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CAPITULO I...................................................................................................................1
1.1. Introdução...........................................................................................................1
1.2. Objectivos...........................................................................................................2
1.3. Metodologia........................................................................................................2
CAPITULO II..................................................................................................................3
2.4. Definições...............................................................................................................7
3. Conclusão................................................................................................................12
4. Referencias Bibliográficas.......................................................................................14
CAPITULO I
1.1. Introdução
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Direitos Humanos e Fundamentais,
pretende-se abordar acerca da Liberdade, Igualdade e Calamidade pública no direito
Moçambicano. Parecia uma simples doença, tornou-se uma preocupante epidemia, as
deficiências de gestão pública, não só de saúde, mas igualmente a múltiplas limitações
dos direitos fundamentais, assim como a Liberdade e a igualdade. E, “boom” virou uma
pandemia aterrorizante que reconfigurou toda a sociedade global! As sociedades estão
em constante transformação, mas há que se reconhecer que com o novo Coronavírus
(Covid-19) emergiu uma nova realidade de descontrolo social, cultural, político,
educacional e económico.
O Estado de emergência pode ser declarado em casos de calamidade pública, como uma
pandemia, e pode determinar a suspensão ou a limitação de alguns direitos, liberdades e
garantias constitucionalmente consagrados. O Estado de direito democrático implica o
reconhecimento dos direitos fundamentais constitucionalmente consagrados e,
consequentemente, a subordinação do Estado e de todos os organismos que o compõem,
à Constituição e à legalidade democrática. Os direitos fundamentais constituem o
fundamento de qualquer Estado de direito democrático e Moçambique não deve ser
excepção. Moçambique é uma República e um Estado de direito organizado
democraticamente e respeitador dos direitos, liberdades e garantias fundamentais de
todos os cidadãos. Pretende-se, assim neste trabalho, analisar a situação da Liberdade,
Igualdade e Estado de calamidade pública do direito de Moçambique.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivos Gerais:
Analisar os Direitos fundamentais, direito à liberdade e à igualdade face à
situação da Calamidade pública no Estado de direito democrático, como
Moçambique, no âmbito da protecção dos direitos, liberdade e igualdade dos
cidadãos.
1.2.2. Objectivos Específico:
Analisar se a liberdade, igualdade são plenamente efectivados em Moçambique
no âmbito da calamidade pública;
Identificar eventuais constrangimentos ao exercício da liberdade e igualdade na
situação da calamidade Pública no direito de Moçambique.
1.3. Metodologia
a) Princípio da Igualdade
Por meio do decreto assinado pelo chefe de Estado, regimentou-se o disposto da lei
10/2020 de 24 de Agosto, aprovado pelo decreto nº 30/2021, de 26 Maio, ao abrigo do
disposto da alínea a) do número 1 do artigo 33 estabelecendo a Declaração de Situação
de Calamidade Pública no seu artigo 1.
O COVID-19 pode justificar medidas regulatórias ou autoritárias com impacto directo
na actividade de entidades públicas e/ou privadas, incluindo a suspensão de actividade
ou o encerramento dos serviços, estabelecimentos e locais de utilização pública e
privada, bem como o internamento ou a prestação compulsiva de cuidados de saúde a
pessoas que constituam perigo para a saúde pública.
No âmbito da declaração do estado de calamidade pública, o Governo está autorizado a
adoptar medidas para o combate e prevenção do COVID-19, tendo este, através do
Decreto n.º 79/2020, tomado um conjunto de medidas restritivas obrigatórias com
fundamento na necessidade de combater o COVID-19.
Este novo quadro legal veio revogar a Lei n.º 15/2014, de 20 de Junho, que estabelecia
o anterior regime jurídico da gestão das calamidades, compreendendo a prevenção,
mitigação dos efeitos destruidores das calamidades, desenvolvimento de acções de
socorro e assistência, bem como as acções de reconstrução e recuperação das áreas
afectadas.
2.4. Definições
O Estado de Calamidade Pública é um instrumento jurídico projectado para responder a
crises de longo prazo, que destroem ou causam significativa perturbação à infra-
estrutura essencial do país.
(i) tomar as seguintes necessárias para garantir a adopção e respeito das medidas de
segurança; (ii) reorganizar o exercício da actividade comercial, industrial e o acesso a
bens e serviços; (iii) reorganizar o funcionamento dos transportes colectivos, o tráfego
rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial e ferroviário; (iv) reorganizar o funcionamento das
instituições de ensino, da administração pública, do movimento fronteiriço, bem como a
realização de espectáculos, actividades desportivas, culturais e de lazer; (v) coordenar,
com as lideranças religiosas, as condições de uso dos locais de culto; (vi) limitar ou
racionalizar a utilização dos serviços públicos de abastecimento de água, energia,
combustíveis e lubrificantes, bem como o consumo de bens e serviços de primeira
necessidade; (vii) proceder à aquisição de bens e serviços de carácter urgente, usando
regras excepcionais, nos termos da legislação aplicável; (viii) determinar a mobilização
civil por determinados períodos de tempo certos, por zonas territoriais ou sectores de
actividade caso se mostre necessário; (ix) usar de forma proporcional os meios
coercivos apropriados para garantir o cumprimento das medidas.
Para além do que acaba de ser referido, durante a situação de calamidade pública, todos
os cidadãos nacionais e estrangeiros têm o dever geral de colaborar com as autoridades
e tomar as medidas necessárias para prevenir, gerir e mitigar o risco de desastre.
Hoje, Moçambique tem uma Constituição que consagra de forma clara todos os direitos,
liberdades e garantias dos seus cidadãos e estabelece também de forma clara todos os
princípios atinentes à garantia desses mesmos direitos por parte do Estado DA SILVA,
J. A.; Curso de Direito Constitucional Positivo, 31.ª Edição, Malheiros Editores, São
Paulo, 2008.
MIRANDA, Jorge; Manual de Direito Constitucional, Tomo IV, 4.ª Edição, Coimbra
Editora, 2008.
https://www.gdaadvogados.com/pt/publicacoes/insights/estado-de-emergencia-e-de-
calamidade-publica/210/
Legislação: