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Universidade Estadual do Ceará – UECE

Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA


Mestrado Profissional em Planejamento e Políticas Públicas - MPPPP

DISCIPLINA: TEORIA POLÍTICA I


PROF: DR. FRANCISCO JOSÊNIO CAMELO PARENTE

SEMINÁRIO

EQUIPE: KYRIA ROCHA, LUANA ADERALDO, POLYANNA MOURA, PRISCILA VERISSIMO, RENATA CORDEIRO
JOHN LOCKE
>Filósofo Inglês (1632-1704) Séc XVII
>Estudou Filosofia, Medicina e Ciência Naturais na Universidade de
Oxford
> Professor de filosofia, retórica e grego em Oxford.
> Defendeu a monarquia constitucional e representativa, a soberania
não reside no Estado, mas sim na população.
>Defendia a liberdade intelectual e a tolerância.
>Conceito de Tabula rasa - Rejeitava o conceito de ideias inatas- a
experiência é a base de todo o conhecimento.
>Revolução Gloriosa Inglesa, quando Locke esteve exilado na
Holanda, entre 1682 e 1688, que o filósofo desenvolveu sua teoria do
liberalismo político.
>Em 1690, após a o triunfo da Revolta Gloriosa, publicou “ Dois
tratados sobre o Governo Civil”.
● Os tratados foram publicados inicialmente de forma
anônima
● Crítica ao poder divino dos monarcas absolutistas.
● O primeiro tratado faz uma crítica ao direito divino dos
reis.
● O segundo, sustenta a tese de que nem a tradição nem
a força, mas apenas o consentimento expresso dos
governados é a única fonte de poder político legítimo.
● O Segundo Tratado sobre o Governo Civil foi escrito por
John Locke no final do século XVII, baseado em três
movimentos ocorridos na Idade Moderna dos quais foi
propulsor, foram: o Contratualismo, o Liberalismo e o
Empirismo.
● A essência da liberdade política é que um homem não
deve estar sujeito à vontade inconstante, incerta,
desconhecida e arbitrária de outrem. As leis, no entanto,
não tem por objetivo abolir ou restringir, mas
preservá-la, pois a liberdade deve ser livre de restrição e
violência, o que não pode existir onde não há lei.
CAPÍTULO I:ENSAIO SOBRE A ORIGEM, OS LIMITES E OS
FINS VERDADEIROS DO GOVERNO CIVIL
CAPÍTULO II: DO ESTADO DE NATUREZA
● Jusnaturalismo
● Reciprocidade
● Estado de liberdade Estado de permissividade
● Conservação da humanidade
CAPÍTULO III: DO ESTADO DE GUERRA

● Estado de inimizade e destruição


CAPÍTULO IV: DA ESCRAVIDÃO
* Liberdade Natural - Consiste na não submissão a qualquer
obrigação exceto as leis da natureza.

* Liberdade em sociedade - É estabelecida por consentimento na


comunidade civil, pode ser submetida a um governo com regras
permanentes a serem obedecidas.
CAPÍTULO V: DA PROPRIEDADE
* Cada homem tem uma "propriedade" em sua própria "pessoa", o "trabalho" do
seu corpo e a "obra" de suas mãos são propriamente seus.

* A propriedade já existe desde estado da natureza

* O trabalho é o fundamento originário da propriedade.

* Propriedade - Antes do dinheiro / depois do dinheiro

* Propriedade limitada / propriedade ilimitada.


CAPÍTULO VI: DO PODER PATERNO

* Poder pátrio persiste enquanto durar a menoridade


do filho ou até adquirirem a razão ou entendinento da
lei.
* A lei não permite que o filho tenha vontade, mas
deve ser orientado pela vontade dos pais.
* A obrigação dos pais é educar seus filhos e o dever
dos filhos é honrar seus pais.
CAPÍTULO VII: DA SOCIEDADE POLÍTICA OU CIVIL
FUNDAMENTOS DO ESTADO CIVIL

* Passagem do estado da natureza para a


sociedade politica ou civil. * Livre consentimento do indivíduo para
estabelecimento da sociedade.
* Todo governo tem por finalidade a
conservação da sociedade.
* Livre consentimento da comunidade para
formação do governo.
* Poder Legislativo ( poder supremo),
Poder executivo( princípe) e Federativos (
Relações exteriores). * Proteção dos direitos de propriedade pelo
governo

* Controle do executivo pelo legislativo e o


controle do governo pela sociedade.
CAPÍTULO VIII: DO INÍCIO DAS SOCIEDADES POLÍTICAS
Todos os homens são livres, iguais e independentes por natureza,
ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder
político de outro sem o seu próprio consentimento. A única
maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e
se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através de
acordo com outros homens para se associarem e se unirem em
uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns
com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades
e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela
comunidade.
CAPÍTULO VIII: DO INÍCIO DAS SOCIEDADES POLÍTICAS
Nessas condições, quem uma vez deu, por acordo real e
qualquer declaração expressa, o seu consentimento em fazer
parte de uma comunidade, está obrigado, perpétua e
indispensavelmente, a ser e ficar inalteravelmente súdito
dela, não podendo voltar novamente à liberdade do estado
de natureza, a menos que, em virtude de alguma
calamidade, venha a dissolver-se o governo sob o qual vive,
ou então, mediante algum ato público, fique dispensado de
ser membro dela daí por diante.
CAPÍTULO IX: DOS FINS DA SOCIEDADE POLÍTICA E DO GOVERNO
● Objetivo
● Condições que faltam no estado de natureza:
- Leis firmadas e reconhecidas por todos;
- A necessidade de um juiz imparcial para garantir o
cumprimento dessas leis;
- Assegurar que as sentenças impostas fossem cumpridas.
CAPÍTULO X: DAS FORMAS DA COMUNIDADE CIVIL
- Democracia
- Oligarquia
- Monarquia
CAPÍTULO XI: DA EXTENSÃO DO PODER LEGISLATIVO
O objetivo primordial do homem em formar uma sociedade está na
necessidade de desfrutar da sua propriedade em paz e com segurança. Para
isso é criado o Poder Legislativo tendo a função fazer justiça e decidir pelos
direitos de seus cidadãos.
Limites ao Poder Legislativo:
● Primeiro: Governar por meio de leis estabelecidas e promulgadas
● Segundo: Tais leis não devem ser destinadas a qualquer outro fim senão
o bem do povo
● Terceiro: não devem lançar impostos sobre a propriedade do povo sem o
consentimento deste.
● Quarto: o legislativo não deve nem pode transferir o poder de elaborar
leis a ninguém mais, ou colocá-lo em qualquer outro lugar que não o
indicado pelo povo
CAPÍTULO XII: DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E
FEDERATIVO DA COMUNIDADE CIVIL
Em sua obra Locke versa sobre a existência de três poderes que
deveriam exercer as funções do governo:
● Legislativo - Considerado superior aos demais, tinha a
incubência de definir as leis;
● Executivo - Tinha como incubência garantir a execução das leis
à medida em que eram feitas e enquanto permanecesse em
vigor;
● Federativo - Foi atribuído o cuidado das relações internacionais
do governo, tinha a competência para fazer a guerra e a paz,
ligas e alianças.
CAPÍTULO XIII: DA HIERARQUIA DOS PODERES DA COMUNIDADE
CIVIL
Na relação entre os três poderes, Locke considera o Poder Legislativo como
supremo, pois acreditava que o poder de definir as leis devia ser superior ao
poder dos que meramente a executavam.
O Poder Executivo e o Poder Federativo estariam nas mesmas mãos, isso
porque ambos exigem a força da sociedade para seu exercício, contudo, são
distintos entre si: o primeiro compreendendo a execução das leis internas da
sociedade sobre todos aqueles que dela fazem parte, e o segundo implicando na
administração da segurança e do interesse do público externo, com todos aqueles
que podem lhe trazer benefícios ou prejuízos, estão quase sempre unidos.
Por fim Locke fez menção a um poder que emanaria do povo, caso o Poder
Legislativo se demonstrasse insuficiente, não respeitasse os limites de duração ou
se aqueles que o exercem perdessem a autoridade pelas faltas que cometeram, o
Poder Legislativo volta a reverter para o povo.
CAPÍTULO XIV: DA PRERROGATIVA

Locke denomina de prerrogativa o poder do rei de agir, na


ausência de leis, em favor do bem público. Isso decorre da
impossibilidade de as leis preverem todas as necessidades da
comunidade. Assim, até que os legisladores tratem das questões
até então não previstas pela lei, o executivo lança mão da
prerrogativa. Esta, no entanto, tem o seu uso limitado à
necessidade de propiciar o bem público.
CAPÍTULO XV: DO PODER PATERNO, POLÍTICO E DESPÓTICO
CONSIDERADOS EM CONJUNTO

● PODER PATERNO
O poder dos pais origina-se do seu dever de cuidar dos filhos
enquanto estes não estão plenamente racionais, gozando de
entendimento próprio: “quando chegar à situação que fez de seu pai
um homem livre, o filho será um homem livre também”
● PODER POLÍTICO
É aquele poder que todo homem detém no estado de natureza e
abre mão em favor da sociedade, e ali aos governantes que a
sociedade colocou à sua frente, impondo-lhes o encargo, expresso ou
tácito, de exercer este poder para seu bem e para preservação de sua
propriedade. O poder político tem o dever de preservar os membros
daquela sociedade em suas vidas, liberdades e posses e por isso não
pode ser um poder absoluto e arbitrário sobre suas vidas e bens, que
devem ser preservados tanto quanto possível, mas um poder de fazer
leis e completá-las por penalidades que sejam de natureza a
assegurar a preservação do todo.
● O PODER DESPÓTICO
É um poder absoluto e arbitrário que um homem tem sobre o
outro de lhe tirar a vida quando bem entender. Este poder não é um
dom da natureza, pois ela não estabeleceu esta discriminação entre
os homens; e nem efeito de um contrato, pois o homem, não
possuindo tal poder arbitrário sobre sua própria vida, não poderia
conceder a outro homem tal poder.
CAPÍTULO XVI: DA CONQUISTA

● Forma de poder comum em guerras.


● O poder que o conquistador pode ter do conquistado é
puramente despótico, sendo aceitável somente sobre a vida
dos que participaram desta e perderam direito.
● O direito de conquista se estende somente a vida dos que
tomaram parte na guerra e não às suas propriedades
CAPÍTULO XVII: DA USURPAÇÃO
● Conquista interna.
● O usurpador não pode ter nunca o direito a seu
favor.
● Só a sociedade, e de forma que a lei estabelece, é a
legitimidade para a escolha de seus dirigentes, não
tornando-se jamais submissa a qualquer forma de
poder arbitrário como advinda da usurpação.
CAPÍTULO XVIII: DA TIRANIA
● Exercício do poder a que outrem tem direito, o que
não pode caber a pessoa alguma.
● Onde quer que a lei termine, a tirania começa, se se
transgredir a lei para dano de outrem.
● A força somente se deverá ser usada quando alguém
se vir impedido de recorrer à lei.
CAPÍTULO XIX: DA DISSOLUÇÃO DO GOVERNO

A sociedade pode se dissolver pela invasão de força estranha


Pode se dissolver por motivos internos:
Quando se altera o poder legislativo sem o prévio conhecimento
da sociedade.
Quando o legislativo age contrariamente ao encargo que recebeu.
Obrigada

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