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A política cultural do regime foi caracterizada por uma forte censura e um controle
rigoroso na expressão artística e intelectual. Porém houve uma grande promoção da
cultura do nacionalismo, da propaganda do regime e da valorização do património
cultural e das colónias.
O objetivo principal era exatamente esse, glorificar o país e o seu passado glorioso,
controlar as massas, de forma a que não se revoltassem contra o regime.
Alguns dos meios utilizados foram a Censura Prévia de toda a atividade cultural,
seja ela literatura ou notícias do jornal, propaganda que visava incutir os ideias do
regime (valorização do que é nacional, missão civilizadora), e a criação do
Secretariado da Propaganda Nacional dirigido por António Ferro, que controlava
tudo isto.
Este secretariado desenvolve uma intensa “Propaganda de Regeneração de
Espírito”, que consiste em conciliar o conservadorismo com o modernismo, na
realização de inúmeros cartazes de propaganda, entre outras realizações, a
Exposição do Mundo Português (1940), uma grandiosa manifestação de exibição da
grandeza do “império” português quer para elevar o orgulho nacional, como para
deslumbrar a Europa que estava em guerra
Reconstrução do após II GM
Como qualquer guerra, a II GM deixou um estrago por onde “passou”,
principalmente na Europa, que foi o seu principal palco. Para recuperar
economicamente o continente europeu, os EUA apresentaram o Plano Marshall, ou
Plano de Recuperação Económica Europeia. O objetivo deste plano não seria
apenas recuperar infraestruturas destruídas, mas reerguer a economia dos países,
para prevenir qualquer desfavorecimento que pudesse ter impacto na população ou
na política. Ao longo de 4 anos, foram assistidos mais de 12 mil milhões de dólares
à Europa. Este plano foi um sucesso e rapidamente a Europa voltava ao que era.
A USSR recusou qualquer ajuda dos EUA e recusou o plano Marshall, isto
contribuiu para as tensões entre o bloco capitalista e o bloco comunista que desde
já, já se formavam, e que levaria à Guerra Fria
- Conferência de Ialta
A Conferência de Ialta, realizada em fevereiro de 1945 na região da Crimeia na
Ucrânia, reuniu os três chefes das maiores potências mundiais (que faziam parte
dos Aliados) Churchill (Grã Bretanha) Stalin (USSR) e Roosevelt (EUA). Esta
conferência foi uma espécie de teorização do que seria a Conferência Final
(Potsdam) ou seja, concordaram em diversos aspetos que poriam em prática
apenas quando a guerra acabasse, como por exemplo: Realizar uma conferência
para a criação da ONU; Acordo quanto à divisão da Alemanha; Estabelecimento dos
montantes de indemnização que a Alemanha teria que pagar; Redefinição das
fronteiras dos países ocupados pelos nazis; Divisão da Coreia em duas;
Supervisionamento das políticas dos países do leste.
Esta conferência, realizada em São Francisco nos EUA, em abril de 1945, foi
estabelecer os princípios, objetivos e criar a Organização das Nações Unidas. A
estrutura, a sede, os participantes, e a Carta das Nações Unidas foram definidos
nesta conferência e postos em prática.
- Conferência de Potsdam
Por fim, esta conferência foi aquela que deu efetivamente vida à Conferência de
Ialta, uma vez que todos os aspetos concordados posteriormente foram postos em
prática depois desta conferência. Realizou-se em julho-agosto de 1945 em
Potsdam, nos arredores de Berlim, e reuniu Attle, Stalin e Truman.
Além de pôr em prática aspectos já acordados anteriormente como: A reversão de
todas as anexações alemãs e a desnazificação alemã; Divisão da Alemanha em 4
bem como de Berlim, administrados pelos EUA, pela USSR, pela França e pelo
Reino Unido; A redefinição do mapa geopolítico europeu; e a definição dos
montantes das indemnizações de guerra, também foram introduzidos os
julgamentos pelos crimes de guerra cometidos, que ficaram conhecidos pelos
julgamentos de Nuremberga, uma vez que ocorreram nessa mesma cidade.
ONU
A guerra fria foi um conflito de ideologias entre duas grandes potências: Os EUA e a
USSR, que perdurou durante 44 anos. Esta guerra teve início com um discurso de
Churchill, em que ele fala sobre uma “Cortina de Ferro” que separava a Europa ou
seja, uma linha imaginária que separava o bloco comunista do bloco capitalista após
a II GM.
Também podemos considerar o início da guerra quando se deu a sovietização do
leste, que consistiu na imposição do comunismo da USSR sob os países da Europa
do Leste (países a cor de rosa). Deu-se a imposição a nível económico (planos
quinquenais e centralização da propriedade) a nível político (partido único comunista
e eleições não livres) a nível social (sociedade sem classes, de trabalhadores para o
Estado, sem liberdade de expressão e censura) e a nível militar (Exército
Vermelho).
Para tentar travar o comunismo na Europa, foi criada a Doutrina Truman, que
defendia que a USSR era uma nação imperialista e que deveria ser travada e que
qualquer país que resistisse ao comunismo iria ser ajudado principalmente após a II
GM. Essa doutrina deu origem ao Plano Marshall, uma ajuda financeira dos EUA
para ajudar a reconstruir a Europa, esta que foi organizada pela OECE. Como
resposta a isto, a USSR criou a Doutrina Djanov, que dizia exatamente o contrário,
que os EUA eram imperialistas e que deveria haver uma divisão de forma a conter o
capitalismo. Em resposta ao Plano Marshall, foi criado o Plano Molotov, que oferecia
ajuda financeira aos países-satélites e que foi organizado pela COMECON.
No plano militar para conter o comunismo, a cooperação entre EUA e Europa
continua com a aliança militar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico
Norte). Mais uma vez a USSR responde com a criação do Pacto de Varsóvia, uma
organização militar entre a USSR e os seus países satélites.
Esta guerra não se caracteriza pelo uso de armas ou guerras entre potências, mas
cada país tinha os seus meios de se manter em controlo, como por exemplo: A
propaganda (que pretendia incutir nas pessoas a ideia de superioridade do seu
sistema ideológico e político) ; Corrida ao armamento (que criava o equilíbrio pelo
terror) ; Ação de espionagem (Os EUA criaram a CIA, e a USSR a KGB e
KOMINFORM) ; Alianças estratégicas ; Intervenção em conflitos.
Embora nunca tenham entrado em guerra entre si, estas duas potências
participaram uma contra a outra em diversos conflitos pelo mundo como por
exemplo:
- A questão da Coreia: Após a retirada do Japão da Coreia, ela dividiu-se em
dois no Paralelo 38, porém o Norte invadiu a linha e tentou unificar o país, os
EUA e a USSR entraram no conflito. A guerra termina após três anos com a
divisão das Coreias
- A questão do Vietname: Após a descolonização do Vietname da Indochina,
iniciou-se um conflito entre socialismo e capitalismo, com o apoio dos EUA e
da USSR, por fim o socialismo venceu
- A questão de Cuba: Fidel Castro depõe o governo pró-americano, que leva a
um conflito entre Cuba (e a USSR) e os EUA. Após os EUA organizarem um
golpe fracassado a USSR coloca uma base de mísseis nucleares capazes de
iniciar uma guerra nuclear. Por fim, os russos desmantelam a base de
mísseis quando os EUA interrompem o bloqueio à ilha e prometem respeitar
o governo revolucionário.
O maior conflito, e que de certa forma foi o mais direto entre as potências foi a
questão alemã: Durante a conferência de Potsdam, foi decidido que tanto Berlim
quanto a Alemanha seriam divididos entre 4 áreas de administração