Potsdam.
Como retaliação impede os aliados de acederem por terra as suas
respetivas zonas da cidade de Berlim
Americanos e ingleses criam uma ponte aérea que abastece a cidade,
diariamente, provocando um novo momento de tensão
Resultados:
O bloqueio não tem sucesso e Estaline suspende-o
Em maio de 1949, é anunciada a criação da RFA (república federal
alemã – capitalista) ao que Estaline responde, anunciando em outubro, a
criação da RDA (república democrática alemã – comunista)
Formação de alianças
O Bloco ocidental, liderado pelos EUA, implementou um conjunto de alianças
para manter a paz, a segurança e promover a cooperação entre os países de
democracia liberal e capitalistas.
Surge no contexto da Doutrina de Truman – objetivos fundamentais:
Contenção do comunismo, criando uma barreira de nações amigas dos
EUA que isolasse a URSS
Consolidação da área de influência dos EUA
Dissuasão quanto a possíveis ataques
A «Pactomania»
A URSS responde com a criação do Pacto de Varsóvia
Causa direta – A RFA tinha sido admitida como membro da NATO, o que
implicava o rearmamento da parte ocidental da Alemanha.
Pacto de Varsóvia
Resposta de Kruschev à entrada da RFA na NATO
A causa direta foi a remilitarização da Alemanha Ocidental
A URSS vai utilizar o Pacto de Varsóvia como instrumento de controlo
sobre os países do bloco de leste e a sua adesão era quase obrigatória,
não podendo abandonar a organização sobre qualquer pretexto –
quando dois países tentaram sair e fazer reformas políticas, foram
reprimidos violentamente (Hungria e Polónia)
Social-democracia:
Socialismo reformismo
Maior intervenção do estado
Democracia-cristã:
Inspira-se na doutrina social da igreja
Mais conservador, mas defende igualmente a justiça social, os direitos e
o respeito pela dignidade dos trabalhadores
Aspetos comuns:
Intervenção do Estado (maior ou menor) na economia para corrigir
desvios; criar emprego e promover condições de vida
Controlo dos setores chave da economia. Bancos seguros, setor
energético, transportes e mineração (garantir os fundos para as
reformas sociais) total ou parcialmente nacionalizados.
Taxação progressiva dos rendimentos (impostos mais altos para quem
ganha mais)
Atribuição de apoios sociais (subsídios, serviço nacional de saúde e
educação gratuitas, programas de habitação social, pensões…)
Combate ao desemprego – aumento dos postos de trabalho, serviços
públicos, obras públicas, incentivos à contratação
Sociedade de consumo
Durante o período de prosperidade, o aumento da população, o
desenvolvimento tecnológico e o aumento dos salários reais possibilitaram a
criação de novos hábitos de consumo.
Até cerca de 1950, a maior parte do orçamento de uma família média era
destinado à habitação, ao vestuário e à alimentação. A partir desta década, o
rendimento disponível das famílias aumentou, o que permitiu canalizar os
rendimentos para produtos cada vez mais diversificados e não essenciais.
Instaurou-se na Europa a sociedade de consumo que, já desde os anos 20,
caracterizava o modo de vida americano.
Na Europa
A sovietização do leste da Europa consolidou-se a partir de 1948 com a
transformação de oito Estados em democracias populares. Na Polónia, na
Roménia, na Bulgária, na Hungria, na Checoslováquia, na Jugoslávia, na
Albânia e na RDA, os partidos comunistas instalaram-se no poder.
Democracia popular
Designa os regimes políticos que surgiram depois da 2ª GM, na Europa central
e oriental e, posteriormente, na Ásia (Coreia do Norte, Vietname do Norte e
China). O partido comunista, representante do proletariado, enquanto partido
único, determina a política do governo e dirige a sociedade.
Politicamente: sistema de partido único, centralismo democrático
Economicamente: economias coletivizadas e planificadas
Na Ásia
A guerra da Coreia 1950-1953
A Coreia foi libertada pelo exército americano a sul, e soviético a norte. Apesar
dos tratados de paz, preverem a realização de eleições livres, elas nunca se
vão realizar, pois americanos e soviéticos não se entendem quanto ao futuro
político da Coreia.
Assim a Coreia fica dividida em dois estados: um comunista, a norte, apoiado
pela URSS; outro capitalista, a sul, apoiado pelos EUA – Paralelo 38
A 1950, as forças comunistas tentam ocupar a Coreia do Sul, para reunificar o
território e impor o governo comunista. A reação americana acabou por fazer
recuar as forças comunistas e repor a linha divisória ao longo do paralelo 38.
1º conflito armado da Guerra Fria (Estaline e Truman)
A China tornou-se o maior Estado comunista na Ásia após o fim da 2ª GM. Mao
Tsé-Tsung fundou a República popular da China em 1949. Reconhecido pela
URSS, o novo estado comunista contribuiu para alargar, de forma decisiva, a
influência soviética na Ásia. Em fevereiro de 1950, a China assinou o tratado
de Amizade, aliança e assistência mútua com a URSS, confirmando o
alinhamento da nova república popular com o modelo soviético. Entre 1949 e
1956, a China de Mao seguiu o modelo soviético.
Na América e na África
A Guerra Fria deslocou-se também para o continente americano, onde EUA e
URSS, disputaram zonas de influência. Cuba, nos anos 60, foi um dos cenários
de maior tensão entre as duas superpotências.
O impacto da crise
Dada a gravidade dos acontecimentos os líderes mundiais aperceberam-se
que a coexistência pacífica entre os dois blocos, estava gravemente
ameaçada. Os líderes das duas superpotências, iniciaram conversações para a
limitação dos arsenais nucleares e instalaram uma linha telefónica direta entre
Washington e o Kremelin para ser usado em períodos de maior tensão. Esta
fase designa-se Desanuviamento detente de gelo ou apaziguamento. Os
esforços vão conduzir à assinatura em 1972 ao 1º acordo do desarmamento, o
SALT I
Apesar do desanuviamento nas relações entre os dois blocos que se seguiu à
crise, Cuba tornou-se um ponto de difusão do comunismo na América latina,
apoiando as guerrilhas revolucionárias dos países vizinhos. Também em África,
cubanos e soviéticos, vão participar diretamente nas guerras coloniais em
Angola e Moçambique, que se seguiam à independência. Estava em causa
assegurar a sua influência no continente africano.
(Kruschev e Kennedy)
A era Kruschev
Herda as assimetrias económicas do período anterior: (estagnação da
agricultura; falta de bens de consumo, devido à falta de investimento; má
gestão e desinteresse dos trabalhadores) o excesso de dirigismo impedia a
criatividade, a inovação e a gestão burocrática das empresas e explorações
agrícolas (privilegiava a qualidade e não a quantidade). Inicia um processo de
desestalinização:
Critica o exagero do culto do chefe/ personalidade de que Estaline foi
alvo
Critica os abusos de poder e o uso da tortura e da repressão em
relação aos opositores, pois isso punha em causa os princípios do
próprio partido
Iniciou uma liberalização em termos políticos e económicos, mas sem
abandonar os princípios do marxismo-leninismo.
Resultados:
A produção total de bens e serviços continuou muito abaixo dos EUA
O programa de arroteamento de terras para agricultura (sibéria ocidental
e Cazaquistão) foi um fracasso
Houve alguma melhoria na qualidade de vida das populações
A conquista do espaço
Estava em causa a hegemonia das duas superpotências, pois era uma forma
de afirmar a superioridade.
Também significava uma vantagem estratégica que podia marcar a diferença
em caso de conflito entre os EUA e a URSS. A competição nesta área, tal
como na do armamento foi feroz e motivo de muitas ações de sabotagem e
espionagem das duas partes.
A liderança da URSS assustou os americanos que na administração Kennedy,
vão concentrar todos os seus esforços na chega à lua.
1969 – Neil Armstrong – primeiro homem na lua (americano)
A ascensão da Europa
Antecedentes da criação da CEE
1946 – Churchill lança a ideia de uma «europa unida»
Recuperação económica
Solidariedade entre os povos da Europa e a noção de uma cidadania
comum
«Estados unidos da europa» - resistirem aos interesses das novas
potências
Europeístas
Federalistas: alargada e profunda intervenção, chegando ao nível
económico
Unionistas: apenas a nível económico
Declaração Shuman – 1950
Anuncia a cooperação entre a França e a Alemanha (capitalista) na produção
de carvão e do aço
Dá o exemplo para outros países ultrapassarem as suas rivalidades
Esta aberta à integração de outros países
Visa promover a paz e o equilíbrio mundial
EUROATOM – 1958
Tinha como objetivo regular a produção de energia atómica para fins cívicos