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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE DIREITO

Tema: Evolução da constituição económica moçambicana e modelos económicos adoptados

Marrufo Saíde

Código
81220283
Nampula, Agosto de 2023

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Nome:
Marrufo Saíde

Tema: Evolução da constituição económica moçambicana e modelos económicos


adoptados

Trabalho de campo de Direitos Económico


a ser submetido na coordenação do curso
de Direito na UnIsced do 2º ano

Código
81220283
Nampula, Agosto de 2023

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Introdução

Falar da evolução da constituição económica moçambicana e modelos económicos


adoptados significa rebuscar inúmeros aspetos da história de um País do século XX e,
tentar condensá-los para justificar o grande progresso que o país vem demonstrando. Sendo
assim, não se mostra tarefa fácil e muito menos algo que possa ser esgotado numa reflexão
apenas, contudo, a necessidade de fazer este trabalho e tentar entender a real essência de
Direitos Económico em Moçambique, devido aos conturbados momentos que marcam o
quotidiano moçambicano.

2. Objetivos

2.1. Objetivo geral

 Analisar a evolução da constituição económica em Moçambique.

2.2. Objetivos específicos

 Apresentar a noção do Direito Económico;


 Analisar os contornos dos modelos económicos adoptados pelo país ao longo da sua
história;
 Discutir o impacto económico adoptado pelo país na vida dos cidadãos nos nosso
dias;

Para este trabalho, como metodologia enquanto procedimento, realizar-se-á uma análise
documental e do seu respectivo conteúdo para obter um parecer, de um ponto de vista
generalizado sobre o tema em alusão.

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1. Direitos Fundamentais no Estado Moçambicano

1.1. Breve Compreensão

A Constituição Moçambicana atribui os direitos fundamentais a todos os cidadãos perante a


lei, e todos gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres. O artigo 35º e
seguintes da Constituição da República de Moçambique, enumeram princípios e uma série
de direitos, deveres e liberdades consignados na “lei-mãe” do país. Refere ainda que: “...os
direitos fundamentais consagrados na Constituição não excluem quaisquer outros
constantes das leis” (CRM, 2004).

Isto para dizer que todos os assuntos sobre os direitos fundamentais não se esgotam apenas
na Constituição, existindo outros instrumentos legais ou leis que de forma específica nos
remetem à sua consulta e apreciação. Ou seja, a fonte de reconhecimento dos direitos
humanos em si não é, apenas, a Constituição mas também a Lei ordinária.

1.2. Direitos Fundamentais e Deveres Fundamentais

Segundo Marmelstein (2008, p. 24), “direitos fundamentais são direitos de defesa que
se destinam a proteger determinadas posições subjetivas contra a intervenção do poder
público”. Ainda nesta mesma linha depensamento, o autor diz que “os direitos
fundamentais do homem são situações jurídicas objetivas esubjetivas definidas no direito
positivo em prol da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana” (p. 35).

Portanto, os Direitos fundamentais e Deveres fundamentais são situações jurídicas ou


adstrição de comportamentos impostas constitucionalmente às pessoas, aos membros da
comunidade política. São deveres que o homem tem perante o Estado, ou perante outros
homens enquanto cidadão e que derivam do seu estatuto básico, a Constituição, em
conformidade com os princípios que a enformam.

1.3. Categorias de direitos fundamentais

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a) Direitos fundamentais individuais e institucionais: Enquanto os Direitos fundamentais
individuais referem-se ao direito à vida, à liberdade pessoal, à objeção de consciência, o
direito ao trabalho, direito ao ensino, etc. Os direitos fundamentais institucionais dizem
respeito porexemplo ao direito de livre organização, de confissões religiosas, direito de
antena, livre ação deassociação, associações sindicais, etc.

b) Direitos comuns e particulares: Por direitos comuns entende-se os direitos de todos


osmembros da comunidade política só por virtude dessa qualidade, por exemplo os direitos
doscônjuges, direitos de exercício do sufrágio universal.

1.4. Direitos e Deveres Cívicos

No nosso país, os Deveres cívicos são um conjunto de deveres que se impõem ao cidadão
para uma justa e salutar convivência em sociedade. Estes, correspondem aos valores
fundamentais dos seres humanos. Por exemplo, o direito à vida, a constituir família, a
escolher livremente o emprego e a religião, o direito à liberdade e defesa em tribunal e o
direito à liberdade de expressão.

1.5. A cidadania em Moçambique

A Constituição moçambicana sugere uma concepção de cidadania baseada em direitos. Ela


enumera, por exemplo no seu capítulo V, uma série de direitos sociais e económicos, tais
como o direito à educação, saúde, habitação, assistência na velhice e incapacidade e
trabalho. Embora a Constituição da República Moçambicana não o defina claramente, a
cidadania pode ser compreendida como um direito fundamental ligado a uma
nacionalidade: o “direito a sermembro da República Moçambicana”.

Exige, portanto, um vínculo ou conexão relevante a Moçambique, ter nascido em território


Moçambicano, ser filho ou neto de Moçambicano, casar-se com um cidadão Moçambicano
que justifique tal estatuto de inclusão/pertença à comunidade política e jurídica
Moçambicana.

2. Importância constitucional dos Direitos Fundamentais

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De acordo com Sarlet (2009b), a importância dos direitos fundamentais, bem como o
nascimento da ideia de cidadania, não se posicionam somente numa óptica de viragem para
o Estado Constitucional Contemporâneo, já que do mesmo modo se afiguram relevantes da
perspectiva do enriquecimento que proporcionaram à evolução da sociedade e do Estado.

Essa é uma verificação que não deixa margem para hesitações quando analisamos a
evolução da positivação dos direitos fundamentais. Por “aí não só se percebe o eixo de
acção das grandes instituições do Direito Constitucional, assim como se pressente o seu
valor para o próprio desenvolvimento do Direito Constitucional” (António, et al., 2012, p.
72).

Sendo assim, o Direito Constitucional dos Direitos Fundamentais é o primeiro núcleo


temático que, ao nível da especialidade, se impõe esclarecer, logo a seguir à apresentação
geral da CRM que se tornou possível através dos seus princípios constitucionais e das suas
regras acerca da nacionalidade moçambicana.

Isto quer dizer que é esta vertente do Direito Constitucional que tem a finalidade de
proteger a pessoa humana, ao mais alto nível e com todas as garantias que são apanágio da
força deste domínio jurídico. Em nenhum outro lugar do Direito Positivo estadual se pode
dar, nestes termos de máxima efetividade, tanta proteção à pessoa como pela consagração
de direitos fundamentais.

Contudo, tal não significa que a pessoa humana seja apenas defendida pelo Direito
Constitucional dos Direitos Fundamentais, sendo legítimo salientar que este propósito é
levado a cabo por outros setores jurídicos, como descreve Silva (2009, p. 66):

O Direito Penal, ao punir com as penas mais graves os crimes contra as pessoas e os seus
mais elevados valores, como é o caso da vida, intrauterina e extrauterina, da integridade
pessoal ou da honra;

O Direito Internacional Público, tendo ultimamente desenvolvido o cada vez mais


sofisticado Direito Internacional dos Direitos do Homem, ao abrigo dos sistemas de
proteção de direitos humanos que se têm multiplicado e aperfeiçoado, sem esquecer ainda
as respetivas características específicas;

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O Direito Civil, quando se encabeça pelos direitos da personalidade, os quais se relacionam
com a proteção da pessoa na atividade jurídico-privada.

Pela sua importância, de todos estes, os direitos humanos ganham uma especial acuidade,
porque diretamente comunicam com o Direito Constitucional, sendo até, de alguma sorte, o
seu natural prolongamento.

Outrossim, os Direitos Fundamentais são importantes para “garantir a dignidade e a


liberdade de todas as pessoas, independentemente de sua raça, sexo, nacionalidade, religião,
opinião política ou qualquer outra condição” (Steinmetz, 2001, p. 71).

Para ser mais específicos podemos destacar entre os principais pontos que relevam a
importância dos Direitos Humanos:

Proteção da dignidade humana: Os Direitos garantem o reconhecimento da dignidade de


todas as pessoas, impedindo a sua desumanização, humilhação e tratamentos desumanos e
degradantes.

Proteção contra a discriminação: Os Direitos Humanos garantem o tratamento igualitário e


a proteção contra qualquer forma de discriminação, seja ela racial, de gênero, de orientação
sexual, de religião, entre outras.

Proteção da liberdade: Os Direitos Humanos garantem a liberdade de pensamento, de


expressão, de reunião e de associação, bem como a liberdade religiosa e de consciência.

Proteção contra a violência e a opressão: Os Direitos garantem a proteção contra a


violência, a tortura, o abuso de poder e a opressão por parte do Estado ou de indivíduos.

Promoção da igualdade e da inclusão social: Os Direitos Humanos promovem a igualdade


de oportunidades, a inclusão social, a redução das desigualdades sociais e econômicas e o
acesso a bens e serviços essenciais.

Fortalecimento da democracia: Os Direitos Humanos são essenciais para o fortalecimento


da democracia, garantindo a participação popular, o respeito à diversidade e a proteção das
minorias.

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Em resumo, os Direitos são essenciais para a construção de sociedades mais justas,
igualitárias e democráticas, e sua promoção e proteção são uma responsabilidade
compartilhada por todos os países e indivíduos.

3. A protecção constitucional da pessoa pelos direitos fundamentais

Os direitos fundamentais desempenham diversas funções. Delgado (2007) menciona os


seguintes itens como elementos fundamentais para a proteçao dos direitos fundamentais e
alavanca-los, dos quais temos:

3.1. Defesa ou de liberdade

A defesa ou de liberdade impõe ao Estado um dever de abstenção. Essa abstenção, segundo


Dimoulis & Martins (2007), significa dever de não-interferência ou de não-intromissão,
respeitando-se o espaço reservado à sua autodeterminação; nessa direção, impõe-se ao
Estado a abstenção de prejudicar, ou seja, o dever de respeitar os atributos que compõem a
dignidade da pessoa humana.

Em outras palavras, a defesa de liberdade dos direitos fundamentais limita o poder estatal
(ele não pode editar leis retroativas), mas também atribui dever ao Estado (impõe-se-lhe,
por exemplo, o dever de impedir a violação da privacidade).

Sarlet (2009), ensina que a função de defesa ou de liberdade dos direitos fundamentais tem
dupla dimensão:

 Constituem, num plano jurídico-objectivo, normas de competência negativa para os


poderes públicos, proibindo fundamentalmente as ingerências destes na esfera
jurídica individual;
 Implica, num plano jurídico-subjectivo, o poder de exercer positivamente direitos
fundamentais (liberdade positiva) e de exigir omissões dos poderes públicos, de
forma a evitar agressões lesivas por parte dos mesmos (liberdade negativa).

A função de defesa ou de liberdade está relacionada com os direitos fundamentais de


primeira dimensão. Observe-se, no entanto, que o direito fundamental de não ser torturado
exerce dupla função: de um lado, a função de defesa ou de liberdade, exigindo abstenção do

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Estado, que não pode praticar tortura; de outro, exige a atuação do Estado, visto que este
precisa agir para evitar que a tortura seja praticada.

3.2. Prestação social

A prestação social atribui à pessoa o direito social de obter um benefício do Estado,


impondo-se a este o dever de agir, para satisfazê-lo diretamente, ou criar as condições de
satisfação de tais direitos. Em regra, está relacionada aos direitos fundamentais à saúde, à
educação, à moradia, ao transporte coletivo etc.

A função de prestação social dos direitos fundamentais tem grande relevância em


sociedades, onde o Estado do bem-estar social tem dificuldades para ser efetivado. Essa
realidade impõe que milhões de pessoas fiquem à margem dos benefícios económicos,
sociais e culturais produzidos pela economia capitalista. Essa carência não permite a
fruição do mínimo existencial.

3.3. Proteção perante os terceiros

Os direitos fundamentais das pessoas precisam ser protegidos contra toda sorte de
agressões. Na conflituosidade da vida cotidiana, tais direitos podem ser violados a qualquer
instante. É o que ocorre, por exemplo, com os direitos fundamentais à vida, à privacidade, à
liberdade de locomoção e à propriedade intelectual. Nessa perspectiva, “Muitos direitos
impõem um dever ao Estado (poderes públicos) no sentido de este proteger perante
terceiros os titulares de direitos fundamentais (Silva, 2009, p. 101).

Trata-se, portanto, como o próprio autor constata, de um vínculo que se estabelece entre
indivíduos, em virtude do qual estes se relacionam uns com os outros. Verifica-se, então, a
eficácia horizontal dos direitos fundamentais. O Estado, atendendo à função, desempenhada
pelos direitos fundamentais, de prestação perante terceiros, atua para proteger tais direitos.

Portanto, Dimitri Dimoulis e Leonardo Martins (2007) entendem que “o efeito horizontal
tem caráter mediato/indireto e, excepcionalmente, caráter imediato/direto. O efeito
horizontal indireto refere-se precipuamente à obrigação do juiz de observar o papel (efeito,
irradiação) dos direitos fundamentais, sob pena de intervir de forma inconstitucional na

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área de proteção do direito fundamental, prolatando uma sentença inconstitucional [...] O
efeito horizontal imediato refere-se ao vínculo direto das pessoas aos direitos fundamentais
ou de sua imediata aplicabilidade para a solução de conflitos interindividuais” (2007, p.
113).

3.4. Não discriminação

A não discriminação diz respeito a todos os direitos fundamentais. Refere-se, por exemplo,
aos direitos civis e políticos e aos direitos económicos, sociais e culturais. Nenhuma pessoa
poderá ser privada de um direito fundamental em razão de discriminação. Está-se, portanto,
diante do princípio da igualdade.

É o que expressa a lição de Gomes Canotilho (2002, p. 409), ao afirmar que “a partir do
princípio da igualdade e dos direitos de igualdade específicos consagrados na constituição,
a doutrina deriva esta função primária e básica dos direitos fundamentais: assegurar que o
Estado trate os seus cidadãos como cidadãos fundamentalmente iguais”.

4. A evolução dos direitos fundamentais

Os direitos fundamentais são um conceito recente na história, pois suas primeiras


manifestações relevantes foram com os documentos de cunho declaratório redigidos no
bojo das revoluções políticas de fins do século XVIII, precisamente a Revolução
Americana de 1776 e a Revolução Francesa de 1789. Tais declarações trouxeram em seus
textos os ideais da Ilustração, incorporando as ideias políticas dos filósofos iluministas
precedentes, como John Locke, e contemporâneos, como Voltaire, Diderot, Montesquieu,
Rousseau e Benjamim Franklin.

A passagem dos direitos fundamentais voltados para as liberdades civis e políticas do


homem proprietário, conquistada a duras penas pela burguesia européia do século XVIII,
para as garantias sociais do homem operário do século XIX, marcou essa reviravolta que
segundo Steinmetz (2001), garantiu aos direitos fundamentais seu prestigio cultural e
jurídico moderno.

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Nesse aspecto, a história dos direitos fundamentais perpassa pela evolução no plano
filosófico dos chamados direitos humanos como direitos de liberdade.

Tem-se uma verdadeira evolução das concepções jusnaturalistas para a concepção


positivista até o surgimento do chamado neoconstitucionalismo ou póspositivismo. Nesse
diapasão, modificações na sociedade abriram espaço para o surgimento de novos direitos
no plano jurídico. Dos direitos fundamentais clássicos de liberdade e poder que exigiam
uma atuação negativa do Estado frente ao cidadão, para os direitos sociais, também
fundamentais, que exigem uma atuação positiva do Estado.

Para Delgado (2007), o surgimento da Teoria dos Direitos Fundamentais está


intrinsecamente ligado ao fim da Segunda Guerra Mundial (1945) e a queda do regime
nazista. Nesses termos, Sarlet (2009a), sublinha serem os direitos fundamentais normas
jurídicas de forte conteúdo ético. Não apenas ético, mas também voltados para a proteção
da dignidade humana.

Em sua evolução histórica a vinculação essencial dos direitos fundamentais à liberdade e à


dignidade da pessoa humana, como valores históricos, culturais e filosóficos, conduz sem
óbices, ao significado universal inerentes a esses direitos. Por sua vez, a doutrina classifica
os direitos fundamentais, em sua evolução histórica, como direitos de primeira, segunda e
terceira gerações, a depender do momento histórico em que foram reconhecidos e
positivados.

Nessa testilha, a primeira geração dos direitos fundamentais deita raízes nas Declarações do
século XVIII, sendo a primeira a do Estado da Virgínia de 1776. Todavia, a que realmente
marcaria os direitos fundamentais de primeira geração foi a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão que sintetizou as aspirações político-filosóficas da Revolução
Francesa de 1789. Consubstanciam-se a primeira geração de direitos fundamentais os
direitos de liberdade, notadamente os direitos civis e políticos.

A consagração dos direitos fundamentais de primeira geração dá-se pelo movimento


impetrado pela burguesia ascendente dos séculos XVIII e XIX com vistas à limitação do
poder absoluto concentrado nas mãos do monarca.

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A burguesia ao reclamar direitos de influenciar a política, tendo em vista o crescimento de
seu poder econômico, buscou que se assegurasse a separação dos poderes e que reclamasse
direitos individuais num documento constitucional como garantias de liberdade.

Nesse quadro político-social é compreensível que os direitos fundamentais de primeira


geração sejam direitos de liberdade que impõe ao Estado uma prestação negativa de não
intervenção, precipuamente, na propriedade privada, nas relações mercantis, ou seja, no
campo econômico já sob domínio da burguesia ascendente.

Ainda no que tange ao intercurso histórico dos direitos fundamentais, no ultimo quartel do
século XX surgiram os direitos fundamentais de terceira geração fundamentados no
princípio da solidariedade ou da fraternidade.

Os direitos de terceira geração são notadamente marcados pela titularidade difusa ou


coletiva, em outras palavras, a titularidade desses direitos não repousa sobre o homem
isoladamente considerado, mas sob a coletividade, os grupos sociais. São exemplos de
direitos fundamentais de terceira geração: o direito ao meio ambiente, o direito a proteção
ao patrimônio histórico e cultural da humanidade, o direito a paz, entre outros igualmente
difusos.

Segundo Antonio, et al. (2012), é a Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948
que deu início à terceira geração dos direitos fundamentais.

Hodiernamente há autores que defendem direitos fundamentais de quarta e até quinta


geração. Notadamente, Steinmetz (2001, p. 93) afirma que a “globalização política na
esfera da normatividade jurídica introduz os direitos de quarta geração, que, aliás,
corresponde a derradeira fase de institucionalização do Estado social”.

Nisso, os direitos de quarta geração consubstanciam-se no direito à democracia, à


informação e ao pluralismo. O direito à paz como um direito fundamental de quinta
geração. Mormente, haver na evolução histórica dos direitos fundamentais diferentes
gerações/dimensões, essas diferentes gerações de direitos fundamentais não se excluem,
mas se complementam.

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Conclusão

No nosso país (Moçambique), a evolução do constituição económica moçambicana teve


vários contornos, podendo-se até confundir-se com a história do próprio país, a partir da
colonização até ao processo de libertação.

Contudo, pode concluir que direitos fundamentais são direitos de defesa que se destinam a
proteger determinadas posições subjetivas contra a intervenção do poder público. Os
direitos fundamentais do homem são situações jurídicas objetivas e subjetivas definidas no
direito positivo em prol da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana.

Discutimos o tema sob olhar jurídico e generalizado. Apesar de estar patente a ideia de uma
discussão em torno do Estado Moçambicano, fica claro que alastramos mais o conteúdo
para ter uma visão clara e ampla em torno do tema.

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Bibliografia

António, C., et al. (2012). Teoria do Direito Económico. São Paulo: Malheiros.

Delgado, M. G. (2007). Direitos Fundamentais na Relação de Trabalho. Revista de


Direitos e Garantias Fundamentais, n. 2.

Dimoulis, D. & Martins, L. (2007). Teoria Geral dos Direitos. São Paulo: RT.

ISCED. S/D. Manual do curso de licenciatura em Direito – Direito Económico. 2º ano.

Sousa, F. A. L. S/D - Noções de Direito da Economia, 1º Vol, 2º Vol. Lisboa: Edição da


Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa

Vaz, M. A.; S/D - Direito Económico – A ordem Económica Portuguesa, S/ Ed., Coimbra.

Waty, T. A. (2011). Direito Económico. Maputo: WW Editora, Lda.

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