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RÉPLICA
aos argumentos aduzidos nas contestações de fls. 66/78 e fls. 169/181 , pelas razões de fato e de
direito que passa a aduzir.
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Alega o primeiro Réu, sem qualquer fundamento jurídico, que é parte ilegítima
para figurar na presente demanda em razão de ter o banco réu atuado meramente como
instituição financeira, que disponibilizou os créditos em favor do cliente, ora autor, não tendo
participado de toda a negociação entre a autora e o 2º réu.
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Fato é que o primeiro Réu infringiu no caso em tela TODOS os deveres anexos de
uma relação consumerista, não agindo com probidade, lealdade, ou honestidade,frustrando a
legítima expectativa do autor.
Ora Excelência, como o próprio réu apresenta em sua defesa, o contrato foi
realizado entre o autor e segunda ré e não com funcionários do banco réu. Deste modo, como
ocorreu a assinatura do contrato junto ao primeiro réu?
Logo, verifica-se que a assim como o primeiro réu, o terceiro réu também é
responsável, tanto objetiva, quanto solidariamente, em relação aos criminosos praticados pela
segunda ré, visto que, como já dito, a segunda ré também atuava como se fosse
correspondente bancária do terceiro Réu, não tendo o terceiro réu, garantido a segurança
básica ao consumidor, e nem mesmo fiscalizado os procedimentos daquela que exercia
atividade se denominando como sua “correspondente bancária”.
DO MÉRITO
resistências, ao pedido autoral, arguindo uma série de institutos jurídicos não aplicáveis ao
caso em tela, tentando fugir de sua obrigação, sendo indevida e incabível a alegação da Ré.
Fato é que as rés Ré infringiram no caso em tela TODOS os deveres anexos de uma
relação consumerista, não agindo com probidade, lealdade, ou honestidade,frustrando a
legítima expectativa do autor.
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Nesse sentido:
Nesse sentido, a boa-fé objetiva passa a relativizar a autonomia privada das partes
permitindo aos contratantes exercer sua liberdade contratual, de forma equilibrada e
cooperativa, e, sobretudo, primando-se pela imprescindível observância ao princípio da
dignidade da pessoa humana (artigo 1º, III, CR/88), valor fundamental a ser realizado pelo
ordenamento jurídico.
Desta forma, tem-se que os meios ardis perpetrados pelas Corrés causam ao
Autor indiscutíveis danos materiais. Igualmente, surgem os danos morais, haja vista o desespero
e vergonha do Autor por não conseguir honrar as despesas do lar.
Cabe repisar que o segundo e terceiro réu (Banco Itaú e Panamericano) SABIA
OU DEVERIA SABER sobre as intenções da segunda Ré, ao menos sobre o seu modelo de
negócio, e autorizando (objetiva ou tacitamente) sua prospecção, assumiu os riscos sobre os
danos decorrentes desta empreitada.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de
terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter
conhecimento;
No que concerne aos danos morais, verifica-se que estes estão FARTAMENTE
presentes na espécie, tendo em vista que as várias ocorrências relatadas, transcedem EM MUITO
os meros aborrecimentos da vida cotidiana, e a compensação a este título deve atender ao que
prescreve a norma inserida no art. 6º, VI do CDC e art. 944 do CC.
Além do mais a sanção aplicada deve ter caráter pedagógico punitivo e preventivo
para evitar a prática reiterada de ilícitos, o que se torna imperioso para o restabelecimento da
paz social.
Destarte, pelo fio do exposto, naqueles tópicos da contestação que não foram
suficientemente combatidos, a Autora se reporta à sua peça inicial e reitera todos os seus
termos, devendo as peças de resistências das Rés, serem rejeitadas por completo, vez que,
completamente infundada e sem argumento jurídico e/ou fático que pudesse lhe dar
sustentação.
À vista do exposto, aguarda a parte Autora, pela PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS, com
a condenação da Ré, nas custas processuais e honorários advocatícios de 20% sobre o valor da
causa.
Nestes termos,
pede e espera deferimento.