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Recurso Ordinário
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados
para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não
confere pontuação.
PADRÃO DE RESPOSTA
Deverá indicar as partes, citar o Art. 895, inciso I, da CLT, e indicar o recolhimento das
custas e o depósito recursal.
Deverá ser renovada a preliminar de coisa julgada, porque o prêmio assiduidade foi objeto
de acordo devidamente homologado em outro processo, pelo que tem a força de decisão
irrecorrível, conforme o Art. 831, parágrafo único, da CLT, 337, VII e §§ 1º e 4º do CPC,
art. 502 do CPC e art. 485, V, do CPC.
Deverá ser renovada a preliminar de litispendência quanto às diárias porque este pedido já
está sendo apreciado pelo Poder Judiciário em outro processo, pelo que não pode ser
novamente julgado, conforme o Art. 337, inciso VI, do CPC, 337, § 1º, do CPC e 337, § 3º
do CPC e art. 485, V, do CPC.
Em relação à prescrição, deverá ser sustentado que o instituto pode ser alegado, com
sucesso, em razões finais, já que o processo ainda se encontra em instância ordinária,
conforme preconiza a Súmula 153 do TST e o artigo 193 do CCB.
Quanto à reintegração, deve ser sustentado que ela é indevida porque o autor não foi
eleito dirigente de sindicato, mas de associação interna da empresa, o que não lhe
assegura estabilidade, conforme o Art. 543, § 3º, da CLT e Art. 8º, VIII, da CF/88.
Em relação ao dano moral, deve ser sustentado que ele é indevido. A análise do período,
que vai do atraso salarial até a inserção do nome no cadastro, mostra que a negativação é
muito anterior, não havendo então o nexo causal a justificar a responsabilidade desejada,
na forma do Art. 186 e do Art. 927, ambos do Código Civil.
Sobre a carta de referência, deve ser sustentado que é indevida a sua entrega porque isso
não é obrigação prevista em Lei, daí porque o empregador não se vincula ao desejo do
empregado, conforme o Art. 5º, inciso II, da CRFB/88.
Deve ser sustentado, ainda, que a participação nos lucros é indevida, porque o contrato
de trabalho, no período que gerou o direito à PL (2012 e 2013), estava suspenso por
doença, de modo que o empregado não colaborou com a lucratividade, conforme Art. 476
da CLT, Art. 1º da Lei nº 10.101/00 e Súmula 451 do TST.
Quanto às férias, por Lei elas não são contadas em dias úteis, mas corridos, conforme o
Art. 130, I, da CLT.
Fechamento.
Peça 1
Processo nº
Termos em que
Espera deferimento.
Local/Data
Advogado/OAB
Peça 2
Colenda Turma
Eméritos Julgadores
Inconformado com o teor da sentença que ora se recorre o recorrente vem aduzir
suas razões para a reforma do julgado na forma que segue:
I – PRELIMINAR DE MÉRITO
A recorrente teve seu pedido rejeitado em preliminar, pois em síntese foi desconsiderado
que a empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado
em juízo, na qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao
pagamento dessa parcela.
A sentença não merece ser mantida, pois foi feito um acordo, homologado em juízo, na
qual foi pago à época o prêmio e conforme dispõe o art. 831, § único, CLT, o termo que
for lavrado no caso de conciliação será irrecorrível.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença sem resolução de mérito, para que
declare a coisa julgada quanto ao pedido de pagamento de assiduidade, conforme art.
337, VII do CPC e art. 485, V, CPC.
II.3 – Litispendência
De acordo com os art. 337, VI, do CPC, opera-se a litispendência quando a mesma ação é
proposta repetidamente. Portanto, estamos diante da repetição do pedido das diárias, pois
o pedido está sendo apreciado pelo Judiciário em outro processo.
II – PREJUDICIAL DE MÉRITO
A sociedade empresária Ômega postulou por meio de seu advogado em razões finais a
prescrição parcial, entretanto o Douto Magistrado não acolheu sob o argumento de que a
descrita prescrição deveria ter sido arguida em contestação e concluiu com a preclusão do
feito.
A sentença não merece ser mantida, pois de acordo com a súmula 153 do TST, a
prescrição poderá ser arguida em instância ordinária, desta forma não há que se falar em
preclusão do feito.
III – MÉRITO
III.1 – Reintegração
A sentença deferiu a reintegração do recorrido, pois ele foi eleito presidente da Associação
de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios empregados e que
a dispensa ocorreu no decorrer do mandato do reclamante.
A sentença não merece ser mantida, conforme dispõe o art. 543, § 3º da CLT, eis que a
vedação da dispensa do empregado é somente nas hipóteses descritas no artigo e o
recorrido possuía a função de Presidente Associação de Leitura dos empregados da
empresa não possuindo estabilidade provisória prevista em lei ou norma coletiva.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que não considere o recorrido com
estabilidade e por consequência que mantenha a demissão.
A sentença não merece ser mantida, pois o atraso se deu somente nos últimos 3 (três)
meses do contrato de trabalho, ou seja, no ano de 2017, entretanto o documento
apresentado para comprovar o dano foi do ano de 2015 (documento de certidão do
Serasa, novembro de 2015). Assim, conclui-se que o documento apresentado não poderá
ser usado para configuração do dano haja vista a divergência dos períodos e a não
comprovação do prejuízo.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que se retire a condenação do Dano
Moral do recorrido.
Entretanto conforme o art. 5º, II, CRFB/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de Lei, e a Carta de referência não está prevista em
Lei.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que seja julgado improcedente o
pedido de entrega de carta de referência.
A sentença não merece ser mantida, pois o contrato do recorrido estava suspenso no
período de referência em razão de doença (código B-31), assim a participação nos lucros é
indevida porque ele não colaborou para lucratividade por estar afastado conforme
estabelece o art. 476, art. 1º Lei 10.101/00, e a Súmula 451 TST.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que julgue improcedente o pedido
de participação dos lucros conforme explanado acima.
III.5 – Férias
A sentença não merece prosperar, pois o conforme o art. 130, I da CLT as férias não são
fruídas em dias úteis e sim em dias corridos.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que julgue improcedente o pedido
de pagamento de férias em dias úteis.
IV – REQUERIMENTOS FINAIS
Diante o exposto, requer que o presente recurso seja conhecido bem como acolhimento
da prejudicial, o acolhimento das preliminares e no mérito seu provimento com a total
reforma do julgado conforme fundamentado.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local/Data
Advogado/OAB