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b) “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular
e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.” – Artigo 1.º da Constituição da
República Portuguesa.
c) “A validade da declaração negocial não depende da observância de forma especial, salvo quando a
lei exigir” – Artigo 219.º do Código Civil.
d) “Quem, dirigindo-se a terceiro, imputar a outra pessoa, mesmo sob a forma de suspeita, um facto,
ou formular sobre ela um juízo, ofensivos da sua honra ou consideração, ou reproduzir uma tal imputação ou
juízo, é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 240 dias.” – Artigo 180.º, n. º1
do Código Penal.
Grupo II (7 valores)
Distinga e relacione, com referência a exemplos – sempre que pertinentes – a função
prescritiva e a função organizatória da Ordem Jurídica.
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liberdade (autonomia) e da igualdade (paridade) numa intenção à justiça
comutativa;
Alínea d): situar o critério normativo-legal em causa no âmbito do direito
público, mais especificamente no ramo do direito penal; este critério legal
integra a linha ascendente da estrutura da ordem jurídica, dado que o direito
criminal tem por objecto relações entre os cidadãos e a sociedade (ordo
partium ad totum), com os valores da liberdade e da responsabilidade
comunitária numa intenção à justiça geral ou protectiva.
II
III
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material-normativamente constitui esse mesmo direito” (Castanheira
Neves/Fernando José Bronze);
Referência à consagração legal do instituto do abuso de direito no artigo
334.º do Código Civil, nos termos do qual é ilegítimo o exercício de um direito,
quando o titular exceda manifestamente os limites impostos pela boa-fé, pelos bons
costumes ou pelo fim social ou económico desse direito;
No caso concreto, é certo que Vanessa tem o direito a ouvir música em sua
casa e do género musical que entender, todavia, ao fazê-lo de modo
ininterrupto e pela noite dentro – e independentemente do enquadramento
legal quanto ao ruído - poderia efectivamente estar a ultrapassar os “limites
normativo-jurídicos do direito particular invocado”, incorrendo numa situação de
“abuso de direito” à luz do artigo 334.º do Código Civil, nomeadamente
por saber que ao assim agir estava a impedir o vizinho de exercer o direito
ao repouso. Nesta visão das coisas, o exercício do direito seria ilegítimo,
enquanto na concepção positivista tal exercício seria licito, uma vez que
bastava aí a verificação das condições formais de exercício do direito
(titularidade e capacidade).