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Licenciatura em Direito
Direito constitucional
Estudantes
Licenciatura em Direito
Direito constitucional
2. CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................................................................3
3. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................................5
4. CONCLUSÃO........................................................................................................................11
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................12
1. INTRODUÇÃO
Os seres humanos, por viverem em sociedade, necessitam de regras e princípios que possibilitem
o convívio entre as pessoas, permitindo a evolução, a harmonia e a paz nas relações sociais, o
Direito é justamente esse conjunto de normas, estabelecidas com essa finalidade
(BARTOLOMEU, 2011).
Toda ciência, para ser bem estudada, precisa ser dividida, ter as suas partes claramente
discriminadas. A primeira divisão que encontramos na história da Ciência do Direito é a feita
pelos romanos, entre Direito Público e Privado, segundo o critério da utilidade pública ou
particular da relação: o primeiro diria respeito às coisas do Estado, enquanto que o segundo seria
pertinente ao interesse de cada um (CARILHO, 2009).
Para Barroso (2014), a ordem jurídica é, pois, a ordem social regulada ou constituída pelo
Direito, ou seja, por um conjunto de normas gerais, abstratas e imperativas, cuja observância
pode ser assegurada de forma coerciva pelo Estado. A sociedade é, ao mesmo tempo, a forma de
vida por excelência do Homem e uma realidade ordenada pelo Direito. De facto, o meio social
ordenado em que vive o homem (a sociedade) é instituído pelo Direito, através da definição de
regras de conduta e padrões de comportamento individual e coletivo e de um sistema
organizativo em que se estrutura e funciona a sociedade (FERRAJOLI, 2015). O presente
trabalho tem como objetivo enfatizar de forma resumida a relevância no sentido geral da área de
direito, enfatizando a sua estruturação, divisão e características.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
Barroso (2011), descreve o movimento de evolução do Direito no sentido da elaboração de
normas constitucionais, iniciando com as seguintes palavras:
“No princípio era a força. Cada um por si. Depois vieram a família, as tribos, a sociedade
primitiva. Os mitos e os deuses múltiplos, ameaçadores, vingativos. Os líderes religiosos tornam-
se chefes absolutos. Antiguidade profunda, pré-bíblica, época de sacrifícios humanos, guerras,
perseguições, escravidão. Na noite dos tempos, acendem-se as primeiras luzes: surgem as leis,
inicialmente morais, depois jurídicas. Regras de conduta que reprimem os instintos, a barbárie,
disciplinam as relações interpessoais e, claro, protegem a propriedade. Tem início o processo
civilizatório. Uma aventura errante, longa, inacabada. Uma história sem fim”.
Segundo Feliciano (2014), o Direito público divide-se em interno e externo. No Direito Público
Interno encontra-se a União, os Estados, os municípios, as empresas públicas, as autarquias, as
sociedades de economia mista. De outro Norte, no Direito externo estão os governos estrangeiros,
as organizações estrangeiras de qualquer natureza que tenham constituído, dirijam ou tenham
investido em funções públicas.
A terminologia utilizada “Direito Constitucional” acabaria por se cristalizar com o tempo e é hoje
a designação mais utilizada um pouco por todo o Mundo, sendo igualmente reconhecida em
múltiplas instituições internacionais e comparatísticas. Esta denominação é diretamente tributária
da palavra “Constituição”, que se apresentou coeva do nascimento deste novo setor do Direito
Público a partir do século XVIII. Assim sendo, o Direito Constitucional representa a síntese dos
princípios e das normas que se condensam (pelo menos, maioritariamente) na Constituição
enquanto ato cimeiro do Estado e da sua Ordem Jurídica, podendo ser simplesmente definido
como o “Direito do Estado na Constituição”.
A expressão “Direito Constitucional” surgiu em França e na Itália, aquando da elaboração dos
primeiros manuais que, nos respetivos contextos de receção do Constitucionalismo Liberal, se
dedicaram ao estudo científico deste ramo do Direito, nesse esforço se evidenciando o nome de
Pellegrino Rossi. Esta conclusão não exclui, no entanto, que num momento inicial aquela
expressão tivesse sofrido a concorrência de outras designações, como foi o que sucedeu com a de
Direito Político (AMERICO, 1999).
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 O ensino do direito constitucional em Moçambique
Para Luís (2006), A Ciência do Direito Constitucional de Moçambique está numa fase de enorme
desenvolvimento, em grande medida esse esforço se justificando pela aprovação da CRM, que
assinalou a definitiva estabilização jurídico-constitucional do país. Não que antes os debates
constitucionais ou os estudos sobre o Direito Constitucional não se tivessem realizado, até por
força da transição democrática que se iniciaria em 1990, a qual se consolidaria, depois de
algumas vicissitudes, com o surgimento daquele texto constitucional em 2004.
A soberania do Estado;
A cidadania;
A dignidade da pessoa humana;
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
O pluralismo jurídico.
3.3 As divisões do direito constitucional
O direito constitucional social
O conjunto dos princípios e das normas constitucionais que fixam a disciplina do poder
público, no modo como se organiza e funciona, bem como nas relações que nascem entre
as suas estruturas;
Parcela do Direito Constitucional que é atinente à regulação dos direitos fundamentais das
pessoas frente ao poder público, nos pontos relativos à sua positivação, regime de
exercício e mecanismos de defesa, dimensão que se concretiza tanto na generalidade
quanto na especialidade dos seus diversos tipos;
Parcela do Direito Constitucional que se organiza em torno da eleição como modo fulcral
de designação dos governantes, quer numa perspetiva funcional atendendo à dinâmica do
procedimento eleitoral e dos momentos em que se desdobra quer numa perspetiva estática
levando em consideração o direito de sufrágio e a possibilidade de os cidadãos poderem
democraticamente influenciar a vida do Estado;
Parcela do Direito Constitucional que equaciona o estatuto jurídico dos partidos políticos,
não apenas na sua conexão com os órgãos do poder público, mas também enquanto
singular expressão da liberdade política, no plano dos vários direitos fundamentais de
intervenção política;
O direito constitucional parlamentar
Transversalidade;
Politicidade;
Estadualidade;
Legalismo;
Fragmentarismo;
O Direito Penal: sendo o Direito Penal o setor jurídico que, de um modo mais drástico, sanciona
os comportamentos humanos através da respetiva criminalização, aplicando aos infratores penas
privativas de liberdade, para além dos casos das medidas de segurança, é indesmentível que o
Direito Penal só se pode estabelecer em razão dos bens jurídicos que são recortados pelo Direito
Constitucional no plano do catálogo dos direitos fundamentais consagrados, sinal da proteção
mais relevante que a comunidade política quis fixar;
O Direito Judiciário: pedindo-se ao Direito Judiciário o estabelecimento da organização e do
funcionamento das instituições que exercem o poder judicial, na sua vertente institucional,
regista-se a conexão de ser ao Direito Constitucional que se atribui a definição fundamental do
enquadramento de tal poder, bem como da respetiva organização, no contexto mais vasto dos
diversos poderes do Estado;
Sociologia Política
Filosofia Política:
Política Constitucional:
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS