Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema:
Tema:
Discente
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2 CONSTITUIÇÃO ................................................................................................... 3
5.1 Alguém só pode ser preso quando a lei prevê isso .................................................. 9
5.2 Alguém só pode ser condenado quando a lei prevê isso ......................................... 9
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 14
É ao longo dos artigos referidos que se encontra o que pode se designar de regime dos direitos
fundamentais. Embora a Constituição o não refira expressamente e admitindo que surjam
opiniões diferentes, poderá dizer-se que o enquadramento de um regime geral dos direitos
fundamentais resulta da consagração de princípios gerais dos direitos fundamentais previstos
no Título I, entre os artigos 16.º e 28.º A Constituição dá-nos conta, através da epígrafe da Parte
II, da existência da categoria genérica de direitos, deveres, liberdades e garantias fundamentais,
que, por sua vez, se dividem em direitos, liberdades e garantias pessoais e em direitos e deveres
económicos, sociais e culturais que encontraremos nos Títulos II e III, respetivamente.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
➢ O trabalho tem como objectivo geral, retratar o entendimento sobre Direitos
Fundamentais no Estado Moçambicano.
1.1.2 Específicos
➢ Conceituar a constituição;
➢ Identificar os princípios fundamentais;
➢ Detalhar sobre os direitos e liberdades fundamentais;
➢ Descrever os direitos no processo penal e certas garantias.
1.2 Hipótese
i. A Constituição da República de Moçambique não é o documento que estabelece a forma
de organização e funcionamento do Estado bem como reconhece os direitos, deveres e
liberdades fundamentais dos cidadãos
ii. A Constituição é a lei fundamental do nosso Estado e serve como base de todas as leis
que existem em Moçambique.
Página | 1
1.3 Problemática e Justificativa
Os direitos fundamentais em Moçambique não são devidamente cumpridos, por da corrupção,
no entanto o trabalho visa divulgar e informar as populações sobre a Constituição da República
de Moçambique (C.R.M) aprovada no dia 22 de Dezembro de 2004 e que trata dos princípios
bem como dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos. Pretende se que esta brochura
seja um instrumento importante para que as comunidades conheçam e saibam defender os seus
interesses e direitos.
1.4 Metodologia
A pesquisa foi elaborada a partir de livros, cujas fontes de consulta incluem a Internet, através
de páginas oficiais de organizações, abordando temas que buscam detalhar o assunto a ser
trabalhado. A revisão da literatura e a reflexão prévia permitiram focalizar objectivamente as
questões a serem investigadas e formular as suas respostas.
Página | 2
2 CONSTITUIÇÃO
3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
➢ Império da lei como expressão da vontade geral; todos os actos do Estado são limitados
pela lei;
➢ Divisão dos poderes: legislativo, executivo e judicial;
➢ Direitos e liberdades fundamentais;
➢ Garantia jurídica formal e efectiva realização.
No entanto, a Constituição da República de Moçambique consagra um vasto conjunto de
requisitos do Estado de Direito. salientar artigo 2:
Página | 3
Artigo 2
(Soberania e Legalidade)
Neste artigo está consagrado que todos os actos do Estado devem cumprir com a Constituição
da República bem coma as leis.
3.2 Democracia
A República de Moçambique é uma democracia. Isto quer dizer que, é dirigido pelo povo. É
uma democracia representativa, significa que o povo exerce o seu poder através de
representantes eleitos por ele. A democracia como princípio fundamental da República de
Moçambique explicámos intensivamente na nossa outra brochura sobre: “Estrutura do Estado
e democracia em Moçambique”.
Artigo 12
(Estado laico)
Página | 4
4 DIREITOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS
1. Todo o cidadão tem direito à vida e à integridade física e moral e não pode ser sujeito à
tortura ou tratamento cruéis ou desumanos.
2. Na República de Moçambique não há pena de morte.
Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitas aos
mesmos deveres, independentemente da cor, raças, sexo, origem étnica, lugar de nascimento,
religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política.
Artigo 36
(Princípio da igualdade de género)
O homem e a mulher são iguais perante a lei em todos os domínios da vida política, económica,
social e cultural.
A lei não distingue as pessoas quanto aos seus direitos de cidadão. Perante a lei não há ministro
nem camponês, nem branco nem negro, nem mulher nem homem, nem macena nem makonde,
nem que este nasceu em Cabo Delgado ou em Niassa, não há muçulmano nem católico, não há
rico nem pobre, nem doutor nem analfabeto. Não importa se os pais são casados pelo registo
ou não, se trabalham ou não, se são da PDD ou da FRELIMO. Todos cidadãos são iguais perante
a lei e gozam dos mesmos direitos.
Página | 5
4.3 Liberdade de expressão
Artigo 48
(Liberdades de expressão e informação)
Todos os cidadãos têm direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa, bem como o
direito à informação.
Contra este direito vai à proibição de exprimir as próprias opiniões. Também contra a lei é
quando alguém está sendo condenado porque ele tinha a coragem de manifestar as suas ideias.
A liberdade de expressão tem limites nos direitos dos outros. Há, no entanto, actos que a lei
pune como calúnia ou difamação.
5. O Estado garante a isenção dos meios de comunicação social do sector público, bem
como a independência dos jornalistas perante o Governo, a Administração e os demais
poderes políticos.
Página | 6
4.5 Liberdade de associação
Artigo 52
(Liberdade de associação)
Página | 7
Essas funções, os partidos políticos só podem exercer, quando os cidadãos têm o direito de
livremente constituir e participar em partidos políticos, assim como está consagrado no art. 53º
da Constituição da República. Ao mesmo tempo, o Estado deve assegurar que cada cidadão
possa decidir sem pressão, se ele quer aderir a um partido ou não.
(Direito de propriedade)
Página | 8
manter a ordem do Estado, a Constituição põe ao lado da pessoa acusada dum crime alguns
direitos.
1. Na República de Moçambique, todos têm direito à segurança e ninguém pode ser preso
e submetido a julgamento senão nos termos da lei.
As pessoas em Moçambique só podem ser presas nos casos em que a lei o determina. Isso é,
por exemplo, quando a pessoa é encontrada a cometer um crime ou nos casos em que a pessoa
comete um crime punível com pena de prisão por mais de um ano (p.e. em caso alguém matar
uma outra pessoa).
3. Nenhum cidadão pode ser julgado mais do que uma vez pela prática do mesmo crime,
nem ser punido com pena não prevista na lei ou com pena mais grave do que a
estabelecida na lei no momento da prática da infracção criminal.
Artigo 60
1. Ninguém pode ser condenado por acto não qualificado como crime no momento da sua
prática.
2. A lei penal só se aplica retroactivamente quando disso resultar benefício ao arguido.
Página | 9
5.4 Direito à defesa, audiências públicas e proibição da tortura
Artigo 62
1. O Estado garante o acesso dos cidadãos aos tribunais e garante aos arguidos o direito à
defesa e o direito à assistência jurídica e patrocínio judiciário.
2. O arguido tem o direito de escolher livremente o seu defensor para o assistir em todos
os actos do processo, devendo ao arguido, que por razões económicas não possa
constituir advogado, ser assegurada a adequada assistência jurídica e patrocínio judicial.
Cada pessoa, contra qual o Estado está a realizar uma investigação ou um processo criminal,
tem o direito de ser defendido por um advogado escolhido por ela. Se alguém não tem dinheiro
para pagar um advogado, o Estado deve disponibilizar um defensor.
Artigo 65
3. São nulas todas provas obtidas mediante tortura, coacção, ofensa da integridade física
ou moral da pessoa, abusiva intromissão na sua vida privada e familiar, no domicílio,
na correspondência ou nas telecomunicações.
(Prisão preventiva)
1. A prisão preventiva só é permitida nos casos previstos na lei, que fixa os respectivos
prazos.
2. O cidadão sob prisão preventiva deve ser apresentado no prazo fixado na lei à decisão
de autoridade judicial, que é a única competente para decidir sobre a validação e a
manutenção da prisão.
3. Toda a pessoa privada da liberdade deve ser informada imediatamente e de forma
compreensível das razões da sua prisão ou detenção e dos seus direitos.
Página | 10
4. A decisão judicial que ordene ou mantenha uma medida de privação da liberdade deve
ser logo comunicada a parente ou pessoa da confiança do detido, por este indicado.
A prisão preventiva só é permitida nos casos previstos na lei. Estes são: Uma pessoa pode ser
presa preventivamente:
6 OUTRAS GARANTIAS
Existem mais garantias da Constituição importantes para os cidadãos, por exemplo o princípio
de proporcionalidade, o princípio de divisão de poderes ou o princípio que o Estado só pode
interferir em direitos dos cidadãos quando uma lei admite este acto. Aqui queremos apresentar
mais dois princípios, quais são o acesso aos tribunais, a independência dos juízes bem como
direitos dos administrados.
O cidadão tem o direito de recorrer aos tribunais contra os actos que violem os seus direitos e
interesses reconhecidos pela Constituição e pela lei.
Página | 11
Artigo 253
Pilar fundamental do Estado de Direito é o livre acesso à via aos tribunais. Este direito não só
está preconizado em caso que o cidadão sentir violado os seus direitos por um outro cidadão,
mas sim, também pelo actos do Estado. Qualquer cidadão, sofrendo uma violação dos seus
direitos, pode recorrer aos tribunais.
1. No exercício das suas funções, os juízes são independentes e apenas devem obediência
à lei.
2. Os juízes têm igualmente as garantias de imparcialidade e irresponsabilidade.
6.3 Direitos e garantias dos administrados
Artigo 249
(Princípios fundamentais)
Artigo 250
(Estrutura)
Página | 12
Artigo 253
Página | 13
7 CONCLUSÃO
Os direitos fundamentais permeiam toda a esfera da vida privada e as ações dos poderes
públicos, pelo que, ao fazer-se uma análise sistemática da Constituição, conclui se que existem
direitos fundamentais que se encontram dispersos pelo texto constitucional, para uma
compreensão das questões conceptuais dos direitos fundamentais que assegure a sua correcta
aplicação, é fundamental, para além de identificar as funções destes direitos, o seu âmbito de
protecção e os mecanismos necessários à sua positivação, determinar ainda quem são os
titulares dos direitos fundamentais.
A universalidade dos direitos fundamentais, como uma das suas principais características, tem
por base o reconhecimento segundo o qual “todos quantos fazem parte da comunidade política,
fazem parte da comunidade jurídica, são titulares dos direitos e deveres aí consagrados; os
direitos fundamentais têm ou podem ter por sujeitos todas as pessoas integradas na comunidade
política, no povo”, a hipótese (ii) é verdadeira.
Página | 14
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Página | 15