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TRABALHO DE XXXXXXXX- XX
Autos nº XXXX
IV- NO MÉRITO
A- Do pedido de plano de saúde
A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saú de,
tendo assinado na admissã o, contra a sua vontade, um documento autorizando a
subtraçã o mensal. Ocorre que, no ato da admissã o, a Reclamante assinou o
documento autorizando o desconto de plano de saú de.
Conforme, a Sú mula 342 do TST dispõ e que sã o vá lidos os descontos salariais
efetuados pelo empregador, com a autorizaçã o prévia e por escrito do empregado,
para ser integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o que nã o afronta o
disposto no Art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coaçã o ou
de outro defeito que vicie o ato jurídico, nã o sendo este o caso.
Ainda assim, o Art. 818, I da CLT e o Art. 373, I, do CPC/15 estabelecem que o ô nus
da prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito.
Logo o desconto a título de plano de saú de ocorreu dentro da legalidade, sem
qualquer vício de vontade em relaçã o à assinatura, já que é vá lida a autorizaçã o de
desconto feita no momento da admissã o, cabendo a Reclamante o ô nus de provar
qualquer ilegalidade nesse sentido, nã o devendo prosperar a sua alegaçã o.
B- Do adicional de penosidade
Com base no aduzido pela Reclamante, a mesma teria direito ao recebimento de
adicional de penosidade, na razã o de 30% sobre o salá rio-base, porque, no
exercício da sua atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores
que manuseava.
Todavia, previsto no Art. 7º, XXIII, da CF/88 o adicional de remuneraçã o para as
atividades penosas, o mesmo nã o foi regulamentado. Assim, o pedido de
pagamento de adicional de penosidade na proporçã o de 30% sobre o salá rio-base
nã o deve prosperar, uma vez que nã o consta previsã o na CLT e nã o foi
regulamentado em lei especial.
C- Das horas extras
A Reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adiçã o de 50%,
em razã o da jornada de trabalho, laborava de segunda a sexta-feira, das 10h à s
20h, com intervalo de 2 horas para refeiçã o, e aos sá bados, das 16h à s 20h, sem
intervalo, totalizando 44h semanais.
O Art. 58 da CLT dispõ e que a duraçã o normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, nã o excederá de 8h diá rias e o Art. 7º, XIII da CF/88
assenta que a duraçã o do trabalho normal nã o será superior à s 8h diá rias e 44h
semanais. Vale destacar que o Art. 71, § 2º da CLT alinha que os intervalos nã o
serã o computados na duraçã o do trabalho.
Sendo assim, a Reclamante nã o faz jus ao recebimento das horas extras pleiteadas,
pois o mó dulo constitucional de 8h diá rias e 44h semanais nã o foi ultrapassado
D- Da multa do art. 477, § 8º da CLT
A Reclamante verbera que o pagamento das verbas resilitó rias extrapolou o prazo
legal, que somente foi creditada na sua conta 20 dias apó s a comunicaçã o do aviso
prévio.
Conforme estabelece o Art. 477, § 6º da CLT, o pagamento dos valores constantes
do instrumento de rescisã o ou recebido de quitaçã o deverá ser efetuado até dez
dias contados a partir do término do contrato de trabalho. Sendo assim, é
infundado o pedido de pagamento da multa prevista no Art. 477, § 8, da CLT, vez
que o pagamento das verbas devidas foi dentro do prazo legal.
V- DA RECONVENÇÃO
Conforme disposiçã o expressa do Art. 343 do CPC/15, na contestaçã o, é lícito ao
Réu propor reconvençã o, para manifestar pretensã o pró pria, conexa com a açã o
principal ou com o fundamento da defesa, o que faz pelas razõ es de fato e de
direito a seguir.
A Reclamante ao ser cientificada do aviso prévio teve uma reaçã o violenta,
gritando e dizendo-se injustiçada, sendo necessá rio que a segurança a contivesse e
acompanhasse até a porta de saída. Quando deixava o prédio, a Reclamante correu
e pegou uma pedra que arremessou violentamente contra o prédio da Reclamada,
vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa gastou R$ 300,00 na recolocaçã o do
vidro danificado, conforme nota fiscal (doc. Anexo).
Conforme disposto no Art. 186 do CC/02, aquele que por açã o, violar o direito e
causar dano a outrem, comete ato ilícito, já o Art. 927 do mesmo diploma legal,
assegura que, aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a
repará -lo. Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado
pela Reclamante.
VI- DOS PEDIDOS