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DAURY – Direito Constitucional I

07/02
 ESTADO: é entendido por pessoa jurídica, um ente de personalidade jurídica.
Quando se fala do país Brasil, se refere a diversidade cultural, as praias etc. Ao se falar de
Estado, se refere ao jurídico-constitucional. Os elementos constitutivos do Estado são:
território, povo e soberania.

Estado brasileiro em suas relações internacionais atende pelo nome: A República Federativa

do Brasil (pessoa jurídica de direito público internacional). Ser dotado de personalidade


significa ser dotado de vontade própria, sendo essa expressa na Constituição.

 Princípios estruturais: são formas políticas que dão sustentabilidade/base para que
um Estado possa se manter. Vão configurar um Estado propriamente. Tirar uma
dessas estruturas políticas, o todo fica prejudicado.

 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


Primeiro princípio estruturante é a REPÚBLICA
Para nosso direito constitucional, a república como estrutura política se tem a forma
de governo (ADCT – art 2).

Art. 1
Se fala acerca dos princípios estruturantes: república, federalismo e democracia.
Incisos
I [soberania]; II [cidadania]; III [dignidade da pessoa humana]; IV [livre iniciativa]; V
[pluralismo jurídico]
Par. Único: todo poder emana do povo [conjunto dos nacionais].

Livro indicação: Renato Janine Ribeiro DEMOCRACIA X REPÚBLICA


CARTA MAGNA: documento medieval. No Brasil o que se tem é a CONSTITUIÇÃO.
Na república se tem: a alternância no poder, permitida pela eleição; princípio da isonomia, no
caso a igualdade perante a lei, sendo a lei igual para todos; advém da isonomia a
responsabilidade dos governantes, onde eles também devem prestar contas;
A ação popular é considera uma ação republicana por excelência devido ela ter como base o
princípio básico da isonomia, onde permite qualquer cidadão fiscalizar o governante.
Agir de forma republicana: agir pelo interesse público, não de forma pessoal. O interesse
público sempre devem prevalecer perante o interesse privado.
Uma democracia sem república não existe, uma vez que o espírito republicano é altruísta,
abre a mão de certas coisas para o bem comum.
Kelsen diz que há duas formas de governo: democrática ou autocrática
A forma de governo advém de como o governante se relaciona com os governados.

Segundo princípio estruturante é FEDERATIVA


Se refere a forma de Estado. Federação é como esse princípio se expressa no Brasil.
Forma de estado sempre vai surgir pela relação dos elementos que constituem o Estado
O federalismo é uma invenção norte-americana
O Estado federativo: se compõe de parte tendo uma relação diferente entre território, direito
e povo. O território é repartido tendo autonomia política, autonomia política e autonomia
financeira [tríplice autonomia]. O federalismo é uma forma mais adequada em certos países
devido a diversidade.
Federalismo significa a unidade na diversidade.

Estado unitário: por exemplo a França, um centro de poder emana para todos. Uma única
norma jurídica.

11/02
1) Fundamentos da República Federativa do Brasil:
1.1 Soberania: domínio/poder
1.2 Cidadania: pratica dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado
1.3 Dignidade da pessoa humana: valor moral inerente à pessoa
1.4 Valores sociais do trabalho/livre iniciativa
1.5 Pluralismo político: reconhecimento da diversidade
1.6 P. único do art. 1° poder do povo.
Estado democrático de Direito [remete ao regime democrático]
Canotilho vai contrapor Estado de Direito com o Estado de não-direito [por exemplo
o Estado Absolutista, onde tem leis mas o soberano que decide de acordo com suas
vontades]. Primeiramente o Estado de Direito surge como Estado Liberal [igualdade formal,
propriedade privada...]
Limitação intrínseca: um poder limita o outro.

Estado democrático de direito: regime é o democrático, democracia participativa e o direito é


igual para todos. Os direitos se colocam como condição para o exercício da democracia. O
poder que se escolhe para garantir seus direitos é o Judiciário, sendo este o motivo de ele se
sobrepor no Estado Democrático de Direito. Tendo em vista o Brasil, a democracia é um
direito, e qualquer lei que queira limitar a participação do povo, poderá ser considerada
inconstitucional.

1) Fundamentos da República Federativa do Brasil


1.1) Soberania: domínio/poder
Domínio e poder sobre os corpos.
Jean Bodin
1° autor a tratar cientificamente sobre a soberania, sendo este um assunto de extrema
importância na criação dos Estados Modernos [poder absoluto; nada acima e nada ao lado;
não se delega; imprescindível – não pode reivindicar, não há possibilidade de usurpar, não
tem prescrição de prazo].
O autor fala também sobre constitucionalismo moderno, o qual não deixa a soberania
como algo absoluto, o Estado impõe limites.
O Estado de Direito irá flexibilizar o conceito de Bodin, pois ele é soberano, mas limitado
pelo próprio Direito, dessa forma não é mais absoluto [1° fenômeno de flexibilização do
conceito de soberania: constitucionalismo]

2° momento de flexibilização: direitos humanos [art. 5°, parágrafo 4]


Tratado de San Jose da Costa Rica: o Brasil abre mão de parte de sua soberania para
obedecer certas regras.
“O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão”
Direitos humanos esta se tratando de direitos internacionais, não mais apenas de forma
“local” [convenção entre os Estados parte]
Sentença estrangeira : prolatada por um juiz estrangeiro [cumprir somente caso esteja de
acordo com a legislação do locar onde deveria ser cumprida]
Sentença internacional : deve ser cumprida em todos os casos, ser passar pelo crivo de
nenhuma instituição do local o qual deve ser seguida.

3° momento de flexibilização: união europeia


Os 3 poderes existem de maneira supraestatal. Caso a EU crie legislações que não contra
uma constituição, o que prevalece é o determinado pelo supraestatal. Há um direito comum.

A soberania pode ser considerada sob duas perspectivas:


1) Soberania no plano internacional: soberania horizontal, já que em quase todos os
países são soberanas e iguais.
2) Soberania no plano interno [dimensão jurídica]: é a própria ordem jurídica, soberana
vertical.

CAPUT, art. 14
Relacionando ao p. único do art. 1°: soberania
A soberania mencionada no inciso I se constituiu a partir da força instituidora do povo.

1.2) Cidadania
Prática de direitos e deveres
Relação com a ideia de nacionalidade
Cidadania no sentido amplo: conjunto dos nacionais
Cidadania no sentido restrito: necessário em alguns requisitos para exerce-los de fato, por
exemplo o direito político.
Cidadão: exercer direitos e deveres
14/02
Dignidade está atrelada ao respeito, portanto consegue-se perceber que esse fundamento
foi ferido, sendo este um dos poucos princípios que precisam de um fato concreto.
A dignidade é fundamento da República Federativa do brasil [art. 1, III], mas também não se
deixa de ser um direito fundamental, uma vez que a dignidade é inerente a pessoa humana.
A dignidade pode ser vista em relação a grupos, sentidos difusos, de forma grupal e
individual, ou seja, pluridimensional.
O princípio da dignidade não é absoluto como se acreditava.

Os dois princípios, a valorização do trabalho humano e livre iniciativa, são fundamentos da


ordem econômica. A ordem econômica é um conjunto de normas constitucionais que
regulamenta a intervenção do Estado, a produção, distribuição e consumos de bens e
serviços [art. 170, caput].

Art 1,V. O pluralismo jurídico


Partido político agrega pessoas que tem uma mesma visão de mundo.
Todo poder emana do povo
S

SEPARAÇÃO DE PODER
Governo misto: tem elementos da monarquia, aristocracia e democracia.
Montesquieu
Estudo da constituição inglesa

18/02/19
Independentes: cada poder conta cm suas próprias
A partir do art 44, vai se ver como que os poderes foram constituídos

25/02/19
11 de abril – prova
CORREÇÃO DO EXERCÍCIO
1) Preambulo faria parte da constituição ou não? A constituição tem, a partir do art 1,
Ele não tem força normativa, é como uma exposição de motivos e justificando. Ele vai para
além das raçoes do novo momento constituintes, vai encontrar os valores que vão constituir
um estado daquela maneira, um pacto que se organiza naquele valores [o preambulo vai ser
as intensões pela qual tem aquelas, pode ser considerado um compromisso político/pacto
social com os valores que se te naquele momento]. As normas se apresentam a partir do art.
1

2) Características da republica: alternância do poder, possibilidade de responsabilização


dos governantes, princípio da isonomia,
Monarquia: vem pela hereditariedade, monarca não pode se responsabilizar sobre seus atos
[constituição de 1824]

3) Confederação: instrumento jurídico que dá essa formação é o tratado internacional,


países-Estados independentes e soberanos que se unem em torno de uma aliança.
Esses países mantem a soberania, o que permite a qualquer tempo que ele se retire
da aliança [ex-colônias inglesas se unem contra a Inglaterra, depois se torna os EUA,
eles que criaram isso]
Federação: constituição, cria a federação, não tendo direito de separação pois elas não são
mais soberanas, tem autonomia [autonomia política, financeira, administrativa etc].
Porque pode afirmar que a união europeia não é uma federação? Não tem constituição e os
países mantiveram sua soberania, caso da Inglaterra. Não é uma confederação, uma vez que
não tem estrutura para além dos estados.
Mercosul é uma tentativa de mercado comum.

4) ESTADO DE DIREITO
É o estado constitucional, não é um fenômeno de qualquer época, é uma criação de fins do
sec. 17/18, que se contrapõe ao movimento absolucinista
É um estado que impõe limite ao próprio estado, sobre tudo o direito fundamental.
Democracia é o regime político que permite a participação de todos na decisão desse estado,
não só votando, mas através de peblecitos etc.
O estado não se fecha, se abre democraticamente para saber a percepção da sociedade e
chegar a um ponto.
5)
Não tem duas modalidades de soberania, é um único fenômeno
Externa: fora do nosso território, relações internacionais; se apresenta com uma soberania
horizontal onde não há soberania entre estados, todos estão em nível de igualdade
Interne: ordem jurídica que se impõe naquele determinado território e naqueles que vivem
nele, onde há o estado, as leis e os cidadãos. Poder sobre os corpos, onde essa ordem
jurídica pode te mandar para a guerra e pode mandar prender você
Quando se trabalha com princípios, as vezes eles entram em colisão, então as vezes é melhor
recuar tendo em vista o futuro, o que vale ou não a pena.

6) Tratados são tratados pelo princípio da reciprocidade: as representações diplomáticas


tem imunidade frente a uma ordem jurídica.

7) Cidadania: quando se tem a possibilidade de exercitar direitos naquele pais, é o


direito básico de nacionalidade, ser cidadão, pertence ao estado pois a ideia de povo
remete a ideia de conjunto de nacionais
se for estrangeiro não esta autorizado a exercitar certos direitos
amplo: todo e qualquer nacional é cidadão pois tem direitos e deveres frente aquele estado
restrito: nem todo cidadão tem capacidade de exercer a cidadania, cidadania ativa [direitos
políticos]

8) Alguns autores acreditam que a dignidade esta acima de tudo, mas na majoritária
acreditasse que nenhuma norma esta acima da outra, não há supremacia entre elas, a
constituição é suprema. Tensão entre principio da dignidade e outras normas, por
exemplo os presídios

9) Livre inciativa significa a liberdade de mercado, opção pelo modo de produção


capitalista. O princípio da liberdade não é absoluto, primeiro limite no que se coloca
na livre iniciativa é de reconhecer a importância do trabalho, se valoriza o trabalho a
partir, por exemplo, das leis trabalhistas.
Equacionar a tensão entre livre iniciativa e trabalho, resolver o conflito de interesses.
10) Não, em princípio o estado não se pode tabelar. Somente em caso de produtos de
necessidade básicos estarem em valor altíssimo.

11) pluralismo pilotico: remete a diversidade, que estabelece uma forma de convivência
que deve ser considerado sempre os posicionamentos
Liberdade de se criar partidos políticos, adoção do sistema pluripartidário. E tese um partido
político é composto por pessoas que tem os mesmo valores e o pensamentos.

28/02/19
13 – separação se apresenta diferentemente da Inglaterra, onde eles são separados e
independentes. No artigo segundo da constituição, se mostra como os poderes são
independentes. Sobre a criação de um quarto poder, não há nada que impede uma mudança
na estrutura dos poderes,

15)
Direitos humanos: art 4, inciso 2
Brasil estabelece que vai fazer esforços que os direitos humanos nos tratados internacionais
vão ser respeitados, ela tem um sentido clássico que são aquelas normas positivadas nos
âmbitos dos tratados e convenções internacionais. “Na hipótese de grave violação” de
direitos humanos: é uma clausula pétrea, é preciso ter em vista o caso concreto para saber se
houve ou não uma violação.

16)
Asilo diplomático: asilo esta sendo dado na embaixada
Asilo territorial: asilo está no território de fato do pais

17)
1. NACIONALIDADE
Art 12 da CF
Dentre os fundamentos da republica está a cidadania, o qual é necessário um vínculo com o
povo/território o que da o direito a nacionalidade.
Quando se fala de nacionalidade se fala também de identidade, advém do sentimento de
pertença, pertencer a um agrupamento humano que se agrupou e se organizou.

O direito fundamental a nacionalidade tem origem no direito público interno [o direito de


cada pais].
Cada país vai estabelecer regras que vai

Art 12, inciso 1, refere-se a nacionalidade primária/originária independe da vontade, é um


elemento natural. É possível que a pessoa tenha mais de uma nacionalidade,
Ius sólis: nasceu naquele território
Ius sanguinis:

11/03/19
Art 1 até o 4 são princípios que se relacionam, participam da mesma coisa
Art 12: direito fundamental a nacionalidade
Português equiparado é o quase nacional, continua sendo português mas possui a
equiparação dos exercícios do direito, inclusive os direitos políticos [capacidade de votar e de
ser votado]
O português equiparado em Portugal, pode exercer os direitos inerentes a cidadania, as não
tem os mesmos direitos referentes a União Europeia.
Para exercitar o direito de cidadania, precisa de um vínculo com o Estado primeiramente
Conjunto dos nacionais se refere ao povo brasileiro [paragrafo único do art 1], no art 13
encontra-se os símbolos nacionais [idioma, bandeira...]

DIREITOS POLÍTICOS
Caput: a soberania popular [mesma do pargrafao único do art 1]
O povo exercita a cidadania, mas não todo o povo, somente o povo ativo, que é uma parcela
dessa população.

Sufrágio: direito de votar e ser votado, é um direito de participar desse processo de escolha.
Voto é o exercício do direito do sufrágio, é a materialização desse direito.
Sufrágio universal: vedação a discriminações negativas, não pode criar uma lei impedindo
que pessoas dependendo da raça/sexo/idade participem da votação eleitoral etc.

Voto é direto: não é possível intermediários

Iniciar: não só provocar, mas dar a partida do que vai se desenrolar depois
O texto apresentado nem sempre vai ser o mesmo texto que foi aprovado.

DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS


São as normas de elegibilidade, conjunto de normas que estabelece o modo de participar o
modo de escolha, votando ou sendo votado.
Paragrafo 1° - alistamento eleitoral é obrigatório para os maiores de 18 anos.

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS


Estabelecem barreiras, impedimentos. São as inegibilidades

AULA DE DAURY
1. “Direitos políticos: conferem poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa
pública, direta ou indiretamente”.
1.1 “Direitos políticos negativos: restringem/impedem as atividades político-partidária,
privando o cidadão do exercício de seus direitos políticos”.
1.1.1 Das inelexibilidades [art. 14, paragrafo 9] – impedir o abuso da máquina
econômica etc. um exemplo seria a lei da ficha limpa
1.2. Impugnação de mandato eletivo [art. 14, parágrafos 10 e 11]
1.3 perda e suspensão dos direitos políticos [art. 15 da CR]
Art 14 parágrafo 4
São inelegíveis os inalistaveis e analfabetos [esses últimos é facultativo eles votarem, não é obrigado]
Estrangeiro, menores de 16 anos,

Absolutas e relativas
As inelegibilidade absolutas são insuperáveis, não é possível se desvencilhar delas. Ou seja, a pessoa
se encontra em circunstancia que restringe ou impedem a atividade política
Ex: analfabetos, estrangeiro, menores de 16 anos

Art 15 – reeleição
As inelegibilidade relativas
Ex: inegibiilidade esta relacionada ao poder executivo,

Repartição de competência entre os entes federativos


Entes são dotados de autonomia, que é uma fora de compartilhar a soberania, o
poder do Estado. Para que os entes possam praticar as suas atribuições, eles são dotados de
competências para que possa atuar dentro de suas autonomias. As repartições de
competencia entre os entes federativos, vai sempre se repartir em interesses
Princípio da predominância do interesse: procurou no ambito da união deixar o
interesse geral, aos estados seria o regional e os municípios seria o local [o horário de coleta
do lixo por exemplo]. A repartição, quando foi feita, esse princípio foi o utilizado. De forma
expressa enumerou as competências da união

Repartição das competências remanescentes: o Estado pode tudo que não


seja vedado na constituição.
Indicativas: são as municipais, as que competem as coisas locais. Art. 30, I ;
Exclusiva: somente aquele ente pode utilizar
Privativa: possibilidade de delegação

COMUM: são para todo os entes de forma comum, por exemplo respeitar a
Constituição/cuidar do meio ambiente.
Concorrentes legislativas: são determinadas matérias que ali a União
Suplementar: suplementa o que já existe, seria acrescentar algo que já existe, por exemplo
uma legislação federal poderia ser acrescentada pelo município por exemplo. Superior será a
mais geral e a inferior seria mais “específica”.
Delegada: quando ocorre uma passagem de um ente para o outro. Se faz por meio de
legislação complementar, a delegação não exclui a possibilidade da união também poder
legislar.

Não é o fenômeno da revogação mas perde a eficácia.

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