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Período Medieval


Estado Moderno
- Nasce absolutista (soberania do Rei)
Leis eram impostas pelo soberano, segundo suas vontades e interesses. Também
norteados pelas leis religiosas.

Revoluções Burguesas
A lei passa a ser o ponto fundamental de comando social.
A lei não vem do soberano, e sim da vontade geral.
Secularização.
Tripartição dos poderes.
Declaração dos Direitos dos Homens e dos Cidadãos:

Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só


podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e
imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a
resistência à opressão.

Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma


operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o
exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que
asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites
apenas podem ser determinados pela lei.

Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela
lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de
concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a
mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a

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seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos,
segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos
seus talentos.

Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela
lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam
ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão
convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-
se culpado de resistência.

Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e
ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do
delito e legalmente aplicada.

Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar
indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser
severamente reprimido pela lei.

Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas,
desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11º. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos
do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente,
respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública.
Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles
a quem é confiada.

Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é


indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo
com suas possibilidades.

Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes,
da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu
emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.

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Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua
administração.

Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.

Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser
privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob
condição de justa e prévia indenização.

- O texto reforça o princípio do individualismo, liberalismo (laissez faire, laissez aller,


laissez passer) como sistema de estado e econômico: cláusulas de primeira geração
(Direitos jurídicos).
Posteriormente, Marx apresenta um novo modelo de estado, jurídico e econômico, que
desperta alterações nos sistemas em relação à intervenção do estado a fim de promover a
equidade social.
Welfare State: estado do bem-estar social – liberalismo social : cláusulas de segunda
geração (Direitos sociais). : cláusulas de segunda geração (Direitos sociais).

ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO


Regime democrático (tripartição de poderes, leis, eleições...)
Pensamento liberal.
Formas e sistemas de governo:
 República (Presidente. Presidencialismo puro [chefe de estado e de governo] ou
Parlamentarismo [chefe de estado= presidente/1º Ministro = chefe de governo)
 Monarquia (existe a figura do monarca: chefe de estado - representante. Hereditário. 1º
ministro = chefe de governo. Não tem mandato: depende do apoio do parlamento, o qual
pode ser dissolvido à qualquer hora).
Commom wealth: monarquia inglesa é chefe de estado de vários países, apesar de serem
independentes.

ESTADO MODERNO
Povo; Nacionalidade (nação, espírito nacional):

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Fatores indispensáveis: Identidade de história e de tradição, o passado comum.
Fatores dispensáveis: Raça, a língua e a religião.
O estado pode existir apenas com o povo, mas somente será grande e duradouro se
repousar sobre a nação.
“O estado é a sociedade juridicamente organizada.”
Território
Terra, mar (mar territorial) e ar (espaço aéreo).
Soberania
“Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido. ”
O povo (plebiscito/referendo/iniciativa popular) exerce diretamente e por meio de
representantes (organização do poder: tripartido[E/L/J]).
Âmbito internacional:
Representante: Presidente da República
Constituição Federal.
Âmbito nacional:
União/Estados/Municípios/D.F. (repartição de competências internas)
Constituição Estadual; Lei Orgânica do Município; Constituição do Distrito Federal.

Pessoa: natural/jurídica.
Pessoa jurídica de direito privado/público.
Pessoa jurídica de direito público - já estão tipificadas no CC:
União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

Questionário para a prova


1) Qual a diferença básica entre a cidade-estado grega e o estado-nação?
As cidades gregas eram independentes, possuidoras de liberdade e autonomia política e
econômica. Os estados-nação não são independentes, pois estão submetidos ao poder do
Estado nacional e tem autonomia somente para definir assuntos de sua competência.
2) O Estado Moderno surgiu com o regime democrático e com a tripartição de poderes?
Não. O estado morderno surgiu ainda no regime absolutista, o qual o poder era
centralizado na figura do Rei, que tomava decisões arbitrárias, sem consulta popular.
3) Qual foi a norma jurídica emanada da revolução francesa?
A Declaração dos Direitos dos Homens e dos Cidadãos.
4) O que é um direito de primeira geração e de segunda geração?

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Os direitos fundamentais de primeira dimensão são os ligados ao valor liberdade, são os
direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem
diretamente uma abstenção do Estado, seu principal destinatário.
Ligados ao valor igualdade, os direitos fundamentais de segunda dimensão são os direitos
sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo,
pois exigem atuações do Estado.
5) Qual era a organização social e econômica comum na idade média?
Era o Feudalismo.
6) Qual a diferença entre Mercantilismo e Liberalismo? E em qual modelo de Estado cada
um dele estava adequado?
O mercantilismo foi uma política econômica característica das monarquias europeias
(absolutismo), desta forma, a intervenção do estado era total. O liberalismo, por outro lado,
é inerente às revoluções burguesas e propõe a liberdade econômica, a livre iniciativa e a
intervenção mínima do estado.
7) Quais são os elementos caracterizadores do Estado?
Povo, território e soberania.
8) O que se entende por território inerente aos Estados Modernos?
Solo, subsolo, espaço aéreo, mar territorial, além das embaixadas, consulados e navios e
aeronaves em missão militar.
9) Qual a dupla-face da soberania? Porquê se diz que ela é dicotomizada?
A dupla-face se dá em dois âmbitos: interno e externo. Se diz que ela é dicotomizada
devido ao fato de ela ser ser exercida, nesses âmbitos, de duas formas: interno – governo,
pelos seus órgãos: executivo, legislativo e judiciário; externo – República Federativa do
Brasil, pelo Presidente da República.
10) A existência de uma nação pressupõe automaticamente a existência de um estado?
Não necessariamente. Uma nação pode estar espalhada por diversos estados, já que
“nação” é um conceito étnico, cultural, sociológico, de identificação entre um grupo de
pessoas.
11) Pode existir um estado composto por duas nações distintas?
Sim, um estado pode ser composto por duas ou mais nações, já que a existência do
estado pressupõe apenas: território, soberania e povo. Esta a população pode ser
composta por diversas nações.
12) Quais são os entes federativos que compõe a República Brasileira?
União, estados, municípios e Distrito Federal.

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13) Um estado-membro no Brasil possui algum tipo de soberania?
Um estado-membro não tem soberania, e sim autonomia para tratar de temas que
competem a ele.
14) Quem representa a República Federativa do Brasil em âmbito internacional?
O Presidente da República Federativa do Brasil.
15) Os entes federativos são pessoas jurídicas de que espécie? E podem eles responder
um pelo outro em razão de eventual dano causado?
São Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno. Não.
16) Ocorrendo uma antionomia entre uma norma federal e uma municipal, qual delas deve
ser expulsa da ordem jurídica?
Cabe a análise da competência da norma para definir a solução da antinomia, ou seja, qual
deve prevalecer.

PODER DE ESTADO
Estado, direito e política (pg. 173)
O poder se concentra na esfera econômica e jurídica.
Todo poder é limitado pela lei.
Jurídica: instituição de normas comportamentais e estruturantes; coercitividade no
cumprimento das mesmas por meio do monopólio da violência, uso da força; poder
inerente ao estado; autoridade.
Nenhum indivíduo pode exercer individualmente seu poder, exceto em duas
circunstâncias: legítima defesa (vida) e defesa da propriedade imediata (material); AUTO-
TUTELA.
O poder do Estado é irresistível.
3º poder: devido processo legal; capacidade postulatória (capacidade de postular algo em
juízo em nome de outrem. Todo membro da sociedade tem legitimidade para se colocar
em juízo por meio de seu representante, o advogado). Polos do processo: polo ativo
(alegando), polo passivo (réu); Princípios: contraditório e ampla defesa.
Civil: verdade ficta; Penal: verdade real.
Autoridade: ao contrário do poder, que se firma e impõe pela coação, a autoridade vem a
ser o respeito de que certas pessoas, entidades ou órgãos se revestem, o que acarreta
seu acatamento pela comunidade.
O Estado age por meio de seus 3 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário.

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Legitimidade do poder: a legitimidade se deve ao consentimento dos destinatários do
mando. Na democracia, esse consentimento se dá por meio da escolha dos governantes
por meio do voto, o exercício de sua cidadania.
O poder – do Estado – é a imposição real e unilateral de uma vontade, mas legitimada pelo
consentimento de seus destinatários, em face da consciência de que sua submissão é
essencial à manutenção da ordem social.

Questionário:
1) Quais são as duas exceções para o exercício da auto-tutela?
São elas: a legítima defesa e a defesa imediata da propriedade.
2) Qual o limite do exercício do poder do Estado?
O limite do exercício do poder do Estado é a própria lei.
3) O que quer dizer e a quem se destina o termo poder irresistível?
Poder irresistível, dirigido a todos os cidadãos, significa a impossibilidade de se resistir às
determinações legais, mandados, etc. Ou seja, o destinatário não terá o direito de resistir à
ordem emanada pelo Estado.
4) João da Silva foi intimado a prestar depoimento como testemunha em um processo-crime.
Tendo recebido a intimação, deixou de comparecer em juízo. Pode ele ser conduzido
coercitivamente?
Sim, já que o indivíduo não tem o direito de se opor a uma determinação do estado, já que
o poder do estado é irresistível.
5) Em qualquer situação em que haja um litígio, qual o poder que tem o indivíduo e de que
forma ele é exercido para o cumprimento de determinada obrigação? Ele pode agir por
conta própria ou existe um instrumento jurídico apropriado?
O indivíduo tem o direito de defender seus interesses por meio do devido processo legal,
instaurado por um representante (advogado) e apreciado pelo sistema judiciário, não
podendo fazê-lo por conta própria.
6) O princípio do contraditório e da ampla defesa aplica-se tanto ao processo judicial quanto
ao administrativo?
Sim, como previsto no artigo 5º da CRFB.
7) Qual o conceito de Estado? Qual a sua relação com a sociedade?
Estado é a sociedade juridicamente organizada. O Estado, em relação à sociedade, tem o
dever de emanar a vontade geral, afim de estabelecer a ordem e o bem-estar da
população.

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8) Que tipo de pessoa é o Estado?
Pessoa jurídica de direito público.
9) Como o Estado exerce internamente seus poderes? Por intermédio de quais órgãos?
O Estado exerce seus poderes, por intermédio de seus 3 poderes (executivo, legislativo e
judiciário),
10) O que é “exercício arbitrário das próprias razões”?
É o exercício de um poder que não lhe compete. Ex.: justiça com as próprias mãos.

ESTADO
Política → Direito (se estabelece a partir do debate jurídico entre o Estado e a sociedade).
Debate
SOCIEDADE
Tramitação de projeto de lei:
 Iniciativa
 Discussão
 Votação
 Sanção/Veto
 Promulgação
 Publicação
Controle da constitucionalidade das leis

Questionário:
1) Qual o instrumento que a sociedade utiliza para manifestar sua vontade em relação às
decisões governamentais? O direito à manifestação está normatizado juridicamente?
São eles: Manifestações populares, abaixo-assinado, greves, plebiscito e referendo. O
direito à manifestação está normatizado na CRFB, artigo 5º, insiso IV: “é livre a
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;”
2) O exercício da atividade política é exercido de forma limitada ou ilimitada? Justifique.
O exercício da atividade política é exercido de forma limitada, já que o mesmo não pode
extrapolar os limites da legalidade.
3) O judiciário, quando examina a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei, o
faz à luz de parâmetros políticos ou jurídicos?

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O judiciário o faz à luz de parâmetros jurídicos, já que esta questão não é definida por
juízos de valor, e sim pela verificação da compatibilidade da norma com os termos da carta
cidadã.

MUDANÇA DE ESTADO POR REFORMA, REVOLUÇÃO OU GOLPE

Reforma
O estado pode ser reformado pela lei, de uma forma democrática, via Congresso Nacional,
via diálogo com a própria sociedade, nova Constituição ou reformas constitucionais.
Na nossa constituição, não podemos alterar certas matérias (art. 40, § 4, CRFB).
Revolução (ilegítima)
Revolução implica luta armada, violência, por parte de um grupo político para depor o
poder vigente. Promove mudanças sócio-econômicas, profundas.
Golpe (ilegítima)
Nasce de mecanismos do próprio estado. A priori, o golpe visa a mudança no governo e
não no estado. Geralmente não altera as relações sócio-econômicas.

Revoluções e golpes são rechaçados pela legislação, sendo considerados crimes contra o
estado.
Questionário
1) O exército de um determinado Estado depôs o presidente da república e fechou o
congresso nacional, passando então a administrar o país e adotando uma conduta mais
rígida. Porém manteve as bases da ordem social e econômica, garantindo o cumprimento
dos contratos, bem como adotando os preceitos legais em especial o direito adquirido, o
ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Levando em consideração a interpretação em que se
considera golpe e revolução, como você classifica este ato?
Este ato caracteriza um golpe, já que foi executado pelas Forças Armadas, mecanismo do
próprio estado, visando mudanças no governo e não no Estado.
2) Em 1789, os franceses promoveram um ato político que ficou conhecido como a queda da
batilha ou a tomada da bastilha, fato este ocorrido em 14 de julho. Por consequência deste
ato, várias mudanças foram promovidas na ordem econômica e social, adotando o que se
convencionou chamar de liberalismo econômico, que resultou, inclusive, numa alteração
na ordem jurídica com a publicação do código civil francês, que inaugura o chamado

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positivismo jurídico. Como foi classificado este ato e porquê? Levado em consideração o
ponto explicado sobre reforma do Estado.
Este ato é classificado como Revolução, já que, por meio de métodos violentos, um grupo
social organizado depôs o poder vigente com a finalidade de executar mudanças sócio-
econômicas no Estado Francês.
3) Um grupo civil fortemente armado promoveu em Brasília, capital do Brasil, um ato de
violência objetivando depor o presidente da república, assumindo o poder do país. Não
obstante no lograr o êxito do ato. Em qual crime este ato pode ser tipificado à luz da
constituição federal?
Este ato pode ser tipificado como crime contra o Estado, confirme previsto pela CRFB (art.
5º inciso 44), que é um crime inafiançável e imprescritivo.
4) No sistema democrático brasileiro, a constituição admite algumas reformas no estado por
meio de emenda à constituição. Não obstante, há um núcleo intangível que não se pode
abolir de forma alguma. Quais são as cláusulas pétreas?
Conforme o artigo 60, § 4º, da Constituição da República Federativa do Brasil, são elas: a
forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos
Poderes; e os direitos e garantias individuais.
5) Dentro do regime democrático e à luz dos comandos constitucionais, é possível depor o
presidente da república, por meio de um procedimento legal. Como se classifica este ato?
E em qual dispositivo legal ele está previsto?
Este ato é classificado como Impeachment, que consiste na deposição do Presidente da
República devido a prática de crimes de responsabilidade, confome prescreve o art. 85 da
CRFB. Esses crimes são definidos por lei especial (lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950).
6) É possível que o Estado estabeleça, por meios democráticos, uma nova ordem
constitucional e mude o Estado no tocante à forma e sistema de governo promovendo
reformas substanciais na ordem social e econômica etc.? E como se chama o poder
encarregado de criar uma nova constituição?
Sim, com a elaboração de uma nova constituição. Legislativo, convocando uma
assembleia constituinte formada pelo congresso nacional.

Sufrágio, voto, escrutínio, plebiscito, referendo, iniciativa popular e sistemas


eleitorais
Sufrágio é a manifestação direta ou indireta do assentimento ou não assentimento de uma
determinada proposição feita ao eleitor.

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Sufrágio universal = todos votam. (Art. 14 da CRFB)
O voto é o método de aferir a vontade individual.
O plebiscito é condicionado a uma agenda, determinadas matérias são decididas por ele.
Mudança de sistema ou forma de governo se dá por meio de plebiscito, assim como
divisão ou unificação de estados.
O plebiscito trata de matérias de estado (estruturais) e não de governo.
Art. 18 da CRFB
Diferentemente, o referendo é posterior à tomada de decisão do parlamento, ou seja, a
decisão parlamentar é submetida à opinião popular.
Lei 9.709/1998 – Art. 14, CRFB.
Plebiscitos e referendos são consultas destinadas ao povo sobre assuntos de relevância,
cumprindo a ele a ratificação ou rejeição.
O plebiscito é um ato anterior ao ato legislativo ou administrativo, já o referendo é
posterior.
Iniciativa popular é uma forma da população participar do processo legislativo.
Critérios: Art. 61, parágrafo 2º, CRFB.
(Copiar)
Art. 13, lei 9.709/1998
(Copiar)
Mesmo partindo da população, ainda cabe ao parlamento aprovar ou não a lei proposta.
Podem dar início a projeto de lei: deputados, senadores, presidente, membros do STF,
povo.
O sistema eleitoral é definido por cada estado. No Brasil, está regulado pelo Art. 14 CRFB
e o código eleitoral.
No Brasil, o sistema eleitoral é proporcional e majoritário.
Proporcional é proporcional ao número de eleitores (deputados)
Majoritário pois são eleitos os mais votados (presidente, governador, prefeito, senadores)
Art. 45, CRFB
(Copiar)
A câmara dos deputados compõe-se de representantes do povo. O senado federal
compõe-se de representantes dos estados e do DF.
Congresso nacional = junção da câmara e do Senado.
O poder legislativo no Brasil é exercido pelo congresso nacional.

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As matérias que competem ao congresso nacional são definidas pelo artigo 48, CRFB.
(copiar)
Escrutínio é a forma do voto (secreto...) (pesquisar)

Estado constitucional
Elementos: povo, território, soberania.
A constituição é o elemento formal do estado.
Existem estados que não possuem constituição formal: Inglaterra, Israel.
Existem várias formas de estado constitucional.
O estado constitucional é regido pela constituição, norma de valor supremo.
Nasce a partir das revoluções liberais, com as constituições modernas, fundado na
racionalidade, democracia etc.
A constituição americana foi a primeira constituição escrita à luz do Estado moderno.
Documento fundamental: declaração dos direitos do homem e do cidadão.
1824: primeira constituição brasileira, após a declaração da independência.
Marca o nascimento do estado constitucional no Brasil.
Assembleia constituinte: poder constituinte originário.
Membros eleitos democraticamente
Responsáveis pela elaboração do texto da constituição.
É ilimitada juridicamente, mas deve refletir a vontade do povo, sendo democrática.
Declaração dos direitos humano ONU – norteador.
A partir da constituição, define-se todas as características do Estado.
Estado de direito democrático = estado moderno = liberalista
O pensamento liberal está fundado na igualdade, liberdade, individualidade, direito de
propriedade e livre concorrência.
Fundamentos da nossa república: soberania, cidadania, (Art. 5º)
Antes do movimento liberalista, não haviam constituições como as contemporâneas,
características da sociedade ocidental.
No estado absolutista não havia a tripartição dos poderes, o poder era exercido
exclusivamente pelo rei.

Separação dos poderes e as funções de Estado


Absolutismo > Estado liberal
Separação dos poderes:

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Executivo
Lesigilstivo
Judiciário

Princípio da separação e harmonia entre os poderes


Os poderes devem ser imparciais.
Princípio da publicidade

Funções tipicas e atípicas:


A câmara ou o senado (o legislativo) podem exercer funções que não são típicas à sua
função.
Sua função típica é de legislar e fiscalizar os seus iguais, assim como o presidente da
república, junto do tribunal de contas.
Uma função atípica seria julgar certas matérias, como a cassação de mandato e crimes de
responsabilidade, por exemplo, além das funções administrativas.

Ao judiciário cabe o julgamento dos processos que competem a ele.


O judiciário também exerce a função de administrador público, no que cabe a ele, como
administrar “seus” prédios, os concursos, etc. E legislar no limite dos seus assuntos.
MP: Autônomo. Age na ação penal e na ação civil pública, nas questões do interesse geral.

O poder executivo é o órgão que acumula mais funções entre os 3 poderes.


A administração publica (Orçamento etc.), gestão e execução de obras (infraestrutura),
funções de defesa (exército, marinha, aeronautica, polícia) previdência, etc. são vinculados
ao sistema executivo.
Uma das funções atípicas do sistema executivo é legislar.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração
federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel
execução;

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V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa,
expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para
os cargos que lhes são privativos;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da
União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral
da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por
ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições,
decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

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XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional
ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas
nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Art. 5º, inciso XXXV: A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito;
Art. 5º , inciso LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
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QUESTIONÁRIO
1) Qual a diferença basica em matéria de exercício do poder entre o estado absolutista e o
estado liberal?
No Estado Absolutista, o poder era exercido apenas pelo rei, sem fiscalização ou limitação.
No estado liberal, há a tripartição de poderes, regido pela constituição, de forma harmônica
e independente.
2) Qual foi a norma oriunda da revolução francesa que estabeleceu ao estado a tripartição de
poderes? Indique o artigo.
Na declaração dos direitos do homem e do cidadão, no artigo 16.
3) Indique na Constituição Federal qual o dispositivo que estabelece a tripartição de poderes
no Brasil. E quais são eles?
No artigo 2o na CRFB, "todo poder emana do povo e por ele é exercido".

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4) Quais são as funções tipicas e atípicas de cada poder?
A funções tipicas/atípicas:
Legislativo: Legislar
Judiciário: Julgar/ Legislar e executar
Executivo: Executar/ Legislar
5) Como são denominadas as funções exercidas pelos membros de cada poder?
Judiciário: a magistratura (1a instância: juízes; 2a instancia e demais:
desembargadores/ministros)
6) Quais são as garantias inerentes ao poder judiciário?
Vitaliciedade, irredutividade de vencimentos e inamovibilidade (verificar)
7) Indique uma garantia do poder executivo e do poder legislativo.
Um garantia do legislativo seria a imunidade parlamentar. Do executivo o chamado foro
privilegiado.
8) João da Silva recebeu em sua casa uma multa administrativa por não ter mantido limpo o
seu terreno. Por não concordar com este ato, pleiteou, perante a administração pública, a
sua anulação, o que foi indeferido. Pode ele recorrer ao sistema judiciário? E qual a base
legal para isso?
Sim, ele pode recorrer ao poder judiciário, já que as determinações administrativas
estão sucetiveis à apreciação do poder judiciário. Art 5o, inciso XXXV.
9) O tribunal de contas está vinculado à qual poder?
O tribunal de contas está vinculado ao poder legislativo, como órgão auxiliar.
10) Quando o presidente da república expede um decreto que não se adequa a uma lei o que
pode acontecer com esta norma?
Quando o presidente faz um decreto, o judiciario pode declara-lo ilegal, inconstitucional ou
o próprio poder legislativo pode afastar a aplicação desse decreto. O decreto está abaixo
da lei, já que é uma medida meramente regulamentar.
11) A quem compete expedir medidas provisórias?
O presidente da república, com força de lei.
12) Qual o órgão que exerce a fiscalização contábil, financeira e orçamentária?
O Congresso Nacional auxiliado pelo tribunal de contas. Art. 70 da CRFB.

FORMAS DE ESTADO E FORMAS DE GOVERNO


Formas de Estado
 Unitário

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o Central
 Federação
o União
o Estados/DF
o Municípios
Formas de governo
 Forma de governo
o Monarquia
 Monarquia Constitucional (democrática)
 Rei (Chefe de Estado)
 Parlamentarista (Chefe de Governo)
- Não existe eleição nem para chefe de governo nem de Estado.
- 1º Ministro não tem mantato definido. Se mantêm no cargo
enquanto tiver a confiança do parlamento.
 Monarquia Absolutista
 Rei
o República (oposição à monarquia)
 Presidencialista
 Presidente = Chefe de Estado/Chefe de governo
 Parlamentarista
 Chefe de Estado - Presidente (eleito pelo povo)
 Chefe de Governo – 1º Ministro (eleito pelo parlamento)
 Sistema de governo
o Parlamentarista
o Presidencialista
Regime de governo
● É a maneira com que o Estado se relaciona com o povo.
● O parlamentarismo e o presidencialismo geralmente são regimes democráticos. A
monarquia pode ser absolutista, que seria outro regime.
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Tendências de governo no Estado contemporâneo

Estado: ente juridico de direito público.

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Instituições do estado:
● 3 poderes: conquista do estado liberal (Art. 16, DDHC)
● MP
● Exército, marinha, aeronáutica
● Etc.
Essas instituições são submetidas à administração do governo, à luz da constituição e das
leis.
● Executivo: presidente, governador prefeito.
● Legislativo: senadores e deputados.
● Judiciário: magistrados

● Sociedade -(que forma o ente jurídico, com direitos e obrigações)- Estado (sociedade
pública)
● Pessoa natural -(que forma o ente jurídico, com direitos e obrigações)- Pessoa jurídica
(sociedade particular)

Cada estado é um ente independente dentro de um certo território, definido, porém


imaginário, sustentado pelo respeito à soberania. Porém observamos que a soberania dos
estados tem sido mitigada, e isto está relacionado à globalização.
Globalização: definição de regras jurídicas no âmbito global. Tem a finalidade de
unificar a ordem jurídica, o que entra em conflito direto com a soberania nacional, que
consiste no poder incontrastável de estabelecer regras em seu próprio território.
Mercosul: negociação realizada em bloco. Os membros, em regra, são submetidos à
decisão tomada pelos integrantes.
Primeira tentativa de estabelecer um processo de globalização aconteceu na Grécia,
por Alexandre, o grande. Que queria conquistar o mundo disseminando o pensamento
grego. Período este conhecido como helenistico.
Base legal
Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania; 
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa
humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V - o pluralismo
político.Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição

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Democracia representativa e direta = semi-direta

Art. 4o A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;II - prevalência dos direitos humanos;III - autodeterminação dos
povos

IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;VII - solução


pacífica dos conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperação entre os
povos para o progresso da humanidade;X - concessão de asilo político.Parágrafo único. A
República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
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Questionário
1) João da Silva foi eleito presidente da república no Brasil. Como era adepto ao
parlamentarismo, e deixou isso claro na campanha eleitoral, assim que tomou posse
nomeou Pedro como 1o Ministro. É possível o governante estipular a forma de governo e o
sistema de governo à luz das suas próprias convicções?
2) Qual a regra constitucional que define a forma e sistema de governo, a forma de estado
e o regime político?
3) Qual a regra constitucional que estabelece a origem da soberania?
4) Um tratado internacional pode impactar a ordem jurídica interna sem violar a soberania?
Se positivo, qual o critério utilizado para que isto ocorra?
5) Quais são os princípios básicos que direcionam o Brasil em suas relações
internacionais?
6) O Brasil se submete a algum tribunal internacional?
Art. 5o, inciso 78, parágrafo 4o, CRFB:
7) No âmbito regional, qual a prioridade definida pelo legislador constituinte para que o
Brasil se integre.
Art. 4o, parágrafo único, CRFB.
8) FAça um cotejamento entre o artigo 5o da constituição e a Declaracao Internacional dos
Direitos Humanos, destacando a coincidência entre 5 dispositivos.

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