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LUCAS DO PRADO PIRES

MATHEUS GOMES FÁVARO


MARCOS TADASHI CAMARGO TAJIMA
MIGUEL NOGUEIRA AVELINO
PAULA BELUZO FERREIRA
REBECCA OLIVEIRA ARAÚJO
WILLIAN RUIVO WILDNER

DIREITO NA IDADE CONTEMPORÂNEA

Londrina
2019
LUCAS DO PRADO PIRES
MATHEUS GOMES FÁVARO
MARCOS TADASHI CAMARGO TAJIMA
MIGUEL NOGUEIRA AVELINO
PAULA BELUZO FERREIRA
REBECCA OLIVEIRA ARAÚJO
WILLIAN RUIVO WILDNER

DIREITO NA IDADE CONTEMPORÂNEA

Trabalho para a disciplina de História do Direito

Orientadora: Profª. Marilia Salerno

Londrina
2019
SUMÁRIO

1 A IDADE CONTEMPORÂNEA..................................................................................................3
2 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO (1789)...............................3
3 O CÓDIGO CIVIL NAPOLEÔNICO (1804)...............................................................................5
4 PRIMEIRA GRANDE GUERRA.................................................................................................6
4.1 Tratado de Versalhes – 28 de junho de 1919.........................................................................7
4.2 Tratado de Saint-Germain-em-Laye – 10 de setembro de 1919............................................7
4.3 Tratado de Neuilly – 27 de novembro de 1919.....................................................................8
4.4 Tratado de Trianon – 4 de junho de 1920..............................................................................8
4.5 Tratados de Sèvres – (10 de agosto e 1920) e de Lausanne (24 de junho de 1923)..............8
5 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL...............................................................................................9
5.1 A ONU...................................................................................................................................9
5.2 A ONU e o Direito Internacional.........................................................................................10
5.3 A Declaração Universal dos Direitos Humanos..................................................................10
5.4 Elaboração da Declaração Universal dos Direitos...............................................................11
5.5 O que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos?.................................................11
6 GUERRA FRIA...........................................................................................................................11
7 CORTE CRIMINAL INTERNACIONAL: GENOCÍDIO NA IUGOSLÁVIA.........................13
7.1 Genocídio de Ruanda...........................................................................................................14
8 MERCOSUL...............................................................................................................................14
9 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO.......................................................................16
10 ADVENTO DA INTERNET.......................................................................................................17
CONCLUSÃO....................................................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................21
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1 A IDADE CONTEMPORÂNEA

O período compreendido entre a Revolução Francesa (1789-1799) e os dias


atuais, denomina-se de Idade Contemporânea.
Iniciado a partir de uma das principais revoluções burguesas europeias, a
idade contemporânea marca o processo de consolidação da burguesia no cenário
europeu e do sistema capitalista como modo predominante de produção e a sua
gradual expansão para o globo terrestre, sobretudo após a Revolução Industrial e as
disputas imperialistas por colônias devido a necessidade de matérias-primas e
mercados consumidores pelos países industrializados.
Assim, os séculos posteriores, observaram um rápido desenvolvimento
industrial e tecnológico que, posteriormente, testemunhariam aquelas que seriam as
duas grandes guerras da história da humanidade para, logo em seguida, afundar em
uma disputa política-ideológica entre capitalistas e socialistas, até a consolidação da
sistema capitalista, a partir de 1991.
Hoje, testemunhamos, com assombro, os ilimitados avanços no campo
científico, a reconstrução das relações entre os indivíduos que, cada vez mais
permeiam o universo digital e as disputas envolvendo questões ambientais, políticas,
humanitárias, dentre outras que permeiam essa vastidão que é o universo humano.

2 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO (1789)

Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América,


aprovou-se, em 1789, durante a Revolução Francesa (movimento responsável pela
abolição da monarquia absolutista na França e do estabelecimento da primeira
República Francesa), a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
estabelecendo a igualdade de todos perante a lei, o direito à propriedade privada e
de resistência à opressão. Tal declaração teria grande repercussão no mundo inteiro,
já que manifestava-se contra a sociedade hierárquica de privilégios, mas não um
manifesto favorável à construção de uma sociedade democrática e igualitária, uma
vez que previa a existência de distinções sociais e garantia o direito à propriedade
privada como natural, sagrado, inalienável e inviolável.
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Atualmente, a importância do documento, encontra-se no fato de que foi a


primeira declaração de direitos, servindo de inspiração para outras declarações
vindouras, como a Declaração dos Direitos Humanos, em 1948.

Declaração de direitos do homem e do cidadão - 1789


Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia
Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o
desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males
públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente
os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que
esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social,
lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que
os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a
qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição
política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações
dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e
incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à
felicidade geral.
Em razão disto, a Assembleia Nacional reconhece e declara, na
presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do
homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções
sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos
direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a
liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na
nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade
que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o
próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não
tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da
sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser
determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que
não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser
constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o
direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a
sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja
para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente
admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos,
segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das
suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos
determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os
que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens
arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou
detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário
torna-se culpado de resistência.
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Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente


necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei
estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado
e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda
da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo
opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem
pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais
preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar,
escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta
liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de
uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e
não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de
administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser
dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus
representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la
livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a
coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público
pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos
direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem
Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado,
ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública
legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

3 O CÓDIGO CIVIL NAPOLEÔNICO (1804)

Com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, logo após a Revolução


Francesa, instaurou-se um período de reformas na França. Colocadas as finanças
do país em ordem, Napoleão preocupou-se com a lei e a justiça.
Até então, a França nunca havia visto algo como uma legislação francesa, era
detentora, apenas, de uma diversidade de códigos regionais e centenas de tribunais
autônomos, o que originava, em muitos casos, decisões contraditórias entre os
tribunais franceses.
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Assim, Napoleão buscou combinar os direitos humanos com tudo aquilo que
havia de melhor na legislação francesa até então produzida, uma mescla de direito
consuetudinário (região norte) e direito romano (sul).
O Código Civil Napoleônico fundamentou-se em pontos essenciais que,
posteriormente, foram codificados, como a igualdade de todos perante a lei, o fim
dos direitos e deveres feudais, inviolabilidade da propriedade, casamento civil e não
ato religioso, o direito ao divórcio, assuntos ligados a família, liberdade de opinião,
liberdade para escolher o próprio trabalho.
Com o Código, fortaleceu-se a autoridade do homem sobre sua família,
privando as mulheres de direitos individuais e reduziu-se os direitos dos filhos
considerados ilegítimos. Para todos os cidadãos masculinos foi garantida a
igualdade perante a lei, contudo, nas colônias francesas, a escravidão foi
reintroduzida.
Aprovado em 21 de março de 1804, o Código Civil, foi redigido em um estilo
claro e inteligível para que as pessoas comuns pudessem compreendê-lo e, sua
concretização, atendeu a uma expectativa dos pensadores iluministas, a de fazer
com que as leis fossem submetidas a uma fundamentada pela razão.
Ainda hoje o Código desenvolvido durante o período napoleônico encontra-se
em vigor na França e em outras regiões, como a Bélgica e Luxemburgo, embora
certas seções tenham sido flexibilizadas.

4 PRIMEIRA GRANDE GUERRA

No início do século XIX as grandes potências mundiais eram dívidas em


alianças internacionais, com consequência – em grande parte – da política
colonialista pós grandes navegações. Alianças que permaneceram durante a
Primeira Guerra Mundial.
Dentre as principais alianças: Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália
formavam a Tríplice Aliança, criada em 1882, e do outro “lado” a Tríplice Entente,
formada em 1907, pela França, Rússia – ainda sobre poder dos Czares - e Reino
Unido. Estas que foram a base da polarização do grande conflito mundial.
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Factualmente os demais países do globo - por alianças casuais ou antigas –


também se dividiram entre os dois lados. Por exemplo, a Império Otomano apoiou a
demanda da Tríplice Aliança, enquanto o Brasil auxiliou a Tríplice Entente.
Ao fim do conflito, com notória derrota do lado Alemão, teve-se impactos
grandes no direito internacional e geopolítica. A Alemanha foi tratada como sendo a
causadora da guerra e por isso “sentenciada” via tratados e acordos a diversas
compensações e sanções. Dentre elas a pagamento de reembolso financeiro pelos
danos do conflito.
Incluindo Impérios antigos, como o Otomano, foram implodidos, e se dividiram
em dezenas de países. Alterando muito a política e direito destas regiões, que hoje
são compostas ainda por dezenas de países e, portanto, direitos completamente
diferentes e muitas das vezes rivais.

5 Tratado de Versalhes – 28 de junho de 1919

Dentre os tratados, o mais famoso é o Tratado de Versalhes. Tão intenso em


suas sanções legais aos países derrotados que ele é tido por muitos como um dos
principais responsáveis pela Segunda Grande Guerra, em medida que, asfixiava a
Alemanha com limitações econômicas, bélicas, políticas etc.
O tratado firmado na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes encerra a
guerra entre a Alemanha e os Aliados. A Alemanha, sem voz ou voto, é apontada
como única responsável pelo conflito. Dividido em dois pelo corredor de Danzig, que
deixa isolada a Prússia Oriental, o Império Alemão desmorona ao perder 15% de
seu território (incluindo a Alsácia-Lorena, recuperada pela França, que a havia
perdido em 1870) e 10% de sua população.
Também perde todas as suas colônias, além de ser obrigada a pagar pesadas
"reparações" econômicas, principalmente para a França. O território ("Land") de La
Sarre fica sob controle da Liga das Nações, criada por iniciativa do então presidente
americano, Woodrow Wilson, para que as potências resolvessem suas divergências
amistosamente. Humilhada, a Alemanha recebe com hostilidade o "Diktat" de
Versalhes, que vai alimentar o rancor e a propaganda nazista.

6 Tratado de Saint-Germain-em-Laye – 10 de setembro de 1919


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O Tratado de Saint-Germain-en-Laye entre os Aliados e a Áustria desmembra


o Império dos Habsburgo, construído ao longo de 700 anos, transformando-o em um
punhado de Estados novos, ou parcialmente novos, segundo o princípio do
presidente Wilson do "direito dos povos à autodeterminação". Essa divisão será
fonte de inúmeros conflitos posteriores.
A Tchecoslováquia reúne tchecos e eslovacos, mas também minorias
importantes como a alemã na Boêmia, ou a húngara na Eslováquia. A Romênia
cresce com a Transilvânia e a Bessarábia. A Iugoslávia reúne os eslavos do sul. A
Polônia recebe a antiga Galícia austríaca e os territórios tirados da Alemanha, como
Posen (atual Poznan), ou Alta Silésia. Do velho império restam apenas uma
pequena Áustria (83.000 km2 e 6,5 milhões de habitantes), em sua parcela de língua
alemã, e uma pequena Hungria (92.000 km2 e 8 milhões de habitantes).

7 Tratado de Neuilly – 27 de novembro de 1919

O Tratado de Neuilly entre os Aliados e a Bulgária alterou as fronteiras desse


país, que havia entrado em guerra em 1915 junto com a Alemanha. Regiões inteiras
no oeste passam para o novo Estado iugoslavo; as do nordeste, para a Romênia; e
as do sul, para a Grécia, que recebe a maior parte da Trácia Ocidental.

8 Tratado de Trianon – 4 de junho de 1920

O Tratado de Trianon retira da Hungria, separada da Áustria desde 31 de


outubro de 1918, dois terços de seu território, e três milhões de húngaros ficam em
terra estrangeira - a maioria na Romênia.

9 Tratados de Sèvres – (10 de agosto e 1920) e de Lausanne (24 de junho de


1923)

O Tratado de Sèvres, que desmantela o Império Otomano, é rejeitado pelos


nacionalistas turcos liderados pelo general Mustafa Kemal Atatürk, que continua
combatendo armênios, gregos e franceses. Graças às suas vitórias militares, o novo
9

homem forte da Turquia impõe um novo tratado aos aliados que será firmado em
Lausanne, em 24 de julho de 1923.
A Turquia, agora uma república, fica com a Anatólia e com os Estreitos, mas
perde todas suas posses árabes. Palestina e Mesopotâmia ficam sob mandato da
Inglaterra, enquanto Síria e Líbano vão para a França. O fim do Império Otomano
desencadeia um enorme movimento migratório: pelo menos 1,3 milhão de gregos
abandonam a Ásia Menor, e cerca de 500 mil turcos partem da Grécia.

10 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico que ocorreu na primeira


metade do século XX, envolveu mais de setenta nações, opondo os Aliados às
Potências do Eixo. A guerra teve início em 1 de setembro de 1939 com a invasão da
Polônia pela Alemanha e as subsequentes declarações de guerra da França e da
Grã-Bretanha, estendendo-se até 2 de setembro de 1945.
Esta guerra mobilizou mais de 100 milhões de militares, e acarretou a morte
de, aproximadamente, setenta milhões de pessoas (aproximadamente 2% da
população mundial da época), a maior parte foram civis. É considerado  o maior e
mais sangrento conflito de toda a história da humanidade. As principais nações que
lutaram pelo Eixo foram: Itália, Japão e Alemanha. As que lutaram pelos Aliados
foram especialmente: França, Grã-Bretanha, Estados Unidos  e União Soviética.
A guerra terminou  com a rendição das nações do Eixo, seguindo-se a criação
da ONU (Organização das Nações Unidas), o início da Guerra Fria entre Estados
Unidos e União Soviética (que saíram do conflito como superpotências mundiais) e a
aceleração do processo de descolonização da Ásia e da África.

11 A ONU

Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas, é


uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação
internacional. Uma substituição à Liga das Nações, a organização foi estabelecida
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em 24 de outubro de 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, com a


intenção de impedir outro conflito como aquele. Na altura de sua fundação, a ONU
tinha 51 estados-membros; hoje são 193. A sua sede está localizada
em Manhattan, Nova York, e possui extraterritorialidade. Outros escritórios situam-
se em Genebra, Nairóbi e Viena. A organização é financiada com contribuições
avaliadas e voluntárias dos países-membros.

Os seus objetivos incluem manter a segurança e a paz mundial, promover


os direitos humanos, auxiliar no desenvolvimento econômico e no progresso social,
proteger o meio ambiente e prover ajuda humanitária em casos de fome, desastres
naturais e conflitos armados.

12 A ONU e o Direito Internacional

O desenvolvimento do direito internacional é um dos objetivos primários das


Nações Unidas. Em seu Preâmbulo a Carta das Nações Unidas define o objetivo de
“estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes
de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos”.

O direito internacional define as responsabilidades legais dos Estados em sua


conduta uns com os outros, e o tratamento dos indivíduos dentro das fronteiras do
Estado. Seu domínio abrange uma ampla gama de questões de interesse
internacional como os direitos humanos, o desarmamento, a criminalidade
internacional, os refugiados, a migração, problemas de nacionalidade, o tratamento
dos prisioneiros, o uso da força e a conduta de guerra, entre outros. Ele também
regula os bens comuns globais, como o meio ambiente, o desenvolvimento
sustentável, as águas internacionais, o espaço sideral, as comunicações e o
comércio mundial

13 A Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi elaborada por


uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 1946 e 1948.
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Entrou em vigor após uma Assembleia Geral da ONU realizada em 1948. Esse
documento é composto por 30 artigos, os quais determinam os direitos básicos que
todo ser humano deve possuir, independentemente da raça, religião, posição social,
gênero, etc.

A DUDH tem uma importância fundamental, pois ajudou a consolidar a ideia


de direitos humanos, fortalecendo um ativismo que atua na busca de melhorias
para a humanidade e no combate às desigualdades.

14 Elaboração da Declaração Universal dos Direitos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi elaborada em 1946 em um


contexto relacionado com eventos que se passaram durante a Segunda Guerra
Mundial. Entre os episódios marcantes do maior conflito da história da humanidade,
estão o Holocausto e o lançamento das bombas atômicas sobre duas cidades
japonesas.

15 O que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

A DUDH contém ao todo 30 artigos, que abordam questões relativas aos


direitos básicos de todos seres humanos. Entre as diversas pautas que a declaração
aborda, estão questões relativas à liberdade religiosa, liberdade de expressão,
direito à propriedade e condenação de práticas como a tortura e a escravidão.

16 GUERRA FRIA

Guerra Fria denomina o período histórico após a Segunda Guerra Mundial até
a extinção da União Soviética. Durante este período, as duas maiores potencias
mundiais Estados Unidos e União Soviética marcaram disputas indiretas e
estratégicas em busca da hegemonia mundial. O domínio das esferas políticas,
econômicas e militares configuravam o desiderato das potências pós-guerra.
12

Os Estados Unidos planejavam consolidar o sistema capitalista, a propriedade


privada e a direção democrática. Enquanto a União Soviética procurava expandir a
outros países o sistema socialista, baseado em um partido Comunista, igualdade
social e economia coletivizada. Apesar da rivalidade, Estados Unidos e União
Soviética não entraram em conflito armado devido aos seus poderes bélicos e posse
de armas nucleares, o que significaria o fim de ambos os países caso agissem
diretamente. Contudo, orquestraram conflitos em outros territórios com disputas
ideológicas (Vietnã e Coréia). Após a Segunda Guerra Mundial, diversos países
ficaram devastados. Os Estados Unidos e seu presidente Harry Truman aproveitam
o momento e visando a consolidação do capitalismo, criam o Plano Marshall. Este
plano consistia em investimentos e empréstimos com juros baixos para que os
países destruídos se revitalizassem economicamente. Observando o plano dos
EUA, a União Soviética elabora o Comecon (Conselho para Assistência Econômica
Mútua), plano semelhante ao americano, porém voltado a manter os aliados
socialistas e impedir o interesse ao Plano Marshall. A Alemanha para se restabelecer
aderiu ao Plano Marshall, o que fez com que a União Soviética obstruísse as rotas
terrestres com acesso a Berlim e obrigasse esta parte da Alemanha ser abastecida
por vias aéreas do apoio norte-americano. A insatisfação soviética ocasionou a
divisão de Berlim e consequentemente da Alemanha em lados distintos, Alemanha
Ocidental e Alemanha Oriental. No setor militar, os EUA e seus aliados criam em
1949 a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) com intuito de reforçar as
alianças militares e se protegerem de eventuais ataques. Opostamente, a União
Soviética e seus aliados concebem o Pacto de Varsóvia com o objetivo de unir as
forças militares do eixo oriental e socialista. A Guerra Fria carrega esse nome porque
não houve embates diretos entre as potências, o risco de uma destruição mútua era
inevitável se associado a tecnologia nuclear. A crise econômica, social e política
levou a decadência das repúblicas socialistas no final da década de 1980. Em 1989,
o Muro de Berlim é derrubado e a Alemanha reunificada. No início da década de
1990, sob o comando de Mikhail Gorbatchev, a União Soviética gradativamente
extingue o socialismo e os países do leste europeu acatam o capitalismo e reformas
econômicas. É o fim da Guerra Fria e seus conflitos ideológicos.
13

17 CORTE CRIMINAL INTERNACIONAL: GENOCÍDIO NA IUGOSLÁVIA

Atualmente, a região dos balcãs, na Europa, é formada por vários pequenos


países, mas antes da guerra, essa região tinha como símbolo de união o antigo país
chamado Iugoslávia. Após à Primeira Guerra Mundial, o país adere ao comunismo.
É ocupado pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial, e o líder comunista
Marechal Josip Tito, organiza a resistência. Após a guerra, Tito mantém a união das
seis repúblicas e adota uma política de independência externa, não adere ao Pacto
de Varsóvia, apesar de continuar o país organizado no sistema socialista.
A morte de Tito em 1980 e a desagregação do bloco socialista, faz com que as
repúblicas desejem a separação e independência. A Sérvia desejava dominar as
demais repúblicas. Eslovênia e Croácia proclamam sua independência em 1991. A
Bósnia-Herzegovina também declara independência, não aceita pela Sérvia e tem
início o conflito. A guerra teve fim em março de 1999, quando os Estados Unidos,
liderando as forças armadas da Otan, bombardearam a Sérvia até que o então
presidente Slovodam Milosevic aceitasse a independência do Kosovo.
Esses acontecimentos causaram preocupação aos europeus, ainda presente
em suas memórias os terrores do genocídio na Segunda Guerra Mundial. Atentos
em evitar um novo genocídio no continente, foi criado, no ano de 1993, o chamado
Tribunal Penal Internacional para a Iugoslávia, com sede em Haia, na Holanda. Uma
das características dos julgamentos são a individualização de condenação,
responsabilizando autoridades, evitando assim responsabilizar populações. O
tribunal, já com mais de 160 indiciados desde sua criação, incluindo entre
condenados, militares e policiais de nível alto e médio, chefes de estado, chefes de
estado-maior de exércitos, ministro de interior e envolvidos de todos os lados do
conflito.
Esse tribunal tem sido ferramenta essencial para proporcionar às vítimas
sobreviventes, oportunidade de relatar os horrores que presenciaram naquele
período. O tribunal contribuiu para registrar e provar que foi genocídio o assassinato
em massa em Srebrenica. Os juízes também acolheram acusações de estupro
praticados pelas forças armadas sérvias da Bósnia. O tribunal condenou pessoas de
várias origens étnicas por crimes cometidos durante a guerra. No ano de 2003, o
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tribunal passa a colaborar com tribunais locais da ex-Iugoslávia, num esforço


contínuo de busca pela justiça e esclarecimento histórico.

18 Genocídio de Ruanda

A história de Ruanda tem como ponto frágil o conflito entre os povos hutus e
tutsis. Após a independência do país, em 1962, os tutsis são perseguidos e se
exilam em países vizinhos. Esses exilados formam a Frente Patriótica
Ruandesa(RPR), e em 1990 invadem o país e exigem participação política. O então
presidente hutu Juvénal Habyarimana negocia com o grupo e aprova o
pluripartidarismo. Mas, em abril de 1994, Habyarimana e o presidente do Burundi, o
também hutu Cyprien Nytaryamira, morrem num atentado aéreo. Esse
acontecimento desencadeia a guerra civil que resulta em 800 mil mortos, 90% tutsis,
num período de cem dias de total violência.
Os terríveis acontecimentos levaram com que as Nações Unidas criassem o
Tribunal Penal Internacional para Ruanda, que foi a primeira instituição a reconhecer
o estupro como genocídio, e também a primeira a interpretar a definição de
genocídio estabelecida nas Convenções de Genebra de 1948. O tribunal, aberto em
1995, indiciou 93 indivíduos pelos crimes ocorridos em Ruanda em 1994, acusando
de responsabilidade, políticos, oficiais militares, religiosos e empresários. Também
foi a mídia responsabilizada por veicular em seus meios o ódio e incitação ao
genocídio. O tribunal fechou em 2015, estando funcionando apenas a Câmara de
Apelações, cumprindo a instituição o dever histórico de evitar que os genocídios não
se repitam na humanidade.

19 MERCOSUL

O MERCOSUL é a abreviação de Mercado Comum do Sul. Consiste em um


bloco econômico baseado no respeito à democracia e na busca do desenvolvimento
econômico. Formado por países da America do Sul, foi criado em 1991 através do
Tratado de Assunção assinado por 04 países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai
(países fundadores). Foi criada entre esses países uma zona de livre comércio
15

(diminuição das tarifas dos produtos comercializados entre os países membros) que
em 1995 se tornou em uma União Aduaneira (além de reduzir o preço dos produtos
comercializados entre os países-membros, a União Aduaneira adota uma Tarifa
Externa Comum - TEC, que é uma tarifa que visa taxar os produtos advindos de
países não membros do bloco). Dessa forma, existe uma livre circulação de
mercadorias dentro dos países do bloco e cobra-se uma tarifa externa comum para
países que vem de fora do bloco, ocorrendo assim um fortalecimento desses países.
O MERCOSUL evoluiu e chamou a atenção de países vizinhos os quais
solicitaram sua adesão, dentre eles, a Venezuela. Em 2012 houve o afastamento,
provisório, do Paraguai (devido a um rompimento da ordem democrática do país) e
nesse período foi aprovada a entrada da Venezuela ao bloco. Também em 2012
ocorreu a solicitação da Bolívia para adentrar ao bloco. Atualmente a Venezuela
encontra-se suspensa por descumprimento de Protocolo de Adesão e por violação
da Cláusula Democrática do Bloco e a Bolívia está em processo de adesão.
Deve-se lembrar que para um país ser aceito no bloco, é necessário sua
adesão total às leis/regras do bloco, bem como a aceitação de todos os países
membros.
Membros plenos: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai. Estados Associados:
Chile, Bolívia (em processo de adesão), Peru, Colômbia, Equador, os quais não
podem votar e/ou tomar decisões definitivas junto ao MERCOSUL, apenas participar
das discussões.
O MERCOSUL é comandado pelo Conselho do Mercado Comum. É o órgão
máximo desse bloco o qual é formado pelo Ministro de Relações Exteriores e da
Economia desses países.
Hodiernamente, os cidadãos do bloco gozam de inúmeros benefícios, dentre
os quais pode-se destacar:

Acordo sobre Documentos de Viagem: os cidadãos dos Estados Partes e


dos Estados Associados do MERCOSUL não precisam de passaporte ou visto para
circular pela região, bastando a carteira de identidade nacional ou outro documento
considerado válido.

Acordo de Residência: O Acordo concede o direito à residência e ao


trabalho para os cidadãos sem outro requisito que não a nacionalidade. Cidadãos
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dos Estados Partes e dos Estados Associados que integram o acordo gozam de
trâmite facilitado para a solicitação de visto de residência, desde que tenham
passaporte válido, certidão de nascimento e certidão negativa de antecedentes
criminais.

Acordo Multilateral de Seguridade Social: O Acordo permite que


trabalhadores tenham acesso aos benefícios da seguridade social, possibilitando
que os cidadãos de um Estado Parte tenham contabilizado o tempo de serviço em
outro Estado Parte para fins de concessão de benefícios por aposentadoria,
invalidez ou morte.

Integração Educacional: O MERCOSUL possui protocolos para a integração


educacional, os quais preveem a revalidação de diplomas, certificados, títulos etc

20 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO

A OMC (Organização Mundial do Comércio) é uma entidade internacional


com objetivo de proporcionar a abertura comercial a todos os países. A organização
foi criada em 1995, conta com 162 países-membros e a sede se encontra está em
Genebra, na Suíça. Inglês, francês e espanhol são suas línguas oficiais.
O principal objetivo da OMC é atuar como um fórum de negociações e
acordos para reduzir os obstáculos ao comércio internacional. Seu trabalho consiste
em garantir a estabilidade, concorrência entre todos os países e, dessa maneira,
assegurar o desenvolvimento econômico das nações. A ideia de uma instituição que
regulasse o comércio mundial surgiu em 1948 com a criação do Acordo Geral de
Tarifas e Comércio (GATT, em sua sigla em inglês), que reunia 23 países, incluindo o
Brasil. Desta maneira, se acabavam as negociações exclusivamente bilaterais e se
ampliava para um organismo multilateral. Sua meta era que não houvesse mais
barreiras alfandegárias que prejudicassem o comércio e as nações. Foram
realizadas oito rodadas multilaterais durante o GATT. A última, a Rodada Uruguai,
em 1986, supôs a atualização desse organismo e sua transformação na OMC.
A Organização Mundial do Comércio possui como objetivos diretos:
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- Negociar a redução ou eliminação de barreiras comerciais, como as tarifas


comerciais;
- Gerir a regras de conduta do comércio, como subsídios.
- Administrar os bens e serviços gerados pela atividade comercial, como a
propriedade intelectual;
- Acompanhar a revisão das políticas comerciais dos estados-membros;
- Atuar para o desenvolvimento dos estados-membros;
- Aplicar pesquisas comerciais e divulgar os dados como forma de apoio aos
países integrantes.
Principais Países Membros: África do sul, Alemanha, Argentina, Brasil,
Canadá, China, Estados Unidos, França, Japão,México, Mongólia, Paraguai, Rússia,
Turquia e União Europeia.

21 ADVENTO DA INTERNET

As inovações tecnológicas, sempre que se tornam de uso popular, trazem


grandes mudanças na sociedade, com o uso do computador não foi diferente.
Inicialmente criado com o objetivo de efetuar cálculos matemáticos, teve sua
finalidade alterada, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, em que os
computadores foram utilizados com finalidade militar, auxiliando os países aliados a
decifrar as mensagens criptografadas dos países do eixo, e também auxiliar no
desenvolvimento de armamentos.
Após o fim da guerra tem início o uso civil da tecnologia, principalmente em
uso comercial, mas o grande impulso da computação ocorreu nos anos 90, em que
teve início a expansão do uso do computador individual. Desde então, essa
tecnologia tem influenciado cada vez mais a rotina das pessoas. O grande volume
de informações disponibilizadas mudou a forma das pessoas se informarem, de
fazer compras, de estudar e até mesmo de se relacionar, fenômeno mais recente,
com a inovação das redes sociais. O grande fluxo de informações também trouxe
novos problemas inerentes a seu uso, e litígios surgem.
A espionagem, tanto pessoal, comercial, industrial, governamental, militar, o
roubo de informações, como os dados pessoais de pessoas entusiastas de
transações online, resultando em golpes financeiros, fazem da internet novo ponto
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de geração de conflitos, devendo o legislador estudar o tema e regulamentar a


internet.
Em agosto de 2011, o Ministério da Justiça apresenta à Câmara dos
Deputados o projeto de lei N° 2.126, que visa regulamentar o setor da internet no
Brasil. Após os debates, é finalmente aprovado no dia 23 de abril de 2014, a lei
12.965, o chamado Marco Civil da Internet, uma lei de 32 artigos que inova por
trazer uma legislação especial sobre a internet e tem a tendência de ser ampliado e
servir de base a novas regulamentações.
Essa lei traz princípios, garantias, direitos e deveres de uso da internet no
Brasil, transferindo a essa lei conceitos importantes como por exemplo, a liberdade
de expressão, os direitos humanos, a finalidade social, o respeito à privacidade dos
usuários, entre outros. É interessante destacar o art. 9°, que inova ao estabelecer
que o responsável pela transmissão da internet tem o dever de tratar de modo igual
os pacotes de dados, sendo vedado a distinção de conteúdo, origem e destino, sem
dúvida, um avanço ao livre acesso à informação.
É importante ressaltar que, no ano de 2013, houve uma importante mudança
com relação à legislação da rede. Carolina Dieckmann foi vítima de um roubo de
suas fotos íntimas por um hacker, que divulgou tais imagens na internet. Foi criada a
lei 12.737, que foi apelidada de lei Carolina Dieckmann, acrescentando ao Código
Penal punições para delitos cibernéticos, fazendo com que a lei, antes omissa com
relação a internet, estabeleça então o direito de seus usuários terem segurança de
seus dados.
19

CONCLUSÃO

Fruto das aspirações de uma burguesia cada vez mais consolidada no


cenário europeu, porém limitada por uma série de resquícios feudais, a Idade
Contemporânea advém da ruptura com o Antigo Regime, feita pelos revolucionários
franceses de 1789, trazendo consigo uma série de transformações sociais, políticas,
econômicas e culturais.
Eliminados os remanescentes feudais, os burgueses encontraram para si um
horizonte promissor, capazes de instituírem governos e códigos legislativos em
benefício próprio e, implementando nos mesmos, os ideias pressupostos pelos
filósofos iluministas e pensadores liberais do século XVIII.
Assim, lançaram-se as bases para os direitos individuais e as aspirações à
ideia de cidadania, juntamente com a consolidação do sistema capitalista europeu.
Contudo, com a expansão da industrialização e os interesses crescentes da
burguesia industrial, as potências europeias voltariam seus olhos para territórios
como a África e a Ásia. Tais disputas imperialistas, resultariam em um dos maiores
conflitos militares da história da humanidade, a Primeira Guerra Mundial (1914-
1918).
O encerramento daquela que denominou-se chamar de “A Grande Guerra”,
fez com que as principais potências mundiais estabelecessem importantes acordos
e tratados, como o Tratado de Versalhes (1919), afim de reorganizar o cenário
europeu, além de responsabilizar a Alemanha pelo conflito ocorrido.
Infelizmente, mesmo com a criação da Liga das Nações, o mundo acabou
testemunhando, alguns anos mais tarde, a eclosão de uma Segunda Guerra
Mundial. Com o envolvimento de um número mais de países, a participação de
regimes totalitários e o extermínio de milhões de pessoas a partir de justificativas
raciais, o pós-guerra tornou-se palco de uma intensa discussão acerca de direitos
dos seres humanos, nascendo assim a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
além da constituição da Organização nas Nações Unidas, responsável pela
resolução dos conflitos internacionais através da diplomacia, afim de evitar um novo
colapso entre as nações.
O advento da Guerra Fria (1945-1991), logo após a Segunda Guerra Mundial,
e, com o fim da URSS, na hegemonia norte-americana, possibilitou que o mundo
ocidental testemunhasse uma relativa prosperidade econômica e estabilidade
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política, resultando em uma maior aproximação entre os países, que passaram a se


articular em blocos e, consequentemente, articulando interesses em comum.
Hoje, com o avento da pós-modernidade, o mundo assiste estupefato as
rápidas transformações que são proporcionadas devido a lógica do sistema
capitalista.
Dessa maneira, a idade contemporânea encontra-se em plena transformação,
em uma mudança constante de referências que, mesmo indiretamente, estão sendo
responsáveis por alterações entre os relacionamentos entre os indivíduos, nações e,
sobretudo, os sistemas jurídicos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cronin, Vincent. Napoleão: uma vida; tradução de Anna Lim e Lana Lim. Barueri, SP:
Amarilys, 2013.

 Guerra Fria. Disponível em https://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/. Acesso em


04/11/2019.

GUGIK, Gabriel. A história dos computadores e da computação. Tecmundo, 6 mar.


2009. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/tecnologia-da-informacao/1697-
a-historia-dos-computadores-e-da-computacao.htm . Acesso em: 29 out. 2019,
20:36.

In Textos Básicos sobre Derechos Humanos. Madrid. Universidad Complutense,


1973, traduzido do espanhol por Marcus Cláudio Acqua Viva. APUD. FERREIRA
Filho, Manoel G. et. alli. Liberdades Públicas São Paulo, Ed. Saraiva, 1978.

NAÇÕES UNIDAS. Mecanismo Residual Internacional das Nações Unidas para


Tribunais Penais. Disponível em : https://unictr.irmct.org/en/tribunal . Acesso em: 5
nov. 2019, 14:28.

NAÇÕES UNIDAS. Tribunal Internacional das Nações Unidas para a Ex-Iugoslávia.


Disponível em: https://www.icty.org/en/about . Acesso em: 5 nov. 2019, 10:55.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Prestes a encerrar trabalhos, tribunais internacionais de
Ruanda e ex-Iugoslávia relatam avanços. 9 dez. 2013. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/prestes-a-encerrar-trabalhos-tribunais-internacionais-de-
ruanda-e-ex-iugoslavia-relatam-avancos/. Acesso em: 5 nov. 2019, 11:35.

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ttps://www.todamateria.com.br/omc-organizacao-mundial-do-comercio/. Acesso em
03/11/2019.

Saiba mais sobre o MERCOSUL. Disponível em: http://www.mercosul.gov.br/.


Acesso em 03/11/2019.

SANCHES, Ademir Gasques; ANGELO, Ana Elisa. A insuficiência das leis em


relação aos crimes cibernéticos no Brasil. Maio. 2018. Jus.com.br. Disponível em:
https://jus.com.br/-artigos/66527/insuficiencia-das-leis-em-relacao-aos-crimes-
ciberneticos-no-brasil . Acesso em: 29 out. 2019, 19:28.

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