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E DO CIDADÃO
26 DE AGOSTO DE 1789
4. A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique a outrem: assim, o
exercício dos direitos naturais de cada homem não tem limites, senão aqueles que asseguram
aos outros membros da sociedade o gozo desses mesmos direitos. Esses limites não podem ser
determinados senão pela lei.
5. A lei tem o direito de punir as ações nocivas à sociedade. Tudo aquilo que não é
defendido pela lei pode ser impedido, e ninguém pode ser constrangido a fazer aquilo que ela
não determinar.
6. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer
pessoalmente ou por seus representantes a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos,
seja quando protege seja quando pune. Todos os cidadãos sendo iguais a seus olhos, são
igualmente admissíveis a todas dignidades, lugares e empregos públicos, conforme sua
capacidade e sem outra distinção que aquelas de suas virtudes e seus talentos.
7. Nenhum homem pode ser acusado, preso nem detido senão nos casos determinados
pela lei, e segundo formas que ela prescreve. Aqueles que solicitam, expedem, executam, que
fazem executar ordens arbitrariamente devem ser punidos. Mas, todo cidadão citado ou
apanhado em virtude da lei deve obedecer no instante.
8. A lei não deve estabelecer senão o estrita e evidentemente necessário e ninguém pode
ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e
legalmente aplicada.
9. Todo homem é considerado inocente até que ele tenha sido declarado culpado, se é
julgado indispensável prendê-lo todo rigor que não seja necessário para assegurar-se como
pessoa deve ser severamente reprimido pela lei.
10. Ninguém deve ser inquietado por suas opiniões, mesmo religiosas contanto que sua
manifestação não perturbe a ordem estabelecida pela lei.
12. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta
força é pois, instituída para vantagem de todos e não para a utilidade particular daqueles aos
quais ela é confiada.
14. Todos os cidadãos têm o direito de constatar por si mesmos ou por seus
representantes a necessidade da contribuição pública, de a consentir livremente, acompanhar
seu emprego e dela determinar as quotas, a repartição, a cobrança e a duração.
15. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público de sua administração.
16. Toda sociedade na qual a garantia de direitos não é assegurada, nem a separação de
poderes determinada, não tem constituição (organização).
17. A propriedade é um direito inviolável e sagrado; ninguém pode dela ser privado, a não ser
quando a necessidade pública legalmente exige, e sob a condição de uma justa e prévia
indenização.