Ciência Política e Teoria do Estado

REVISÃO

Contratualistas : Hobbes X Locke X Rousseou

-Pactos
Hobbes – Pacto de submissão (homem mau)
síntese: a percepção que o uso ilimitado de sua liberdade original poderia conduzi-lo à
autodestruição fez com que o homem procurasse a paz.
O pacto de submissão de Hobbes rejeita o conceito de direito de Resistencia.
Na visão de em Hobbes, as finalidades do Estado são:
Representar os cidadãos / Assegurar a ordem / Ser a única fonte da lei.

Locke – Consentimento, signo da racionalidade humana(homem racional)

São direitos naturais: VIDA , LIBERDADE, PROPRIEDADE e FELICIDADE.
O pacto de consentimento de John Locke reconhece o direito de resistência e com isso justifica
o Estado liberal.
O ESTADO é o garantidor dos direitos de:
vida – liberdade – propriedade
Exemplo de liberdade:
liberdade -PENSAMENTO
liberdade -EXPRESSÃO
liberdade -CULTO

Rousseou – Inocência original (homem bom)

Problema da propriedade privada – apropriação do que é de todos
Para Rosseau, em função do seu trabalho, o primeiro homem que demarcou uma terra como sendo
sua propriedade, criou a degeneração do homem.
Seria então necessário uma ordem, um pacto, mesmo que injusto para evitar o caos,
renunciando a sua liberdade para um soberano que garantiria a segurança de pessoas e
bens.(CONTRANATURA)
Renúncia de cada um à sua vontade particular = VONTADE GERAL = é a vontade do corpo social
unido por um interesse comum.(SOBERANIA DO POVO)
representação política – democracia direta

- Elementos essenciais ao Estado

. Soberania
. Povo
. Território

- Definição de Território (delimitação espacial do poder)

. Componente material da estrutura do Estado
. Base geográfica do poder estatal
. Base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana
. Define os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado
- Caráter Multidimensional
. Não se restringe ao elemento terrestre
. Inclui o espaço marítimo e o espaço aéreo
. Pode incluir áreas destacáveis do núcleo territorial do Estado
Exemplos: Ilhas Malvinas e Arco Britânico de Ilhas no Atlântico
. Inclui o solo, o subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo sobrejacente

- Conceito de Povo
Vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o ESTADO
Vínculo jurídico permanente = NACIONALIDADE
NACIONALIDADE – Atributo que capacita o indivíduo a se tornar cidadão, participando da
formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano
- População
Conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica de Poder do Estado – não
necessariamente participam da vida política do país.

- Nação
Coletividade real que se sente unida pela origem comum, laços linguísticos, culturais,
espirituais. Comungar do mesmo destino.

- Diferença de Nação e População

Conceito de povo: o conjunto de membros de uma sociedade política ligados pelo vínculo
jurídico-político da nacionalidade
Conceito de população: o conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica de poder do
Estado, sem que isso importe necessariamente possibilidade de participar da vida política do País

- Formas de Estado
. Estado Unitário – Províncias (sem autonomia)
. Estado Federal – Estados Federados (autonomia)
. Legislativo
. Executivo
. Judiciário

- Formas de Governo
Monarquia – 4 características
. Hereditarietariedade
. Vitalicidade
. Irresponsabilidade
. Unipersonalidade das funções
Unipersonalidade das Funções
A monarquia é, na sua concepção, o governo de um só. Assim, segundo a concepção na monarquia, o Chefe de Estado acumularia o exercício de
todas as funções estatais.
Entretanto, atualmente, não se admite esta espécie, pois se vislumbra a possibilidade de Monarquia Parlamentar ou Limitada.
Vitaliciedade
A vitaliciedade gera o exercício do poder monárquico até a morte, fazendo com o Chefe de Estado só perca o poder em três hipóteses:
falecimento, abdicação e destituição.
Hereditariedade
Outra característica da monarquia, a hereditariedade, gera a transferência da titularidade da chefia de Estado do poder de pais para filho, ou
melhor, dentro da mesma família.
Caberá à Constituição de cada Estado a regulamentação da supracitada transmissão. normalmente o filho primogênito é o primeiro sucessor, depois os
demais filhos, respeitando a sempre a ordem de nascimento. Esgotando-se estes surgem os netos, irmãos, sobrinhos e primos, respectivamente.
Irresponsabilidade
Na forma monárquica, a Chefia de Estado não possui responsabilidade política pelo seus atos, não cometendo, por conseguinte, crime de
responsabilidade – não há ensejo para o processo de impeachment.
República – 3 características
. Temporalidade
. Eletividade
. Responsabilidade
A Temporalidade implica que os governos republicanos não são concebidos como vitalícios, sendo ocupados apenas por um período pré-
determinado de tempo, quando o governante deve, então, afastar-se do poder político.
A Eletividade implica que todo o poder político emana do povo, de modo que os representantes só tem poder se forem efetivamente eleitos por
aqueles que irão representar e governar.
A Responsabilidade implica que o poder não é exercido livremente, mas deve ser exercido obedecendo uma série de normas e hábitos pré-
determinados, sendo suspenso o mandato dos governantes que assim não o fizerem.

- Soberania Interna X Soberania Externa

A SOBERANIA É O PODER ABSOLUTO E PERPÉTUO DE UM ETADO-NAÇÃO
O conceito de soberania designa o poder político no Estado, expressando internamente seu
poder de comando, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes
dentro do Estado (soberania interna).
Perspectiva externa, a soberania significa o atributo que possui o Estado nacional de não ser
submetido às vontades estatais alienígenas. Assim, somente o Estado é dotado de soberania,
sendo que outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno, no limite, podem ser dotadas
tão somente de autonomia (soberania externa).

- Legalidade X Legitimidade
A ideia de legalidade deve ser vislumbrada como a submissão às leis produzidas pelo próprio
Estado, podendo ou não refletir as aspirações da sociedade como um todo.
Se concretizou o império da Lei no Estado de Direito – poder racionalmente justificado, atuando
sob os ditames de uma Constituição escrita.

O conceito de legitimidade projeta a ideia de que o poder soberano no Estado Moderno não
basta estar submetido às diretrizes legais(conceito de legalidade), mas também deve se preocupar
em atender as aspirações legítimas da sociedade (conceito de legitimidade).
EXERCICIO DO PODER LEGÍTIMO:
1. O PODER TRADICIONAL: típico das monarquias; independe da legalidade formal;
2. O PODER CARISMÁTICO: lideres autênticos – interprestam sentimentos e aspirações do
povo;
3. O PODER RACIONAL – exercido pelas autoridades investidas pela lei ( nesse caso há
coincidência entre legalidade e legitimidade)

- Cláusula Pétrea
Cláusula pétrea é um artigo da Constituição Federal que não pode ser alterado.
Uma cláusula é um artigo de uma lei, é parte do texto jurídico que define direitos ou obrigações.
Pétrea é um adjetivo para aquilo que é como pedra, imutável e perpétuo.